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Seminário Internacional Ano 100 com Paulo Freire: tempos, espaços, memórias, discursos e práticas
Período: 06/09/2021 a 10/09/2021

Resumos aprovados

A lista abaixo pode variar conforme a aprovação de novos trabalhos e eventuais desistências.
Autor: Adilson Rodrigues
E-mail: adilsonsilva@sescms.com.br
Instituição: SESC
Título: EDUCAÇÃO QUILOMBOLA: multiculturalismo nas fronteiras do ambiente escolar
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O interesse em analisar a multiculturalidade e a interculturalidade através da redefinição da identidade quilombola, mesmo sem presunção histórica ou superação da terminologia identidade cultural. O quilombo em seu contexto histórico apresenta definições que não estão presentes quando identificamos as comunidades negras na contemporaneidade. Os signos da existência de quilombos que investiram sobre as instituições escravistas ainda define redutos que abrigam populações negras. Mas a atenção para as identidades, as redefinições de fronteiras culturais e as exigências de reconhecimento, enquanto indivíduo, ampliaram as definições do conceito quilombola.
Autor: Adriana Batista de Souza Koide
Coautor(es): Andréia Gomes da Costa; Jussara C. B. Tortella; Luciana Rodrigues Ferreira Dal’Ava; Merylyn Ellen Braglin; Tacita Ansanello Ramos
E-mail: adriana.koide@educa.campinas.sp.gov.br
Instituição: Prefeitura Municipal de Campinas, PUC Campinas, Faculdade de Americana
Título: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS, DESENVOLVIMENTO DA CONSCIÊNCIA TRANSITIVA CRÍTICA E NEUROCIÊNCIA
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Excerto de um estudo de doutorado cujo lócus foi uma escola de Ensino Fundamental da rede pública municipal, no interior do Estado de São Paulo, inserida em um contexto de alta vulnerabilidade social com necessárias e urgentes demandas educacionais, sociais e culturais, o presente texto tem como objetivo principal destacar práticas pedagógicas que possam contribuir com a consciência crítica. Entendendo que a consciência crítica pode não resultar diretamente das transformações em contextos socialmente vulneráveis, pois as condições de vida não podem, por si mesmas, transformar as consciências ingênuas em consciências críticas, defendemos que é por meio da formação humana, que se apoia em condições históricas propícias, que a consciência crítica emerge. As transformações nos contextos sociais podem modificar pensamentos, modos de vida, consciências, e a educação tem um papel de destaque nesse processo. Educação que pode contribuir com a equidade, aliando-se à possibilidade de transformar contextos socialmente vulneráveis, trabalhando contra as fatalistas ideologias dominantes, que estimulam, sustentam e acomodam as realidades injustas e as consciências intransitivas. Nesse sentido, lançando mão de embasamentos neurocientíficos contemporâneos, se estabelece uma relação entre propostas pedagógicas conscientes e propositais que desafiem possibilidades para fortalecer a equidade na educação, trazendo como fertilizantes a criticidade e a aprendizagem por domínios, nos âmbitos cognitivos, afetivos e psicomotores e estimulem o cérebro em desenvolvimento. Os objetivos gerais selecionados para o corrente texto consistem em analisar o trabalho desenvolvido com 60 crianças, por três professoras do 3º ano; observar as práticas pedagógicas utilizadas e direcionar apontamentos neurocientíficos para a melhoria da criticidade e da criatividade na aprendizagem. As práticas pedagógicas utilizadas envolveram propostas de linguagem com leituras, interpretação e criação de textos, conceitos e desafios matemáticos, atividades diversas de arte, que instigavam a imaginação, a criatividade e a criticidade. Observa-se que as atividades desenvolvidas apresentam uma gama lúdica considerável, as quais podem ser um recurso inigualável para a aprendizagem por domínios e para o desenvolvimento cerebral, a criticidade e a criatividade. Aliar Paulo Freire, neurociência e aprendizagem por domínios nas práticas pedagógicas não é algo usual. Contudo, é preciso ultrapassar a consciência transitiva ingênua para alcançar a consciência crítica. Dar abertura para o que é novo, mas que é fundamentado pela ciência, pode libertar educadores do conformismo e devolver a esperança de que a criticidade e a criatividade podem melhorar as estruturas cerebrais humanas e resultar em melhores opções de escolhas para a vida o que pode favorecer a equidade.

Palavras-chave: Práticas pedagógicas; Consciência crítica; Neurociência.
Autor: Adriana David Ferreira Gusmão
Coautor(es): Bruno Lacerda Santos (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia) 201710765@uesb.edu.br, Ariel Moura Vilas Boas
E-mail: adrianadavid@uesb.edu.br
Instituição: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA
Título: O lúdico na reinvenção da prática docente durante a pandemia da Covid-19: experiências na Escola Municipal Frei Serafim do Amparo em Vitória da Conquista-BA
Autor: Adriana Nogueira Menezes
E-mail: drinmenezes@gmail.com
Instituição: Universidade de São Paulo
Título: TANGO: UMA EXPERIÊNCIA LATINO AMERICANA
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O tango é uma manifestação latino-americana de grandes contradições, a começar por sua história, aquele contada pela aristocracia argentina e posteriormente adotada por Paris e Hollywood, em contraponto, a sua ancestralidade vinda dos barcos africanos nos sítios de tango e nas academias de dança administrada por afroargentinos.
Este trabalho tem como objetivo explorar a experiência de ensino e apreensão do tango em sua dimensão plural, contraditória e histórica. Para tanto, o problema de pesquisa observado é o conflito entre dois imaginários do tango: o tango espetáculo, sendo a manifestação de um projeto estético desenvolvido pelo grande furor das primeiras décadas do século XX; e o tango como prática social, que aqui iremos compreendê-lo na dimensão de experiência singular do indivíduo, de um grupo e de uma expressão latino-americana.
Autor: Adriano Severo figueiro
Coautor(es): Diego Oliveira Aguias (UFMS) diego.aguiar@acad.ufsm.br, Alice Copetti Dalmaso (UFSM) e Adriano Severo Figueiró (UFSM)
E-mail: adriano.figueiro@ufsm.br
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
Título: Contribuições do Geocaching e das linhas de errância de Delingny para o ensino de geografia
Autor: Alan Willian de Jesus
Coautor(es): Luka de Carvalho Gusmão
E-mail: alan.faced@yahoo.com.br
Instituição: Universidade Federal de Juiz de Fora
Título: DOIS CAMINHANTES E UM SENTIMENTO COM O MUNDO: ENSAIO SOBRE TEMPOS E EDUCAÇÃO EM PAULO FREIRE E EDGAR MORIN
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Como dizer da importância de uma obra filosófica para o pensamento planetário? Cremos que pelo valor que ela agrega a cada novo presente, possibilitando outras formas de sentir, pensar e habitar as diversas experiências da vida, entre elas a da educação. Neste artigo, intentamos trazer à tona as potencialidades das obras de Paulo Freire e Edgar Morin no tocante a relação entre temporalidades e educação, evidenciando muito particularmente aquilo que, a esse respeito, o cenário da Pandemia descortinou. O pensamento do patrono da educação brasileira dá ênfase ao devir das temporalidades vividas pelos sujeitos e da História, ambos entendidos enquanto inacabamento que possibilita o engendramento de inéditos viáveis. Por sua vez, o pensamento do filósofo francês busca, a partir da crítica do pensamento cartesiano, propor a complexidade enquanto aquilo que é tecido junto, entrelaçando, assim, vida e conhecimento. Inspirando-nos nas ideias de ambos os pensadores, apontamos a possibilidade de ressignificação dos tempos escolares, instaurando uma atenção ao presente enquanto potência.
Autor: ALBONI MARISA DUDEQUE PIANOVSKI VIEIRA
Coautor(es): Claudia Leone (Pontifícia Universidade Católica do Paraná) leoneclaudia@gmail.com; Alboni Marisa Dudeque Pianovski Vieira (Pontifícia Universidade Católica do Paraná)
E-mail: alboni@alboni.com
Instituição: Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR
Título: Tendências pedagógicas: aproximações entre a pedagogia Freireana e a psicanálise Freudiana
Autor: Alessandra Bernardes Faria Campos
Coautor(es): Thaís Almeida Cardoso Fernandez
Fernanda Maria Coutinho de Andrade
Alice Cristina de Sampaio e Silva
Maria Eliana Barbosa Pereira Vieira (Mayô Pataxó)
E-mail: ale.bernardescampos@gmail.com
Instituição: Universidade Federal de Ouro Preto
Título: FORMAÇÃO DE EDUCADORAS/ES NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO POPULAR: CONTRIBUIÇÕES A PARTIR DA DISCIPLINA “ENCONTRO DE SABERES E PRÁTICAS EDUCATIVAS” NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
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Nesse artigo apresentamos e refletimos sobre a experiência da disciplina “Encontro de Saberes e Práticas Educativas”, na Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG, realizada em duas edições até o momento (II/2020 e I/2021). Emergida no contexto da pandemia do Covid-19, a experiência teve como princípio e horizonte refletir e produzir uma educação sobre a vida e para a vida no ensino superior, tendo como protagonistas mestras e mestres da cultura popular. Em sintonia com o contexto de pandemia, buscamos também acolher as/os estudantes, em suas diversas realidades, nos tempos do ensino remoto. Desde a concepção da disciplina estruturamos processos e instrumentos pedagógicos fortemente orientados pela Educação Popular. No diálogo com as/os estudantes de diferentes licenciaturas da UFV e do Mestrado Profissional em Educação em Ciências e Matemática, a quem foi ofertada, e com as/os mestras/es dos saberes populares, nas perspectivas dos seus territórios, os propósitos da disciplina ganharam vida e as metodologias participativas asas, consolidando comunidades de aprendizagens. Nesse artigo, tendo como referência metodológica a pesquisa-ação e como referência teórica e política a Educação Popular, lançamos nossos olhares sobre os instrumentos pedagógicos dos quais nos valemos ao longo dos percursos formativos realizados. Também é a partir do referencial da Educação Popular, especialmente, Paulo Freire em sua Pedagogia do Oprimido, Pedagogia da Autonomia, Pedagogia da Indignação e Pedagogia da Esperança, que produzimos reflexões sobre essa experiência, como um exercício de avaliação e reconstrução de caminhos a seguir. Ao final do texto apontamos para as estreitas relações entre universidade e escola, a partir da formação docente, afirmando sobre o papel dessa instituição na produção da educação popular na educação básica.
Autor: Alessandra Bernardes Faria Campos
Coautor(es): Daiane Cenachi Barcelos
E-mail: ale.bernardescampos@gmail.com
Instituição: Universidade Federal de Ouro Preto
Título: SISTEMATIZAÇÃO DE EXPERIÊNCIAS NA PESQUISA ACADÊMICA: PONTUAÇÕES A PARTIR DO PENSAMENTO DE PAULO FREIRE
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Este texto tem como direção apresentar reflexões críticas em construção sobre os caminhos para a pesquisa acadêmica no campo da educação e a busca por metodologias de pesquisa referenciadas pela Educação Popular para realizá-las. Este exercício, emerge com a problematização, a partir da Educação Popular e do pensamento decolonial, das formas como conduzimos a pesquisa em termos metodológicos, o que expressa concepções de produção de conhecimento, de relação com os sujeitos envolvidos na pesquisa (incluindo as pesquisadoras) e dos sentidos que orientam sua realização. Em termos da organização desse texto, aqui fazemos um duplo movimento. Primeiro, realizamos uma síntese sobre a Sistematização de Experiências, caminho para a produção de conhecimento produzido no contexto latino-americano com profundas relações com os Movimentos Sociais e referenciada na Educação Popular, tendo como horizonte a transformação social. A partir dessa síntese, como um segundo movimento, construímos reflexões sobre seu uso para fins de pesquisa acadêmica no campo da educação a partir de um olhar freiriano. O caminho escolhido é apresentar e analisar de forma problematizadora as trajetórias de duas pesquisas, uma já finalizada, em nível de graduação, e outra em andamento, em nível de doutorado, ambas tendo a Sistematização de Experiências como referência teórico-político-metodológica. As análises são realizadas a partir do diálogo com Paulo Freire e autores do campo da Sistematização de Experiências, especialmente Oscar Jara Holliday. A partir dessas análises, apontamos tanto as potencialidades da Sistematização como caminho para a pesquisa acadêmica em educação, quanto para os desafios e os limites que envolvem seu uso no contexto acadêmico, sobremaneira a partir das perspectivas e formas predominantes de produção da pesquisa nas universidades e dos tempos e demandas dos grupos próprios grupos estudados, como os Movimentos Sociais.
Autor: Alessandro Carvalho Bica
Coautor(es): : Edelvira Silva da Silva
Título: Uma proposta de intervenção de educação inclusiva para os professores da Escola Municipal de Ensino Fundamental Ministro Fernando Osório
Autor: Alice Copetti Dalmaso
Coautor(es): Diego Oliveira Aguias (UFMS) diego.aguiar@acad.ufsm.br, Alice Copetti Dalmaso (UFSM) e Adriano Severo Figueiró (UFSM)
E-mail: alicedalmaso@gmail.com
Instituição: UFSM
Título: Contribuições do Geocaching e das linhas de errância de Delingny para o ensino de geografia
Autor: Alice Cristina de Sampaio e Silva
Coautor(es): Alessandra Bernardes Faria Campos (UFOP) ale.bernardescampos@gmail.com, Thaís Almeida Cardoso Fernandez (UFV), Fernanda Maria Coutinho de Andrade (UFV), Alice Cristina de Sampaio e Silva (UFPB), Maria
E-mail: alicesamp8@gmail.com
Instituição: UFPB - Universidade Federal da Paraíba
Título: Formação de educadoras/es na perspectiva da educação popular: contribuições a partir da disciplina “encontro de saberes e práticas educativas” na universidade federal de Viçosa
Autor: Aline de Jesus Peixinho
Coautor(es): Mario Borges Netto
E-mail: alinedejesus.peixinho@gmail.com
Instituição: Universidade Federal de Uberlândia - Campus Pontal
Título: AS BASES FREIREANAS DA EDUCAÇÃO DO MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA (MST).
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O presente trabalho trata dos resultados parciais de nossa pesquisa de Iniciação Científica, que versa sobre os princípios teóricos e educacionais do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Nosso objetivo é apresentar os princípios freireanos que compõem o referencial teórico educacional do MST. Metodologicamente, foi realizada pesquisa documental - documentos produzidos pelo MST - e bibliográfica - a obra de Paulo Freire. Selecionamos como fonte da nossa pesquisa uma produção teórica do Movimento cujo conteúdo são os seus princípios educacionais e pedagógicos, intitulado e conhecido no meio acadêmico como Caderno nº. 8 do MST. Nossa pesquisa identificou conceitos educacionais que compõem a educação do Movimento, dentre eles os defendidos por Paulo Freire, o qual acreditava numa educação para a emancipação do indivíduo e não para a alienação. Nesse sentido, os conceitos freireanos identificados por nossa pesquisa foram dois: 1) a tomada de consciência como fim do processo educativo; 2) educar para uma ação transformadora que possibilite o/a educando refletir sobre o mundo e sobre si no mundo com o outro, tornando-se um agente de transformação no contexto social que está inserido. Na perspectiva dos referidos conceitos, os/as militantes se articulam no coletivo para problematizar as bases e as próprias relações sociais da sociedade capitalista e a educação oferecida pelo Estado às camadas populares, a qual atende aos interesses do mercado, segundo a orientação da ideologia liberal burguesa. Portanto, as teorias educacionais freireanas contribuem para o Movimento pensar e elaborar ações de cunho formativo, articuladas pela e para a classe trabalhadora do campo com a finalidade de promover em cada sujeito a tomada de consciência de si (na relação com o outro no mundo), tendo em vista a conquista da emancipação humana pelos/as trabalhadores/as e a transformação radical da sociedade. Conclui-se que as teorias elaboradas no interior das lutas do Movimento inspiram na criação de documentos educacionais para serem colocados em prática nas escolas criadas pelos militantes. Tais documentos, em especial o Caderno nº 8, intitulado "Princípios da Educação no MST”, apresentam forte inspiração no pensamento de Paulo Freire quando trata dos princípios pedagógicos da educação no MST. Destaque para os princípios “a realidade como base da produção do conhecimento”, “vínculo orgânico entre processos educativos e processos políticos” e “vínculo orgânico entre educação e cultura”.
Autor: Alonso Bezerra de Carvalho
Coautor(es): Fabiola Colombani - UNIMAR/Marília
E-mail: alonso.carvalho@unesp.br
Instituição: Universidade Estadual Paulista - Unesp //Marília
Título: AS CONTRIBUIÇÕES DE PAULO FREIRE PARA A EDUCAÇÃO LATINOAMERICANA: UM DIÁLOGO COM RODOLFO KUSCH
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Este texto pretende contribuir diretamente no processo pedagógico que é desenvolvido na sala de aula, seja nos cursos de formação de professores, realizados geralmente nas Universidades, como na prática docente, tal como é feita nas escolas. Como preâmbulo para a discussão, partimos da ideia de que o professor e o aluno ao entrarem em uma sala de aula, é certo que eles estão portando um conjunto de ideias, valores, convicções, crenças, etc., que orienta suas condutas, escolhas e dão sentido às suas vidas. Nesse processo, pressupõe-se que a realidade e os problemas educacionais deveriam ser enfrentados e resolvidos levando em consideração a história e as singularidades existenciais dos professores e alunos que constituem os sujeitos do processo educacional. Isso significa trazer para o campo da educação o tema da alteridade e da ética.
Como a escola não é um espaço, mesmo que se queira, dedicado apenas à transmissão de conteúdos, de conceitos e de teorias, é preciso pensar sobre os outros elementos e aspectos que movimentam as existências de cada indivíduo ali presente. Se nela tem prevalecido um processo em que a capacidade racional e epistemológica tem dado as diretrizes, é preciso considerar também que alunos e professores são conduzidos ou pelo menos impulsionados por paixões, sentimentos e desejos que nem sempre sabemos de onde, como e quando vem. Além disso, alunos e professores são portadores de valores e de atitudes que foram e são adquiridos e tornados hábitos ao longo da vida e que a escola contribui ou contribuiu apenas com uma parte, talvez a menor. É também nesse horizonte, portanto, que se efetiva o processo pedagógico, o que indica a insuficiência de uma posição que se pauta, quase que exclusivamente, a partir da dimensão epistemológica na sala de aula.
Portanto, desde a formação dos professores até as ações que ocorrem na sala de aula, a busca e a transmissão da verdade têm ocupado um espaço predominante, o que nos instiga a pensar se também não deveríamos tratar da alteridade como aspiração da ação ética, apresentando-a como uma possibilidade a ser trabalha no processo pedagógico, e até mesmo uma saída para os problemas que as escolas enfrentam no seu cotidiano. Se estamos de acordo, a epistemologia, juntamente com a ética, poderiam ser tomadas como lados da mesma moeda, ou seja, da mesma realidade, de maneira a favorecer o professor em sua prática na sala de aula a ter uma melhor compreensão de si mesmo, do público que atende e das ações que desenvolve. Lidar com o imprevisível, incluir o mundo sensível e passional em nossa práxis pedagógica pode contribuir para um processo educativo mais amplo e integral.
O desafio que nos propomos realizar aqui é problematizar esse predomínio da dimensão epistemológica na educação, mas também em outras áreas do saber, em que o ser humano é interpretado e tomado como um sujeito de conhecimento capaz de desempenhar com eficácia suas funções a partir de uma instância reservada somente a ele que é a razão - o lógos. É como se a razão, entendida ou reduzida à ideia de consciência, pudesse conhecer tudo. Para tanto, normalmente o aluno é visto pelo professor, e este é pelo aluno, como um ser apenas epistêmico, orientado pela razão. Porém, creio que é possível ir um pouco mais longe e mais fundo e perceber que não somos apenas um ser epistêmico. No caso específico do professor, se ele suspeitasse desde o princípio, ou seja, já nos seus cursos de formação, que não somos regidos o tempo todo pela razão, talvez teríamos na sala de aula relações interpessoais mais justas, amistosas, amorosas e autônomas, como defendeu Paulo Freire. E se pensássemos essa questão a partir de um lugar situado, como a América Latina, na esteira do que abordou o filósofo argentino Rodolfo Kusch (1922-1979), talvez criássemos uma nova pedagogia, crítica, decolonizante e intercultural.
É justamente na companhia desses dois pensadores latino-americanos que vamos promover um diálogo entre a epistemologia e a ética, de maneira a contribuir tanto na compreensão e na formulação de uma pedagogia que ressignifique e leve em consideração o ser humano e o solo onde ele vive.
Autor: Ana Paula Grellert
Coautor(es): Leonor Gularte Soler, Ederson Pinto da Silva, Neiva Afonso Oliveira
E-mail: ana.grellert@gmail.com
Instituição: Universidade Federal de Pelotas - UFPEL
Título: PERSPECTIVAS PARA A CONSTRUÇÃO DO INÉDITO VIÁVEL DESDE O MULTICULTURALISMO CRÍTICO
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O presente trabalho pretende dialogar com o multiculturalismo em sua vertente crítica, elencando aspectos teóricos apontados por Peter McLaren em sua obra Multiculturalismo Crítico (1994), assim como, explicitar algumas interlocuções com os conceitos de cultura e unidade na diversidade desde Paulo Freire (1921-1997) e sua concepção de Educação Popular. Abordaremos o que Peter McLaren identifica como multiculturalismo crítico, buscando realizar interlocuções entre os dois autores, de maneira a potencializar a discussão sobre a possibilidade de construção de uma educação que tenha no seu horizonte a construção do inédito viável. Ambos autores, embora vivendo em tempos diferentes se recusam a compreender a cultura como não-conflitiva, harmoniosa e consensual. A fim de uma melhor compreensão, na primeira parte do trabalho destaca-se a visão antropológica de cultura em Paulo Freire que considera o homem como sujeito da história que transita da consciência ingênua para a consciência crítica. Também, aspira-se explicitar a necessidade da luta pela unidade na diversidade. No segundo momento, pretende-se apontar que quando Freire aborda a importância e necessidade da unidade na diversidade e McLaren a questão da diferença, existe uma sintonia no que se refere ao multiculturalismo de resistência. Por fim, destacamos as possíveis contribuições do Multiculturalismo Crítico para a construção de uma educação como prática da liberdade e que tenha em seu horizonte a construção de relações ineditamente viáveis, considerando que a multiculturalidade não é algo espontâneo e necessita ser construída. Para dialogar com o texto e atingir o objetivo proposto, utilizamos a pesquisa bibliográfica apresentando argumentos dos autores citados, presentes nas seguintes obras: Ação cultural para liberdade e outros escritos (1975), Pedagogia do Oprimido (1968), Educação como prática de liberdade (1967), Pedagogia da Esperança: um reencontro com a Pedagogia do Oprimido (1992), de Paulo Freire; Multiculturalismo Crítico (1994) de Peter McLaren. Os resultados demonstram uma possibilidade de diálogo profícuo entre os dois autores de maneira a se constituir e a construir uma educação como prática de liberdade e que apresente em seus horizontes a edificação de inéditos viáveis. Trata-se de sonhos e utopias que podem se caracterizar como uma nova configuração para a convivência humana a partir de uma práxis que possibilite a elaboração destas novas narrativas com vistas à emancipação, além de legitimar, as múltiplas tradições de conhecimento.

