Autor: Renato Tassinari (Comunicação e Mídia)

DORIS ACCIOLY E SILVA

(Minibiografia baseada em entrevista concedida ao projeto “Registro histórico por meio de relatos biográficos de docentes aposentados: valorizando e reconstruindo a história da FEUSP” no ano de 2021.)

Doris Accioly e Silva nasceu em 31 de dezembro de 1952 na cidade de Araguari, Minas Gerais.
Em 1975 formou-se em Ciências Sociais pela Faculdade Barão de Mauá de Ribeirão Preto/SP. Prosseguindo sua formação acadêmica, em 1995 concluiu seu Mestrado em Ciências Sociais pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Faculdade de Ciências e Letras – UNESP, Campus de Araraquara e em 2005 doutorou-se em Ciências Sociais pela mesma instituição.
Trabalhou como professora de Estudos Sociais do Colégio Pequeno Príncipe em Ribeirão Preto (1974 a 1977); professora da Educação Básica nos Colégios Estaduais Maria Petronila Monteiro e Carlos Maximiliano na cidade de São Paulo (1977 a 1987); professora de Filosofia na Fundação Armando Alvares Penteado – Faculdade de Comunicação (1978 a 1996); professora de História das Ideias Políticas e Sociais, Teoria Antropológica e Sociologia da Educação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Moema (1983 a 1988); professora de Sociologia, Fundamentos das Ciências Sociais, Sociologia Aplicada ao Serviço Social e Sociologia Aplicada à Administração na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1985 a 1988) e professora de Teoria Geral da Educação da Universidade Estadual Paulista – Campus Araraquara (1996 a 2002).
Iniciou sua atuação docente na Faculdade de Educação (FEUSP) em 2002 onde integrou o EDA – Departamento de Administração Escolar e Economia da Educação.
Ministrando as disciplinas Política e Organização da Educação Básica (POEB) para Licenciatura; Seminários de Cultura Escolar e Metodologia e Prática de Ensino. Na Pós-Graduação, ministrou a disciplina Cultura e Educação na visão de mundo anarquista.
Foi Membro do Conselho do EDA; Membro da Congregação da FEUSP como representante dos professores doutores; Membro do Centro de Memória da Educação da FEUSP e das comissões de Cultura e Extensão, Pesquisa, Graduação, Espaços, Revalidação de diplomas e transferência. Representante da FEUSP junto ao Conselho do Instituto de Estudos Brasileiros e junto ao Conselho do Monumento Nacional Ruína São Jorge dos Erasmos. Campus de Santos. Participou da Comissão Organizadora da Semana de Educação da FEUSP por diversos anos.

Destacou como momentos mais marcantes, durante sua atuação na FEUSP, a participação em comissões organizadoras de movimentos reivindicatórios de professores; organização de seminários e simpósios; organização, junto com a professora Carmen Sylvia Vidigal Moraes, do Curso de Pós-Graduação sobre Educação Libertária, ministrado pelo prof. Dr. Pere Solà da Universidade Autônoma de Barcelona; participação em bancas de defesas de teses de alunos da FEUSP; participação no grupo de estudos de Educação e Cultura Libertárias do Centro de Memória da Educação da FEUSP e Convite e organização de palestras com as Profa.s Dras.: Dulce Whitaker, Olgair Gomes Garcia, Lúcia Fabrini de Almeida e Maria Inês Cabral.

DIRCEU RICCI CARVALHO

(Minibiografia baseada em informações contidas no Programa de Pós-Graduação em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano: 40 anos, disponível em: http://newpsi.bvs-psi.org.br/ebooks2010/pt/Acervo_files/Livro_PSA_40_ANOS.pdf )

Dirceu Ricci Carvalho formou-se em Psicologia pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IPUSP), em 1971. Prosseguindo sua formação acadêmica, em 1975 concluiu seu Mestrado em Psicologia Escolar, pelo IPUSP com a dissertação “Efeito da modelação e de reforçamento sobre uma classe de resposta verbal (tato), em crianças.” e em 1979 o Doutorado, na mesma área e instituição, com a tese “Efeito da verbalização livre, da verbalização dirigida e da observação na imitação motora, em escolares de níveis sócio-econômicos distintos”, ambos orientados pela Profa. Dra. Geraldina Porto Witter.
Atuou como docente da Faculdade de Educação da USP.
Faleceu no dia 26 de dezembro de 2009, aos 70, casado com Selma Siqueira Carvalho.

DENISE TRENTO REBELLO DE SOUZA

(Minibiografia baseada em entrevista concedida ao projeto “Registro histórico por meio de relatos biográficos de docentes aposentados: valorizando e reconstruindo a história da FEUSP” no ano de 2021.)

