Memória do Corpo Docente – Maria do Rosário Silveira Porto

MARIA DO ROSÁRIO SILVEIRA PORTO

(Minibiografia baseada em entrevista concedida ao projeto “Registro histórico por meio de relatos biográficos de docentes aposentados: valorizando e reconstruindo a história da FEUSP” no ano de 2021.)


Maria do Rosário Silveira Porto nasceu em 16 de novembro de 1943 em Itapetininga, Estado de São Paulo.
Em 1975 formou-se em Letras pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP) e em 1978 graduou-se em Pedagogia pela Faculdade de Educação (FE) da USP. Prosseguindo sua formação acadêmica, em 1985 concluiu seu Mestrado e em 1993 o Doutorado, ambos em Educação pela FEUSP.
Trabalhou, a partir de 1962, em escolas primárias públicas da periferia da cidade de São Paulo, como professora substituta, inclusive multisseriadas de 1º a 4º ano, transferindo-se paulatinamente para escolas em regiões centrais. Em 1971, efetivou-se no antigo primário do sistema público estadual de ensino e em 1975, efetivou-se como professora III de português (de 1º e 2º graus), também do ensino público estadual.
Iniciou sua atuação docente na Faculdade de Educação (FEUSP) em 1980, como Auxiliar de Ensino contratada, no EDA – Departamento de Administração Escolar e Economia da Educação. Foi efetivada na FEUSP em 27 de setembro de 1993, mediante concurso público de provas e títulos. Ministrando as disciplinas: Estrutura e Funcionamento do Ensino de 1º e 2º Graus (posteriormente denominada POEB); Cultura Escolar; Direção de Unidade Escolar e Legislação. Na Pós-graduação: Cultura, Organização e Educação; Gestão de Organizações Educativas e Imaginário e Cultura das Organizações Educativas. Participou dos projetos de pesquisa: Criação do Centro de Vivência da Escola de Aplicação da FEUSP (1998 a 1999) e Projeto UNIR – Agricultura, Educação e Saúde (1995 e 1998). Também participou de inúmeros Congresso, Encontros, Seminários e Mesas-redondas, proferindo conferências e palestras; de cursos de extensão e de aperfeiçoamento; de bancas de qualificação de mestrado e de doutorado; de publicações de artigos, pareceres e prefácios de livros. Em parceria com Maria Cecília Sanchez Teixeira, organizaram e participaram de um Curso de Especialização para diretores de escola da Rede Municipal de Educação de Guarulhos, em 2007. Também participou de um curso de aperfeiçoamento para Coordenadores Pedagógicos da Rede Municipal de Educação de São Paulo, coordenado pela Profa. Selma Garrido Pimenta, de 1995 a 1996. Chefiou o EDA por dois mandatos, de 1997 a 2001. Aposentou-se em 2003. Permaneceu como professora colaboradora da Pós-graduação até 2013, continuando com as atividades do CICE, as aulas na Pós-Graduação e com as orientações até 2013.
Destacou como momentos mais marcantes, durante sua atuação na FEUSP, a criação de um grupo de estudos, no início dos anos 90, sobre cultura e imaginário que, posteriormente, daria origem ao Centro de Estudos do Imaginário, Cultura e Educação (CICE/EDA/FEUSP), criado em 1990, e à citada Área Temática da Pós-Graduação “Cultura, Organização e Educação”, que abrigava pesquisas que investigavam a cultura concebida como sistemas simbólicos e práticas sociais, entendidas essas como práticas simbólico-educativas. Liderou as atividades do CICE, juntamente com José Carlos de Paula Carvalho; Maria Cecília Sanchez Teixeira e Helenir Suano. O grupo funcionava como um coletivo, influenciado pelo espírito democrático do EDA, nas palavras da biografada. O que caracterizava as pesquisas e estudos realizados pelo CICE era o fato de possuírem um solo paradigmático comum – a “Escola de Grenoble” -, de cujas raízes se nutre a Teoria do Imaginário de Gilbert Durand e a partir do qual eram desenvolvidas temáticas diversas, de acordo com o olhar e a escuta específicos de cada pesquisador. O CICE foi institucionalizado em 1994, junto ao EDA e à Área Temática “Cultura, Organização e Educação” da Pós-Graduação. Ainda deu origem ao Laboratório Experimental de Arte-Educação & Cultura (LAB-ARTE), coordenado por Marcos Ferreira Santos e Rogério de Almeida, bem como ao Grupo de Estudos sobre Itinerários de Formação em Educação e Cultura (GEIFEC), criado por Rogério de Almeida.
Destacou ainda a aprovação e financiamento pelo CNPq de três projetos integrados, na década de 90: O imaginário de alunos da escola de 1º e 2º Graus
(1991-1994). Deste projeto resultaram 3 teses de doutorado (de Maria do Rosário Silveira Porto, de Sueli Aparecida Itman Monteiro e de Helenir Suano), uma de livre-docência (de Maria Cecília Sanchez Teixeira) e uma de titulação (de José Carlos de Paula Carvalho); O imaginário de educadores de escolas públicas de 1º e 2º Graus (1994-1995) e Imaginário e Ideário Pedagógico: um estudo mitocrítico e mitanálitico do projeto de formação do pedagogo na FEUSP (1995 -1997). Os resultados foram publicados no livro: Imaginário e Ideário Pedagógico: um estudo mitocrítico e mitanalítico do projeto de formação do pedagogo na FEUSP (1998).
Também registrou que desenvolveu com alunos da graduação, da pós-graduação e demais interessados o G.E. Razão Sensível, que funcionou durante alguns anos ao fim da década de 90.