Palavras-chave: Inédito viável. Multiculturalismo Crítico. Unidade na diversidade. Educação Popular.
Autor: Ana Verena Freitas Paim
Coautor(es): Marlete Marculino Novaes Barros
E-mail: verenaebranca@uefs.br
Instituição: uefs
Título: PIBID: vivências durante a pandemia da Covid-19
Autor: ANDRÉ DA SILVA TORRES
E-mail: andre.torres@unifesp.br
Instituição: SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DA CIDADE DE SÃO PAULO
Título: O CONCEITO DE AD-MIRAR COMO ATO POLÍTICO: FENOMENOLOGIA EXISTENCIAL NOS ESCRITOS DE PAULO FREIRE
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Este artigo tem como objetivo discutir o conceito de admirar como ato político segundo aspectos da fenomenologia existencial nos escritos de Paulo Freire. Em sua obra há referências ao existencialismo fenomenológico, sobretudo ao que se refere à atitude de entender o processo de ensino-aprendizagem pautado na dialogicidade e criticidade em relação equanimemente horizontal entre os sujeitos e com o mundo segundo a percepção da realidade a partir do olhar da admiração, da surpresa, do fascínio e da estranheza, como se fosse continuamente a primeira vez. Partindo do pressuposto que no diálogo se solidariza o refletir e o agir dos sujeitos endereçados ao mundo a ser transformado e humanizado e que o diálogo nunca deve reduzir-se a um ato de depositar ideias de um sujeito no outro, esta pesquisa busca compreender de que maneira a educação libertadora, segundo a epistemologia freireana, é descodificante a partir do se admirar. Segundo Freire, admirar é crucial no processo de aprendizagem da educação problematizadora pautada na leitura e no aprendizado do mundo a partir de momentos contínuos, é dirigir o olhar para o objeto de conhecimento como um objeto em si mesmo, é objetivar o eu, separando-o do não-eu, distanciar-se do objeto, separando a subjetividade da objetividade. Ao tomar distância do não-eu, é possível perceber suas características, revelá-lo, descobri-lo. De acordo com essa compreensão é impossível conhecer sem admiração do objeto a ser conhecido. Como o conhecimento não é imutável e estático, mas está em processo, sendo construído continuamente, o ato de conhecer implica admirar além do objeto de conhecimento, a admiração que se teve anteriormente do mesmo objeto, ou seja, a compreensão que se tinha sobre ele. O sujeito pensante ao admirar pode distanciar-se de sua percepção e conhecer a razão dela, será capaz de analisar criticamente a percepção anterior para desenvolver uma nova consciência crítica e reflexiva do contexto em que está inserido tornando-se capaz de remover o véu que esconde a realidade e anestesia a consciência. A epistemologia freireana é uma entrada para admirar a prática: propõe o caminho epistemológico de pensar com os excluídos do mundo, leva os sujeitos a conscientizarem-se dialogicamente sobre a situação a qual estão submetidos os oprimidos e lutar para transformar a realidade.
Nesta pesquisa buscou-se refletir sobre os escritos de Freire nos livros Educação como prática da liberdade; Ação cultural para a liberdade; Extensão ou comunicação?; Pedagogia da Tolerância; Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa; e principalmente Pedagogia do oprimido. Outra referência crucial para o desenvolvimento deste trabalho é o artigo intitulado A fenomenologia existencial em Paulo Freire: possíveis diálogos de Silmara Silveira Lourenço e Viviane Melo de Mendonça que identifica aspectos da fenomenologia existencial na epistemologia freireana. O método de pesquisa é baseado na leitura, interpretação, reflexão e relação entre os textos que compõe a bibliografia, a aprendizagem teórica e a construção do artigo inter-relacionando o conhecimento construído ao estudo em desenvolvimento. Sendo assim, os procedimentos englobam a pesquisa bibliográfica e documental.