Denise Trento Rebello de Souza nasceu em 13 de setembro de 1962 em Santos, litoral de São Paulo.
Em 1985 formou-se em Psicologia pelo Instituto de Psicologia (IP) da Universidade de São Paulo (USP). Prosseguindo sua formação acadêmica, em 1991 concluiu seu Mestrado em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano, na mesma instituição.
Em 2001 completou seu PhD em Educação pelo Instituto de Educação da Universidade de Londres.
Trabalhou como auxiliar de pesquisa junto à Fundação Carlos Chagas (FCC), durante cinco anos. Foi psicóloga escolar no Serviço de Psicologia Escolar do IPUSP (1987 a 1989) e auxiliar de Ensino junto ao EDF – Departamento de Filosofia da Educação e Ciências da Educação.
Iniciou sua atuação docente na Faculdade de Educação (FEUSP) em 1989 onde integrou o EDF – Departamento de Filosofia da Educação e Ciências da Educação.
Ministrou diversas disciplinas da área de Psicologia da Educação ao longo dos quase 30 anos como docente, dentre elas: EDF 288 – Psicologia da Educação e EDF 296 – Psicologia da Educação: uma abordagem do cotidiano escolar. Na Pós-Graduação ministrou a disciplina EDF 5051 – A Escola como Objeto de Estudo: contribuições da Psicologia Escolar e da perspectiva etnográfica. Atuou como Coordenadora de Área; Representante de Mestres e Doutores em Comissões e Instâncias da Faculdade e junto à Comissão de Pesquisa, sendo Vice-Coordenadora em diversas ocasiões e Representante do EDF. Foi editora da Revista Educação e Pesquisa, e Editora Chefe em parceria com Teresa Rego e Cláudia Vianna, em gestões subsequentes.
Destacou como momentos mais marcantes, durante sua atuação na FEUSP, o período junto à Revista Educação e Pesquisa; suas experiências como pesquisadora da Faculdade e os processos no campo da formação docente, que compõem um legado inestimável, nas palavras da biografada. Também a amizade e companheirismo de vários colegas de trabalho, dos três departamentos da FEUSP. Amizades verdadeiras que, em meio à vida institucional e seus desafios, conquistas, lutas e perdas, foram se constituindo e permanecem ainda hoje como legado dessa fase de sua vida.

DENICE BARBARA CATANI

(Minibiografia baseada em entrevista concedida ao projeto “Registro histórico por meio de relatos biográficos de docentes aposentados: valorizando e reconstruindo a história da FEUSP” no ano de 2021.)

Em 1974, Denice Barbara Catani, formou-se em Pedagogia pela Faculdade de Educação (FEUSP) da Universidade de São Paulo. Cursou a primeira turma do curso pós Reforma Universitária (lei 5540/1968), concretizada a partir de 1970. Prosseguindo sua formação acadêmica, em 1982 concluiu seu Mestrado em Educação e em 1989 doutorou-se em educação pela FEUSP.
Trabalhou como professora no ensino primário da rede pública; em cursos supletivos e em habilitações ao magistério. Em escolas da rede privada, atuou no nível de segundo grau, dentre elas o Instituto Mackenzie. Lecionou em universidades privadas; colaborou durante dois semestres na Escola de Agronomia de Piracicaba e igualmente por dois semestres, com contrato de tempo parcial, trabalhou na UNESP, campus de Araraquara.
Iniciou sua atuação docente na Faculdade de Educação (FEUSP) em 1978 onde integrou o EDM – Departamento de Metodologia de Ensino e Educação Comparada, ministrando as disciplinas de Didática e de Questões de Teorias de Ensino, nos cursos de Pedagogia e Licenciatura. Na Pós-Graduação ministrou disciplinas ligadas às temáticas de História da Educação Brasileira e de Formação de Professores. Participou ininterruptamente dos órgãos colegiados (conselho de departamento, congregação, conselho técnico administrativo e comissões estatutárias); exerceu os cargos de Chefia do EDM; Coordenação do Programa de Pós-Graduação da FEUSP e Presidência da Comissão de Pós-Graduação, no decorrer dos anos 2000. Aposentou-se em 2013.
Destacou como momentos mais marcantes, durante sua atuação na FEUSP, o trabalho de orientação de alunos de Iniciação Científica, Mestrado, Doutorado e Pós Doutorado. Muitos dos quais atuam hoje na USP e em importantes universidades públicas de São Paulo e de outros Estados. Além dos cursos de especialização para professores atuantes em redes públicas e para grupos da terceira idade.
Fora da USP, ainda destacou, participações e intervenções em cursos, palestras e seminários na Universidade de Lisboa; na UNESP e colaborações nas Universidades Federais e Estaduais de muitos estados do Brasil, e também na França. Realizou projetos de investigação e intercâmbio com Portugal na área de História da Educação e Educação Comparada dos dois países e de avaliação no Ensino Superior.
Os resultados de pesquisas e das reflexões elaboradas ao longo do tempo de atuação docente foram publicados em livros e artigos no Brasil e noutros países.
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EDA – Departamento de Administração Escolar e Economia da Educação
EDF – Departamento de Filosofia da Educação e Ciências da Educação
EDM – Departamento de Metodologia do Ensino e Educação Comparada
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Datas Importantes da FEUSP:
1938 – Incorporação do Instituto de Educação à faculdade
1962 – Departamento de Educação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP transferiu-se da Rua Maria Antônia para a Cidade Universitária “Armando de Salles Oliveira”, onde ocupou parte do Centro Regional de Pesquisas Educacionais de São Paulo – CRPE/SP. Sua Biblioteca foi instalada no mesmo local da Biblioteca do CRPE.
1969 – Em 16 de dezembro, com a Reforma Universitária, o Departamento de Educação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP foi transformado em Faculdade de Educação.