Atualmente, coordena na FEUSP, o Grupo de Estudos “Mitos e Imaginário”.

Memória do Corpo Docente – Maria de Lourdes Ramos da Silva

MARIA DE LOURDES RAMOS DA SILVA

(Minibiografia baseada em entrevista concedida ao projeto “Registro histórico por meio de relatos biográficos de docentes aposentados: valorizando e reconstruindo a história da FEUSP” no ano de 2021.)


Maria de Lourdes Ramos da Silva nasceu em 15 de outubro de 1946, em Lisboa, Portugal. Mudou para o Brasil, com seus pais, em 1950 em consequência do Regime Ditatorial que existiu em Portugal entre 1933 e 1974. Passou a residir no bairro de Santo Amaro, na capital de São Paulo.
Em 1969 formou-se em Pedagogia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (atual FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP). Até a Reforma Universitária (1969), a estrutura curricular do Curso de Pedagogia permitia que o aluno optasse, no início do 2º ano, por uma entre três áreas de aprofundamento: Filosofia da Educação, Administração Escolar e Orientação Educacional. Optou por Filosofia da Educação, realizando sua formação com mestres de renomada influência na área, tais como: Laerte Ramos de Carvalho, José Mário Pires Azanha, Maria de Lourdes Mariotto Haidar, Roque Spencer Maciel de Barros, João Eduardo Villalobos, Heládio César Gonçalves Antunha, Ruy Afonso da Costa Nunes e Mário Leônidas Casanova, entre outros. Prosseguindo sua formação acadêmica, em 1975 concluiu seu Mestrado em Filosofia e Ciências da Educação pela Faculdade de Educação (FE) da USP e em 1983 o Doutorado na mesma área, pela Universidade Complutense de Madri. Possui Livre Docência pela FEUSP (1992).
Trabalhou, enquanto frequentava o Curso Normal, como professora substituta no Grupo Escolar Paulo Eiró, no bairro de Santo Amaro. Terminado o Curso Normal, foi professora do Curso primário, ginásio e Curso Normal no Colégio Costa Braga. Também ministrou aulas de História da Música e Pedagogia.
Iniciou sua atuação docente na Faculdade de Educação (FEUSP) em 1971, onde integrou o EDF – Departamento de Filosofia da Educação e Ciências da Educação, na área de Orientação Educacional. Ministrou as disciplinas: Princípios e Métodos de Orientação Educacional I e II e Introdução aos Estudos da Educação. Na Pós-Graduação: Diagnóstico das Dificuldade de Aprendizagem; Personalidade e Escolha Profissional e Identidades Profissionais docentes: representações, saberes e práticas, em conjunto com o Prof. Dr. Luiz Jean Lauand. Lecionou no Curso de Graduação de 1971 a 1996 e na Pós-Graduação leciona até o momento. Aposentou-se em 1996. Desde 2016 atua como Professora Sênior junto à FEUSP. Assumiu inúmeras atribuições junto ao EDF e junto à Congregação da FEUSP, principalmente no período de 1992 a 1996. Também foi assessora junto à área de Orientação Educacional da Escola de Aplicação da Universidade de São Paulo.
Destacou como momentos mais marcantes, durante sua atuação na FEUSP, seu retorno como doutora da Universidade de Madri ao desenvolver inúmeras palestras com professores da FEUSP e fora da FEUSP sobre o ensino Espanhol. A defesa de seus orientandos de mestrado e doutorado. Durante sua carreira acadêmica, sempre gostou de desenvolver atividades de docência e de orientação junto aos cursos de Mestrado e Doutorado. Também a defesa de sua Livre-docência (1992), trabalho que possibilitou vislumbrar seu interesse acadêmico e profissional na área de identidades profissionais docentes.
Também registrou que o período mais marcante de sua trajetória existencial foi na graduação de Pedagogia. Durante três anos (1967 a 1970), os últimos da história do Conjunto de Filosofia, pode desenhar seu horizonte de perguntas e respostas existenciais e profissionais. Também o período em que cursou seu doutorado junto à Universidade Complutense de Madri e a inserção cultural que viveu no período.
A partir de 2010 começou estudar as múltiplas configurações da subjetividade docente e o desenvolvimento das identidades docentes. Em relação a essas identidades, se preocupa com as representações que cada docente possui de si mesmo e da função que desenvolve, e quais as identificações que podemos recortar da trajetória docente, mesmo durante a formação inicial docente. A grande maioria de suas publicações especializadas e livros por ela organizados focalizam o tema das identidades docentes, acentuando a complexidade inerente aos processos identitários docentes. Os livros mais recentes foram: Identidades e Formação docente: múltiplos olhares (Editora CRV, 2020) e Formação Docente, Cidadania e Direitos Humanos (Editora CRV, 2020).
Desde que se aposentou, trabalhou no Mestrado em Educação do Centro Universitário Adventista (2000 a 2004) Posteriormente, participou da Comissão responsável pela elaboração e estruturação do Mestrado em Educação do Centro Universitário Adventista, que foi avaliado pelo CAPES, mas não chegou a ser efetivado devido à mudança de gestão. Em 2005, assumiu a coordenação do Curso Normal Superior na Faculdade da Fundação Instituto Tecnológico de Osasco (FAC-FITO) que depois se transformou no Curso de Pedagogia. Permaneceu na coordenação do Curso de Pedagogia até 2011, quando assumiu a direção geral da FAC FITO. Em 2005, assumiu  coordenação de um Programa Especial para Formação de Professores de Educação Infantil, que reuniu aproximadamente 700 profissionais que trabalhavam nas Creches de Osasco.