Palavras-chave: Educação. Paulo Freire. Politica. Fenomenologia.
Autor: Angela Maria Baltieri Souza
Coautor(es): Clarilza Prado de Sousa
E-mail: angelamariabaltieri@yahoo.com.br
Instituição: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Título: Olhares psicossociais para a prática docente: tendências da área de Educação
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O presente estudo é um estudo bibliográfico, que objetivou compreender como a prática docente vêm sendo analisada em estudos de mestrado e doutorado da área de educação. Para tanto, realizou-se uma análise integrativa da produção bibliográfica, a fim de sintetizar os resultados obtidos sobre a temática da prática docente. Foram selecionados 130 resumos do banco de teses e dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Nível de Pessoal de Nível Superior, que tomaram por base teórico-metodológico a Teoria das Representações Sociais e produzidos de 2013 a 2018. O material foi tratado a partir da utilização do software Iramuteq (Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires), por análise de conteúdo e sob referencial teórico da Teoria das Representações Sociais, tomando por base Serge Moscovici (2015) e Ivana Marková (2006). Os resultados evidenciaram representações construídas com base nos elementos educação, conhecimento, pesquisa, estudo, docente, social, prático, pedagógico, ensino, aluno e escola. Verificou-se que a composição representacional se organiza e está objetivada no professor e no trabalho docente. Entretanto, por um lado ainda se evidencia uma representação historicamente construída de que a profissão remete à amor, à doação e à dedicação, evidenciando uma subjetividade forjada na performatividade e de outro uma mudança sensível na formação docente que emerge de uma formação sociocultural.
Autor: Ângela Maria Solano de Moura
Coautor(es): : Thais da Salete Gomes da Silva (Universidade Estadual do Rio Grande do Norte) thaisgomes262@gmail.com; Joseane Abílio de Sousa Ferreira (Universidade do Estado do Rio Grande do Norte) joseaneabilio@
E-mail: angela.maria43256@gmail.com
Instituição: Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
Título: Gestão escolar: do técnico-científico a democrática-participativa
Autor: Antonio Max Ferreira da Costa
Coautor(es): José Mateus do Nascimento
E-mail: a.maxcosta@gmail.com
Instituição: IFRN
Título: HISTÓRIA DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS: A EDUCAÇÃO BANCÁRIA NA ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR ANÍSIO TEIXEIRA (1982-2002)
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Esse trabalho é um recorte da pesquisa de doutoramento que vem sendo desenvolvida desde o ano de 2019 no PPGEP-IFRN, na Linha de Pesquisa História, Historiografia e Memória. O objetivo do estudo é refletir sobre a história das práticas pedagógicas da Escola Estadual Professor Anísio Teixeira (1982-2002) durante os anos de oferta do Ensino Técnico Profissionalizante de 2º grau, elucidando se havia uma prática de ensino bancário. Para apoiar as reflexões utiliza-se: Freire (1996), Nosella e Buffa (2005), Vargas (2006), Costa (2017) e as Leis 5.692/71, 7.044/82 e 9.394/96.
Palavras-chave: História da educação. Práticas pedagógicas. Ensino técnico profissionalizante.
Autor: Antonio Takao Kanamaru
Coautor(es): Lucilene Mizue Hidaka (EACH – USP) lucihidaka@usp.br; Antonio Takao Kanamaru e Francisca Dantas Mendes
Título: Upcycling de resíduos têxteis pós consumo como possibilidade de prática pedagógica para a sustentabilidade
Autor: Aparecida Dias Terras Gomes
Coautor(es): Roselita Soares de Faria
E-mail: cidaterras@hotmail.com
Instituição: CEEFMTI Manoel Duarte da Cunha
Título: Educação Popular, Meio Ambiente e Paulo Freire: reflexões sobre a construção de jardins por moradores de Ribeirão das Neves
Autor: Aparecida Dias Terras Gomes
Coautor(es): Roselita Soares de Faria
E-mail: cidaterras@hotmail.com
Instituição: CEEFMTI Manoel Duarte da Cunha
Título: SALA DE AULA INVERTIDA E TERTÚLIA LITERÁRIA NO ENSINO MÉDIO: REFLEXÕES DE UMA PRÁTICA ESCOLAR PELO VIÉS FREIRIANO
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A sala de aula invertida e a tertúlia literária são duas metodologias que aliadas geram
protagonismo no estudante. Assim, a fim de mostrar proatividade e emancipação do alunado,
este trabalho tem como objetivo fazer uma reflexão a partir de temáticas que estão presentes
no conto - Venha ver o pôr do sol, de Lygia Fagundes Telles – o texto fora interpretado de
forma coletiva por meio de tertúlia dialógica literária com vistas a discutir temas que são
relevantes porque estimulam provocações que trazem a baila assuntos muito atuais, tais como:
feminicídio, orgulho ferido e crime passional. Essa prática fora realizada com uma turma da
1ª série do ensino médio, composta por 35 alunos, entre 15 e 17 anos de idade, em uma escola
pública. Contudo, por conta do momento pandêmico, essa mesma turma fora dividida em
duas, por meio de revezamento. O texto fora lido em casa, com a família, por meio da sala de
aula invertida. Essa estratégia pedagógica tende a promover debates, tanto dentro como fora
de sala de aula, a respeito de temáticas como essas, a fim de desconstruir pensamentos
machistas e, consequentemente, construir ideias e ações que estimulem atitudes de
conscientização. Dessa forma, percebe-se que: a) ler de forma coletiva e colaborativa pode
gerar compreensão substantiva no sujeito; b) discutir como a literatura clássica tem a função
de trazer à tona assuntos que são sempre atuais; c) debater o feminicídio e o machismo pode
gerar visões mais desenvolvidas no estudante. Em função disso, atividade como tertúlia
literária pode gerar solidariedade e empatia no estudante por favorecer o diálogo igualitário
acerca de reflexões que corroboram com pensamentos humanitários e fraternos.
Palavras-chave: Sala de aula invertida. Tertúlia literária. Estratégia pedagógica.
Autor: Ariel Moura Vilas Boas
Coautor(es): Bruno Lacerda Santos (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia) 201710765@uesb.edu.br, Ariel Moura Vilas Boas (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia) e Adriana David Ferreira Gusmão
Título: O lúdico na reinvenção da prática docente durante a pandemia da Covid-19: experiências na Escola Municipal Frei Serafim do Amparo em Vitória da Conquista-BA
Autor: Ariel Pimenta Baptista Teixeira
Coautor(es): Lucas Salgueiro Lopes e Arthur Vianna Ferreira
E-mail: arielpimentabaptistateixeira@gmail.com
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Título: O AMANHÃ COMO POSSIBILIDADE: A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E A RESPONSABILIDADE SOCIAL.
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O presente trabalho tem como objetivo analisar a carência da Educação Social e suas práticas no cotidiano da formalidade escolar brasileira, especialmente quando se trata da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Pensando na autonomia do ser como ponto fundamental, o combate das injustiças no campo educacional se torna foco quando a ausência do poder público degrada a politização dos indivíduos. Dessa forma, forças sociais entram no cenário caótico de irresponsabilidade e, por isso, a Educação Social pode vir a atuar de forma potencial ao indignar-se com os processos de exclusão, vindo a mostrar a coletividade do caminhar educacional que contribui para um sistema com alunos mais politizados e produtivos. Considerando tais aspectos, através de uma reflexão a partir de conceitos centrais na obra de Paulo Freire (2000; 2018), tais como a indignação e a autonomia, visamos demonstrar como tais ideias se configuram como pontos fundamentais no combate das injustiças no campo educacional. Ainda a partir da ótica freireana e de leituras do campo da Educação Social, o trabalho reforça e tem como principal resultado a demonstração da potencialidade da ideia de uma educação que não pode ser restrita apenas ao âmbito escolar, podendo assim consolidar mudanças sociais significativas que colocam as diferenças como fundamento educacional, principalmente quando se trata de jovens e adultos.
Autor: ARISTON DE LIMA CARDOSO
E-mail: ariston@ufrb.edu.br
Instituição: Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Título: Identidade racial na Educação de Jovens e Adultos: um estudo na base de dados Scielo
Autor: Arthur Vianna Ferreira
Título: O amanhã como possibilidade: a educação de jovens e adultos e a responsabilidade social
Autor: Assiêdna Cristiane da Silva Santiago
Coautor(es): Assiedna Cristiane da Silva Santiago
E-mail: assiedina@hotmail.com
Instituição: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Título: ORGANIZAÇÃO DOCENTE NO RIO GRANDE DO NORTE
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ORGANIZAÇÃO DOCENTE NO RIO GRANDE DO NORTE


SILVA SANTIAGO, Assiêdna Cristiane da.
Pesquisa vinculada ao projeto de iniciação cientifica, orientado pela professora Drª Crislane Barbosa de Azevedo, vinculado ao Departamento de Práticas Educacionais e Curriculum da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
RESUMO
À pesquisa foi desenvolvida, na óptica de uma perspectiva histórica, a partir da análise bibliográfica, sobre a organização docente dos trabalhadores da educação do Rio Grande do Norte, do início do século XX aos dias atuais. No Rio Grande do Norte o movimento associativista, na esfera educacional, surgiu da necessidade de regulamentação da profissão. O associativismo norte-rio-grandense, para o setor da educação, surge da necessidade de regular à profissão, de organizar a classe, em defesa do ensino e de adquirir condições dignas de trabalho.
Palavras-chave: Educação. Profissão. Associativismo.
INTRODUÇÃO: O projeto busca arrolar as circunstâncias do associativismo e do sindicalismo, do magistério em contexto histórico e político, ao longo do século XX e início do XXI, para entender os processos pelos quais se organizou o magistério norte-rio-grandense, inicialmente, sob à forma associativa e, posteriormente, na forma sindical. O objetivo da pesquisa, se constitui, na perspectiva histórica, da formação de uma força unilateral (Associativismo/Sindicalismo) que almejava um sentimento comum: melhorar à estrutura educacional e garantir condições para exercer à profissão docente. Tivemos como ponto de partida o Associativismo docente na primeira metade do século XX. Tinham como objetivo à política educacional, desenvolvida pela Associação de Professores do Rio Grande do Norte (APRN), nos anos de 1920. O programa, “consistia na criação de escolas e na defesa do ensino público, gratuito, leigo, misto (co-educação), ligado à vida e ao trabalho. Esse Programa abrangeria todo o Estado, embora com maior concentração na capital” (CAVALCANTE, 1999). Analisamos a cronologia seguindo os seguintes aspectos: o Sindicalismo: da origem até 1964; o Sindicalismo na época da ditadura (1964-85); o Sindicalismo na redemocratização e no contexto da LDB de 1996; o Sindicalismo no governo Lula (2003-2010) e Dilma (2011-2016) e o Sindicalismo pós-impeachment de 2016 (2016-2020). METODOLOGIA:À pesquisa foi desenvolvida em análise bibliográfica orientada em obras que tratam do tema “organização docente do Rio Grande do Norte”. Às fontes bibliográficas foram Trabalho de Conclusão de Curso, Dissertação de Mestrado e Teses de doutorado de alunos em formação na UFRN. CONSIDERAÇÕES FINAIS: À força que à união sindical promove nas lutas por garantias e cumprimentos dos direitos são fundamentais para progresso da sociedade, pontua-se à organização dos professores, os quais, foram bastante atuantes enquanto categoria e organismo de luta e enfrentamento contra o sistema opressor e burguês.

REFERÊNCIA:
CAVALCANTE, Francisca Wilma. Associação de professores do Rio Grande do Norte (1920-1933). Natal – 1999. Dissertação de Mestrado apresentada ao programa de pós-graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, UFRN.
SANTOS, José Maximiano dos. A Transformação da Associação de Professores do Rio Grande do Norte (APRN) em Sindicato dos Trabalhadores em Educação (1986 – 1990). Dissertação de Mestrado apresentada ao programa de pós-graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – 2008.
Autor: Assiêdna Cristiane da Silva Santiago
Coautor(es): Assiedna Cristiane da Silva Santiago
E-mail: assiedina@hotmail.com
Instituição: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Título: ORGANIZAÇÃO DOCENTE NO RIO GRANDE DO NORTE
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ORGANIZAÇÃO DOCENTE NO RIO GRANDE DO NORTE