CYNTHIA PEREIRA DE SOUSA

(Minibiografia baseada em entrevista concedida ao projeto “Registro histórico por meio de relatos biográficos de docentes aposentados: valorizando e reconstruindo a história da FEUSP” no ano de 2021.)

Cynthia Pereira de Sousa nasceu em 17 de dezembro de 1946, em São Paulo, onde sempre viveu.
Em 1970 formou-se em Pedagogia pela Faculdade de Educação (FEUSP) da Universidade de São Paulo (USP). Egressa da escola pública Instituto de Educação Prof. Alberto Conte, no bairro de Santo Amaro, contou que o vestibular, na época (1965/1966), era feito no próprio espaço ocupado pelo Curso de Pedagogia, elaborado, aplicado e corrigido pelo seu corpo docente, com provas escritas dissertativas e exames orais de Português, História e uma língua estrangeira. Prosseguindo sua formação acadêmica, em 1981 concluiu o Mestrado em Educação e em 1988 doutorou-se em Educação pela FEUSP. Obteve sua Livre-Docência no ano 2000 pela Faculdade de Educação.
Trabalhou como professora e diretora na rede municipal de São Paulo e como auxiliar de ensino no Departamento de Filosofia da Educação e Ciências da Educação da FEUSP, dando aulas e corrigindo trabalhos, nos anos 70.
Iniciou sua atuação docente na FEUSP em 1981 onde integrou o EDF – Departamento de Filosofia da Educação e Ciências da Educação, ministrando as disciplinas História da Educação Antiga, Medieval, Moderna e Contemporânea, e depois em História da Educação Brasileira, disciplina que ajudou a criar. Desde 1991, participou de reuniões do grupo interdepartamental com o objetivo de criar o Centro de Memória da Educação, instalado em 1993, para abrigar documentos, materiais e pesquisas acerca da História da Educação Brasileira. Entre 2005 a 2007 foi vice-coordenadora da Comissão de Pós-Graduação, juntamente com a Profa. Denice Barbara Catani. Aposentou-se em 2007.
Destacou como momentos mais marcantes, durante sua atuação na FEUSP, seu primeiro projeto de pesquisa aprovado pelo CNPq, a partir de 1992, com bolsa de pesquisa individual, sobre As Representações de Leitura entre os Católicos e a Formação do Público Leitor Feminino. E outros projetos desenvolvidos em parceria com a professora Denice Barbara Catani, entre eles Imprensa Educacional Paulista (1890 a 1996), com financiamento da FINEP; a criação do Grupo de Estudos sobre Docência, Memória e Gênero (GEDOMGE) e a organização de um seminário, com o mesmo título, que contou com a participação de pesquisadoras e pesquisadores de várias partes do Brasil, acerca de estudos alternativos sobre formação continuada de professores. Entre 1994 a 1998, desenvolveu um grupo de trabalho com professoras da rede pública e alunos da Pós-Graduação. O grupo trabalhou com a construção de uma proposta de formação continuada para o magistério e de estímulo a experiências de pesquisa desenvolvidas pelos mestres na sua vida docente. Como decorrência desses estudos, elaborou um curso sobre “A escrita autobiográfica de formação”, no âmbito do Projeto Universidade Aberta à Terceira Idade (1998 a 1999).
Ainda destacou os projetos binacionais realizados durante sua atuação na FEUSP:
Entre 2003 a 2006, desenvolveu o “Um estudo comparativo sobre o processo de construção da categoria alunos, nas estatísticas educacionais, no Brasil e em Portugal (1890-1990)”, estudo analítico sobre a história e comparação da realidade escolar portuguesa e brasileira, por meio do levantamento de dados censitários e estatísticas nacionais e internacionais. Examinando os processos por meio dos quais as crianças foram sendo transformadas em alunos na escola de massas, como elas foram sendo configuradas em uma norma de aluno: o aluno-padrão, o aluno-referência.
Na sequência, entre 2006 e 2009, seu segundo projeto binacional teve como foco “Estudos comparados sobre o discurso jurídico e a modernidade pedagógica, no Brasil e em Portugal (1820-1920)”. O projeto inscreveu-se no âmbito de um projeto mais amplo intitulado “Arqueologia da Educação Moderna: estudos comparados sobre o discurso pedagógico, no Brasil e em Portugal (1820-1920)”, com o objetivo de demonstrar como ao longo do século XIX e do início do século XX, a educação e todas as questões a ela ligadas tornaram-se objeto do exame e da atenção de um conjunto de especialistas de diversos campos do conhecimento, tais como a Filosofia, o Direito, a Medicina, a Política e como essa produção discursiva ajudou a constituir o próprio campo da Educação, que pouco a pouco adquire autonomia.
A última pesquisa, entre 2009 e 2012, seguiu novos caminhos e trabalhou com “Ciência, gênero e educação: cenários da inserção da mulher no campo científico (1995-2010)”. Abordando o tema pouco explorado da inserção feminina no campo científico em diferentes países. Pretendeu-se examinar o corpus documental (composto por livros, coletâneas, artigos em coletâneas, publicações oficiais, etc.) em duas dimensões: a interna de cada país e a externa, entre os países.

