Memória do Corpo Docente – Mônica Guimarães Teixeira do Amaral

MÔNICA GUIMARÃES TEIXEIRA DO AMARAL

(Minibiografia baseada em entrevista concedida ao projeto “Registro histórico por meio de relatos biográficos de docentes aposentados: valorizando e reconstruindo a história da FEUSP” no ano de 2021.)


Mônica Guimarães Teixeira do Amaral nasceu em 24 de setembro de 1956 em Campinas, São Paulo.
Em 1980 formou-se em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Prosseguindo sua formação acadêmica, em 1988 concluiu seu Mestrado em Psicologia Social, pela mesma instituição e em 1995 Doutorado em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pelo Instituto de Psicologia (IP) da Universidade de São Paulo (USP). Fez Doutorado Sandwiche na Université Denis Diderot (Paris VII), sob orientação de Jean Laplanche, onde obteve o diploma DEA (Dîplome de Études Approfondies) en Psychanalyse (1993), que resultou na publicação do livro: O espectro de Narciso na modernidade: de Freud a Adorno (Ed. Estação Liberdade/FAPESP, 1997).
Defendeu sua tese de Livre-Docência (FEUSP, 2010), que resultou na publicação do livro: O que o rap diz e a escola contradiz: um estudo sobre a arte de rua e a formação da juventude na periferia de São Paulo (Alameda Ed./FAPESP, 2016).
Trabalhou como pesquisadora e como psicóloga na Fundação Carlos Chagas (FCC), nas áreas de Orientação Vocacional e produção de informação profissional (1981 a 1987); Docente em Orientação Vocacional na PUC-SP(1985 a 1986); Docente da UNESP de Botucatu e na UNESP de Araraquara (1989 a 2004). Fez Curso de Formação em Psicanálise, junto à Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP), entre 1998 a 2004.
Iniciou sua atuação docente, na Faculdade de Educação (FEUSP), em 2004, onde integrou o EDF – Departamento de Filosofia da Educação e Ciências da Educação, ministrando as disciplinas: Psicologia e Educação; Psicanálise e Educação e Cultura. Na Pós-Graduação, as disciplinas: A adolescência, culturas contemporâneas e ancestrais: interlocuções entre a psicanálise e a teoria do reconhecimento; A indústria cultural e o hip hop:uma reflexão sobre a cultura de massas, a música de contestação urbana e o acesso ao masculino nas metrópoles; As contribuições da prática psicanalítica com adolescentes em uma situação de crise social para se pensar a intersecção da saúde com a educação; Estudos culturais e Epistemologia feminista – um debate sobre raça e gênero a partir da teoria crítica e da perspectiva pós-colonialista; Expressões estéticas contemporâneas de resistência da juventude urbana: uma leitura apartir de Nietsche, Freud e Adorno; Os novos rumos da cultura contemporânea e o funcionamento-limite na adolescência; Le rap – une écriture sensible; Do cinema ao videoclipe: um debate sobre a estética da imagem nas perspectivas benjaminiana, da teoria feminista e do debate decolonial e A personalidade autoritária, o comportamento antidemocrático e o etnocentrismo: um debate sobre educação nas perspectivas emancipatória, decolonial e antirracista.
Aposentou-se em 2019. Desde então atua como pesquisadora sênior junto à FEUSP e como profa da Pós-Graduação junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação nas áreas de Psicanálise, Filosofia e Educação. Também é credenciada junto ao Programa de Pós-Graduação Humanidades, Direitos e Outras Legitimidades da USP.
Destacou como momentos mais marcantes, durante sua atuação na FEUSP, os grupos de pesquisa que desenvolveu com financiamento da FAPESP: Pesquisa de Melhoria do Ensino Público: “Culturas juvenis x cultura escolar: como repensar as noções de tradição e autoridade no âmbito da educação (Processo Fapesp: 2006/52034-2); Pesquisa de Políticas Públicas: “Rappers, os novos mensageiros urbanos da diáspora afro-brasileira na periferia de São Paulo: a contestação estético-musical que emancipa e educa” (Processo: 2010/52002-9); Pesquisa de Políticas Públicas: O ancestral e o contemporâneo nas escolas públicas brasileiras: reconhecimento e afirmação de histórias e culturas urbanas negadas” (Processo Fapesp: 2015/50120-9). Este resultou na política pública: Edital da SME da cidade de São Paulo, de contratação de artistas populares, que foi publicado em setembro de 2014, com processo de seleção desencadeado em janeiro de 2015, para a formação de professores da rede pública de ensino do município. E os Projetos que resultaram na seguinte publicação, dentre outras: AMARAL, MONICA G. T. do. Culturas ancestrais e contemporâneas na escola- novas estratégias didáticas para a implementação da Lei 10639/2003. 1ª ed. São Paulo: Alameda, 2018. v. 01. 289p .
Também registrou que é Membro Efetivo da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo.