Autor: Renato Tassinari (Comunicação e Mídia)

IDMÉA SEMEGHINI-SIQUEIRA

(Minibiografia baseada em entrevista concedida ao projeto “Registro histórico por meio de relatos biográficos de docentes aposentados: valorizando e reconstruindo a história da FEUSP” no ano de 2021.)

Idmea Semeghini Prospero Machado De Siqueira nasceu em 11 de março de 1946 na cidade de Itápolis, Estado de São Paulo.
Oriunda de escola pública, em 1967 formou-se em Letras pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (atual FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP).
Prosseguindo sua formação acadêmica, em 1970 concluiu o Mestrado em Língua Portuguesa e em 1967 em Linguística, pela mesma instituição.
Trabalhou como professora de Português e Francês no EF e EM da Escola Estadual MMDC em São Paulo (1967 a 1971); docente de Linguística e Fonética / Fonologia na FFLCH; professora de Letras (Linguística e Semiótica), Administração (Língua Portuguesa), Educação Artística (Fundamentos de Comunicação e Expressão Humana) e Pedagogia (Literatura Infantil e Juvenil) na Universidade São Judas Tadeu; coordenou a elaboração de dois livros para professores de 3ª e 4ª séries do EF I, na Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (1976-1979); atuou como professora visitante no Instituto de Psicologia da USP (1988 a 1990) e participou de dois Grupos de Pesquisa: Ciência Cognitiva / Neurociência, coordenado por: Henrique Shützer Del Nero e Educação para a Cidadania, coordenado por Alfredo Bosi (1990 a 1997).
Iniciou sua atuação docente na Faculdade de Educação (FEUSP) em 1996 onde integrou o EDM – Departamento de Metodologia do Ensino e Educação Comparada, ministrando as disciplinas Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa: letramento e alfabetização; Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa I e II e na Pós-Graduação.
Atuou na supervisão de estágios; participou das reuniões do Conselho do EDM, por duas décadas; Comissões de Pós-Graduação, Pesquisa e Biblioteca, foi Presidente da Comissão de Biblioteca da FEUSP, por dez anos; atuou em projetos interunidades com a ECA-USP e o MAC-USP (1999) e PROCAD-NF/CAPES (2010); participou da criação e da organização de várias edições do Seminário de Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa (SMELP) da USP. No XII Seminário, atuou na coordenação do evento (2013) e coordenou a elaboração de um dossier, referente à Profa. Dra. Maria do Carmo Santos Domite, para concorrer ao Prêmio USP – Trajetória pela Inovação- In Memoriam (2019).
Aposentou-se em 2016 e desde então, permanece atuando como Profa. Sênior, na pós-graduação e coordenando o Grupos de Pesquisa (GP) Diversidade Cultural, Linguagem, Mídias e Educação (DICLIMEduc) e participando do GP Contextos Integrados de Educação Infantil (CIEI).
Destacou como momentos mais marcantes, durante sua atuação na FEUSP, sua coordenação da Área de Linguagem, no âmbito do projeto: “Interculturalidade e Bilinguismo nas escolas das aldeias indígenas”, no curso “Formação Intercultural Superior do Professor Indígena” (FISPI) do Estado de São Paulo (2005 a 2008). O curso era presencial, os professores indígenas frequentavam as aulas uma semana por mês na FEUSP e ficavam alojados em hotel. Sua participação no projetos de Cooperação Internacional CAPES-COFECUB – “A gestão da violência e da diversidade na escola”, na França (2001 a 2004), e CAPES-GRICES – “INFÂNCIA: formação/pesquisa/inovação”, em Portugal (2005 a 2008). Sua coordenação do projeto “Aprender a ler e a escrever em diferentes disciplinas em escola pública”, em colaboração com Christine Barré-De Miniac e equipe do IUFM/Grenoble-LIDILEM / Université Stendhal Grenoble III (2001 a 2002).
Bolsa da CAPES para realizar o Pós-Doutorado na Université Paris 13 com o Prof. Jean Biarnès (2002).
Ainda destacou a parceria com o Max Bernard Butlen da Université Cergy-Pontoise / França (com subvenção da AUCANI-USP), no 1º semestre de 2017, na FEUSP, ministrando juntos a disciplina concentrada EDM 5177: “Os desafios de ampliar oportunidades e capacidades de LEITURA, desde a INFÂNCIA, para constituição de leitores em países com fortes desigualdades sociais”. Participou do desenvolvimento do Projeto “LINGUAGENS na ARTE-TIC-TECA” (2016 e 2018), a ser alocado na Biblioteca Universitária da FEUSP. Para concretização desse projeto, dois dos seus acervos, em constituição desde a década de 60, com mais de 6.000 livros na área de humanas, serão doados à Biblioteca da FEUSP. São livros de Arte Visual & Literatura Infantil e livros de diversas áreas do conhecimento. Para a instalação desse projeto, na gestão do diretor Marcos Garcia Neira, foi assegurada subvenção e, a partir de 2019, a denominação passou a ser “SALA DE MÚLTIPLAS LINGUAGENS”, contando também com a colaboração das professoras Tizuko Morchida Kishimoto e Monica Appezzato Pinazza.
Publicou o livro Biblioteca Pública / Biblioteca Escolar de país em desenvolvimento: diálogos para reconstrução de significados com Base no Manifesto da UNESCO (2000); coordenou a publicação do livro Da Educação Infantil ao Ensino Fundamental: formação docente, inovação e aprendizagem significativa (2015), dentre outros.