CLÁUDIA PEREIRA VIANNA

(Minibiografia baseada em entrevista concedida ao projeto “Registro histórico por meio de relatos biográficos de docentes aposentados: valorizando e reconstruindo a história da FEUSP” no ano de 2021.)

Cláudia Pereira Vianna nasceu em 30 de setembro de 1959, em São José dos Campos, interior de São Paulo.
Em 1981 formou-se em Serviço Social pela Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP). Prosseguindo sua formação acadêmica, em 1992 concluiu o Mestrado em Educação: História, Política, Sociedade pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e em 1999 Doutorou-se em Educação pela Faculdade de Educação (FEUSP) da Universidade de São Paulo (USP).
Trabalhou como assistente de pesquisa na Fundação Carlos Chagas (FCC) de São Paulo, entre 1985 e 1992.
Iniciou sua atuação docente na Faculdade de Educação (FEUSP) em 1992 onde integrou o EDA – Departamento de Administração Escolar e Economia da Educação, ministrando as disciplinas Política e Organização da Educação Básica (POEB) e disciplinas eletivas na área de Relações de Gênero e Educação, intituladas Escola e Relações de Gênero e Trabalho, Educação e Gênero. Na Pós-Graduação orientou na área de Educação e Relações de Gênero.
Destacou como momentos mais marcantes, durante sua atuação na FEUSP, o registro do grupo de pesquisas Estudos de Gênero, Educação e Cultura Sexual (EdGES) no CNPq em 1999, junto com a professora Marília Pinto de Carvalho. O grupo de pesquisas permanece atuante na FEUSP e responsável pela formação de mais de 80 estudantes de graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado. Em 2020 lançou a coletânea Gênero e Educação: 20 anos construindo conhecimento, em comemoração às duas décadas de trabalho.
Ainda destacou a importância da retomada sistemática do ensino e da pesquisa sobre educação e relações de gênero no âmbito da FEUSP de maneira institucionalizada por meio da contratação de professoras com formação específica e experiência na temática, que podem atuar na graduação e na pós-graduação desenvolvendo pesquisas, orientando, formando e aprofundando as intersecções entre gênero, sexualidade, política educacional e cotidiano escolar na perspectiva teórica dos estudos de gênero.

Cláudia Vianna ainda atua como professora sênior na Pós-Graduação e na pesquisa como bolsista de produtividade em pesquisa nível 1D pelo CNPq.

CIRCE MARIA FERNANDES BITTENCOURT

(Minibiografia baseada em entrevista concedida ao projeto “Registro histórico por meio de relatos biográficos de docentes aposentados: valorizando e reconstruindo a história da FEUSP” no ano de 2021.)