SILVA SANTIAGO, Assiêdna Cristiane da.
Pesquisa vinculada ao projeto de iniciação cientifica orientado pela professora Drª Crislane Barbosa de Azevedo, vinculado ao Departamento de Práticas Educacionais e Curriculum da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
RESUMO
À pesquisa foi desenvolvida, na óptica de uma perspectiva histórica, a partir da análise bibliográfica, sobre a organização docente dos trabalhadores da educação do Rio Grande do Norte, do início do século XX aos dias atuais. No Rio Grande do Norte o movimento associativista, na esfera educacional, surgiu da necessidade de regulamentação da profissão. O associativismo norte-rio-grandense, para o setor da educação, surge da necessidade de regular à profissão, de organizar a classe, em defesa do ensino e de adquirir condições dignas de trabalho.
Palavras-chave: Educação. Profissão. Associativismo.
INTRODUÇÃO
O projeto busca arrolar as circunstâncias do associativismo e do sindicalismo, do magistério em contexto histórico e político, ao longo do século XX e início do XXI, para entender os processos pelos quais se organizou o magistério norte-rio-grandense, inicialmente, sob à forma associativa e, posteriormente, na forma sindical. O objetivo da pesquisa, se constitui, na perspectiva histórica, da formação de uma força unilateral (Associativismo/Sindicalismo) que almejava um sentimento comum: melhorar à estrutura educacional e garantir condições para exercer à profissão docente.
Tivemos como ponto de partida o Associativismo docente na primeira metade do século XX. Tinham como objetivo à política educacional, desenvolvida pela Associação de Professores do Rio Grande do Norte (APRN), nos anos de 1920. O programa, “consistia na criação de escolas e na defesa do ensino público, gratuito, leigo, misto (co-educação), ligado à vida e ao trabalho. Esse Programa abrangeria todo o Estado, embora com maior concentração na capital” (CAVALCANTE, 1999).
Analisamos a cronologia seguindo os seguintes aspectos: o Sindicalismo: da origem até 1964; o Sindicalismo na época da ditadura (1964-85); o Sindicalismo na redemocratização e no contexto da LDB de 1996; o Sindicalismo no governo Lula (2003-2010) e Dilma (2011-2016) e o Sindicalismo pós-impeachment de 2016 (2016-2020).
METODOLOGIA
À pesquisa foi desenvolvida em análise bibliográfica orientada em obras que tratam do tema “organização docente do Rio Grande do Norte”. Às fontes bibliográficas foram Trabalho de Conclusão de Curso, Dissertação de Mestrado e Teses de doutorado de alunos em formação na UFRN.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
À força que à união sindical promove nas lutas por garantias e cumprimentos dos direitos são fundamentais para progresso da sociedade, pontua-se à organização dos professores, os quais, foram bastante atuantes enquanto categoria e organismo de luta e enfrentamento contra o sistema opressor e burguês.
REFERÊNCIA
CAVALCANTE, Francisca Wilma. Associação de professores do Rio Grande do Norte (1920-1933). Natal – 1999. Dissertação de Mestrado apresentada ao programa de pós-graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, UFRN.
SANTOS, José Maximiano dos. A Transformação da Associação de Professores do Rio Grande do Norte (APRN) em Sindicato dos Trabalhadores em Educação (1986 – 1990). Dissertação de Mestrado apresentada ao programa de pós-graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – 2008.
Autor: Aurea de Carvalho Costa
Coautor(es): Luciane Carreiro Jorge Santos
E-mail: aurea.costa@unesp.br
Instituição: Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Fº
Título: Os debates de gênero e de opressão feminina na produção acadêmica: o caso do GT 23 da ANPEd
Autor: Aurea de Carvalho Costa
Coautor(es): Isabel Basso Frollini
E-mail: aurea.costa@unesp.br
Instituição: Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Fº
Título: GÊNERO E SEXUALIDADE NA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR
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O objeto de nossa pesquisa foi a Base Nacional Comum Curricular, definida como um documento “[...] normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica, de modo a que tenham assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento” (BRASIL, 2018, p. 7). Trata-se, portanto de uma orientação nacional aos currículos da Educação Básica, incluindo as diretrizes para a formação inicial e continuada dos professores (BRASIL, 2018).
Análises de autores por nós revisitados evidenciaram a completa reformulação do documento de uma versão para outra (SILVA; ALMEIDA, 2018), o simulacro dos discursos apresentados como inovadores (SILVA, 2018) e a influência dos movimentos conservadores e do Escola Sem Partido em sua formulação (MACEDO, 2017).
A presente pesquisa tem o objetivo de contribuir para elucidar como são tratadas as questões de gênero e sexualidade na BNCC, analisando as ocorrências de menções sobre o tema em cada uma das três versões, com ênfase na versão homologada.
Inicialmente, compartilhamos da hipótese de que gênero e sexo não são conceitos equivalentes, uma vez que, diversamente do sexo, gênero não designa as desigualdades entre o feminino e o masculino (SAFFIOTI, 2015).
A outra hipótese a ser verificada é a de que a educação sexual ofertada nas escolas, ao enfocar a dimensão biológica, primordialmente se torna reducionista perante a realidade complexa, na medida em que não levaria em consideração a heterogeneidade cultural presente na constituição da identidade de gênero nos seres humanos. O texto discute que o caráter biologisista e heteronormativo no ensino das ciências da natureza pode contribuir para a perpetuação de preconceitos de gênero mediante as diferentes expressões de sexualidade que não a cisgênero.
Foi desenvolvida uma pesquisa do tipo qualitativa, bibliográfica e documental. Para o levantamento bibliográfico nossas fontes foram o Google Acadêmico, o Scielo e o Banco de Teses da CAPES, de onde extraímos produções mais recentes sobre a temática; buscamos, também, produções que discutem a maneira como gênero e sexualidade têm aparecido nos currículos da educação básica brasileira, e vêm sendo abordadas nas salas de aula.
O corpus de análise documental foram as três versões da BNCC, considerando-se não apenas os conteúdos de Ciências e Biologia, mas os de outros componentes curriculares nas etapas do ensino fundamental e médio. O procedimento utilizado foi a análise de conteúdo, que compreende a pré-análise; a exploração do material e tratamento quantitativo; análise qualitativa. Durante a pré-análise, demarcamos nos textos as ocorrências dos vocábulos gênero e sexualidade. Isso nos possibilitou localizar essa discussão. Em seguida, selecionamos os trechos relevantes em que houve a aparição dos descritores gênero e sexualidade e descrever, interpretar e analisar seus conteúdos. Por fim, os resultados foram sistematizados e submetidos ao cotejamento com a bibliografia e análise crítica circunstanciada. Foi imprescindível o cotejamento das referências sobre o processo histórico e político que culminou na criação da BNCC, bem como os que discutiram gênero e sexualidade no universo escolar.
Autor: ÁUREA ESTEVES SERRA
Coautor(es): Luzia de Fátima Paula
E-mail: prof_aurea_serra@fateb.br
Instituição: FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DE BIRIGUI
Título: PAULO FREIRE E A DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
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O objetivo desta comunicação é apresentar como ocorreu a implantação da disciplina de Educação de Jovens e Adultos oferecida no curso de Pedagogia da Faculdade de Ciências e Tecnologia de Birigui (FATEB) no período de 2000 a 2021 e sua relação com a teoria de Paulo Freire. A análise incide sobre um corpus documental constituído por 12 matrizes curriculares do curso de Pedagogia e por 18 planos de ensino, os quais estão localizados nos arquivos da secretaria da FATEB. Como metodologia, foi utilizada a revisão bibliográfica, cujo referencial teórico esteve assegurado na teoria de Paulo Freire. Nas 12 matrizes curriculares do curso constatou-se que a disciplina teve duas nomenclaturas: Educação de Jovens e Adultos e Fundamentos da Educação de Jovens e Adultos e que a carga horária da disciplina nas cinco primeiras turmas foi de 72h e nas demais 13 turmas de 80h. Nos planos de ensino foram verificados a teoria e os livros de Paulo Freire. O livro em destaque do autor foi “Pedagogia do oprimido”. E o livro sobre Paulo Freire foi “O que é o método Paulo Freire?”, de Carlos Rodrigues Brandão. Observou-se também que houve a preocupação em formular melhores práticas em sala de aula, metodologias mais adequadas aos alunos e suas formas de aprendizagem, formalizando assim a necessidade de aprofundar a reflexão sobre a teoria do autor e as relações com o conhecimento, aprendizagem, cultura, educação e escola, para se oferecer subsídios teóricos ao entendimento de constituição das formas de pensar e implicações com a aprendizagem. As disciplinas foram oferecidas a 18 turmas e trabalhadas no período compreendido entre 2003 e 2020. Com foco nos estudos em “Pedagogia do oprimido”, com diversas turmas de Pedagogia, a pesquisa enfatizou as ações dos alunos nela envolvidos, descrevendo sua prática cotidiana e as relações que se estabeleceram entre as várias instâncias de poder. Mereceu atenção a participação de dois alunos e em especial a análise da influência da leitura de “Pedagogia do Oprimido”, porque suas reflexões ficaram gravadas na memória da professora da disciplina. Esses dois alunos representam a gradual sistematização de processos infinitos que dão sustentação às transformações dos subsistemas cognitivos, assim como a tomada de consciência política perante a sociedade na qual se vive e a busca para resolver os problemas do cotidiano e sobreviver em todos os sentidos. Enfim, eles se depararam com atividades e desafios que exigiam transformação e desenvolvimento. Os resultados com base nos conceitos propostos por Paulo Freire pontuam que os possíveis caminhos para as discussões sobre educação e sociedade contribuíram para que os alunos desenvolvessem a capacidade de reflexão sobre a prática docente e de sua consciência da cidadania. Este estudo aponta para a necessidade das discussões sobre formação de professores, alicerçada no pensamento de Paulo Freire e asseguradas pelas histórias de vida e bagagem cultural. Conclui-se que a teoria de Paulo Freire esteve presente em todos os 18 planos de ensino, evidenciando a relação entre a teoria de Paulo Freire e a formação dos alunos da FATEB.
Autor: Bianca Ferraiolo Cafeo
Coautor(es): : Leonardo Cesar Carvalho Medeiros
E-mail: biancacafeo@outlook.com
Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Título: Uma nova formação curricular: a necessidade de um componente curricular sobre educação a distância para licenciandos e a perspectiva de uma formação continuada para professores
Autor: Bruno dos Santos Prado Moura
Coautor(es): Luciana Silvestre Girelli (Instituto Federal do Espírito Santo) lucianasgirelli@gmail.com; Bruno dos Santos Prado Moura e Michelle Teixeira da Silva Hanke (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tec
E-mail: brunusgravis@gmail.com
Instituição: Instituto Federal do Espírito Santo - Ifes
Título: Grupo de produção literária “pílulas de realidade”: relatos autobiográficos dos estudantes do PROEJA/IFES
Autor: Bruno Lacerda Santos
Coautor(es): Ariel Moura Vilas Boas
Adriana David Ferreira Gusmão
E-mail: 201710765@uesb.edu.br
Instituição: Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
Título: O LÚDICO NA REINVENÇÃO DA PRÁTICA DOCENTE DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19: EXPERIÊNCIAS NA ESCOLA MUNICIPAL FREI SERAFIM DO AMPARO EM VITÓRIA DA CONQUISTA/BA.
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O presente artigo aborda uma miríade de temáticas que envolvem a aplicação de metodologias ativas em forma de jogos que buscam através do lúdico obter um maior grau de atenção dos alunos durante o ensino remoto emergencial (ERE) na Escola Municipal Frei Serafim do Amparo nas turmas de sexto ano (fundamental II). Levando em consideração todas as dificuldades impostas pela pandemia de Covid-19, dentre elas, falta de preparação docente para o exercício do ensino remoto, a estrutura escolar deficitária e a barreira existente na pratica da mediação didática como consequência desses entraves. Partindo desses pressupostos a pesquisa visa através da análise das dificuldades encontradas na escola buscar estabelecer formas de efetuar uma melhor mediação didática através da inserção de metodologias ativas com a utilização de jogos online como forma de atividade validadora do conteúdo exposto na aula. Para tanto o site Wordwall se mostrou como uma ferramenta eficiente na criação e dispersão dos jogos supra citados, assim como o site Canva que permite a criação de arquivos animados em PDF, sendo possível introduzir o link da aula e dos jogos na mesma interface. Levando em consideração as ferramentas citadas anteriormente foi possível estabelecer um parâmetro através da prática diária na utilização do lúdico no dia a dia das aulas, e como a sua aplicação refletiu positivamente no aprendizado dos alunos.
Autor: Camila Wolpato Loureiro
Coautor(es): Cheron Zanini Moretti
E-mail: camilawolpato.l@gmail.com
Instituição: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Título: “HAY QUE PELEAR COMBATIENDO ESTE FATALISMO”: PERSPECTIVAS DE(S)COLONIAIS DA LATINOAMERICANIDADE EM PAULO FREIRE - ENTREVISTAS (1984-1997)
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A investigação aqui apresentada objetiva fazer uma análise sobre a perspectiva de(s)colonial presente na compreensão de América Latina na proposta epistemológica de Paulo Freire. Para tanto, investigamos entrevistas concedidas pelo educador brasileiro à imprensa de diferentes países latino-americanos após o retorno do seu período de exílio, de modo que nosso recorte de investigação compreende aquelas publicadas entre os anos de 1984 a 1997. Assim, é igualmente relevante destacar que todas elas foram coletadas do Centro de Referência vinculado ao Instituto Paulo Freire do Brasil. A partir de um conjunto significativo de documentos disponibilizados, selecionamos 07 entrevistas de jornais e revistas da Argentina, Uruguai, Peru e Equador como fontes. Logo, a metodologia utilizada foi a de análise documental de cunho historiográfico. E, através da mesma, foi possível compreender a percepção de Freire sobre três importantes eixos: a) acerca da capacidade revolucionária das camadas populares/oprimidas da/na América Latina; b) sobre a compreensão da sua própria latinoamericanidade; c) importância da crítica ao colonialismo e a necessidade de sua superação. Por fim, destacamos que essa pesquisa tem sua originalidade marcada na forma de análise, organização e categorização das informações das entrevistas como fontes de pesquisa. Além de evidenciar a compreensão de Paulo Freire sobre a relação dinâmica entre universalidade e particularidade presente em sua própria experiência epistemológica.
Autor: Carolina Rodrigues Santos Sousa
E-mail: carolina.rodrigues.sousa@usp.br
Instituição: Coletivo Casa da Diferença
Título: Peles - Uma estratégia Pedagogica
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Entrar em contato com “outro”, com as diferentes formas de ser e, com as diferentes formas de se expressar estética e culturalmente, pode ajudar com que as crianças e educadores construam um senso de reciprocidade, respeito e interação com o meio em que vivem. O presente artigo faz parte de um projeto desenvolvido no ano de 2019 em uma escola de Primeira Infância da cidade de São Paulo, Ateliê Carambola. Essa perspectiva aponta possibilidades de estratégias educativas que visam a equidade racial a partir de experiências artísticas-educacionais desenvolvidas para crianças de 3 a 5 anos.
O público alvo são Educadores e simpatizantes da primeira infância a fim de ampliar propostas, perspectivas e ações anti racista.
Autor: Catarina Moreira Calista
Coautor(es): João Batista de Albuquerque Figueiredo
E-mail: catarina-moreirac@hotmail.com
Instituição: Universidade Federal do Ceará
Título: O USO DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA PERSPECTIVA DE PAULO FREIRE ALÉM DAS TEORIAS SOCIAIS DA UNIVERSIDADE DURANTE A PANDEMIA
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O presente estudo tem por objetivo discutir acerca das práticas pedagógicas que podem ser aplicadas no ensino remoto durante a pandemia, na perspectiva de Paulo Freire, visando relacionar a importância das práxis educativas escolhidas pelos educadores com a magnitude de desenvolver um educar transformador. Freire é uma referência conhecida mundialmente que guia o desenvolvimento de usos emancipadores no campo da educação. Na formação acadêmica, sua produção contribui para um aprimorar crítico-reflexivo que vai além da teoria. O texto apresenta uma reflexão sobre o ensino e as suas formas de compartilhamento, almejando a valorização do acolher de novas táticas de ensinamento. A abordagem da pesquisa realizada é de caráter bibliográfico, fundamentada em compreensões de Paulo Freire, destacando a estima das propostas educacionais, o papel do docente e como usufruir de tais ideias para vencer os desafios constantes no cotidiano pandêmico para a colaboração de uma transformação do mundo. Para isso, é necessário que o(a) professor(a) proponha e execute metodologias enriquecedoras para a sua própria libertação e a de seus(suas) estudantes.
Autor: Cátia Alves Martins
Coautor(es): Janaína Vieira
E-mail: catia.martins@feliz.ifrs.edu.br
Instituição: IInstituto Federal de Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul
Título: A contribuição da escola na formação de leitores do mundo e da palavra: uma análise da prática pedagógica de professores e gestores
Autor: Cheron Zanini Moretti
Coautor(es): Camila Wolpato Loureiro
E-mail: cheron@unisc.br
Instituição: Universidade de Santa Cruz do Sul
Título: “HAY QUE PELEAR COMBATIENDO ESTE FATALISMO”: PERSPECTIVAS DE(S)COLONIAIS DA LATINOAMERICANIDADE EM PAULO FREIRE - ENTREVISTAS (1984-1997)
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A investigação aqui apresentada objetiva fazer uma análise sobre a perspectiva de(s)colonial presente na compreensão de América Latina na proposta epistemológica de Paulo Freire. Para tanto, investigamos entrevistas concedidas pelo educador brasileiro à imprensa de diferentes países latino-americanos após o retorno do seu período de exílio, de modo que nosso recorte de investigação compreende aquelas publicadas entre os anos de 1984 a 1997. Assim, é igualmente relevante destacar que todas elas foram coletadas do Centro de Referência vinculado ao Instituto Paulo Freire do Brasil. A partir de um conjunto significativo de documentos disponibilizados, selecionamos 07 entrevistas de jornais e revistas da Argentina, Uruguai, Peru e Equador como fontes. Logo, a metodologia utilizada foi a de análise documental de cunho historiográfico. E, através da mesma, foi possível compreender a percepção de Freire sobre três importantes eixos: a) acerca da capacidade revolucionária das camadas populares/oprimidas da/na América Latina; b) sobre a compreensão da sua própria latinoamericanidade; c) importância da crítica ao colonialismo e a necessidade de sua superação. Por fim, destacamos que essa pesquisa tem sua originalidade marcada na forma de análise, organização e categorização das informações das entrevistas como fontes de pesquisa. Além de evidenciar a compreensão de Paulo Freire sobre a relação dinâmica entre universalidade e particularidade presente em sua própria experiência epistemológica.
Autor: Clarilza Prado de Sousa
Coautor(es): Angela Maria Baltieri Souza
E-mail: clarilza.prado@gmail.com
Instituição: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Título: Olhares psicossociais para a prática docente: tendências da área de Educação
Autor: Cláudia Espírito-Santo
Coautor(es): Luiz Menna-Barreto
Título: A organização dos tempos escolares: uma proposta inspirada em Paulo Freire
Autor: Claudia Leone
Coautor(es): Alboni Marisa Dudeque Pianovski Vieira
E-mail: leoneclaudia@gmail.com
Instituição: Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Título: Tendências Pedagógicas: Aproximações Entre a Pedagogia Freiriana e a Psicanálise Freudiana
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A temática relacionando psicanálise e educação não é novidade, uma vez que há muitos trabalhos e estudos nessa delicada intersecção, com aproximações e distanciamentos. Ambas lidam com a difícil tarefa do enlaçamento nas relações humanas e com as diferentes subjetividades advindas da constituição psíquica. O objetivo deste trabalho é buscar aproximações entre o pensamento de Paulo Freire e o de Sigmund Freud, no que se refere às novas tendências pedagógicas que, a partir de um novo cenário social, passaram a questionar o papel do professor e de suas práticas em sala de aula.A pedagogia freireana e a psicanálise freudiana trazem uma nova concepção de sujeito e questionam profundamente as relações subjetivas, o que contribui para a compreensão do papel a ser desempenhado pelos professores. O apoio teórico deste estudo está, fundamentalmente, nas obras de Freire (1996, 1997) e de Freud (2010, 2011). A respeito das tendências pedagógicas, foi adotada a concepção de Libâneo (1992). Do ponto de vista metodológico, trata-se de pesquisa bibliográfica. Das análises efetuadas, foi possível identificar pontos de intersecção entre a pedagogia freiriana e a psicanálise, que podem contribuir para a prática e a formação do professor.Ambas as teorias propõem um tripé que assegure a formação permanente e continuada, partindo do princípio do inacabado do professor e do ingovernável do inconsciente. O tripé, na pedagogia freiriana, articular-se-ia em docência, discência e pesquisa; e, na psicanálise, em análise pessoal, estudo da teoria e supervisão clínica. A formação permanente sustentaria a necessidade de desconstrução da posição de mestre que pode surgir nessas duas formas de interlocução com o sujeito, o professor e o analista.
Autor: Claudinéia Maria Vischi Avanzini
E-mail: clauvischi2@gmail.com
Instituição: Secretaria Municipal de Educação Araucária
Título: A FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO POR MEIO DO III CICLO DE LEITURA E ESTUDOS DO PENSAMENTO DE PAULO FREIRE
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Este artigo apresenta a especificidade da Formação Continuada de profissionais de Educação por meio do III Ciclo de leituras e estudos do pensamento de Paulo Freire promovido por um departamento, um núcleo de estudos do Setor de Educação da Universidade Federal do Paraná, Instituto Federal do Paraná e Coletivo Estadual do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná realizado em 2021. O objetivo principal deste trabalho é apresentar a importância da profissionalização docente por meio da formação continuada dos profissionais de educação ao longo de sua carreira. A metodologia escolhida foi a pesquisa bibliográfica desenvolvida por meio de seleção e análise de materiais publicados sobre o tema e fundamentados em Freire (1967), Saviani (2015), Avanzini, et al. (2021) e a pesquisa documental via abordagens quantitativa com o levantamento de fontes observadas num dos grupos dos encontros propostos na formação para estudos do pensamento de Paulo Freire, assim como nos relatórios dos encontros e cartas produzidas pelo grupo e pelo seu interlocutor de outra região do país. Com este trabalho tem-se a intenção de investigar como ocorreu o envolvimento dos profissionais da educação nas formações continuadas oferecidas e quais as ideias que permeiam os debates sobre o tema.
Autor: Cristiane Maria Coutinho Fialho
E-mail: cristianefialho01@gmail.com
Instituição: Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos (CIEJA) Perus I
Título: Migrantes de crise na EJA: alfabetização ou ensino-aprendizagem de português como língua adicional?
Daniela Aparecida Vieira
Autor: Daiane Cenachi Barcelos
Coautor(es): Alessandra Bernardes Faria Campos
E-mail: daianecbarcelos@gmail.com
Instituição: Universidade Federal de Viçosa
Título: Sistematização de experiências na pesquisa acadêmica: pontuações a partir do pensamento de Paulo Freire.
Autor: Daiane Cenachi Barcelos
Coautor(es): Sara Ferrreira de Almeida
E-mail: daianecbarcelos@gmail.com
Instituição: Universidade Federal de Viçosa
Título: O PROJETO DE ESTUDO TEMÁTICO E A FORMAÇÃO DE EDUCADORES(AS) NA LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO – CIÊNCIAS DA NATUREZA DA UFV: ENTRE BONITEZAS, PESQUISAS E DESAFIOS
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Este trabalho apresenta resultados da pesquisa de conclusão de curso que objetivou identificar contribuições da estratégia pedagógica denominada Projeto de Estudo Temático (PET) no processo de formação docente do curso de Licenciatura em Educação do Campo (Licena) da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Essa estratégia vincula-se à Alternância, dinâmica pedagógica da Licena que articula os tempos e espaços educativos denominados Tempo Universidade (TU) e Tempo Comunidade (TC). A Sistematização de Experiências (SE) foi o referencial teórico-metodológico adotado como instrumento de coleta, organização e análise de dados, uma vez que coaduna com o objetivo do PET de ser um exercício investigativo coletivo. Por meio da SE foi possível contextualizar historicamente o PET e para as análises dos dados lançou mão da Análise de Conteúdo de modo a identificar suas potencialidades e desafios. A pesquisa evidenciou que o PET vem cumprindo os objetivos pedagógicos de possibilitar que docentes da Licena conheçam a realidade dos(as) educandos(as) e que estes(as), por sua vez, desenvolvam perspectiva crítica sobre a experiência vivida, desenvolvendo capacidades de atuação em seus territórios. Evidenciou, também, as contribuições na vida dos(as) egressos(as) que atuam em escolas do campo ou escolas urbanas, e que utilizam conhecimentos adquiridos por meio do desenvolvimento do PET quando eram estudantes. Os resultados da pesquisa apontaram desafios do PET a serem superados, para que a estratégia pedagógica consiga ser cada vez mais potente no processo de formação de educadores(as) do campo. Finalmente, os resultados da pesquisa reafirmaram o PET como a coluna vertebral da Licena, uma vez que, na Educação do Campo, é preciso que haja correlação entre conteúdos escolares e a realidade dos(as) estudantes. Além de terem evidenciado que essa estratégia abre possibilidades para a efetiva articulação entre conhecimentos acadêmicos e populares, contribuindo para a concretização de processos educativos transformadores.
Autor: DAIANE DA LUZ SILVA
Coautor(es): Débora Ribeiro Chaves
E-mail: dai.luz.dai@gmail.com
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Título: A educação ambiental como estratégia para o desenvolvimento humano emancipador
Autor: DAIANE DA LUZ SILVA
Coautor(es): Eglantina Alonso Braz; Elizabeth Matos Ribeiro
E-mail: dai.luz.dai@gmail.com
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Título: O ACESSO DE REMANCENTES QUILOMBOLAS AOS CURSOS DE GRADUAÇÃO NA UFBA
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A educação inclusiva, antirracista e emancipatória ainda é um desafio para a sociedade brasileira, tendo em vista o cenário político, histórico, social e econômico no qual o Brasil está situado. Entretanto, a árdua luta de diversos segmentos sociais representados pelas minorias em estrutura e poder na sociedade, para que esse ideal de educação se efetive, tem promovido mudanças significativas e aberto espaços rumo à democratização da educação em todos os níveis de ensino e, principalmente, do ensino superior. O direito a educação é um direito humano fundamental, reconhecido tanto nas normas internacionais, quanto no ordenamento jurídico brasileiro. Por ser um direito público, garantido na Constituição Federal de 1988 e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96), possui um conjunto próprio de princípios e regras que objetivam o desenvolvimento humano, bem como sua formação para o pleno exercício da cidadania e para o convívio social pacífico, produtivo e colaborativo. A UFBA ciente de seu compromisso, enquanto instituição pública educacional, intensificou sua adesão às políticas de ações afirmativas quando estabeleceu reserva de vagas para estudantes negros e pardos oriundos de escolas públicas, indígenas descendentes e aldeados, assim como para os moradores remanescentes de comunidades quilombolas, além da adesão à Lei de Cotas (Lei nº 12.711/2012). Com base nessa percepção, esta é uma pesquisa descritiva, qualitativa, do tipo documental. Foram analisados documentos institucionais que fomentaram a inclusão das cotas raciais, especificamente, para o público quilombola no processo de seleção de estudantes de graduação, os dados sobre acesso, conclusão e evasão, no período de 2005 até o primeiro semestre de 2019. Os resultados apontaram para a relevância das cotas raciais no que tange à ampliação do acesso dos remanescentes quilombolas à Universidade e que houve aumento progressivo de ingresso deles nos últimos anos, cujas preferências são para graduações nas áreas de saúde e humanas, com mais matriculados nos cursos de Farmácia, Enfermagem, Medicina e Letras, apresentando pouca evasão e taxa de conclusão exitosa. O maior acesso aos cursos, que formam profissionais em carreiras historicamente ocupadas pelas elites, denota que as ações afirmativas podem gerar significativas transformações sociais. Compreende-se que apenas os esforços institucionais não garantem a efetividade das ações afirmativas, pois elas exigem investimentos públicos e mudanças estruturais, cujas decisões perpassam por uma rede complexa de atores sociais e reflete os problemas socioeconômicos e políticos que permanecem na realidade brasileira. As ações afirmativas ultrapassam medidas paliativas de concessões de benefícios pecuniários, requer reparação, reconhecimento e valorização histórica, política, cultural e de identidade. Destarte, ensejam justiça social, para o desenvolvimento de uma sociedade na qual haja respeito e equidade para todos os cidadãos, considerando suas características multiculturais e pluriétnicas.
Autor: Dailme Maria da Silva Tavares
E-mail: dailmetavares16@gmail.com
Instituição: Universidade Estadual do Maranhão - Campus Barra do Corda
Título: Práticas pedagógicas e cultura na aldeia guajajara Taywá em Barra do Corda, Maranhão.
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A aldeia guajajara Taywá está situada na Terra Indígena Cana Brava na zona rural do município de Barra do Corda no estado do Maranhão. Tem uma população de 36 habitantes que vivem da agricultura de subsistência, da caça e da pesca no rio Corda, que passa na aldeia. Que tem uma escola que funciona precariamente com as séries iniciais.
Autor: Dailme Maria da Silva Tavares
Coautor(es): Diana Rosa Maria da Silva Tavares
E-mail: dailmetavares16@gmail.com
Instituição: Universidade Estadual do Maranhão - Campus Barra do Corda
Título: História, educação e cultura no quilombo Mimbó, Piauí.
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O quilombo Mimbó localiza-se na zona rural do município de Amarante, Piauí. Foi criado por negros que fugiram de fazendas da região de Oeiras, primeira capital do Piauí, no período escravista. Tem uma população de cerca de 800 habitantes que vivem da agricultura de subsistência. No quilombo tem uma escola fundada na década de 1970 que foi resultado de muita luta dos quilombolas e tem a 1ª, 2ª, 3ª, 4ª e 5ª séries mas não se estuda a cultura negra. E essa é uma das lutas dos negros do quilombo Mimbó..
Autor: Daniel Vieira Benedito
Coautor(es): Isabela Gomes Pereira (Universidade de São Paulo) isabela.pereira1903@gmail.com ; Glauber Klay Carreiro Fidelis; Joelma Aparecida do Nascimento; Daniel Vieira Benedito; Mac Wallace Milord Amorim ; Mic
E-mail: danielvieiragv@hotmail.com
Instituição: IFMG-GV
Título: Juventude Negra: Da Marginalização à Emancipação Social
Autor: Daniela Aparecida Vieira
Coautor(es): Cristiane Maria Coutinho Fialho
E-mail: daniela.apvieira@yahoo.com.br
Instituição: Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos (CIEJA) Perus I
Título: Migrantes de crise na EJA: alfabetização ou ensino-aprendizagem de português como língua adicional?
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O objetivo deste trabalho consiste em discutir, no que concerne ao contexto educacional com migrantes de crise, a distinção entre alfabetização e ensino-aprendizagem do português como língua adicional (LA). Para Paulo Freire (1974), os educandos jovens e adultos, ao se alfabetizarem, aprendem a dizer a sua palavra. Assim, com base nessa ideia do grande educador brasileiro, a nosso ver, ao terem acesso a uma língua adicional, esses mesmos educandos podem aprender a dizer a sua palavra e, também, a palavra do outro. Nesse processo crítico-colaborativo de aprendizagem, o diálogo se estabelece de tal forma que os educandos migrantes internacionais não só têm a oportunidade de refletir sobre a sua própria língua e a sua própria cultura, como também sobre a língua portuguesa e a(s) cultura(s) brasileira(s), que também passam a ser, de certo modo, deles. Percebemos a necessidade de diferenciarmos alfabetização e ensino-aprendizagem do português como LA devido às frequentes distorções que professores e outros profissionais que trabalham com migrantes fazem nesse contexto. Essa nossa percepção é resultante da nossa experiência como professoras de um Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos (CIEJA), em que lecionamos português para haitianos e brasileiros. A instituição, que se localiza na zona noroeste da cidade de São Paulo, tem cerca de 1300 (mil e trezentos) estudantes, dos quais, aproximadamente, 700 (setecentos) são haitianos. Em decorrência dessa grande quantidade de migrantes de crise, foi necessária uma reorganização curricular, na qual há turmas mistas (haitianos e brasileiros) e turmas apenas com haitianos. Em tal instituição educacional, temos desde educandos em situação de analfabetismo a educandos que são alfabetizados e são multilíngues. Entendemos a alfabetização como a aprendizagem do sistema de escrita (SOARES, 2003), isto é, como um processo de aprendizagem do sistema de notação alfabético, que abrange as habilidades de leitura e de escrita (GALVÃO; DI PIERRO, 2012). Já o ensino-aprendizagem de uma língua adicional refere-se à construção de conhecimentos na e sobre a língua, compreendida como constituinte do sujeito (BAKHTIN, 1981), sendo ela um dos recursos que compõem o seu repertório (BUSCH, 2015). Trata-se, portanto, de processos diferentes, o que nos permite afirmar que o fato de um estudante haitiano não saber português não significa que ele não seja alfabetizado. Consideramos que a compreensão dessa diferença possa contribuir com o desenvolvimento de reflexões e de práticas pedagógicas mais adequadas às necessidades de aprendizagem dos educandos de outras nacionalidades, que aprendem o português como LA.
Autor: Daniela Lopes Oliveira Dourado
E-mail: dannylopes11@gmail.com
Instituição: UNEB Universidade do Estado da Bahia- Departamentos de Ciências Humanas e Tecnologias Campus XVI
Título: Educação de jovens e adultos: reflexões sobre estágio na formação em pedagogia: um relato de experiência
Autor: DANIELLE GREGOLE COLUCCI
E-mail: danicolucci@yahoo.com.br
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Título: A Pedagogia Libertadora de Paulo Freire como proposta de formação docente: interfaces entre pesquisa, licenciatura e Educação Básica
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Este trabalho apresenta resultados parciais de pesquisa desenvolvida no Centro Pedagógico da Universidade Federal de Minas Gerias (CP/UFMG), entre os anos de 2014 e 2016 e, mais recentemente, em 2021. Trata-se de experiência pedagógica de formação docente com aproximação direta dos graduandos provenientes de cursos de licenciatura da UFMG com estudantes da Educação Básica. Como sujeitos participantes, articula-se docente-orientador, bolsistas-licenciandos e estudantes do Terceiro Ciclo do Ensino Fundamental. A base teórico-metodológica escolhida procura aplicar os fundamentos da Pedagogia Libertadora, desenvolvida e apresentada ao longo da obra de Paulo Freire.
A pesquisa tem como objetivo geral contribuir com o debate acerca da formação de professores e do conceito de práxis pedagógica em Freire, em que ação e reflexão educativas são, necessariamente, indicotomizáveis. Ao mesmo tempo, intenciona difundir e apresentar teorias e práticas associadas à Pedagogia Libertadora como campo de pesquisa acadêmica e de possibilidades formativas no Ensino Superior e na Educação Básica.
O Centro Pedagógico é um dos colégios de aplicação da rede federal de ensino e constitui, junto com o Colégio Técnico e o Teatro Universitário, a Escola de Educação Básica e Profissional (EBAP) da UFMG. Tem como campos de atuação o ensino, a pesquisa e a extensão e, além de desenvolver práticas pedagógicas diversas, coopera com a produção de conhecimento científico na área da educação e, mais especificamente, da formação docente.
A experiência pedagógica aqui apresentada foi desenvolvida com bolsistas do Programa Imersão Docente (PID). Voltado para estudantes dos cursos de licenciatura, o PID procura contribuir com a formação inicial de professores, proporcionando atuação direta e reflexões constantes acerca das práticas pedagógicas desenvolvidas no interior do CP, junto aos estudantes do Ensino Fundamental.
Dentre as diversas atividades formativas desenvolvidas pelos bolsistas do PID, estão os Grupos de Trabalho Diferenciado (GTDs). Orientados pela coordenadora da pesquisa, os bolsistas, após estudos iniciais de temas da Pedagogia Libertadora, desenvolveram a ementa do GTD “Círculos de Cultura”, com a intenção de atuar com a metodologia de Freire junto a alguns grupos de estudantes do Ensino Fundamental do CP, em uma disciplina semestral.
A pesquisa, até os dias de hoje, ofertou, aproximadamente, treze disciplinas “Círculos de Cultura”, possibilitando tal experiência formativa para oito bolsistas PID e 330 estudantes do Ensino Fundamental. A metodologia apresentada aos componentes das turmas se iniciava com uma sala de aula organizada em círculo, com explícitas intenções dialógicas e com temas geradores das discussões levantados a partir do universo temático do coletivo envolvido.
Abarcando a complexidade da pedagogia dialógica de Freire, foi possível verificar potencialidades e dificuldades de sua aplicação. Como resultados parciais, não restam dúvidas quanto a sua riqueza como metodologia pedagógica aplicada à Educação Básica, à formação docente e, também, à pesquisa no campo educacional. É no lugar de resistência política e ação em defesa da formação de uma sociedade mais justa, democrática e respeitosa para todos, que a obra de Paulo Freire, hoje, explicita a sua relevância.
Autor: Davi Fernandes Costa
E-mail: davifernandescosta@hotmail.com
Instituição: Governo do Estado de São Paulo
Título: OBEDIÊNCIA E DESOBEDIÊNCIA NO COTIDIANO DE UM PROFESSOR: DIÁLOGO ENTRE ERICH FROMM E PAULO FREIRE
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Esta pesquisa tem como tema a obediência no cotidiano escolar em diálogo com a Psicanálise Humanista e com a Educação Libertadora. Busca-se, por meio da perspectiva do olhar de um professor da Rede Pública Estadual de São Paulo, analisar como esses conceitos afetam os diferentes encontros que ocorrem na escola. Para a conceitualização do estudo no cotidiano os/as autores utilizados foram Nilda Alves, Marcos Reigota, Rodrigo Barchi, Mary Jane Spink e Vera Menegon. Para trazer ao debate a realidade experenciada foram convertidas em narrativas ficcionais algumas histórias vivenciadas pelo professor-pesquisador durante sua trajetória. Essas narrativas são analisadas a partir do pensamento de Paulo Freire e Erich Fromm, com especial atenção aos conceitos de obediência e desobediência e como esses conceitos permeiam as narrativas apresentadas a partir da percepção de que esses encontros ocorridos entre os diferentes sujeitos do ambiente escolar se constituem enquanto reprodução das relações sociais entre opressores e oprimidos. Considerando a compreensão Fromminiana de obediência/desobediência a partir de uma relação dialética que influencia o pensamento de Paulo Freire e que pode trazer elementos para a construção de caminhos para uma educação libertadora.
Autor: Débora Cabrera
Coautor(es): Débora Cabrera
Mestre em Políticas Sociais pela Universidade Cruzeiro do Sul.
deboracabrera1@hotmail.com
E-mail: deboracabrera1@hotmail.com
Instituição: Universidade Cruzeiro do Sul
Título: O direito ao conhecimento: história e cultura afro-brasileira nas escolas
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O presente artigo apresenta reflexões sobre a abordagem das relações étnico-raciais na educação brasileira, tendo como foco, a compreensão dos processos identitários, partindo teoricamente da construção histórica, cultural e social do povo brasileiro e da análise das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira, legitimada em 2004. Propõe também elucidar a explanação da temática a partir da pesquisa realizada com quatro escolas das redes pública e privada, situadas na cidade de São Paulo, objetivando levantar dados sobre em que momentos do aprendizado discorre as propostas da Resolução nº 1 de 2004, para tanto, iniciamos a discussão apresentado os conceitos de cultura, diversidade, raça, etnia, e da construção histórica das relações étnico-raciais, em seguida traremos o levantamento das informações e a discussão dos resultados da pesquisa sob o olhar de uma educação como prática social e da liberdade, a qual possamos construir, por meio do conhecimento, as reflexões para uma sociedade menos oprimida, mais justa e igualitária, que respeite a diversidade do ser humano, suas lutas e conquistas por direitos básicos no que tange a formação cultural, identitária e o respeito a nossa própria história.