HELOISA DUPAS DE OLIVEIRA PENTEADO

(Minibiografia baseada em entrevista concedida ao projeto “Registro histórico por meio de relatos biográficos de docentes aposentados: valorizando e reconstruindo a história da FEUSP” no ano de 2021.)

Heloisa Dupas de Oliveira Penteado nasceu em 26 de agosto de 1939 na cidade de Pirassununga, São Paulo.
Em 1962 formou-se em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (atual FFLCH) da Universidade de São Paulo e em 1964 graduou-se no curso de Licenciatura da Faculdade de Educação (FEUSP) da USP. Prosseguindo sua formação acadêmica, em 1980 concluiu o Mestrado em Sociologia pela FFLCH e em 1987 doutorou-se em Educação pela FEUSP. Em 1996 completou pós-doutorado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
Trabalhou como professora primária no curso Normal do Instituto de Educação Otoniel Mota em Ribeirão Preto em 1958. Nesta instituição ganhou a cadeira prêmio por ter formado com nota acima de 9, maior nota do curso, lhe dando o direito de começar a lecionar no Ensino Primário Estadual como professora efetiva. Passando a trabalhar na cadeira efetiva do Grupo Escolar da Fazenda São Martinho, na época Município de Guariba, Delegacia de Ensino de Jaboticabal; lecionou Sociologia no curso Normal em Taquaritinga, na Escola Normal de Monte Alto e no GEPE 4, Unidade do Ginásio Experimental; foi pesquisadora no Ginásio Experimental Oswaldo Aranha, por seis anos e orientadora da equipe de professores no Ginásio Estadual Pluricurricular Experimental da Lapa (GEPE 1).
Iniciou sua atuação docente na Faculdade de Educação (FEUSP) em 1973 onde integrou o EDM – Departamento de Metodologia do Ensino e Educação Comparada, onde ministrou a disciplina Prática de Ensino de Ciências Sociais.
Contou que em um dado momento, enquanto dava aula de Estudos Sociais com alunos de uma Unidade do GEPE, uma senhora muito aflita abriu, intempestivamente, a porta da sala de aula e perguntou: “Você é a Heloisa, aluna na Pós-graduação de Ciências Sociais com a Professora Aparecida Joly Gouveia?” Após a confirmação, ela se apresentou como Pedagoga, Professora de Prática de Ensino de Ciências Sociais na FEUSP e que a Dra. Aparecida, por ela consultada, a indicou para dar aula desta disciplina no lugar dela. E afirmou muito aflita: “Para dar aula de Prática de Ensino para alunos de Ciências Sociais, somente alguém das Ciências Sociais.” Respondeu que estava no meio de uma aula, convidou-a para sentar e que depois conversaria. Ao encontrar e conversar com a Dra Amélia Americano, então chefe do EDM, afirmou que nunca havia lecionado no ensino superior, ao que ela respondeu: “O que precisamos na Universidade é de docentes que formam professores pesquisadores de sua prática docente”.
Destacou como momentos mais marcantes, durante sua atuação na FEUSP, em 2010, a organização do grupo de Pesquisa do CNPq intitulado “Pesquisa e Ensino: Pedagogia da Comunicação e Formação de Professores”, junto com a Professora Dra. Elsa Garrido. Do grupo foi publicado o livro “Pesquisa-ensino: A comunicação escolar na formação do professor” pela editora Paulinas em 2010. Sua participação no grupo de psicodrama dirigido pelo psiquiatra Dr. Ronaldo Pamplona Teixeira da Costa e que, posteriormente,passou a utilizar o psicodrama sócio-educativo em seu curso de Práticas e Ensino de Ciências Sociais e também no ensino de 1º grau. Escreveu o livro “Psicodrama, televisão e formação de professores” publicado pela editora Junqueira & Marin, em 2007.
Destacou também o seu prazer e admiração por ter na FEUSP convivido com professores de alto gabarito e expressiva participação. Em especial, prestou homenagem às inesquecíveis professoras Mariazinha Resende e Fusari e Nídia Nacib Pontuschka, em memória.
Publicou os livros: A TV e os adolescentes: a sedução dos inocentes ( 1983); Televisão e Escola: Conflito ou Cooperação? (1991); Metodologia do Ensino de História e Geografia (1994), em que relata sua experiência em docência de História e Geografia, caracterizada pela tradução da teoria piagetiana; Meio Ambiente e Formação de Professores (1994), com o objetivo de estar produzindo um material de ensino de Práticas de Ensino de Ciências Sociais; Pedagogia da Comunicação: Teorias e Práticas (1998); Comunicação Escolar: Uma Metodologia de Ensino (2000), dentre outros.