Circe Maria Fernandes Bittencourt nasceu em 15 de agosto de 1945 em Ribeirão Preto, interior de São Paulo.
Em 1967 formou-se em História pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP). Prosseguindo sua formação acadêmica, em 1969 concluiu pós-graduação em Metodologia e Teoria de História pela mesma instituição. Em 1988 obteve Mestrado e em 1993 doutorado em História Social pela FFLCH.
Trabalhou como professora de História, no ensino fundamental e médio, na rede particular (1968 a 1976) e pública, entre 1970 a 1976, no bairro do Piqueri e de 1977 a 1985 na escola EEPSG Architiclino Santos, no Parque Continental, ambas em São Paulo.
Iniciou sua atuação docente na Faculdade de Educação (FEUSP) em 1985 onde integrou o EDM – Departamento de Metodologia do Ensino e Educação Comparada, como Professora de Prática de Ensino de História e na Pós-Graduação ministrou disciplinas sobre História dos Currículos e Disciplinas Escolares e sobre História dos Livros Didáticos. Aposentou-se em 1999, mas manteve pesquisa e orientação na Pós-Graduação até 2007.
Destacou como momentos mais marcantes, durante sua atuação na FEUSP, o período inicial da constituição do curso de Prática de Ensino de História (ou de Metodologia do Ensino de História I e II), em que trabalhou com a professora Elza Nadai.
Desde a constituição da FEUSP, Elza foi a única professora da disciplina e enfrentava diversos problemas em relação à questões de metodologia do ensino e aprendizagem e a organização e acompanhamento dos estágios em escolas da rede para um grande números de alunos (média de 140 alunos entre cursos diurnos e noturnos). No mesmo período desenvolveu seu mestrado sobre a história do ensino de História. Nas palavras da biografada: “Tema novo que realizei junto à pós-graduação em História Social da USP e, posteriormente, meu doutorado sobre a história dos livros didáticos brasileiros. Período em que tive o privilégio de uma bolsa sanduíche na França e que proporcionou novas perspectivas epistemológicas para o trabalho sobre formação docente, tanto no campo historiográfico quanto das metodologias do ensino de História, a partir das co-orientações de André Chervel e de Alain Choppin no Institut national de recherche pédagogique (INRP) e com Henri Moniot (Paris VII).” No período inicial de consolidação da disciplina e início das orientações em cursos de Pós-graduação, ocorreu uma interrupção causada pelo falecimento de Elza Nadai em 1995.
Após sua aposentadoria, retornou à FEUSP para construção do acervo de obras didáticas e criação de um Banco de Dados, denominado LIVRES, através do apoio do Projeto Temático da FAPESP, entre 2003 a 2007 e apoio de outras instituições nacionais e internacionais. Escreveu o livro Ensino de História, Fundamentos e Métodos, publicado em 2004. Obra fundamentada em suas experiências nos cursos e estágios dos alunos de graduação e pesquisas dos orientandos que contribuíram para referenciar estudos sobre o conhecimento escolar e metodologias de ensino e aprendizagem de História.
Ainda destacou que, enquanto professora do EDM, teve o privilégio de compartilhar a vida acadêmica com muitos colegas: Myriam Krasilchik, Anna Maria Pessoa de Carvalho, Silvia Frateschi, Manoel Oriosvaldo de Moura e outros. Em especial, registrou as vivências com a professora de Metodologia de Ensino de Geografia, Nídia Nacib Pontuschka. Criaram juntas o Laboratório de Ensino e Pesquisa de História e Geografia, espaço em que ministravam suas disciplinas e realizaram viagens interdisciplinares a lugares próximos a São Paulo com os futuros professores. Na Pós-Graduação, entre 1995 a 1997, desenvolveram um projeto interdisciplinar sobre o Meio Ambiente com o tema Águas em São Paulo, junto com professores e alunos da rede municipal. Desse projeto resultou a produção de três vídeos, articulados à pesquisadores da ECA – USP, sobre a história dos problemas de enchentes e lutas dos moradores da periferia urbana na obtenção de água encanada e a história do fornecimento e abastecimento de água, a partir do final do século XIX, com a criação da SABESP. Também realizaram pelo Laboratório de História e Geografia cursos de formação de professores indígenas (Terena, Kadiwéu, Guarani, Timbira), com apoio do Centro de Trabalho Indigenistas (CTI) e que resultou na continuidade de estudos sobre a história da educação indígena a partir do contato com o europeu em diversas pesquisas de Pós-Graduação.
Compartilhou com Marta Carvalho e Carmen Sylvia Vidigal a criação do Centro de Memória da Educação da FEUSP (1990) e, atualmente, integra a equipe de pesquisadores do Projeto Temático da FAPESP Saberes e Práticas em Fronteiras: por uma história transnacional da educação ( 1810-…), coordenado pela Dra.Diana Vidal e Dra. Carlota Boto, desenvolvendo pesquisas de armazenamento e digitalização de acervos de manuais escolares brasileiros na Biblioteca do Livro Didático (BLD/FEUSP) e de outras bibliotecas por intermédio da atualização do Banco de Dados LIVRES.