Palavras-chave: Educação, Cultura, Direitos, Diversidade
Autor: DÉBORA RIBEIRO CHAVES
Coautor(es): Thaís Deiró Urpia Lasse Oliveira
E-mail: deborarc10@gmail.com
Instituição: UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
Título: A instrutoria interna e o seu papel na qualidade de vida e desenvolvimento de servidores públicos no contexto universitário
Autor: DÉBORA RIBEIRO CHAVES
Coautor(es): Daiane da Luz Silva
E-mail: deborarc10@gmail.com
Instituição: UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
Título: A EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO ESTRATÉGIA PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO EMANCIPADOR
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No que concerne às políticas públicas na esfera ambiental, entende-se o direito ao meio ambiente como direito fundamental intergeracional e pertencente a todos os seres vivos. Apesar de historicamente o meio ambiente ser considerado como algo extrínseco a pessoa, atualmente, já não se concebe conceituá-lo sem considerar os humanos como parte constituinte do meio ambiente, especialmente porque existe uma relação de coexistência entre ambos e não existe sociedade sem a natureza, consequentemente há uma sinergia entre o meio natural e o indivíduo. É notório que as ações humanas têm impactado na manutenção de um ambiente saudável e natural, por essa razão, faz-se necessário que a educação ambiental, vista de forma ampla onde o meio ambiente é formado por três elementos: elementos naturais, elementos socioculturais e o ser humano, seja parte constituinte e obrigatória na formação das gerações presentes e futuras. Sendo este um processo estratégico para a formação de valores, habilidades e capacidades que orientem a transição para a sustentabilidade. Nessa perspectiva, esse estudo tem por objetivo discorrer sobre as implicações formacionais advindas das políticas públicas referente à educação ambiental, assentada nas concepções pedagógicas, intercríticas e emancipadoras propostas pelo educador brasileiro Paulo Freire. Apresenta a educação ambiental como uma modalidade que possibilita criar estratégias didáticas em que o sujeito pode obter meios para seu pleno desenvolvimento, bem como conviver harmoniosamente com o ambiente que o circunda. A metodologia é analítico-descritiva, do tipo documental, na qual foi realizada uma análise exploratória das principais normativas jurídicas e educacionais que trazem contribuições para a educação ambiental e impactam em ações curriculares e de formação. O resultado revelou que a Educação Ambiental deve ter uma inserção interdisciplinar e transversal presente em todo o percurso formativo abordando conteúdos relacionados à contextualização social, artística, cultural e outros que produzam a reflexão e alcance do crescimento cultural, da qualidade de vida e do equilíbrio socioeconômico nas comunidades. Quando o conceito de meio ambiente é restrito às questões naturais, especialmente quando parte significativa da população vive em condições de vulnerabilidade social, torna-se difícil articulá-lo com o desenvolvimento humano e com o desenvolvimento social. Essa formação integradora traduz o ideal de educação como uma ação política de libertação defendida por Freire e direciona a formação para o pleno desenvolvimento do ser, saber ser, saber fazer e saber estar no/com o mundo. Assim se caracteriza a educação ambiental aqui proposta. Sem que com isso se oponha ao desenvolvimento econômico da sociedade, mas compreendendo que o mesmo deve ocorrer de forma coordenada com os ideais de cidadania e de preservação da natureza. No entanto, urge transgredir a lógica capitalista neoliberal, para tornar efetivas as políticas públicas que objetivam a qualidade da educação e, assim, poder reestruturar o sistema educacional brasileiro, de modo que possa manter e promover como direito fundamental o pleno desenvolvimento humano em harmonia com o meio em que se vive de forma justa e equitativa, rumo a uma Cultura da Paz.
Autor: Deborah Regina Lambach Ferreira da Costa
Coautor(es): Priscila Lambach Ferreira da Costa
E-mail: drcosta@pucsp.br
Instituição: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Título: EDUCAÇÃO PARA TODOS: A NECESSÁRIA EFETIVAÇÃO DOS DIREITOS DO ALUNO CANHOTO
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O diálogo entre o Direito e a Educação é uma das estratégias pensadas para que se ultrapassem as barreiras enfrentadas por grupos de pessoas vulneráveis e marginalizados. As normas e o cabedal legislativo são efetivos - se e quando - incorporados pela comunidade como valores na realização de uma sociedade plural, justa e solidária, sendo esse também um compromisso da Educação, como locus no combate à desigualdade e na promoção à inclusão, ao pertencimento, para que não se deixe ninguém para trás. A inclusão na escola visa criar um sentido de pertença e participação. Desse modo, a educação, como direito humano fundamental, deve ser universal e igualitária, atuando como um direito multiplicador de direitos, porta de entrada para valores sociais fraternos, solidários e igualitários. É um direito do aluno ter suas necessidades de aprendizagem atendidas nos espaços escolares, como alavanca que pode dinamizar suas potencialidades em práticas democráticas de convívio, respeitar a sua dignidade como pessoa humana, livres de violência e opressão, numa verdadeira cultura de paz, alicerçada nos pensamentos freirianos. O presente estudo tem como objetivo apontar quais são as necessidades de um grupo específico de alunos, os alunos canhotos, que representam 10% dos alunos de uma escola e propor alternativas jurídicas para garantir que essas sejam plenamente atendidas. A pessoa canhota é compreendida como aquela que exerce a maior parte de suas funções com o lado esquerdo do corpo. Ao longo da história, canhotos foram impedidos de usar a mão esquerda carregando preconceito, mitos e barreiras. O lado esquerdo do corpo é compreendido ainda de forma negativa em diversas culturas, e num passado recente, canhotos eram impedidos de usar a mão esquerda tanto pela escola quanto pela família. Atualmente não encontram tanta resistência, porém falta mobiliário e material didático adequado para atender esse aluno canhoto, o que desemboca em uma série de consequências para seu pleno desenvolvimento e aprendizagem. A metodologia realizada foi uma revisão bibliográfica integrativa envolvendo as grandes áreas do Direito e da Educação. Como resultado, verificou-se que não há políticas públicas, documentos legislativos efetivos de apoio ao aluno canhoto, embora estejam entre os objetivos traçados pela UNESCO na Agenda para o Desenvolvimento Sustentável 2030 assegurar a educação inclusiva e equitativa de qualidade e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos e, frise-se, para cada um. Quando o canhoto passa despercebido no contexto escolar, sua invisibilidade pode ser interpretada como exclusão, pois o não reconhecimento pode ter consequências no pleno atendimento desse aluno.
Autor: Diana Rosa Maria da Silva
Coautor(es): Dailme Maria da Silva Tavares
Título: História, Educação e Cultura no Quilombo Mimbó, Piauí
Autor: Diego Agostinho Dynczuki
E-mail: dynczuki38@gmail.com
Instituição: Prefeitura de São Paulo
Título: Discussão dos Feminismos na Escola: Abordagem e Formação Continuada para os professores e professoras da EMEI da Prefeitura de São Paulo.
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Questões de gênero como o feminismo, são assuntos pouco abordados nas Escolas Municipais de Educação Infantil (EMEI’s) da cidade de São Paulo. O que causa estranheza, uma vez que grande parte dos/as profissionais da educação são mulheres. Observa-se um silenciamento frente aos problemas como: diferenças salariais, violência contra mulher, a sexualidade etc. Uma das hipóteses é que esse silenciamento ocorre em virtude do contexto sexista em que docentes, profissionais de educação, responsáveis pelos estudantes e a sociedade se encontram, naturalizando as diferenças de gênero. No contexto do currículo, o próprio “Currículo da Cidade” traz uma abordagem sobre diversidade, sem citar as questões de gênero, o se que reflete nos momentos de formação docente, como na Jornada Especial Integral de Formação (JEIF), que seria um importante momento de reflexão sobre essas questões e de como trabalha-las no espaço escolar. Partindo dessa problemática, a pesquisa visa analisar como se dá a formação continuada dos/as docentes da cidade de São Paulo, além de propor alternativas de levar a questão a toda comunidade escolar. Para tanto, será realizada uma pesquisa com abordagem qualitativa, composta por pesquisa bibliográfica, documental e de campo, tendo hooks (1984) e Gonzalez (2018) discutindo feminismo, o currículo da cidade como documento e Freire (1968, 1996) formação de professores, política e educação libertadora. O trabalho de campo, dar-se-á na observação dos docentes e gestão, e entrevista estruturada com seis docentes de diferentes identidades de gêneros e orientações sexuais. Por tratar-se de uma pesquisa de mestrado na área de educação que se encontra em fase inicial, não será possível ainda apresentar resultados, no entanto, neste momento, propõe-se uma discussão teórica dessa formação e temática.
Autor: Diego Oliveira Aguiar
Coautor(es): Alice Copetti Dalmaso e Adriano Severo Figueiró
E-mail: diego.aguiar@acad.ufsm.br
Instituição: UFSM
Título: Contribuições do Geocaching e das Linhas de Errância de Deligny para o Ensino de Geografia
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Este trabalho pretende dissertar sobre o Geocaching e o conceito de linhas de errância postulado por Deligny (2015) como potencialidades para a prática do ensino de Geografia. Nele é apresentado o Geocaching como atividade recreativa, mas também em seu potencial educacional, sobretudo na educação básica. As linhas de errância de Deligny adentram o trabalho e se aliam ao Geocaching para pensar os percursos. O Geocaching é uma atividade de lazer ao ar livre, onde os participantes (chamados geocachers) se valem de um receptor GPS (sistema de posicionamento global) ou dispositivo móvel, dentre outras técnicas de navegação, para esconder e procurar recipientes, chamados geocaches (ou simplesmente caches) em locais específicos marcados por coordenadas ao redor do mundo. Fernand Deligny foi um educador francês, e uma das maiores referências na educação especial. Era contrário à internação de crianças “difíceis” ou “delinquentes” em reformatórios, bem como se opunha a esse mesmo tratamento com crianças autistas. Sua forma de lidar com crianças e adolescentes que não se adaptavam à escola regular modificou o modo de ver a educação nos dias de hoje. A metodologia utilizada é a revisão bibliográfica, a partir da obra de Deligny (2015) e de textos que versam sobre o Geocaching. A pesquisa também apresenta uma forte perspectiva pessoal, visto que a prática do jogo pelo autor foi elemento importante construtivo da escrita, e o trabalho foi se criando e produzindo a partir das experiências proporcionadas pela procura de geocaches. A pesquisa permite traçar caminhos para pensar uma educação aliada a uma perspectiva menos linear e formatada, que permite explorar, brincar e ver o que está além do explícito e traçado. Os "caches" podem ser pensados e distribuídos com a intenção de que os jogadores possam interagir de forma dialógica com a realidade rural/urbana do mundo, refletindo sobre aquilo que os cerca, na medida em que procuram seus objetivos, estabelecendo deste modo, uma aliança com os ensinamentos de Paulo Freire. É possível concluir que o Geocaching e as linhas de errância de Deligny podem auxiliar e promover o ensino de Geografia em uma multitude de conteúdos e práticas, envolvendo temáticas como cartografia, orientação espacial, ou ainda relacionadas à geoconservação, ecologia, preservação ambiental, dentre muitas outras
Autor: Diovene Perire C. Silva
Coautor(es): Marleide Barros Lopes de Araújo ; Karem Karennine L. de Medeiros
Título: “Ser mais”: o diálogo e a humanização como metodologia para a superação dos desafios enfrentados pelos estudantes da EJA EMMO – Angicos – RN
Autor: Edelvira Silva da Silva
Coautor(es): Alessandro Carvalho Bica
E-mail: silva.edelvira65@gmail.com
Instituição: Universidade Federal do Pampa-Campi Jaguarão
Título: UMA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA PARA PROFESSORES DA ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL MINISTRO FERNANDO
OSÓRIO
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O presente relatório apresenta as atividades desenvolvidas durante desenvolvimento da pesquisa-ação intitulado “UMA PROPOSTA DEINTERVENÇÃO DE EDUCAÇÃOINCLUSIVAPARA PROFESSORES DAESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL MINISTRO FERNANDOOSÓRIO”, assim como os resultados da formação implementada com base nosdados da investigação. O estudo tem como objetivo principal realizar uma formação continuada com as professoras da referida escola situada no
município de Pelotas, voltada principalmente para a criação de estratégias,visando à inclusão efetiva de alunos da educação especial e dos demais alunos com dificuldade de aprendizagem. E como objetivos específicos:sensibilizar as professoras dos anos iniciais do ensino fundamental para a relevância do trabalho principalmente com os alunos com deficiência; refletir sobre o fazer pedagógico no ensino regular sob a ótica de uma perspectiva inclusiva; identificar o que é preciso realizar na prática cotidiana para a efetiva
inclusão; planejar coletivamente estratégias de intervenção no processo de ensino e aprendizagem; acompanhar através de registros o processo investigativo; e avaliar tudo o que foi feito para a obtenção dos resultados.
Nesta direção, é apresentada o local da pesquisa e os dados sobre a pesquisadora. Igualmente, apresentam-se os caminhos metodológicos e os sujeitos da pesquisa, assim como o diálogo entre os dados e referencial teórico adotado na pesquisa. Esta formação foi pensada e sugere a criação deestratégias para a inclusão efetiva dos alunos público alvo da Educação Especial, não tendo a intenção de dar receitas prontas de como incluir os alunos, e nem tampouco, ter todas as respostas para as dificuldades encontradasnasaladeaula. Porém, a expectativa é de promover uma mudança de olhar no processo ensino e aprendizagem dos atores envolvidos nessa pesquisa. Os resultados, entre outros aspectos, evidenciaram nessa pesquisa aimportância de iniciativas dessa natureza na intervenção dos problemas vinculados aos processos de ensino e aprendizagem desses alunos, mas,
sobretudo, para possibilitar aos participantes novas formas de formação continuada com base em sua realidade educacional e social.
PALAVRAS CHAVE: alunos com deficiências; direito à educação; educação especial; educação inclusiva; formação de professores.
Autor: Ederson Pinto da Silva
Coautor(es): Ana Paula Grellert (Universidade Federal de Pelotas) ana.grellert@gmail.com, Leonor Gularte Soler (Universidade Federal de Pelotas), Ederson Pinto da Silva (Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
E-mail: ederson.tga@gmail.com
Instituição: PPGEA FURG
Título: Perspectivas para a construção do inédito viável desde o multiculturalismo crítico
Autor: EDILANIA REGINALDO ALVES
E-mail: edilaniaalves@yahoo.com
Instituição: E.E.F. Antônio Crisóstomo Pereira
Título: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS INCLUSIVAS: UM OLHAR PARA A ESCOLA E SUAS DEMANDAS
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A Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008) vem legitimar demandas que já há algum tempo estavam totalmente desassistidas no âmbito escolar. Está politica institui a inclusão das pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e Altas habilidades Superdotação no ensino regular, algo que até então não era assistido. Tal ato, foi presidido de questionamentos referentes às práticas docentes e se estas ofereciam possibilidades de aprendizagem para este público, visto os padrões homogeneizadores da escola. Esta análise trata-se de um estudo qualitativo e que teve como base a pesquisa bibliográfica fundamentada em autores como: BEYER (2006), BOOTH e AINSCOW (2002) e MANTOAN (2011). No qual objetivamos apresentar a necessidade de uma ressignificação das práticas pedagógicas a fim de atender as atuais demandas da escola, considerando por ser necessária uma ruptura de práticas que anulam e marginalizam as diferenças. Tais elementos permitiram perceber que a operacionalização das práticas inclusivas é um desafio e que devemos ressignificar nossas práticas numa perspectiva multicultural, rompendo estigmas e barreiras que possam gerar impedimentos neste percurso em prol de uma inclusão, onde nossas práticas pedagógicas devem ser repensadas e novos caminhos precisam ser estruturados a fim de favorecer o processo de ensino e aprendizagem desse segmento.
Autor: Eduarda Thaís dos Santos
Coautor(es): William Pollnow ( PPGE da Universidade de Santa Cruz do Sul) pollnowwilliam@gmail.com; Morgana Pereira da Costa
E-mail: eduardathaisdosantos@gmail.com
Instituição: UNISC
Título: Construção do conhecimento para uma educação libertadora: reflexões sobre a metodologia de projetos
Autor: Eglantina Alonso Braz
Coautor(es): : Daiane da Luz Silva (Universidade Federal da Bahia) dai.luz.dai@gmail.com
Eglantina Alonso Braz; Elizabeth Matos Ribeiro (Universidade Federal da Bahia.
Título: O acesso de remanescentes Quilombolas aos cursos de graduação na UFBA
Autor: Elisete Gomes Natario
Coautor(es): Ilma Cantuária Alves (UNIMES) cantuaria.melo@gmail.com, Maria da Graça Pimentel Carril (UNIMES) e Lisete Gomes Natário (UNIMES)
E-mail: profelisetenatario@gmail.com
Instituição: Universidade Metropolitana de Santos
Título: Educação de Jovens e Adultos: os desafios teóricos e práticos – estudo de caso em Porteirinha – Minas Gerais.
Autor: Elizabeth Matos Ribeiro
Coautor(es): Daiane da Luz Silva (Universidade Federal da Bahia) dai.luz.dai@gmail.com
Eglantina Alonso Braz; Elizabeth Matos Ribeiro (Universidade Federal da Bahia.
Título: O acesso de remanescentes Quilombolas aos cursos de graduação na UFBA
Autor: Emanuele Morgana Tenório de Oliveira
E-mail: emanuele.oliveira@cedu.ufal.br
Instituição: Universidade Federal de Alagoas
Título: Educação bancária
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A presente comunicação tem por objetivo por em debate o ensino na Escola Normal de Maceió no século XIX através da análise dos exames finais das alunas normalistas confrontando os mesmos com o conceito de bancarismo discutido por Paulo Freire em sua obra Pedagogia do Oprimido.
Autor: Emerson Souza dos Santos
Coautor(es): Ruan Neto Pereira Alves (Faculdade de Educação da USP) ruanneto@usp.br; Emerson Souza dos Santos (Faculdade de Educação da USP) e Marcio Hollosi (UNIFESP-São Paulo)
E-mail: emersonsantos@usp.br
Instituição: Universidade de São Paulo
Título: O repensar da assistência psicopedagógica no processo de escolarização de jovens e adultos
Autor: FABIANA CASTELO BRANCO DE SANTANA
E-mail: fabipedagoga@gmail.com
Instituição: Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Título: OS SUJEITOS DO CAMPO E O RECONHECIMENTO DA SUA DIVERSIDADE NAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS ESCOLARES
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A compreensão do cenário da desigualdade educacional que os povos do campo estão submetidos perpassa pela necessidade do conhecimento da trajetória no atendimento educativo dirigido aos sujeitos do campo ao longo da história. Os condicionantes estruturais históricos da sociedade brasileira são responsáveis pelas contradições que conformam o quadro atual de desigualdades sociais, retroalimentando as desigualdades educacionais hoje enfrentadas por esta população e por outros grupos minoritários. A educação do campo origina-se como um movimento com o intuito de interrogar estes condicionantes estruturais históricos da sociedade brasileira, entre eles, a desigualdade educacional, reinvidicando a elaboração de políticas públicas em seu favor. Estas contradições permitem a compreensão da Educação do Campo como território de lutas pela garantia de direitos e afirmam a necessidade da construção de práticas pedagógicas que promovam o acolhimento à diversidade numa perspectiva inclusiva. Dessa forma, a Educação do Campo como construção coletiva adentra a instituição escola e amplia as formas de lutas fora da escola por formação humana e pela efetivação de processos de conscientização política. Este artigo tem o objetivo de analisar historicamente a negação dos direitos educacionais que constituíram um cenário de desigualdades educacionais, refletindo sobre a importância das práticas pedagógicas de acolhimento à diversidade numa perspectiva inclusiva para o rompimento da reprodução da exclusão e segregação dos povos do campo, reivindicando práticas pedagógicas consonantes com seus princípios e concepções. Este estudo foi realizado através da Pesquisa Bibliográfica e apontou para a necessidade de discutir sobre a perspectiva histórica da Educação do Campo, os currículos de formação docente em reconhecimento à diversidade dos povos do campo, não desperdiçando as experiências sociais que os compõem para o confronto à manutenção de uma hierarquia e homogeneização de práticas pedagógicas que diluem diferenças culturais e transformam as diversidades em desigualdades. Na luta contra a desigualdade educacional, para a efetivação de uma escola na perspectiva inclusiva é necessário reconhecer a existência da diversidade e, com ela, a busca da superação das desigualdades, a partir de práticas pedagógicas que celebre as diferenças identitárias, que as valorize no processo de construção do conhecimento, rompendo com a lógica hegemônica e hierarquizante da transmissividade de certos saberes, supostamente neutros, em detrimento de outros, reproduzindo a exclusão e a segregação.