HELENIR SUANO

(Minibiografia baseada em informações contidas no Currículo Lattes.)

Helenir Suano possui graduação em Administração Escolar e Supervisão Escolar pela Universidade de São Paulo(1972), especialização em Língua Portuguesa pelo Centro Regional de Pesquisas Educacionais João Pinheiro(1966), mestrado em Administração Escolar e Supervisão Escolar pela Universidade de São Paulo (1993), doutorado em Administração pela Universidade de São Paulo(1975). Atuou principalmente nos seguintes temas: Administração, Atualização, Educação.
Iniciou seu trabalho docente na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FEUSP) em 1973, onde integrou o EDA – Departamento de Administração Escolar e Economia da Educação. Fez parte da criação do Centro de Estudos do Imaginário, Cultura e Educação (CICE), em 1994, junto com os professores José Carlos de Paula Carvalho, Maria Cecília Sanchez Teixeira e Maria do Rosário Silveira Porto, junto à Área Temática da Pós-Graduação: “Cultura, Organização e Educação” e ao EDA.
Aposentou-se em 1996.
Dentre seus trabalhos publicados, encontra-se: Relações de autoridade: diretor e professores em escolas estaduais de primeiro grau: resultados preliminares (1980), orientada por Moyses Brejon e Cultura e imaginário sócio-organizacional: um estudo sócio-antropológico no universo de uma organização educativa (1993), orientada por José Carlos de Paula Carvalho.
Faleceu em setembro de 2007.

HELENA COHARIK CHAMLIAN

(Minibiografia baseada em entrevista concedida ao projeto “Registro histórico por meio de relatos biográficos de docentes aposentados: valorizando e reconstruindo a história da FEUSP” no ano de 2021.)

Helena Coharik Chamlian nasceu em 13 de julho de 1947 na cidade de São Paulo.
Em 1969 formou-se em Pedagogia pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras (atual FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP) e Habilitação em Supervisão Escolar em 1970 na Faculdade de Educação (FEUSP) da USP . Prosseguindo sua formação acadêmica, em 1978 concluiu o Mestrado em História e Filosofia da Educação e em 1988 doutorou-se em Educação pela FEUSP.
Trabalhou como professor de no Cursinho do Grêmio da USP (1969); Monitora de
Cursos de Aperfeiçoamento do Centro Regional de Pesquisas Educacionais (CRPE) em cursos semestrais (1970); Técnica de Administração Escolar na Coordenadoria do Ensino Superior do Estado de São Paulo (CESESP), vinculada à Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. A Coordenadoria congregava os Institutos Isolados do Ensino Superior do Estado de São Paulo. Em 1976, a CESESP foi transformada na Reitoria da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP). E, em 1977, foi lotada na Secretaria Geral da Reitoria, exercendo a função de Chefe de Seção (programas e currículo), até 1978.
Iniciou sua atuação docente na Faculdade de Educação (FEUSP) em 1971 onde integrou o EDM – Departamento de Metodologia do Ensino e Educação Comparada. Sua experiência na área de Educação concentra-se na “Formação e Desenvolvimento Profissional de Professores”, atuando nos seguintes temas: formação de professores, didática, relação pedagógica, formação continuada e formação pelas histórias de vida.
Além disso, coordenou o Grupo de Pesquisa: “A profissão docente: desafios contemporâneos”. Foi Presidente da Comissão Coordenadora de Curso (1993 e 1997); Assessor Científico da FAPESP (desde 1996); Consultora “AD HOC” do CNPq (1997 a 1998); Assessora junto ao Conselho Estadual de Educação (1999); Membro titular eleito da Comissão de Pós-Graduação (2000 a 2006); Coordenadora da Comissão Coordenadora do Programa de Aperfeiçoamento de Ensino (PAE) e Estágio de Docência da CAPES na FEUSP (2000 a 2008); Coordenadora brasileira do projeto “CAPES-COFECUB” – “A Gestão da Violência e da Diversidade na Escola” (2001 a 2005); Coordenadora do Projeto FAPESP de Melhoria do Ensino Público – “A Gestão da Violência e da Diversidade na Escola (2002 a 2004); Representante da FEUSP, no Encontro Internacional das Faculdades de Educação filiadas ao INTERNATIONAL ALLIANCE OF LEADING EDUCATION INSTITUTES (IALEI), que gravitou em torno da temática: Multiculturalismo e Educação, em Singapura (2010) e Membro do Comitê Científico do IX Congresso Internacional de Pesquisa (Auto)Biográfica (IX CIPA) – “Narrativas em tempos incertos: democracia, memórias e utopias” – a se realizar, na UnB, em Brasília-DF (2020). Aposentou-se em 2008.
Destacou como momentos mais marcantes, durante sua atuação na FEUSP, sua Livre-Docência em Educação pela FEUSP.
Foi agraciada com o “Prêmio Instituto Unibanco” de 2007, com a pesquisa “A gestão da violência e da diversidade na escola”, na Categoria Formação de Professores no Ensino Médio.
Atualmente é professora aposentada, e ainda mantém vínculo, como Professora Sênior, na mesma universidade. Nos últimos anos, tem se dedicado à questão da formação do professor universitário, seja pela oferta da disciplina “A formação do professor universitário” no Programa de Pós-Graduação em Educação da FEUSP, seja pelo desenvolvimento da temática da formação desses professores pelas histórias de vida, mediante a oferta de ateliês biográficos. Suas investigações atuais têm se concentrado no levantamento e análise da produção sobre o tema da formação do professor universitário nos principais periódicos científicos pertinentes do país.