CÉSAR AUGUSTO MINTO

(Minibiografia baseada em entrevista concedida ao projeto “Registro histórico por meio de relatos biográficos de docentes aposentados: valorizando e reconstruindo a história da FEUSP” no ano de 2022.)

César Augusto Minto nasceu em 25 de julho de 1949, em Rincão, estado de São Paulo.
Em 1975 formou–se em Ciências Biológicas pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Farias Brito. Prosseguindo sua formação acadêmica, em 1990 concluiu seu Mestrado em Educação (Didática) pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo e em 1996 o Doutorado em Educação (Administração Escolar), pela mesma instituição.
Trabalhou como professor efetivo de Ciências na rede estadual de ensino de São Paulo durante 17 anos, lecionando sobretudo para estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental; e foi docente de Didática e Metodologia do Ensino de Ciências na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) por 10 anos.
Iniciou sua atuação docente na Faculdade de Educação (FEUSP) em 1999, onde integrou o EDA – Departamento de Administração Escolar e Economia da Educação, realizando atividades de ensino, pesquisa e extensão. Ministrou a disciplina: Política e Organização da Educação Básica no Brasil (POEB), sobretudo para estudantes das diversas Licenciaturas da USP, cuja disciplina é obrigatória. Aposentou–se em 2021, após 22 anos de exercício.
Destacou como momentos mais marcantes, durante sua atuação na FEUSP, toda sua passagem pela FE, seja enquanto estudante de mestrado e doutorado, quando teve, nas palavras do biografado, o privilégio de interagir com: Anna Maria Pessoa de Carvalho, Beatriz Alexandrina de M. Fétizon, Celso Beisiegel, Elcie Salzano Masini, Hercília Tavares de Miranda, José Mário Pires Azanha, Lisete R. Gomes Arelaro, Maria Cecília S. Teixeira, Maria de Lourdes Covre, Maria Victoria Benevides, Myriam Krasilchik, Nélio Parra e Roseli Fischmann, seja depois como colega dela(e)s e de muita(o)s outra(o)s.
Também registrou uma pequena crítica, que considera construtiva, a necessidade de um maior envolvimento institucional nos momentos de definição de políticas públicas para a Educação e também de peças de planejamento, por exemplo, do Plano Nacional de Educação, do Plano Estadual de Educação, da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO, anual), esta última sobretudo momento essencial na disputa pelo fundo público, pois as universidades estaduais paulistas dependem da destinação de um percentual do ICMS quota–parte do Estado.

CELSO FERNANDO FAVARETTO

(Minibiografia baseada em entrevista concedida ao projeto “Registro histórico por meio de relatos biográficos de docentes aposentados: valorizando e reconstruindo a história da FEUSP” no ano de 2021.)

 