Palavras-chave: Educação do Campo. Práticas pedagógicas. Perspectiva inclusiva.
Autor: Fabiola Colombani
Coautor(es): Alonso Bezerra de Carvalho
E-mail: fabiolacolombani@unimar.br
Instituição: Universidade de Marília - Unimar
Título: As contribuições de Paulo Freire para a educação Latinoamericana: um diálogo com Rodolfo Kusch
Autor: Felínio de Sousa Freitas
E-mail: felinisousa@gmail.com
Instituição: Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - Câmpus de São Paulo
Título: O ESPAÇO FABRIL TAMBÉM É LUGAR DE LIVROS – ENTRE AFETOS, TROCAS E MEDIAÇÕES DE LEITURA
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A pesquisa de mestrado em andamento investiga as características, a poética e as similaridades e as conexões do Orixá Exu com os saberes e atuações de Mediadoras (es) de Leitura que atuaram num projeto de difusão literária entre os anos de 2017 a 2020, além de analisar as experiências, os caminhos afetivos, poéticos do trabalho com mediação de leitura dentro do espaço fabril e também o acesso ao livro-leitura como fortalecimento de processos de existência-cidadania e leitura de mundo.
Autor: Fernanda Maria Coutinho de Andrade
Coautor(es): Alessandra Bernardes Faria Campos (UFOP) ale.bernardescampos@gmail.com, Thaís Almeida Cardoso Fernandez (UFV), Fernanda Maria Coutinho de Andrade (UFV), Alice Cristina de Sampaio e Silva (UFPB), Maria
E-mail: fernandaandrade@ufv.br
Instituição: Universidade Federal de Viçosa
Título: Formação de educadoras/es na perspectiva da educação popular: contribuições a partir da disciplina “encontro de saberes e práticas educativas” na universidade federal de Viçosa
Autor: Filipe Zanuzzio Blanco
Coautor(es): Prof. Dra. Claudia Santana
E-mail: filipeblanco@yahoo.com.br
Instituição: Secretaria do Estado de São Paulo
Título: Gestão democrática: uma visão Freiriana.
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O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES – Brasil.