HELÁDIO CÉSAR GONÇALVES ANTUNHA

Heládio César Gonçalves Antunha ingressou como estudante na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (atual FFLCH) da Universidade de São Paulo no ano de 1945.
Foi professor da mesma instituição e com o desdobramento desta faculdade, em 1969, integrou o corpo de primeiros docentes que deu início à Faculdade de Educação da USP, atuando no EDM – Departamento de Metodologia do Ensino e Educação Comparada, como assistente doutor. Em 1971 apresentou sua tese de livre-docência na Faculdade de Educação da USP, depois publicada no livro Universidade de São Paulo – Fundação e reforma (CRPE/MEC, 1974).
Um dos seus mais importantes trabalhos é intitulado “Reforma de 1920 da instrução pública do Estado de São Paulo” (1967), orientado por Laerte Ramos de Carvalho, tendo como eixos centrais a reforma do ensino e ensino público. Sua primeira produção registrada no repositório da USP é intitulada “Capacitação do pessoal do magistério: ensino médio” (1966), orientado por Elza Rodrigues Antunha Martins.

GRACIMAR ALVARES BUENO

(Minibiografia baseada em entrevista concedida ao projeto “Registro histórico por meio de relatos biográficos de docentes aposentados: valorizando e reconstruindo a história da FEUSP” no ano de 2022.)

Gracimar Alvares Bueno nasceu em 27 de junho de 1944, em São Paulo, capital.
Em 1969 formou-se em Fisioterapia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Prosseguindo sua formação acadêmica, em 1974 concluiu seu Mestrado em Orientation And Mobility na Western Michigan University, EUA. Também realizou o curso de atualização, em 1976, sobre Aparelhos Eletrônicos de Mobilidade para Cegos, Blind Rehabilitation Department – Western Michigan University, Kalamazoo, Michigan, EUA. Em 1988 tornou-se Doutor em Psicologia (Psicologia Experimental) pelo Instituto de Psicologia da USP.
Trabalhou como Professor Assistente em Educação Especial na Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP/Marília, atuando na fisioterapia de deficientes visuais (1978 a 1984) e Professor Assistente do Curso de Fisioterapia do Departamento de Ciências da Saúde na Universidade Federal de São Carlos – UFSCAR (1981).
Iniciou sua atuação docente na Faculdade de Educação (FEUSP) em 1984, como Professor Assistente em Educação Especial, na área de Deficientes Visuais, onde integrou o EDM – Departamento de Metodologia do Ensino e Educação Comparada, e em 1988 tornou-se Professor-Doutor, no mesmo departamento. Ministrou as disciplinas: EDM-457 Ensino de habilidades de comunicação para deficiente visual; EDM-460 Ensino de habilidades de mobilidade para deficiente visual; EDM-286 Introdução à Educação Especial, sobre orientação e mobilidade para cegos; EDM-529 Orientação e mobilidade para deficientes visuais e EDM-530 Estágios supervisionados da Habilitação em Deficiência Visual. Participou de inúmeros congressos, simpósios, seminários, intercâmbios, orientações, bancas e comissão examinadora de concurso de seleção interna para contratação de professor.
Durante sua atuação na FEUSP, cabe destacar: foi Presidente da Comissão que elaborou o Plano e a Execução do Curso de Extensão e Atualização em Educação Especial (1984); sua participação como palestrante no “Ciclo de Palestras sobre Didática” para docentes do curso de fisioterapia da Faculdade de Medicina da USP (1985) e do curso de Especialização em Educação Especial, sobre o tema “Orientação e Mobilidade para Cegos” (1986); participação como docente no Ensino de Habilidades básicas de Orientação e Mobilidade aos alunos do Instituto de Cegos “Padre Chico”, em São Paulo (1984 a 1986); atuou no Convênio de Cooperação Técnica entre a FEUSP e a Secretaria de Educação de São Paulo, ministrando palestras na EEPE Prof° João Silva (1981 e 1986); participou do I Seminário Brasileiro de Pesquisa em Educação Especial, realizado na Universidade Estadual do Rio de Janeiro ( 1990); foi suplente no Conselho do EDM (1991/92); Vice-coordenador de projeto do Curso de Especialização em Educação Especial da área de Deficiência Visual do EDM (1992); elaborou Manual de Noções e Habilidades Básicas para Treino de Mobilidade de Cegos, publicado na Revista do EDM (1992) e participou da Comemoração do 45° aniversário da Biblioteca Braille do Centro Cultural São Paulo da Secretaria Municipal de Cultura (1992). Além de diversos serviços prestados à comunidade, como a orientação dos alunos da Habilitação de Educação Especial da área de Deficiência Visual nas variadas entidades que prestam serviços educacionais e outros a indivíduos portadores de cegueira e de visão subnormal, também a instrução para cegos da utilização da bengala laser c-5.
Também registra-se que foi diretor do atendimento especializado da Fundação Dorina Nowill para Cegos.
Dentre suas publicações encontram-se: “A preparação das Deficiências Visuais na Fisioterapia para o Desenvolvimento quanto à Mobildiade”. Anais do Seminário Ibero-Americano de Comunicação e Mobilidade, MEC, São Paulo (1972); “Alguns aspectos de Orientação e Mobilidade para Deficientes Visuais”. Boletim (7), Associação Brasileira de Ortóptica. São Paulo (1975 e 1976); “Sequência e Metodologia da Instrução sobre o Uso da Bengala Laser C-5 na Mobilidade de Pessoas Cegas”. Didática, São Paulo, UNESP (1980); “Orientação e Mobilidade para Cegos – Um enfoque na estimulação precoce”. Caderno de Didática, (6):76-84, EDM-FEUSP (1985); “Visão à Distância e Treinamento Perceptual”. Caderno de Didática (7), EDM-FEUSP (1986); “A importância da audição na tendência a desviar nas pessoas cegas”. Revista da Faculdade de Educação, São Paulo, 13 (1) : 105-113, jan./dez., (1987) e “Orientação e Mobilidade para Portadores de Deficiência Visual”. Vivência, 1 (1) : 43-44 (1987).

