Seminário Internacional Três décadas de transformações na América Latina: governo, subjetividades, margens e neoliberalismos
Período: 24/06/2019 a 27/06/2019
Período: 24/06/2019 a 27/06/2019
Ementa | Resumo
A proposta do seminário internacional Três décadas de transformações na América Latina: Governo, subjetividades, margens e neoliberalismos se apoia em dois objetivos, complementares: em primeiro lugar, trata-se de reunir e colocar em diálogo um conjunto de pesquisadores que têm se dedicado a examinar diferentes aspectos das mudanças sociais, econômicas, populacionais e políticas que não cessaram de ocorrer no continente, de modo a permitir a construção de um quadro mais geral e multifacetado de suas configurações societárias atuais objetivo que privilegia achados empíricos, portanto; o segundo objetivo, que nos é mais caro, consiste em reexaminar as categorias analíticas e enquadramentos teórico-metodológicos mobilizados ao longo do período para a análise das transformações, com ênfase em abordagens que 1) preocupam-se em reconhecer a identidade mesma do continente como resultado de dinâmicas que remontam às experiências da conquista e da colonização e que persistem produzindo efeitos, tanto no que se refere à imaginação política quanto no que diz respeito a lugares que ocupamos em hierarquias globais; 2) procuram compreender os termos em que a questão social é equacionada em cada contexto nacional, resultando em diferentes articulações entre classe, gênero e raça na produção da estrutura de desigualdades; 3) buscam construir perspectivas teórico-metodológicas capazes de iluminar as especificidades de nossas configurações, escapando de abordagens normativas em favor da criação de conceitos e categorias de análise enraizados em nossas formações sócio históricas objetivo, assim, que privilegia desenvolvimentos teóricos e conceituais.
O título do seminário já aponta alguns recortes a partir dos quais examinar o período das últimas três décadas: trata-se de ter em conta a produção de formas específicas de racionalidades de governo, ou governamentalidades, no sentido lato que Michel Foucault conferiu ao termo o que nos permite, ao mesmo tempo, refletir sobre as especificidades das experiências de Estado e cidadania no continente e seus efeitos de subjetivação política (as políticas dos governados, conforme a provocativa formulação de Partha Chatterjee) e compreender a produtividade das margens das práticas políticas para reconfigurações estratégicas nos modos de governo e relações de poder (conforme as férteis contribuições de Veena Das e Deborah Poole). Desdobram-se, dessa maneira, outros dois objetivos, que também podem ser distinguidos em termos de teoria e empiria: de um lado, busca-se aprofundar perspectivas que articulam as dimensões de modos de conhecimento/saber, práticas políticas e subjetividades em torno das noções de governo e de experiência; de outro lado, pretende-se explorar a hipótese de que a força (ou violência) de reformas neoliberais que se renovam no continente deve-se, ao mesmo tempo, a mudanças e interesses globais e ao sucesso de um conjunto diverso de políticas públicas adotadas no contexto de práticas às quais, na primeira década do século XXI, nomeou-se como pós-neoliberais. Se tal hipótese faz sentido, é necessário identificar de modo mais preciso as continuidades e descontinuidades que tais práticas introduziram nas experiências nacionais.
O título do seminário já aponta alguns recortes a partir dos quais examinar o período das últimas três décadas: trata-se de ter em conta a produção de formas específicas de racionalidades de governo, ou governamentalidades, no sentido lato que Michel Foucault conferiu ao termo o que nos permite, ao mesmo tempo, refletir sobre as especificidades das experiências de Estado e cidadania no continente e seus efeitos de subjetivação política (as políticas dos governados, conforme a provocativa formulação de Partha Chatterjee) e compreender a produtividade das margens das práticas políticas para reconfigurações estratégicas nos modos de governo e relações de poder (conforme as férteis contribuições de Veena Das e Deborah Poole). Desdobram-se, dessa maneira, outros dois objetivos, que também podem ser distinguidos em termos de teoria e empiria: de um lado, busca-se aprofundar perspectivas que articulam as dimensões de modos de conhecimento/saber, práticas políticas e subjetividades em torno das noções de governo e de experiência; de outro lado, pretende-se explorar a hipótese de que a força (ou violência) de reformas neoliberais que se renovam no continente deve-se, ao mesmo tempo, a mudanças e interesses globais e ao sucesso de um conjunto diverso de políticas públicas adotadas no contexto de práticas às quais, na primeira década do século XXI, nomeou-se como pós-neoliberais. Se tal hipótese faz sentido, é necessário identificar de modo mais preciso as continuidades e descontinuidades que tais práticas introduziram nas experiências nacionais.
Público
Alunos de Graduação
Alunos de Pós-Graduação
Alunos de Pós-Graduação
Transmissão Online (clique para ver os horários)
24/06/2019 - 10:00 às 17:00
25/06/2019 - 09:00 às 17:00
26/06/2019 - 09:00 às 19:00
27/06/2019 - 10:00 às 13:00
25/06/2019 - 09:00 às 17:00
26/06/2019 - 09:00 às 19:00
27/06/2019 - 10:00 às 13:00
Organização
Fabiana Augusta Alves Jardim - EDF
Leny Sato (Instituto de Psicologia da USP)
Mariana Prioli Cordeiro (Instituto de Psicologia da USP)
Mariana Magalhães Pinto Côrtes
Leny Sato (Instituto de Psicologia da USP)
Mariana Prioli Cordeiro (Instituto de Psicologia da USP)
Mariana Magalhães Pinto Côrtes
Inscrições de participação: somente on line
a partir de 27/05/2019 a 26/06/2019
- Vagas esgotadas
Inscrição online encerrada.
Informações
Seção de Apoio Acadêmico
Telefone de contato: 3091-3574
Email de Contato: apoioacadfe@usp.br