Memória do Corpo Docente – Maria da Penha Villalobos

MARIA DA PENHA VILLALOBOS


Maria da Penha Villalobos integrou o quadro dos primeiros docentes da Faculdade de Educação da USP, atuando no EDF – Departamento de Filosofia da Educação e Ciências da Educação.
Apresentou como tese de doutorado “Didática e epistemologia: sobre a didática de Hans Aebli e a epistemologia de Jean Piaget “, em 1967. Traduziu o livro “Sobre o Behaviorismo.” de Burrhus Frederic Skinner.
Foi casada com o Prof° Dr. João Eduardo Rodrigues Villalobos.

Memória do Corpo Docente – Maria Cecília Sanchez Teixeira

MARIA CECÍLIA SANCHEZ TEIXEIRA

(Minibiografia baseada em entrevista concedida ao projeto “Registro histórico por meio de relatos biográficos de docentes aposentados: valorizando e reconstruindo a história da FEUSP” no ano de 2021.)


Maria Cecília Sanchez Teixeira nasceu em 28 de outubro de 1948 na cidade de Jaú, Estado de São Paulo. Depois de formada na escola normal, em 1967, assumiu uma classe multisseriada de 1º e 2º anos do então curso primário, numa escola rural.
Em 1975 formou-se em Pedagogia pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FEUSP), como aluna comissionada. Na época, o governo estadual concedia 20 bolsas anuais para professores primários, efetivos da rede, cursarem Pedagogia na FEUSP. O comissionamento era por 4 anos e a condição de mantê-lo era a aprovação em todas as disciplinas a cada semestre. Prosseguindo sua formação acadêmica, em 1983 concluiu seu Mestrado e em 1988 o Doutorado, ambos em Educação, pela FEUSP. Possui Livre Docência em Antropologia das Organizações e Educação pela Universidade de São Paulo (1994).
Trabalhou como professora primária da Rede Estadual de Ensino de São Paulo; trabalhou na Delegacia de Ensino, setor administrativo, por dois anos; em 1978, em Diadema, foi indicada pelo Delegado de Ensino para dirigir a Escola Estadual do Jardim Ana Sofia. Ao final desse ano, fez concurso para diretora de escola e foi aprovada. No final de 1980 fez concurso para supervisão de ensino e assumiu o cargo de supervisora na 19ª Delegacia de Ensino de São Paulo.
Iniciou sua atuação docente na Faculdade de Educação (FEUSP) em 1980, onde integrou o EDA – Departamento de Administração Escolar e Economia da Educação, ministrando as disciplinas: Estrutura e Funcionamento do Ensino de 1º e 2º Graus; Administração Escolar; Inspeção Escolar; Planejamento Educacional; Antropologia das Organizações e da Educação; Sócio-antropologia do Cotidiano; Educação: temática, abordagens e perspectivas”, em parceria com a professora Maria do Rosário Silveira Porto; Cultura, Imaginário e Educação: abordagens teóricas e linhas de pesquisa”, em parceria com Helenir Suano. Em parceria com Maria do Rosário Silveira Porto e Marcos Ferreira Santos realizou: “Seminários de Cultura, Organização e Educação”. Orientou 06 Mestrados e 20 Doutorados. Fez parte da criação de um grupo de estudos sobre Cultura e Imaginário que, posteriormente, daria