FRANCISCO JOÃO NASCIMENTO

Francisco João Nascimento atuou como docente na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FEUSP). Foi orientado pelo Prof. Dr. José Carlos de Araújo Melchior na tese intitulada “Elaboração e a execução do orçamento no sistema escolar de São Paulo”, publicado em 1985, que trouxe importantes contribuições para a área de Financiamento da Educação.
Dentre suas publicações encontra-se: Elaboração do orçamento no sistema escolar público do Governo do Estado de São Paulo (1985); Artigo de periódico: Reflexões a respeito de um plano nacional de educação (1987) e Técnica legislativa e sua aplicação à educação (1987).

FLÁVIA INÊS SCHILLING

(Minibiografia baseada em entrevista concedida ao projeto “Registro histórico por meio de relatos biográficos de docentes aposentados: valorizando e reconstruindo a história da FEUSP” no ano de 2021.)

Flávia Inês Schilling nasceu em 26 de abril de 1953 em Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul. Após o golpe de 1964 sua família se exilou no Uruguai, onde cursou o Liceu e iniciou o curso de medicina. Voltou ao Brasil em 1980 graças à intensa mobilização existente em torno da luta pela Anistia, com a campanha “Liberdade para Flávia Schilling”. Foram realizados abaixo-assinados, passeatas, eventos com centenas de artigos em jornais e revistas que resultaram em sua liberdade e de outros estrangeiros presos no Uruguai. Ao chegar ao Brasil, acompanhou como ouvinte um curso na Pós-Graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), ministrado por Paulo Freire, que a aceitou em sua turma, mesmo não tendo graduação.
Em 1986 formou-se em Pedagogia pela PUC-SP. Prosseguindo sua formação acadêmica, em 1991 concluiu seu Mestrado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e em 1997 doutorou-se em Sociologia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP).
Trabalhou em escolas; na Secretaria da Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo e no Núcleo de Estudos da Violência da USP, coordenando a equipe de pesquisa “Continuidade Autoritária e a construção da democracia” e na Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania, coordenando o Centro de Referência e Apoio à Vítima com um atendimento inédito a familiares de vítimas de violência fatal.
Iniciou sua atuação docente na Faculdade de Educação (FEUSP) em 2001 onde integrou o EDF – Departamento de Filosofia da Educação e Ciências da Educação, ministrando disciplinas na área de Sociologia, Introdução ao Estudo da Educação, optativas e na Pós-Graduação. Em todos os cursos ministrados, apresentou a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Realizou pesquisas sobre a violência nas escolas e a formação em direitos humanos de professoras/es. Chefiou o Departamento; integrou a gestão de Cultura e Extensão; foi membro da Cátedra Unesco de Direitos Humanos, Paz, Tolerância e Democracia da USP; do Comitê Nacional de Educação em Direitos Humanos, do Conselho Municipal de Educação em Direitos Humanos da cidade de São Paulo; participou da coordenação do Grupo de Pesquisas sobre Direitos Humanos, Memória, Política e Democracia junto ao Instituto de Estudos Avançados da USP e do Conselho do Instituto Vladimir Herzog. Trabalhou em vários projetos de extensão junto a redes municipais de ensino, incluindo a formação das equipes do Núcleo de Apoio e Acompanhamento para a Aprendizagem (NAAPA) na rede municipal de São Paulo.
Destacou como momentos mais marcantes, durante sua atuação na FEUSP, os trabalhos com seus orientandos e orientandas, que trouxeram inquietações diferentes, que produziram trabalhos memoráveis, honestos, corajosos e justos. A bolsa de produtividade em pesquisa concedida pelo CNPq, onde desenvolveu o tema da Escola Justa: O Que Seria?, realizando sua Livre Docência na Faculdade de Educação com a tese: Violência, Direitos Humanos e Justiça: reflexões, pesquisando o tema da escola justa, em 2012. E também sua escolha como paraninfa e homenagens oferecidas pelas/os estudantes da graduação em Pedagogia.
Recebeu o prêmio Negrinho do Pastoreio oferecido pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul em rememoração à luta pela Anistia. Foi homenageada no Grande Expediente Especial: Da resistência à ditadura, à anistia e à redemocratização pela Assembleia Legislativa do RS. E o Prêmio de Direito à Memória e à Verdade Alceri Maria Gomes da Silva da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo.
