Em casos de situações envolvendo abuso de poder em universidades (assédio sexual, bullying, capacitismo, etarismo, homofobia, machismo, racismo, transfobia - só para citar alguns), denunciar exige a coragem de romper com a cultura no qual o agravo se dá. Não é fácil denunciar. Não raro, o denunciante é encarado como uma pessoa raivosa, alguém cuja companhia é melhor evitar. Também, a denúncia é tratada como uma forma de deslealdade à instituição onde o ocorrido se deu.

Assim, nesta roda de conversa, cuja inspiração é o livreto “Excluir-se” (de Sara Ahmed, 2018) convidamos a todos a encontrarmos modos de superar a dimensão da solidão envolvida na decisão de denunciar. Se, por um lado, é verdadeiro que “Vivenciar uma situação como algo a ser denunciado é uma experiência de se excluir de um grupo” (p. 10), por outro, a existência de instâncias como a Comissão de Inclusão e Pertencimento - CIP precisa significar uma oportunidade de ressignificação de nossas lutas e de atribuição de histórias à nossas infelicidades, para que não se repitam.

Alunos de Graduação
Alunos de Pós-Graduação
Interessados na temática

Horários e Locais:
12/12/2023 - 17:30 às 19:00 - Outro local fora da FEUSP - Laboratório 9, bloco B, da Faculdade de Educação da USP

Claudia Rosa Riolfi - EDM
Fabiana Augusta Alves Jardim - EDF