origem ao Centro de Estudos do Imaginário, Cultura e Educação (CICE/EDA/FEUSP), criado em 1990, e à Área Temática da Pós-Graduação “Cultura, Organização e Educação”, com o objetivo de abrigar pesquisas sobre as relações entre Imaginário, Cultura e Educação. Ao longo dos anos o CICE realizou várias atividades: desenvolvimento de projetos de pesquisa nacionais e internacionais; seminários de estudo; cursos de atualização para professores da rede de ensino fundamental e médio e de universidades; orientação de estágios de formação; orientação de pesquisas de iniciação científica, de dissertações de mestrado e de teses de doutorado, além da realização de três encontros internacionais, parcialmente financiados pela FAPESP: I Encontro sobre Imaginário, Cultura e Educação (1998); II Encontro sobre Imaginário, Cultura e Educação (2000) e III Encontro sobre Imaginário, Cultura e Educação (2003), todos na FEUSP.
Também chefiou o Departamento EDA por dois mandatos: de 1992 a 1994 e de 1994 a 1996. Participou de inúmeros Congresso, Encontros, Seminários e Mesas-redondas, proferindo conferências e palestras. Foi representante da FEUSP, da comissão organizadora do Congresso Estadual Paulista sobre Formação de Educadores, promovido pela UNESP em parceria com a USP e a UNICAMP e realizado, bianualmente, de 1990 a 1998, num total de cinco. Em parceria com Maria do Rosário Silveira Porto, organizou e participou de um Curso de Especialização para diretores de escola da Rede Municipal de Educação de Guarulhos, em 2007. Também participou de um curso de aperfeiçoamento para Coordenadores Pedagógicos da Rede Municipal de Educação de São Paulo, coordenado pela Profa. Selma Garrido Pimenta, entre 1995 e 1996.
Destacou como momentos mais marcantes, durante sua atuação na FEUSP, a aprovação e financiamento pelo CNPq de três projetos integrados na década de 90: O imaginário de alunos da escola de 1º e 2º Graus, 1991-1994, tendo 4 sub-projetos de professores da FEUSP, 1 de uma professora da UNESP e 4 bolsas de iniciação científica; O imaginário de educadores de escolas públicas de 1º e 2º Graus. O projeto vinculou a pesquisa a um curso de Extensão Universitária: “Cultura, Imaginário e Cotidiano Escolar”, oferecido a professores e especialistas de educação, entre 1994-1995 e Imaginário e Ideário Pedagógico: um estudo mitocrítico e mitanálitico do projeto de formação do pedagogo na FEUSP, com 4 subprojetos de professores da FEUSP e 4 bolsas de iniciação científica, 1995 -1997. Os resultados deste projeto foram publicados no livro: “Imaginário e Ideário Pedagógico: um estudo mitocrítico e mitanalítico do projeto de formação do pedagogo na FEUSP” e em artigos.
Também registrou que o CICE deu origem ao LAB-ARTE (Laboratório Experimental de Arte-Educação & Cultura), coordenado por Marcos Ferreira Santos e Rogério de Almeida, bem como ao GEIFEC (Grupo de Estudos sobre Itinerários de Formação em Educação e Cultura), criado por Rogério de Almeida.