Publicou, entre outros, os livros: Querida Família (1979); Querida Liberdade (1980); Violência urbana, dilemas e desafios (1999); Direitos Humanos e educação, outras palavras, outras práticas (2005); Sociedade da Insegurança e Violência na Escola (1014) e Educação e Direitos Humanos, percepções sobre a escola justa (2016). Publicou, também, dezenas de artigos e participou da organização de materiais instrucionais sobre as temáticas vinculadas aos direitos humanos como: Pode ser diferente: cadernos sobre violência e discriminação, Reflexões sobre Justiça e Violência, o atendimento a familiares de vítimas de homicídio e Cadernos de Debates do NAAPA.

FERNANDO CLAUDIO PRESTES MOTTA

(Minibiografia baseada em informações contidas no site pessoal, disponível em: http://www.fernandoprestesmotta.com.br/?pg=biografia )

Fernando Claudio Prestes Motta nasceu em 16 de março de 1945, na cidade de São Paulo, capital.
Cursou a Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas, EAESP, onde se formou em administração em 1967. Durante o curso de graduação fez estágios em algumas empresas e teve uma experiência docente em um curso de madureza. Percebeu gostar mais do ensino e da pesquisa acadêmica do que do exercício da profissão de administrador. Desde muito cedo estudou inglês e francês, línguas que dominava. Conhecia também alemão e italiano.
Logo após terminar a graduação prestou concurso e foi admitido na carreira de docente da EAESP, no Departamento de Administração. Ao mesmo tempo em que lecionava, cursou o mestrado orientado pelo professor doutor Carlos José Malferrari.
Como dissertação apresentou o tema “O Racionalismo Capitalista e a Evolução da Empresa Brasileira”. Em 1969 viajou para os Estados Unidos onde, na Universidade de Cornell, em Ithaca, fez algumas disciplinas nas áreas de teoria e comportamento organizacional, teoria sociológica e método científico. Em 1973 recebeu uma bolsa de estudos do governo francês para seguir cursos na área de ciência de administração no Institut International d’Administration Publique. Além de haver frequentado cursos no IIAP e na Universidade Paris I (Pantheon-Sorbonne), em Paris, filiou-se ao Centre International de Coordination des Recherches sur l’Autogestion.
Já em 1974 publicou seu primeiro livro,”Teoria Geral da Administração: Uma Introdução”. Em 1979, publicou “Empresários e Hegemonia Política”. Em 1980, sob a orientação novamente de Malferrari, defendeu a tese “Burocracia e Autogestão: A Proposta de Proudhon”, transformada em seguida em livro. Foi novamente aprovado com louvor, e se tornou professor titular da FGV. Nesse mesmo ano, publicou com Bresser-Pereira, “Introdução à Organização Burocrática”. Um ano depois, lançou “O Que é Burocracia?” a que se seguiu “Participação e Co-gestão: Novas formas de Administração”, em 1982.
Foi então convidado para ser professor colaborador no EDA – Departamento de Administração Escolar e Economia da Educação da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FEUSP), onde lecionou por vários anos. Em 1985, recebeu o título de livre-docente da Universidade de São Paulo com a tese intitulada “Organização e Poder”, também publicada como livro. A banca examinadora constituída pela Congregação da FEUSP compunha-se dos professores Celso de Rui Beisiegel, Henrique Rattner, Luiz Carlos Bresser-Pereira, Maurício Tragtenberg e Evaldo Amaro Vieira. Em 1991, tornou-se, através de concurso público, professor titular em Administração Escolar na FEUSP.
Foi também professor contratado pela Faculdade de Educação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Na Escola de Administração de São Paulo, onde permaneceu durante toda sua vida, lecionou na graduação, no mestrado, no doutorado, tanto na área pública como na de empresas. Na mesma instituição desempenhou uma série de funções ligadas à administração da educação.
Em 1997, organizou, com Miguel Caldas o volume Cultura Organizacional e Cultura Brasileira, em 1999, publicou ainda Teoria das Organizações: Evolução e Crítica, e junto com Maria Ester de Freitas, Vida Psíquica e Organização, em 2000. Escreveu vários artigos para revistas acadêmicas, introduziu, com finalidade didática, vários autores estrangeiros até então desconhecidos no Brasil. Participou de várias pesquisas teóricas, de várias bancas examinadoras de concursos de seleção de professores, de doutoramento, de mestrado, além de ter sido orientador de várias teses de mestrado e doutorado. Deu cursos e palestras em diversas cidades do Brasil.
Em 2002, recebeu na FGV uma grande homenagem de seus alunos e amigos, ocasião que lançou a atualização do seu primeiro livro, Teoria Geral da Administração, feita juntamente com Isabella F.G. Vasconcelos. No trabalho que escreveu sobre sua obra, Bresser-Pereira o identificou como “o sociólogo das organizações” porque nenhum outro sociólogo brasileiro escreveu uma obra tão abrangente e profunda sobre as organizações quanto Fernando C. Prestes Motta.
Faleceu em 3 de junho de 2003.

