Memória do Corpo Docente – Marília Pinto de Carvalho

MARÍLIA PINTO DE CARVALHO

(Minibiografia baseada em entrevista concedida ao projeto “Registro histórico por meio de relatos biográficos de docentes aposentados: valorizando e reconstruindo a história da FEUSP” no ano de 2021.)


Marília Pinto de Carvalho nasceu em 29 de julho de 1959 na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais.
Em 1985 formou-se em História pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP). Prosseguindo sua formação acadêmica, em 1991 concluiu seu Mestrado em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e em 1998 Doutorado em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FEUSP).
Trabalhou como professora de História na Rede Estadual de São Paulo (1982 a 1988).
Iniciou sua atuação docente, na Faculdade de Educação (FEUSP), em 1989 onde integrou o EDA – Departamento de Administração Escolar e Economia da Educação, ministrando as disciplinas: Política e Organização da Educação Básica (POEB) e disciplinas eletivas da Área Relações de Gênero e Educação, intituladas Escola e relações de gênero e Trabalho, educação e gênero. Pontuou que, Infelizmente, ambas as eletivas foram extintas e as questões de gênero hoje são tratadas marginalmente, diluídas em outras disciplinas da graduação em Pedagogia. Na Pós-Graduação, ministrou a disciplina Educação e Relações de Gênero. Atualmente, é professora sênior, na pós-graduação, na pesquisa e na revista Educação e Pesquisa.
Destacou como momentos mais marcantes, durante sua atuação na FEUSP, a criação, ao lado da professora Cláudia Vianna, do grupo de pesquisas Estudos de Gênero, Educação e Cultura Sexual (1999). O grupo continua em atuação, já formou mais de 80 estudantes de graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado; e em 2020 lançou a coletânea “Gênero e Educação: 20 anos construindo conhecimento”, em comemoração às duas décadas de trabalho.
Também registrou que a principal homenagem que gostaria de receber da FEUSP seria a retomada do ensino e pesquisa sobre educação e relações de gênero no âmbito da faculdade, com a contratação de professoras com formação específica e experiência na temática, para atuarem na graduação e na pós, assim como na pesquisa e extensão.