Memória do Corpo Docente – Maria Aparecida Rodrigues Cintra

MARIA APARECIDA RODRIGUES CINTRA


Maria Aparecida Rodrigues Cintra foi professora e pesquisadora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FEUSP).
Dentre suas publicações, encontra-se: Didática para a escola de 1° e 2° graus (1972); Os métodos ativos e a escola nova (1971); Os métodos ativos e a escola nova (1969) e Os métodos novos e suas bases psicológicas (1967).

Memória do Corpo Docente – Marcos José da Silveira Mazzotta

MARCOS JOSÉ DA SILVEIRA MAZZOTTA

(Minibiografia baseada em entrevista concedida ao projeto “Registro histórico por meio de relatos biográficos de docentes aposentados: valorizando e reconstruindo a história da FEUSP” no ano de 2021.)


Marcos José da Silveira Mazzotta nasceu em 11 de julho de 1944 em Franca, São Paulo.
Em 1968 formou-se em Pedagogia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Franca (atual Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) e em 1969 em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito de Franca . Prosseguindo sua formação acadêmica, em 1984 concluiu seu Mestrado em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e em 1989 Doutorado em História e Filosofia da Educação pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FEUSP). Possui Livre-Docência em Administração e Economia da Educação pela FEUSP (1994).
Trabalhou como professor primário, especializado no ensino de deficientes
mentais; professor de Classes Especiais de Deficientes Mentais; de ginásio e colégio; universitário na Universidade Mackenzie e Diretor do Serviço de Educação Especial do Estado de São Paulo. É autor de livros sobre Educação e sobre Educação Especial.
Iniciou sua atuação docente na Faculdade de Educação (FEUSP) em 1983 onde integrou o EDA – Departamento de Administração Escolar e Economia da Educação, ministrando as disciplinas: Administração de Serviços de Educação Especial e Estrutura e Funcionamento do Ensino de 1º e 2º Graus. Aposentou-se em 1998, permaneceu como orientador de mestrado e doutorado até 2006.
Destacou como momentos mais marcantes, durante sua atuação na FEUSP, a participação em diversas Comissões, sempre atuando com entusiasmo e dedicação. Além do convívio com os colegas professores, muito competentes e solidários, além de secretárias excelentes.
Também registrou que a parabenização ao Prof. Dr. Marcos G. Neira por mais esta importante iniciativa dos Registros Históricos por meio de Relatos Biográficos de Docentes Aposentados da FEUSP.

Memória do Corpo Docente – Marcos Tarciso Masetto

MARCOS TARCISO MASETTO


(Minibiografia baseada em entrevista concedida ao projeto “Registro histórico por meio de relatos biográficos de docentes aposentados: valorizando e reconstruindo a história da FEUSP” no ano de 2021.)


Marcos Tarciso Masetto nasceu em 12 de novembro de 1937, em São Roque, São Paulo.
Em 1970 licenciou-se em Filosofia pela Faculdade Anchieta de São Paulo.
Prosseguindo sua formação acadêmica, em 1975 concluiu seu Mestrado em Psicologia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e em 1981 Doutorado em Psicologia da Educação, pela mesma instituição. Possui Livre-Docência em Didática pela FEUSP.
Trabalhou como Professor Titular da PUC-SP.
Iniciou sua atuação docente, na Faculdade de Educação (FEUSP), em 1985 onde integrou o EDM – Departamento de Metodologia do Ensino e Educação Comparada, ministrando a disciplina: Didática, nos Cursos de Licenciatura; e na Pós-Graduação: Formação Pedagógica para Docentes do Ensino Superior, em cursos da Faculdade de Odontologia. Participou de Bancas da Pós-Graduação; Cursos de Extensão; Palestras; Seminários e Workshops sobre Formação Pedagógica de Docentes para o Ensino Superior, nas Faculdades de Medicina, Enfermagem, Engenharia e Administração da USP. Aposentou-se no ano 2000.
Destacou como momentos mais marcantes, durante sua atuação na FEUSP, o exercício da docência em Didática, enfocando junto aos alunos uma formação em Didática centralizada na aula como ambiente de aprendizagem, espaço e tempo de encontro entre professor e aluno, visando um processo de aprendizagem dos alunos com uma dimensão de totalidade da pessoa, superando a perspectiva de um tempo só do professor para ensinar. A publicação do livro Didática : Aula como centro (1994), pela FTD e Aulas Vivas (1992). Destacou ainda a possibilidade de trabalhar com a formação de docentes do ensino superior de várias faculdades da USP, que o permitiram desenvolver pesquisas sobre essa temática, participando de eventos e congressos dessas áreas (engenharia, odontologia, medicina, enfermagem e administração), apresentando trabalhos e realizando publicações. Como exemplo, os livros: Competência Pedagógica do Professor Universitário (2003), pela Ed. Summus); Ensino de Engenharia: Técnicas para otimização das aulas (2007), pela Ed. Avercamp; além de artigos e capítulos de livros em parceria com docentes dessas mesmas áreas.

Memória do Corpo Docente – Manoel Oriosvaldo de Moura

MANOEL ORIOSVALDO DE MOURA


(Minibiografia baseada em entrevista concedida ao projeto “Registro histórico por meio de relatos biográficos de docentes aposentados: valorizando e reconstruindo a história da FEUSP” no ano de 2021.)


Manoel Oriosvaldo de Moura nasceu em 24 de dezembro de 1948 em Teresina, Piauí.
Em 1976 Licenciou-se em Matemática pelo Instituto de Matemática e Estatística (IME) da Universidade de São Paulo (USP). Prosseguindo sua formação acadêmica, em 1983 concluiu seu Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e em 1992 Doutorado em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FEUSP). Possui Livre-Docência pela mesma instituição.
Trabalhou como professor da escola básica do sistema particular e estadual de ensino (1976 a 1985). Destacou que nesse período foi professor da Escola Estadual Dr. Edmundo de Carvalho, conhecido como Experimental da Lapa.
Iniciou sua atuação docente na Faculdade de Educação (FEUSP) em 1985 onde integrou o EDM – Departamento de Metodologia do Ensino e Educação Comparada, ministrando as disciplinas: Metodologia de Ensino de Matemática e criou a disciplina Educação Matemática, que passou a ser disciplina optativa dos cursos de Matemática e Pedagogia. Na Pós-Graduação criou também a disciplina: O conhecimento em sala de aula: a organização do ensino. Foi Chefe do departamento por dois mandatos. Desde 2016 é professor aposentado Sênior da FEUSP.
Destacou como momentos mais marcantes, durante sua atuação na FEUSP, a participação na criação do Laboratório de Brinquedos e Material Pedagógico; Criação do Laboratório de Matemática; Criação e coordenação do projeto Clube de Matemática, por 20 anos; Criação do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre a Atividade Pedagógica (GEPAPe) e Presidente da comissão de Graduação, por dois mandatos.

Memória do Corpo Docente – Luiz Jean Lauand

LUIZ JEAN LAUAND


(Minibiografia baseada em entrevista concedida ao projeto “Registro histórico por meio de relatos biográficos de docentes aposentados: valorizando e reconstruindo a história da FEUSP” no ano de 2021.)