FERNANDO MARSON

(Minibiografia baseada em informações contidas na tese de doutorado de Alexsandro Santos, intitulado: Origens da Faculdade de Educação da USP.)

Fernando Marson concluiu o doutorado na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL, atual FFLCH) em 1969, com a tese intitulada “Gíria Militar”, orientada pelo Prof. Dr. Segismundo Spina.
Integrou o corpo de primeiros docentes que deu início a Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FEUSP), em 1979, onde integrou o EDM – Departamento de Metodologia do Ensino e Educação Comparada, como professor adjunto. Em 1979, publicou a tese intitulada “Aspectos estruturais do léxico potuguês”, orientado pelo Prof. Dr. Cidmar Teodoro, também pela FFLCH.
Foi pesquisador da área de Alfabetização; Ensino e gramática da Língua Portuguesa; Ensino e Aprendizagem; Literatura; Sociologia Educacional e Orientação Educacional.

ELSA GARRIDO

(Minibiografia baseada em entrevista concedida ao projeto “Registro histórico por meio de relatos biográficos de docentes aposentados: valorizando e reconstruindo a história da FEUSP” no ano de 2021.)

Elsa Garrido, em 1966, formou-se em Filosofia pela então Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (atual FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP). Prosseguindo sua formação acadêmica, em 1980 concluiu seu Mestrado em Didática pela USP e em 1989 Doutorado em Didática, pela mesma instituição. Frequentou o Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos e Compreensão da Leitura na Universidade da Califórnia, em Berkeley, EUA. Possui Livre-Docência em Didática pela USP.
Em seu doutorado fez um levantamento junto a professores e alunos sobre os programas de Filosofia desenvolvidos em escolas paulistanas do Ensino Médio. A pesquisa constatou a importância da Filosofia na vida desses jovens e, de outro lado, a dificuldade na compreensão dos textos; o enfrentamento dessa questão pelos professores e a aplicação da Técnica Cloze como instrumento para avaliar a capacidade de compreensão da leitura ao longo dos anos do Ensino Médio.
Trabalhou como professora de Filosofia no Ensino Médio.
Iniciou sua atuação docente na Faculdade de Educação (FEUSP) em 1977, onde integrou o EDM – Departamento de Metodologia do Ensino e Educação Comparada, ministrando as disciplinas: Didática, para alunos dos cursos de Licenciatura e na Pós-Graduação, introduziu a disciplina: O Discurso em Sala de Aula e o Processo do Conhecimento.
Destacou como momentos mais marcantes, durante sua atuação na FEUSP, programa de “Qualificação do Ensino Público e Formação de Professores”. projeto teve a duração de 4 anos e foi financiado pela FAPESP e o Programa de Mestrado Lato Sensu para professores das séries iniciais, financiado pela Prefeitura de Santo André, com duração de 2 anos.
Registrou também que foi vice-presidente da ANPED e coordenadora do GT 8 Formação de Professores.

ELBA SIQUEIRA DE SÁ BARRETTO

(Minibiografia baseada em entrevista concedida ao projeto “Registro histórico por meio de relatos biográficos de docentes aposentados: valorizando e reconstruindo a história da FEUSP” no ano de 2021.)

