Memória do Corpo Docente – Isabel Gretel María Eres Fernández

ISABEL GRETEL MARÍA ERES FERNÁNDEZ

(Minibiografia baseada em entrevista concedida ao projeto “Registro histórico por meio de relatos biográficos de docentes aposentados: valorizando e reconstruindo a história da FEUSP” no ano de 2021.)


Isabel Gretel María Eres Fernández nasceu em Cartagena, Murcia, Espanha.
Em 1986 formou-se em Letras pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP). Prosseguindo sua formação acadêmica, em 1992 concluiu seu Mestrado e em 1998 Doutorado em Educação pela Faculdade de Educação (FEUSP). Possui Pós-Doutorado na área de Formação de Professores de Espanhol, pela mesma instituição.
Trabalhou na área de secretariado, por 13 anos; como professora de Português no Ensino Fundamental II e Língua Espanhola no Ensino Fundamental I e II, em cursos livres (institutos de idiomas), cursos superiores (faculdade particular – curso de Comércio Exterior), em empresas, além de ter dado aulas particulares de espanhol. Também lecionou português para estrangeiros em empresas e em um curso mantido pela Coseas-USP, para estudantes estrangeiros.
Iniciou sua atuação docente na Faculdade de Educação (FEUSP) em 1988 onde integrou o EDM – Departamento de Metodologia do Ensino e Educação Comparada, ministrando as disciplinas: EDM 407 Metodologia do Ensino de Francês I; EDM 408 Metodologia do Ensino de Francês II; EDM 437 Metodologia do Ensino de Italiano I; EDM 438 Metodologia do Ensino de Italiano II; EDM 439 Metodologia do Ensino de Espanhol I; EDM 440 Metodologia do Ensino de Espanhol II, além de ser membro de Comissão responsável pela disciplina Estudo de Problemas Brasileiros, vinculada ao curso de Pedagogia (1990) e na Pós-Graduação as disciplinas: EDM 5025 A formação de professores e o ensino de espanhol a lusofalantes: dificuldades e especificidades (1999 a 2006) e EDM 5078 – Aspectos teóricos e práticos da formação de professores de Línguas Estrangeiras (2007 a 2012). Atuou na supervisão de estágios de observação e da coordenação, organização, orientação e acompanhamento de minicursos de línguas estrangeiras (espanhol, francês e italiano) oferecidos à comunidade interna e externa.
Coordenou o Laboratório de Leitura ; Elaborou, aplicou e corrigiu os exames de proficiência em língua espanhola para a Pós-Graduação; foi Membro da comissão de seleção da Pós-Graduação; Membro da Comissão Interdepartamental de Acompanhamento dos Professores da Rede Pública como Alunos Especiais da FEUSP, posteriormente, Presidente; Vice-coordenadora e coordenadora da área de Metodologia de Ensino (Graduação); Vice-coordenadora e coordenadora da Linha de Pesquisa Linguagem e Educação (Pós-Graduação); Membro de Comissão de revalidação de diplomas estrangeiros (graduação e pós-graduação); Membro da comissão de Publicações; Presidente da Editoria de Publicações Internas da FEUSP; Suplente do representante dos professores doutores no Conselho departamental (EDM); Representante dos doutores no Conselho departamental (EDM); Coordenadora dos minicursos de línguas; Coordenadora geral do Cepel; Membro do Conselho do Cepel; Coordenadora de Pesquisas do Cepel; Coordenadora Pedagógica do Cepel; Suplente do representante do EDM na Comissão de Pesquisa da FEUSP e Membro da Comissão de Acompanhamento do exame de línguas.
Destacou como momentos mais marcantes, durante sua atuação na FEUSP, o momento do ingresso como docente. O concurso de efetivação, pois, nas palavras da biografada, a precariedade contratual era, sem dúvida, um desrespeito à profissão.
Destacou ainda, em especial, o contato com os alunos, o privilégio de fazer parte da formação docente. Ainda hoje mantém contato constante com muitos deles e sente grande alegria ao saber que estão no magistério, lutando todos os dias pela valorização da profissão e da educação. Esses eternos alunos, espalhados pelo Brasil e alguns também no exterior, realizam um trabalho importantíssimo de difusão do espanhol, do francês, do italiano e de suas culturas. Há também aqueles que se dedicam, com primor, ao ensino do Português como língua estrangeira, em especial nas fronteiras brasileiras.
Os momentos que nunca esqueceu de sua passagem pela FEUSP foram os que esteve em sala de aula, com seus alunos.
Também registrou que “A vida acadêmica jamais deveria ser resumida e muito menos mensurada pelo Lattes”.