Luiz Jean Lauand nasceu em 10 de março de 1952 na cidade de São Paulo.
Em 1973 licenciou-se em Matemática pelo Instituto de Matemática e Estatística (IME) da Universidade de São Paulo (USP). Prosseguindo sua formação acadêmica, em 1982 concluiu seu Mestrado em Filosofia e História da Educação pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FEUSP) e em 1986 Doutorado em Filosofia e História da Educação pela mesma instituição. Possui Livre-docência pela FEUSP (1995).
Trabalhou como Diretor Editorial da Revista Educação & Matemática (Editora Modulus) e como Articulista do Suplemento Cultural e do Suplemento Cultura do Jornal “O Estado de S. Paulo”.
Iniciou sua atuação docente, na Faculdade de Educação (FEUSP), em 1981 onde integrou o EDF – Departamento de Filosofia da Educação e Ciências da Educação, ministrando as disciplinas: História da Educação e de Filosofia da Educação.
Aposentou-se em 2009. Atualmente é Professor Sênior.
Destacou como momentos mais marcantes, durante sua atuação na FEUSP, ter sido vinte vezes eleito pelos alunos: Patrono da turma (de cinco turmas), Paraninfo (de sete turmas) e Professor Homenageado (de oito turmas). Recebeu o Prêmio “Professor do Ano” da Reitoria da USP (1991). A partir de 1998, em atenção à comemoração do 30º aniversário de fundação da FEUSP, promoveu a fundação e direção das Revistas, em parceria com universidades europeias: Notandum (desde 1998); Revista Internacional d’Humanitats (desde 1998); Convenit Internacional (desde 1999) e International Studies on Law & Education (desde 1998). Foi editor e tradutor dos filósofos Josef Pieper, Julián Marías e Alfonso López Quintás. Traduziu, e foram publicadas, traduções de cerca de 50 textos medievais, importantes para a História da Educação. Dadas as especiais relações com Barcelona e com a Universitat Autònoma, foi eleito Membro (correspondente) da Real Academia de Letras de Barcelona (2008). Sem deixar suas atividades na FEUSP, entre 1993 a 1998, foi também professor da Pós-Graduação da FFLCH no Programa de Língua, Literatura e Cultura Árabes, ministrando disciplinas e orientando mestrados.
Também registrou que, desde 2001, tem organizado anualmente “Seminários Internacionais Filosofia & Educação Cemoroc”, trazendo para a FEUSP conferencistas da estatura de um Paulo Ferreira da Cunha (atualmente ministro da Suprema Corte de Portugal), Pere Villalba (Barcelona), Alfonso López Quintás, entre tantos outros. Sempre em estreita união com seu trabalho docente, publicou cerca de 400 artigos científicos e de cem livros (autor/organizador) sobre Antropologia Filosófica, Filosofia da Educação, Linguagem, Idade Média, Josef Pieper, David Keirsey, S. Tomás de Aquino, Cultura Árabe etc. No âmbito da difusão cultural, assinou a coluna “Filosofia e Linguagem” da revista “Língua Portuguesa” desde sua fundação (2005) até sua desativação (2015). Como professor do Programa de Pós-Graduação orientou 19 mestrados e doutorados e
supervisionou 6 estágios de Pós-Doutorado. Além de ser pioneiro dos estudos sobre o filósofo Josef Pieper no Brasil. Foi investigador da Universidade do Porto de 2002 a 2019 (Instituto Jurídico Interdisciplinar) e Prof. Investigador da Universitat d’Alacant (Espanha) – Instituto Superior de Investigación Cooperativa – IVITRA (desde 2015).

Memória do Corpo Docente – Luadir Barufi

LUADIR BARUFI


Luadir Barufi foi professor e pesquisador da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo.
Dentre suas publicações, encontra-se: “Visão crítica de textos literários para o ensino da língua portuguesa: uma análise léxica comparativa” (1975) e “Aspectos epistemológicos e metodológicos na elaboração de modelos lexicais: análise quantitativa” (1976).

Memória do Corpo Docente – Lisete Regina Gomes Arelaro

LISETE REGINA GOMES ARELARO


(Minibiografia baseada em informações contidas no Currículo Lattes.)