Elba Siqueira de Sá Barretto nasceu em 1943 na cidade de São Paulo, capital de São Paulo.
Em 1965 formou-se em Educação pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (atual FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP). No seu primeiro ano de graduação (1962), presenciou a Greve do 1/3, que reivindicava representação paritária nos órgãos colegiados da universidade. Prosseguindo sua formação acadêmica, em 1980 concluiu seu Mestrado, que havia sido interrompido pelo AI-n°5, e em 1991 o Doutorado em Sociologia pela FFLCH.
Trabalhou no Programa de Assistência Técnica em Educação (PATE), promovido pelo INEP e coordenado pelo Centro Regional de Pesquisas Educacionais de São Paulo, sob a chefia do Professor José Mário Pires Azanha. Durante esse período, nas palavras da biografada: “Entendi que lidar com o sistema escolar é muito diferente de trabalhar apenas com aquela dimensão ético-subjetiva da educação que estudáramos nos livros.
Havia que considerar o coletivo que a transformava e inseria constantemente novos desafios à nossa atuação; o contexto e sua história também se impunham.” Lecionou nos cursos normal, de administração escolar e de formação de professores para a pré-escola no Padre Anchieta, até 1968, com a instalação do AI nº 5. Junto com seu marido e filha de meses, exilou-se na Suíça. Lá, fez cursos sobre desenvolvimento e educação no Instituto Africano de Genebra, com Pierre Furter. Entre os europeus, conheceu os processos de exclusão que a permitiram, posteriormente, aumentar a empatia pelos alunos mal sucedidos na escola. Nas palavras da biografada: “Afora as dificuldades da língua, tudo o que eu julgava saber fazer bem não parecia adequado aos olhos deles.” De volta ao Brasil, 1971, trabalhou como auxiliar de pesquisa na Fundação Carlos Chagas (FCC); assessora de gabinete na Secretaria de Estado da Educação, com João Cardoso Palma Filho como coordenador da Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas (CENP), ajudou a conduzir o processo de reformulação curricular do sistema estadual de São Paulo e foi Membro do Conselho Estadual de Educação por dois mandatos consecutivos (1988-1994).

Iniciou sua atuação docente na Faculdade de Educação (FEUSP) em 1989, onde integrou o EDM – Departamento de Metodologia do Ensino e Educação Comparada, ministrando disciplinas na área de Supervisão e Currículo, tendo como colegas de área Eleny Mitrulis e José Cerchi Fusari, e na Pós-Graduação, propôs a disciplina: Questões Atuais de Currículo. Participou da coordenação da Área de Pedagogia; do Conselho de Departamento; da Comissão de Pesquisa da FE; de Programas de Formação Continuada de Docentes; Presidiu a comissão que fez uma reavaliação da Escola de Aplicação; fez parte da primeira Comissão Interdepartamental, que redigiu o Código de Ética na Pesquisa para a FE. Juntamente com a Fundação Carlos Chagas e Eleny Mitrulis, realizou a avaliação do Projeto ‘Reforço Escolar Mediante Horas Adicionais de Estudo para Alunos do Ensino Médio’(2004), visando aumentar a oportunidade de ingresso para os alunos das escolas estaduais públicas no ensino superior público, além de experimentar novas formas de relação com o conhecimento. Aposentou-se em 2010.
Permaneceu como docente de Pós-Graduação até 2018 e foi consultora de pesquisa do Cenpec, coordenada por Antônio Augusto Batista. O objetivo era analisar o movimento de renovação curricular observado nos estados e distrito federal entre 2009 e 2014.
Destacou como momentos mais marcantes, durante sua atuação na FEUSP, a coordenação de estudo desenvolvido pela FCC, com aporte da Unesco, que ensejou a análise das propostas curriculares elaboradas pelos diferentes estados da federação entre 1995-1998, com vistas a fornecer elementos para a elaboração dos Parâmetros Curriculares Nacionais para a Educação Básica (1998). A participação no Programa do MEC: “Currículo em Movimento”, com vistas a subsidiar o Conselho Nacional de Educação na formulação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica (2009/2010).
Também registrou que seus primeiros anos como docente, na FE, não foram fáceis.
No primeiro ano da graduação do curso de Pedagogia, em que ministrava Teorias de Currículo, as turmas eram muito numerosas: 60 alunos das matrículas iniciais e mais de 20 estudantes remanescentes dos anos anteriores. A falta de conceitos básicos do campo da educação entre os iniciantes do curso também constituía uma dificuldade pois, afirmou, um melhor entendimento das questões de currículo supunha já uma introdução aos problemas educacionais. Quando as Habilitações do curso de Pedagogia foram suprimidas, participou da discussão do novo currículo e, Currículos e Programas, como foi rebatizada a disciplina, passou a ser ministrada no terceiro ano do curso, com estágio obrigatório.

Nos últimos anos tem escrito sobre os professores da educação básica. Foi parceira de Bernardete Gatti e de Marli André, em três publicações da Unesco (2009, 2011,2019), sobre formação, trabalho e carreira desses docentes em âmbito nacional, e o modo como são traduzidas essas dimensões pelas políticas públicas, pela academia e pelos próprios sujeitos responsáveis por transformá-las em realidade.