Memória do Corpo Docente – Sônia Teresinha de Sousa Penin

SÔNIA TERESINHA DE SOUSA PENIN


(Minibiografia baseada em entrevista concedida ao projeto “Registro histórico por meio de relatos biográficos de docentes aposentados: valorizando e reconstruindo a história da FEUSP” no ano de 2021.)


Sônia Teresinha de Sousa Penin nasceu em 15 de outubro de 1944, na cidade de Araçatuba, São Paulo.
Em 1967 formou-se em Pedagogia pela então Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (atual FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP) e Habilitação em Orientação Educacional pela Faculdade de Educação (FE) da USP, em 1971. Prosseguindo sua formação acadêmica, em 1980 concluiu seu Mestrado em Psicologia da Educação, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e em 1988 o Doutorado em Educação, área de concentração Didática, pela FEUSP.
Trabalhou como professora na 1ª. Série da Escola Estadual do Jardim Bonfiglioli (1966); Desenvolveu trabalho de estudo dirigido junto a alunos da 5ª. Série da Escola de Aplicação da USP (1967); Lecionei as disciplinas: Psicologia Educacional, no Curso Normal do Colégio Carlinda Ribeiro, SP (1968); Teoria Geral da Educação no Curso Normal do Colégio Riachuelo, SP (1972); Introdução à Filosofia no Curso Colegial do Colégio São Domingos, SP (1973); Metodologia do Ensino no Curso de Licenciatura em Educação Artística da Faculdade de Artes Plásticas da Fundação Armando Álvares Penteado, SP (1979 a 1984); Princípios e Métodos de Orientação Educacional no Curso de Pedagogia da Universidade Mackenzie, SP (1980); Psicologia Educacional no Plano Geral de Licenciatura da PUC-SP (1981) e Metodologia do Trabalho Científico no Curso Básico da Faculdade de Engenharia de São Paulo (FESP) (1982). Exerceu a função de Supervisora de Área da Fundação Mobral, ligada à Secretaria do Interior do Estado de São Paulo (1973 e 1974); Orientadora Pedagógica da 1ª à 8ª Série do 1º Grau no Colégio Sacré Coeur de Marie (1975 a 1977) e Orientadora Pedagógica de 1º e 2º Graus
no Colégio São Domingos, da Associação Cultural São Paulo (1982 a 1984). Entre 1982 a 1983, trabalhou na Fundação Carlos Chagas, como assistente de pesquisa.
Iniciou sua atuação docente na Faculdade de Educação (FEUSP) em 1984, onde integrou o EDM – Departamento de Metodologia do Ensino e Educação Comparada, ministrando as disciplinas: Didática; Questões de Teoria de Ensino; Pesquisa Educacional – questões teórico-metodológicas e Currículo e Programas. Na Pós-Graduação: Ensino – articulações entre cotidiano escolar e representações de professores e Desigualdade escolar: ensino, cotidiano, cultura e suas representações. Foi Coordenadora de Ensino da Grande São Paulo da Secretaria de Educação de SP (1995 a 1999); Membro do Conselho de Educação do Estado de São Paulo (1995 a 2007 e 2016-2017); Chefe de Departamento, do EDM (2000 a 2001); Presidente da Comissão Permanente de Licenciatura ligada à Pró-Reitoria de Graduação (2000 a 2001); Pró-Reitora da Pró-Reitoria de Graduação (2001 a 2005); Diretora da Unidade (2006 a 2010) e Membro da CONAES – Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior – MEC (2006 a 2010). Aposentou-se em 2014, pelo regime compulsório. Permanece ligada à FEUSP como Colaboradora Sênior.
Destacou como momentos mais marcantes, durante sua atuação na FEUSP, cada novo passo acadêmico alcançado ou cada novo encargo administrativo recebido, pois carregado de alta expectativa e seguido de trabalho perseverante. Salientou, todavia, que nos momentos mais difíceis sempre contou com o apoio e solidariedade de colegas, docentes e não docentes e, também, dependendo da situação, dos estudantes. No tempo que atuou como diretora da FEUSP, cada um dos objetivos/metas propostos no Plano de Gestão, tais como: Abertura de uma nova turma de estudantes do curso de Pedagogia, no período noturno, aumentando o n° de ingressantes na FE-USP garantindo também a ampliação dos horários de funcionamento do expediente da Faculdade para atender os estudantes desse período; Conquista da contratação de educadores; Aumento de duração do curso de pedagogia, de 4 para 4,5 anos; Tratativas de diversas naturezas, sobretudo apoio da FAFE (Fundação de Apoio à Faculdade de Educação), conseguindo verbas para a construção da Biblioteca da FE-USP, finalizada na gestão seguinte; Implantação em todas as salas de aula de equipamento de mídia (PCs, rede de internet e projetores); Criação de uma CCInt (Comissão de Cooperação Internacional) interna à FEUSP e Elaboração de um novo Organograma FE. Também destacou a viabilização da entrada da FEUSP no grupo das nove Faculdades de Formação de Professores de destaque em nível mundial, hoje denominado International Network of Educational Institutes (INEI).
Também registrou como marcantes os momentos de greve, especialmente a de 2009, que durou 57 dias entre maio e junho. Nas palavras da biografada: “São circunstâncias em que um diretor busca exercer em melhor grau possível o papel de mediador de conflito, seja no interior de cada categoria, seja entre categorias da própria instituição ou ainda na relação com representantes dos níveis superiores da universidade e, por fim, em situações mais graves, como a intermediação direta com os representantes da Polícia Militar em momentos de confronto pessoal, ocorrido nessa ocasião.”