Lisete Regina Gomes Arelaro formou-se em Pedagogia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas, em 1966. Prosseguindo sua formação acadêmica, em 1980 concluiu o Mestrado em Educação pela Universidade de São Paulo e em 1988 o Doutorado em Educação, pela mesma instituição. Pesquisadora na área de Política Educacional; Planejamento e Avaliação Educacional; Financiamento da Educação Básica e Educação Popular.
Foi professora e diretora de escola nos Ensinos Fundamental e Médio. Fez parte da equipe do Prof. Paulo Freire na Secretaria Municipal de Educação de São Paulo (1989/92) e foi Secretária de Educação, Cultura, Esporte e Lazer em Diadema/SP (1993/96 e 2001/02).
Iniciou sua atuação como docente da Faculdade de Educação da USP em 1982, onde integrou o EDA – Departamento de Administração Escolar e Economia da Educação.
Foi Diretora da FEUSP (2010/2014); Presidente do Fórum Nacional de Faculdades e Centros de Educação Públicos (FORUMDIR – 2012/2014) e Presidente da Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação (FINEDUCA – 2015/2017).
Em homenagem à professora Lisete em sua cerimônia de outorga de título de Professora Emérita da FEUSP, o Prof. Dr. Marcos Neira escreveu: “Certa vez, ouvi a professora Lisete Regina Gomes Arelaro dizer que dentre as muitas pessoas que marcam as nossas vidas, sempre há um professor ou professora. Tenho certeza que ela é uma professora que marcou seus alunos e alunas, mas também as instituições por onde passou. E este é o caso da Faculdade de Educação da USP, casa que habita desde princípios dos anos 1970 quando ingressou como estudante da Pós-Graduação, e no início dos anos 1980 quando foi aprovada no primeiro processo seletivo público para docente da FEUSP. Percorreu todos os níveis da carreira docente, presidiu a Comissão de Cultura e Extensão, representou a Congregação no Conselho Universitário, chefiou o departamento de Administração Escolar e Economia da Educação e, por fim, elegeu-se diretora. Nessas cinco décadas de vida acadêmica, o reconhecimento de seus pares decorrente de sua participação proativa e perfil trabalhador, tornaram-na indicação irrefutável para diversas representações. Responsabilidade que assumiu e desempenhou de forma comprometida com sua história de luta pelo direito da população a uma educação pública de qualidade, diante do comprovado reflexo da escolarização na redução da desigualdade social.
As marcas deixadas pela professora Lisete na instituição e nas pessoas que aqui estão ou por aqui passaram se fazem notar de muitas formas, seja pela sua liderança política, pelos ex-orientandos que se tornaram docentes, pela atuação importante na organização do Programa de Pós-Graduação em áreas, pelo esforço para consolidar a pesquisa sobre financiamento da educação, pela coordenação de projetos de envergadura nacional ou pelo empenho inconteste na construção da biblioteca professor Celso de Rui Beisiegel.
Enquanto intelectual orgânica, o comprometimento com a transformação do mundo que aí está é uma marca indelével na trajetória acadêmica da professora Lisete, no ensino, pesquisa, extensão ou na gestão, área que conhece como ninguém por ter assumido variados cargos no sistema estadual e municipal de educação, tomando-a, inclusive, como objeto de estudo e militância político-científica nas associações que ajudou a fundar e das quais participa com olhar e crítico e propositivo com vistas à construção de políticas públicas que combatam o fracasso escolar.”

Memória do Corpo Docente – Lisandre Maria Castello Branco

LISANDRE MARIA CASTELLO BRANCO

(Minibiografia baseada em entrevista concedida ao projeto “Registro histórico por meio de relatos biográficos de docentes aposentados: valorizando e reconstruindo a história da FEUSP” no ano de 2021.)


Em 1968, Lisandre Castello Maria Branco formou-se em Pedagogia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Marília (hoje UNESP). Prosseguindo sua formação acadêmica, em 1980 concluiu o Mestrado com a dissertação: “O desenvolvimento da moralidade na teoria de Jean Piaget” e em 1988, o Doutorado com a tese: “Psicologia para que? A psicologia ensinada e a praticada subsídios para a formação de professores”. Ambos pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FEUSP).
Trabalhou como professora de ensino no primeiro e segundo graus, em escolas públicas e particulares (1966 a 1976). Lecionei História, Ciências, Matemática e Educação Moral e Cívica no primeiro grau. No segundo grau lecionei Biologia, Filosofia, Sociologia, Psicologia e Estudos de Problemas Brasileiros. Trabalhou em faculdades particulares em cursos de graduação e pós-graduação, tendo orientandos de mestrado e doutorado nestas instituições.
Iniciou sua atuação docente na Faculdade de Educação (FEUSP) em 1972 onde integrou o EDF – Departamento de Filosofia da Educação e Ciências da Educação, ministrando as disciplinas: Psicologia do Desenvolvimento (Psicanálise e Teoria de Jean Piaget) e Análise Psicológica do Cotidiano Escolar, na Pós-Graduação a disciplina: Fundamentos para o Ensino de Primeiro e Segundo Graus. Orientou mestrados e doutorados; Participou de comissões, conselhos, projetos e atividades ligadas às secretarias municipal e estadual para formação permanente de professores; fez parte da Escola de Aplicação em atividades ligadas à Orientação Educacional e ao Conselho Diretor e foi membro da primeira diretoria do Instituto de Estudos Avançados da USP.
Destacou como momentos mais marcantes, durante sua atuação na FEUSP, participação do primeiro projeto de telecurso para professores desenvolvido pela Coordenadoria de Estudo e Normas Pedagógicas (CENP), em parceria com a TV Cultura (1976); do primeiro programa de Prevenção ao uso indevido de drogas durante; da comissão que promoveu e criou as habilitações em Educação Especial; da comissão que promoveu e criou o programa “O professor da rede municipal e estadual como aluno especial” e ministrou cursos e realizou palestras em delegacias de ensino da capital e do interior do Estado de São Paulo.