Celso Fernando Favaretto nasceu em 03 de março de 1941 em Colina, zona rural de São Paulo e colônia de lavradores descendentes de italianos do Vêneto, norte da Itália.
Em 1968 licenciou-se em Filosofia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Católica de Campinas, atual PUCAMP. Prosseguindo sua formação acadêmica, em 1978 completou seu Mestrado em Filosofia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP). Com dissertação na área de Estética: Tropicália: Alegoria, Alegria (1978). Publicada em 1979, pela Editora Kairós. Doutorou-se em 1988 em Filosofia, pela mesma instituição. Tese na área de estética: A Invenção de Hélio Oiticica. Publicada em 1993, pela EDUSP.
Livre-docente em Educação pela Faculdade de Educação (FEUSP) da USP em 2004.
Trabalhou como professor de Física no curso colegial-científico no Instituto Estadual de Educação Pres. Kennedy- Americana, antigo Colégio Estadual e Escola Normal de Americana, atual E.E. F.M. Dr. Heitor Penteado (1963 a 1968); professor de Filosofia no Colégio Estadual Oswaldo Aranha, núcleo central do Sistema de Ensino Vocacional do Estado de São Paulo (1969 a 1972) e no Colégio Equipe/SP ( 1973 a 1974); professor de Filosofia de Educação no Instituto Superior de Educação Senador Flaquer, Santo André/SP ( 1970 a 1976); professor de Introdução à Filosofia, de Estética e de Didática de Filosofia na Faculdade de Filosofia N.S. Medianeira/SP (1972-1985) e entre 1976 a 1985, professor do Departamento de Filosofia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), nas disciplinas Introdução à Filosofia; Filosofia da Linguagem e Estética.
Foi membro fundador e diretor da revista Arte em Revista do Departamento de Filosofia da USP (1978-1984); membro do Conselho editorial da EDUC (Editora da PUC-SP) e coordenador da série Cadernos PUC (1981-85); Chefe do Departamento de Filosofia da PUC-SP (1981-83); membro do Conselho Universitário da PUC-SP (1985); Chefe do Departamento de Filosofia e do Ciclo Básico da Faculdade de Filosofia N. S. Medianeira (1978-85) e participou de Encontros Nacionais para a reintrodução da Filosofia no 2º. Grau (Ensino Médio) entre 1978 a 1985.
Iniciou sua atuação docente na Faculdade de Educação (FEUSP) em 1985 onde integrou o EDM – Departamento de Metodologia do Ensino e Educação Comparada, ministrando as disciplinas Metodologia do Ensino de Filosofia, para licenciatura, e optativas para o curso de Pedagogia. Entre 1989 a 2021 foi docente de Pós-Graduação em disciplinas e orientações sobre questões referentes à Modernidade e pós-modernidade em filosofia, arte e educação. Aposentou-se em 2010, compulsoriamente.
Na FEUSP exerceu as funções de membro da Comissão “Atividades Culturais na FEUSP” (1990 a 1991); membro da Comissão para implantação de Cursos de Especialização na FEUSP (1992); membro da Comissão para implantação da Área de Pós-Graduação em Educação “Cultura Escolar Brasileira”, da FEUSP (1990 a 1992); membro Eleito da Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Educação da USP (1993 a 1999); membro do Conselho de Departamento, do Departamento de Metodologia do Ensino e Educação Comparada da FEUSP (1994 a 1999); membro do Grupo de Trabalho, designado pela Reitoria da USP, para elaboração do Projeto Acadêmico de “Artes” para implantação do Campus USP- Leste (Jun/2003); membro suplente da Comissão de Licenciatura da Pró-Reitoria de graduação da USP (2006 a 2007); membro da Comissão de Museus da USP (2006 a 2008) e membro suplente do Conselho de Departamento, EDM-FEUSP (2005-2009). Participou do Projeto de Extensão “Professores como alunos especiais”, FEUSP/Secretaria da Educação (1991 a 2003) e do Projeto “Educação e Cidadania”, do Instituto de Estudos Avançados da USP, Grupo “Paidéia”, coordenado pelo professor Alfredo Bosi (1991 a 1995). Também foi coordenador da Área Temática “Linguagem e Educação” do Programa de Pós-Graduação da FEUSP (1994 a 1997) e professor-colaborador do Programa de Pós-Graduação em Filosofia – Estética (1990 a 2021). Orientou 14 mestrados, 17 doutorados e supervisionou 3 pós-doutorados.
Destacou como momentos mais marcantes, durante sua atuação na FEUSP, todo o período em que trabalhou como professor de Metodologia do Ensino de Filosofia e participação em diversas atividades oficiais relativas ao ensino da disciplina; também a participação em encontros, seminários e congressos, realizados em São Paulo e em outros Estados, especialmente em Universidades, sobre questões referentes ao Ensino de Artes . A formulação de um projeto específico de Ensino de Filosofia, que repercutiu na legislação e na formação de docentes do Ensino Médio. E a notoriedade sobre questões de arte, cultura e política no Brasil, após a publicação do seu livro A invenção de Hélio Oiticica, em 1992.

CELSO DE RUI BEISIEGEL

(Minibiografia baseada em informações contidas no Currículo Lattes.)

Celso de Rui Beisiegel formou-se em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (USP), em 1958. Prosseguindo sua formação acadêmica, em 1964 concluiu seu Mestrado em Sociologia pela USP e em 1972 o Doutorado em Sociologia, pela mesma instituição. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Sociologia da Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: educação popular, política educacional, educação, sociologia da educação e educação de jovens e adultos.
Iniciou sua atuação docente na Faculdade de Educação (FEUSP) em 1966, onde integrou EDF – Departamento de Filosofia da Educação e Ciências da Educação, ministrando as disciplinas: Sociologia da Educação I e Sociologia da Educação II. Atuou como Diretor da FEUSP, entre os anos 1988 a 1990, onde também exerceu os cargos de Vice-diretor e Chefe do EDF; foi Pró-reitor de Graduação da USP (1990 a 1993) e Professor Emérito da FEUSP.
Também atuou na Secretaria Estadual de Educação e no Ministério da Educação.
Em 2009, em homenagem ao professor, a Editora da USP (Edusp) lançou o livro “Celso de Rui Beisiegel: Professor, Administrador e Pesquisador”, de autoria da professora da FE Gilda Naécia Maciel de Barros”.
Faleceu dia 26 de novembro de 2017, em São Paulo.