NOME DO AUTOR¨ FILIPE ZANUZZIO BLANCO
INSTITUIÇÃO: UNIMEP
INTRODUÇÃO
O objeto de pesquisa deste projeto é a Gestão Democrática da Escola, mais precisamente, a implementação da Meta 19 do Plano Estadual de Educação de São Paulo que trata das condições para efetivação da gestão democrática da educação, associando critérios técnicos e consulta à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, com previsão de recursos da União. A Meta 19 do PEE dispõe de dez estratégias para sua execução e se encontra em consonância com o Plano Nacional de Educação 2014-2024. Dentre algumas das principais estratégias destacam-se; a representação docente e discente no fortalecimento dos espaços de gestão democrática. Ganha destaque neste trabalho o papel do Conselho Escolar e sua função na concretização da Gestão Democrática da Educação.
O problema de pesquisa refere-se às condições criadas pela gestão pública educacional paulista (Secretaria Estadual de Educação/Diretoria Regional de Educação e Escolas) para a execução das estratégias estabelecidas à Meta 19 do PEE. Desde a aprovação do PEE, quais avanços poderiam ser constatados na implementação da Meta 19 e suas estratégias?

Palavras chaves: gestão democrática, plano estadual de educação, meta 19.

OBJETIVOS DA PESQUISA

Geral

 Investigar a implementação da Meta 19 do Plano Estadual de Educação de São Paulo referente à Gestão Democrática da Escola.

