Culturas Jovens: Encontros e Desencontros

O Colóquio Internacional – Culturas Jovens: Afro-Brasil América pretende instaurar um espaço de debate sobre o tema apoiado no conceito de telescopia histórica. O hip hop, com seu apelo universal, cada vez mais marcado pelo policulturalismo e pelo hibridismo, exerce um papel essencial na formação dos jovens, auxiliando-os a compreender o mundo em que vivem. Além de ter gerado muitas ocupações, criou uma forma de comunicação entre culturas distintas. É, ainda, caudatário  de uma longa e extensa luta política dos afro-americanos pelos direitos civis e de afirmação étnica do movimento Black Power, que inaugura, entretanto, uma nova forma de militância com ênfase na dimensão cultural, culminando em uma movimento multinacional e agregador no mundo inteiro.A menção aos quilombos no rap brasileiro põe em ação o que Béthune (2003) chamou de telescopia histórica: atualizar no presente um clamor do passado, ou seja, o desejo de liberdade e de reconhecimento, que hoje se traduz pelo caráter crítico-destrutivo de suas letras e de afirmação étnico-social, denunciando a desigualdade e exigindo tudo aquilo que vem sendo negado ao povo brasileiro, particularmente aos afro-descendentes. Um fenômeno da cultura, que em sua intersecção local com a ordem mundial, permite ressignificar identidade, cultura e territorialidade dos renegados desse mundo globalizado. Esgotada a via política de transformação, o reggae e depois o rap promoveram uma nova revolução – a cultural – sempre fazendo apelo às raízes.

10 de abril de 2012

Abertura

  1. Profª. Drª. Lisete Arelaro – Diretora da FEUSP
  2. Profª. Drª. Mônica do Amaral – Profa. Associada da FEUSP
  3. Profª. Drª. Maria Aparecida Silva Bento – Diretora do CEERT – Centro de Estudos das Relações do Trabalho e da Desigualdade

Mesa 1Culturas Jovens: Potência Crítica Urbana

Mediação – Profª. Drª. Maria Cecilia Cortez  – FEUSP

  1. Dr. Christian Béthune – Pesquisador Associado do CIEREC – Centre Interdisciplinaire d’Etudes et deRecherches sur l’Expression Contemporaine, ligado à Université St. Etienne et de Lyon
  2. Prof. Dr. Rodrigo Duarte – UFMG

Mesa 2 – Identidade, Cultura e Resistência

Mediação – DJalma Leite de Campos

  1. King Nino Brown – Casa do Hip-Hop de Diadema e Zulu Nation Brasil – História do Movimento Hip-Hop: A Fundação da Zulu Nation
  2. DJ Hum – (DJ e produtor musical) O hip-hop e o mercado
  3. Toni Nogueira – (Diretor de cinema) – Paixão, clareza e ferramentas disponíveis… câmera na mão, estórias no cartão
  4. Tiely Queen – (rapper) – Hip-Hop e Gênero
  5. Alessandro Buzo – A periferia grita na periferia, na literatura e no cinema