BERNARDO ISSLER

(Minibiografia baseada em entrevista concedida ao projeto “Registro histórico por
meio de relatos biográficos de docentes aposentados: valorizando e reconstruindo
a história da FEUSP”, por telefone em 29 de março de 2022 à pesquisadora
Vanessa de Jesus Campos.)

Bernardo Issler nasceu em 22 de janeiro de 1933 em Porto Alegre.
Em 1960 formou-se em História e Geografia pela então Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (atual FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP). Prosseguindo sua formação acadêmica, em 1974 concluiu o Doutorado em Geografia e Estudos Sociais pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, em Presidente Prudente.
Trabalhou como professor do ensino secundário durante sua graduação. Na época, estudantes da USP podiam lecionar no ensino público, a partir do 3° ano da faculdade, mediante autorização da delegada de ensino, que no período era Marina Cintra.
Iniciou sua atuação docente na Faculdade de Educação (FEUSP) após sua formação, como Professor Assistente na categoria extra-numerário, sem vencimentos, tendo como Professora Titular Amélia Americano Franco Domingues de Castro . Após a Constituição de 1988, ganhou estabilidade. Integrou o EDM – Departamento de Metodologia de Ensino e Educação Comparada , ministrando a disciplina: Prática de Ensino de Geografia.
Destacou como momentos mais marcantes, durante sua atuação na FEUSP, a apresentação dos relatórios que seus alunos apresentavam em sala, após terem assistido ou dado aulas de formação.
As aulas práticas de ensino de geografia eram ministradas no prédio do curso de Geografia e História, próximo da Faculdade de Educação. Particularmente, o curso de Geografia e História sofreu uma interferência, sendo muito vigiada, por ser responsável pela formação dos futuros professores. Além da Geografia e História, a faculdade de Arquitetura e Urbanismo era visada pelos militares.
Para exemplificar a presença militar nesse período, sobretudo disfarçados como alunos, contou dois casos: O primeiro foi sobre uma viagem para o litoral de São Paulo com os alunos de graduação para realizarem estudo do meio. No caminho da estrada velha de Santos, a Polícia Rodoviária parou o ônibus e um dos oficiais havia sido seu aluno na faculdade. Permitindo que seguissem viagem, enviou um batedor à frente para escoltar o ônibus até seu destino. O outro caso aconteceu em sala de aula quando, ao marcar uma data de prova, um aluno, ao final da aula, informou que não poderia estar no dia da prova pois era militar e estaria de plantão no dia.
Como não estava em tempo integral na USP, lecionou, em cursos de graduação e pós-graduação em outras faculdades, como a Cásper Líbero, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e a FAAP – Fundação Armando Álvares Penteado, onde foi diretor da Faculdade de Comunicação. Nessas escolas, foi docente de Cultura Brasileira e Geografia Econômica.

 

BEATRIZ ALEXANDRINA DE MOURA FETIZON

(Minibiografia baseada em informações contidas no site da FEUSP.)

Beatriz Alexandrina de Moura Fetizon nasceu em 1929.
Concluiu o Mestrado em 1978 em História da Educação pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FEUSP), com dissertação intitulada “Educar professores? – A formação dos professores níveis II e III e o papel da Universidade de São Paulo” e em 1986 o Doutorado, na mesma área, com a tese intitulada “Subsídios para o estudo da Universidade de São Paulo.”
Foi docente da FEUSP, onde integrou o EDA – Departamento de Administração Escolar e Economia da Educação. Em 1992 tornou-se professora emérita aposentada, mas continuou atuando em bancas examinadoras de pós-graduação na FEUSP.
Não gostava da denominação formal de “professora inativa”. De acordo com entrevista concedida à Associação de Docentes da USP, Adusp, 2011, ela diz: “Eu me considero aposentada, porém não inativa. Aliás, eu costumo dizer que viver não é estar respirando em bomba de oxigênio, mas agir. Eu estou aposentada, mas estou viva, e de qualquer maneira estou ligada à universidade porque foi meu trabalho, minha vida”, diz Beatriz, que mesmo após a aposentadoria, continuou filiada à Adusp.
Faleceu no dia 28 de setembro de 2019, aos 90 anos de idade.