Específicos

 Analisar o PEE e a meta referente à gestão democrática da escola no contexto dos processos definidores das políticas educacionais brasileiras;


METODOLOGIA

A metodologia desenvolvida nesta pesquisa é de abordagem qualitativa; a análise de documentos e legislações; e as entrevistas realizadas sob viés reflexivo, como preceitua Stake (2011), a partir de entrevistas reflexivas com base em Szymanski (2018).
Foram previstas e realizadas entrevistas roteirizadas com a equipe diretiva, professores, alunos e pais de alunos, iniciando-se pela identificação dos sujeitos e relação com a escola, e, finalmente, uma reflexão sobre a Meta 19 do PEE.
O tamanho da amostra consistiu inicialmente de 2 (dois) sujeitos da equipe diretiva; 2 (dois) professores/as; 2 (dois) funcionários/as; 2 (dois) alunos/as; 2 (dois) pais de alunos/as, totalizando 10 (dez) sujeitos. Nessa fase da pesquisa já conseguimos fazer 7 entrevistas. Até o momento já foi feito um levantamento da composição da área física, quantidades e cargos dos funcionários (as), número de alunos (as) e quantidades por componente curricular dos professores ´para se estabelecer e descrever a instituição escolar.
A pesquisa terá como base de referência os estudos críticos culturais e sociológicos, ênfase em pedagogia crítica, que fundamentados no materialismo histórico dialético.
Os conceitos que servirão para a análise dos dados produzidos por meio das entrevistas serão apurados pelos seguintes referenciais teóricos metodológicos já definidos: 1- Autonomia (Freire, 1996.); 2- Democracia (Bobbio, 1986.); 3- Dialogicidade (Freire, 1987.); 4- Ação social (Weber, 2004.); 5- Participação (Paro, 1992.); 6 - Burocracia (Weber, 2004.); 7 - Ciclos de políticas (Mainardes, 2006).
Autor: Francisca Dantas Mendes
Coautor(es): Lucilene Mizue Hidaka (EACH – USP) lucihidaka@usp.br; Antonio Takao Kanamaru
Título: Upcycling de resíduos têxteis pós consumo como possibilidade de prática pedagógica para a sustentabilidade
Autor: Gabriel Rodrigues Serrano
E-mail: rodrigues.serrano@unesp.br
Instituição: Faculdade Católica Paulista
Título: ATUAÇÃO DOS PROFESSORES E PROFESSORAS PARA AS QUESTÕES DE GÊNERO E EDUCAÇÃO INFANTIL: ASPECTOS PARA UMA PAUTA DE DISCUSSÃO NA PERSPECTIVA FREIREANA.
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Apresentam-se resultados preliminares da pesquisa, em desenvolvimento em nível de mestrado, bibliográfica, quanto às fontes, e de abordagem histórica, considerando que o recorte temporal para a seleção dos estudos pesquisados foi delimitado em período anterior ao início da pesquisa de mestrado, anterior a 2021. Tem como objetivo geral apresentar aspectos para uma pauta de discussões, na perspectiva freireana, sobre a atuação dos professores e professoras para as questões de gênero e Educação Infantil. Considerando os estudos realizados sobre a temática, conclui-se que há a necessidade de se pensar na temática sobre gênero e a Educação Infantil, também numa perspectiva freireana, sobre a atuação dos professores e professoras para essas questões, questões essas enfocadas na pesquisa de mestrado em desenvolvimento, algumas das quais apresentadas neste texto. Igualmente, concluiu-se que é fundamental que aos professores sejam ofertadas possibilidades de formação contínua para que atinjam de uma forma mais respeitosa os alunos em suas diferenças.
Autor: Gabriela Ximenes
E-mail: apoioacadfe@usp.br
Título: teste
Autor: GEIDE ROSA COELHO
Coautor(es): Leandro da Silva Barcellos
E-mail: geidecoelho@gmail.com
Instituição: Universidade Federal do Espírito Santo
Título: Pedagogia Freireana e Alfabetização Científica: elementos para pensar a formação de professoras e professores de Ciências
Autor: Genilda Santos de Araújo
Coautor(es): autora: Genilda Santos de Araújo
coautor: Alexandre Ernani da Silva
E-mail: araujogenilda@gmail.com
Instituição: Prefeitura municipal de São Paulo
Título: Projeto mulheres que mudaram o mundo
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Projeto Mulheres que mudaram o mundo
Palavras chave: Mulheres; Empoderar; Protagonistas; Sociedade.
Genilda Santos de Araújo, Alexandre Ernani da Silva , EMEF Coelho Neto, Prefeitura Municipal de SP.
A ideia surgiu a partir de leituras e reflexões sobre o dia internacional da mulher, considerando realidades vivenciadas na família e sociedade, o porquê do lugar da mulher estar definido, no lar, ou quando fora dele, apenas como fonte para suprimento, os estudantes expuseram o desejo de continuarem estudando o tema.
A articulação ocorreu considerando conteúdos curriculares, competências socioemocionais, possibilitando aos estudantes refletirem para perceberem-se como sujeitos comprometidos com uma mudança na sociedade em que estão inseridos.
Foram realizadas leituras diárias de biografias de mulheres que influenciaram a sociedade de seu tempo, o livro - 50 Brasileiras incríveis para conhecer antes de crescer, livro Quarto de Despejo, temas relacionados à luta e conquista das mulheres ao longo do tempo. Foram organizadas duplas para pesquisa e produção na aula de Informática da biografia de mulheres que influenciaram ou influenciam a sociedade, vídeos assistidos para reflexão coletiva e produção individual de resumos e dissertações. Os trabalhos foram apresentados às famílias, com a leitura individual e entrega do panfleto sobre a biografia da mulher que mudou o seu mundo (mãe, avó e irmã).
Todo o processo ocorreu de forma colaborativa, considerando a pesquisa, produção textual de diversos gêneros e portadores orais e escritos, reflexões constantes, apresentação individual e em diferentes agrupamentos, entre si e para diferentes segmentos da comunidade escolar, como outras turmas, gestão, familiares e comunidade do entorno com caminhada pedagógica abordando-os por meio de cartazes, folhetos e diálogo, fazendo o uso das diferentes tecnologias e tecnologias digitais para a produção e promoção de conhecimento.
As aprendizagens se mostraram tanto na questão dos direitos das mulheres, do seu lugar na sociedade, como no desenvolvimento das competências comunicativas e expressivas, da compreensão do uso da tecnologia para ampliação e divulgação do conhecimento. Foi comum as conversas e questionamentos a respeito das mulheres que estávamos estudando, sua história de vida e análise das mudanças que ocorreram na sociedade a partir da ação delas, identificaram e discutiram sobre relacionamentos abusivos presentes em novelas que assistiam, compartilharam falas e atitudes de familiares que mostravam o posicionamento, refletiram enquanto meninas, muitas vezes buscando características nas mulheres estudadas que se assemelhavam às suas ou tomavam como exemplos de luta por seus sonhos e conquistas.
Por meio do projeto foi possível construir junto a meninas e meninos um conceito de sociedade baseada no respeito, igualdade e solidariedade. Empoderar as meninas para perceberem-se protagonistas de sua própria história, sendo voz ativa na sociedade por si e por aquelas impedidas de se manifestar, lutando por igualdade de direitos e oportunidades, em que o reconhecimento profissional seja pleno para todas as mulheres, e nesse contexto, que meninos e meninas ajudem a construir essa sociedade mais justa e igualitária, dizendo não à violência, ao preconceito, ao machismo, caminhando em igualdade de direitos.
Os registros das ações desenvolvidas foram publicados no facebook da escola, professores e gestão.
Autor: Genilda Santos de Araújo
Coautor(es): Genilda Santos de Araújo
E-mail: araujogenilda@gmail.com
Instituição: Prefeitura municipal de São Paulo
Título: Resgatando a identidade indígena e afro-brasileira
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Projeto Resgatando a identidade indígena e afro-brasileira
Palavras chave: identidade, diversidade, etnico racial
Genilda Santos de Araújo - Prefeitura municipal de Santo André - Creche Profª Maria Ruth Koch Manfrin Croque

Considerando que a criança desde muito pequena interage com o mundo significando e ressignificando suas vivências e que a ludicidade e a intencionalidade presentes no processo de ensino e aprendizagem possibilitam a construção de sua identidade, torna-se importante nessa etapa ajudá-los a perceber e valorizar a diversidade presente nesta construção, na sua e na do outro, rompendo com imagens negativas e estereotipadas em relação aos povos indígenas e aos negros.
As Leis n° 11.645/08 e 10.639/03 estabelecem a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira, africana e indígena na Educação Básica, fazendo-se necessário desde a educação infantil uma educação pautada no princípio da promoção da igualdade e do respeito às diferenças.
Resgatar essa identidade, junto às crianças e famílias é reconhecer que a formação do povo brasileiro desde os traços físicos a toda vasta cultura, está enraizada na influência indígena e principalmente africana.
Iniciamos informando às famílias por meio de bilhetes sobre o Projeto, convidando-os a fazerem parte, a cada nova ação, um novo bilhete era enviado a fim de ampliar repertório cultural. Roda de conversa com as crianças a respeito da cultura indígena, vídeos mostrando indígenas em diferentes situações e faixas etárias. Assistir a vídeos de lendas, músicas, danças, brincadeiras e hábitos cotidianos de diferentes grupos indígenas, confecção de cartazes com imagens trazidas de casa de alimentos de nosso hábito alimentar herdado de grupos indígenas, fizemos bolo de milho, mandioca assada, chá de camomila e capim cidreira.
Contações de lendas, leituras de livros, danças, brincadeiras de escalar e pular utilizando cordas. Confecção em casa com as famílias de brinquedos herdados da cultura indígena e na escola trançado utilizando jornal, depois sozinhos pintaram com açafrão e colorau, realizaram pintura livre em A3 com açafrão e colorau, pintaram “esteira” de trançado confeccionado coletivamente por eles, educadoras da sala e demais professores da escola. Roda de música com chocalho, maraca, pau de chuva confeccionados coletivamente utilizando recicláveis, registro de grafismo em sulfite. Visita a Casa do Índio no Parque Escola e exposição das produções realizadas por eles e pelas famílias.
Vídeos sobre Diversidade, respeito e valorização etnico racial, roda de conversa e vídeos envolvendo a África, contato com mapa mundi, confecção de cartaz sobre a Savana com imagens trazidas de casa, histórias lidas e contações de histórias africanas e de temática de diversidade étnica possibilitando reflexões coletivas voltadas para a valorização da cor da pele, cabelo, características físicas, assistir e dançar músicas africanas para crianças. Confeccionar tambor, chocalhos utilizando materiais recicláveis, roda de música com os tambores, conhecendo e confeccionando Abayomi na escola com as famílias, exposição das produções.
Todo o percurso foi registrado em fotos e compartilhado com as famílias e em exposições no espaço da creche.
Autor: Giselda Mesch Ferreira da Silva
Coautor(es): Rosangela Oliveira da Silva e Paula Ernestina Leal de Oliveira Cardoso
E-mail: gisamesch@gmail.com
Instituição: EMEB Rui Barbosa
Título: UMA EXPERIÊNCIA DE CÍRCULO DE CULTURA EM TURMAS DE EJA
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Este trabalho tem a pretensão de apresentar a experiência exitosa da prática dos Círculos de Cultura, proposto por Paulo Freire (1992), em turmas de EJA do ensino fundamental. Freire, como pioneiro na alfabetização de jovens e adultos precisa ser o “sul” das metodologias nesta modalidade de ensino, em especial. Durante muito tempo, dentro de uma proposta tradicional da educação, que Freire (1987) chamou de educação bancária, o/a estudante precisava estar passivo em sala, simplesmente ouvindo aquele/a que detinha o saber, o/a professor/a. Paulo Freire (1992, 1996) abarca uma proposta totalmente inovadora ao trazer o/a estudante para o centro da discussão, apostando em seu protagonismo. Nessa ótica, Freire nos apresenta os círculos de cultura (FREIRE, 1992) como uma proposta de acolhida às necessidades e expectativas dos/as educandos/as. O Círculo de Cultura favorece o protagonismo ao promover a escuta respeitosa do/a outro/a, a argumentação e o respeito às diferentes culturas que, juntas, se encontram, num mesmo espaço educativo.
Autor: GLAUBER KLAY CARREIRO FIDELIS
Coautor(es): Márcio Heleno Soares
E-mail: glauberklay@gmail.com
Instituição: UFLA- Universidade Federal de Lavras
Título: A Horizontalização do Cinema à luz do Marxismo
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RESUMO

Título: A Horizontalização do Cinema à luz do Marxismo

Palavras-chave: Cinema. Horizontalização. Marxismo. Educação Crítica.

Este resumo é parte de um artigo em que analisamos o problema da centralização e verticalização da distribuição e produção do cinema, inserido no cenário das relações sociais capitalistas. A metodologia utilizada foi análise de revisão bibliográfica. Nosso objetivo foi identificar à luz dos teóricos: Karl Marx, Paulo Freire, Georg Lukács e Frantz Fanon a contradição que existe no interior das relações sociais capitalistas enraizadas no processo de distribuição e produção do cinema, de sua proposta ideológica que inverte e negocia os valores de uma mídia educativa, que, marginaliza a classe menos favorecida em prol da colonização e industrialização da cultura nas grandes metrópoles. Nossas considerações finais são alguns apontamentos para uma análise crítica sob a concepção ontológica de transformação do ser social. Pois, as possibilidades e estratégias da emancipação social em direção a horizontalização do cinema no cenário capitalista, serão construídas pelas próprias lutas dos marginalizados mediados pela sua consciência de classe, e tal consciência não é dada por um depósito de discursos competentes intelectualizados, mas por meio do diálogo dos oprimidos em contato com as contradições sociais.
Paulo Freire (2005) certa vez afirmou: “quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor”, e ele mesmo, no seu livro Pedagogia da Autonomia (1996), explica dizendo: “de nada adianta o discurso competente se a prática pedagógica for impermeável à mudança”. Ou seja, a educação para consciência crítica em prol da emancipação é dada por um processo ontológico inerente à práxis de uma ação para transformação da realidade dos indivíduos, da superação das contradições em que os envolvem, como a desigualdade social. Por isso, a emancipação é a busca real de uma sociedade justa, igualitária, na posse e manipulação dos meios de produção material e intelectual, que não se rende à reprodução dos padrões desiguais de um cinema vertical, monológico, competitivo, autoritário, centralizador e monopolizado segundo a lógica do capitalismo. Ninguém luta em prol do que desconhece, e se a classe menos favorecida não luta pelos seus interesses, é porque não conhece os caminhos para atingi-los, e não conhece, não apenas porque não tem acesso a essa mídia, mas porque estão ausentes dos processos formativos de uma leitura crítica de mundo que descortina os interesses ideológicos da classe dominante. A proposta de horizontalização do cinema nos impõe o processo de uma educação libertadora, dialógica, sobre a relação dos sujeitos com relação à autonomia na produção a arte (o cinema), na construção coletiva da cultura em que se envolve a consciência de si, de nós, para si e para nós.
Autor: GLAUBER KLAY CARREIRO FIDELIS
E-mail: glauberklay@gmail.com
Instituição: UFLA- Universidade Federal de Lavras
Título: “Do Sucesso Escolar à Educação do Fracasso: breve análise da educação contemporânea”.
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RESUMO

Título: “Do Sucesso Escolar à Educação do Fracasso: breve análise da educação contemporânea”.

Palavras-chave: Consciência crítica; Pedagogia crítica; Sucesso escolar; Violência escolar.

Este resumo é parte de um capítulo da pesquisa de mestrado em Ciências da Educação concluído na Universidade Nova de Lisboa (UNL-2016), em que analisamos o problema da violência escolar como mecanismo reprodutor das relações sociais capitalistas, onde este sistema socioeconômico busca anular a educação para a consciência crítica evitando a transformação social, e, consequentemente, propaga o sucesso escolar de uma “educação” que atende às demandas da sociedade neoliberal. A metodologia de pesquisa foi qualitativa-empírica e revisão bibliográfica. Foi utilizado técnica de Análise de Conteúdo das Representações Sociais dos agentes educativos (professores e alunos) da amostra de entrevista semiestruturada e questionário auto-administrado de 34 pessoas. O objetivo foi identificar a contradição que existe no interior das relações sociais capitalistas enraizadas na “educação” escolar e, de sua proposta de sucesso, que, ideologicamente, inverte e negocia os valores de uma educação para consciência crítica segundo Paulo Freire. Nossas considerações finais apontam que a postura dos alunos e professores legitimam a proposta de uma escola de sucesso sob a perspectiva neoliberal naturalizando a desigualdade social e a competição dada pela educação para o capital, gerando uma educação do fracasso para consciência crítica (auto-reflexão e práxis social). O imobilismo dos agentes educativos é fruto da ausência histórica de uma formação pedagógica crítica, por isso sua reprodução educativa é, soberanamente ideológica, pois não conseguiram e não conseguirão produzir aquilo que não conhecem, e não conhecem porque não foram e não são educados a conhecer e a desenvolver uma consciência crítica diante do mundo.
A grande contradição que existe no interior das relações sociais capitalistas enraizadas na “educação” escolar e de sua proposta de sucesso, é que, ideologicamente, inverte e negocia os valores de uma educação para consciência crítica, de igualdade e justiça social, e ainda hoje o sonho do oprimido tem sido de ser o opressor, ao reproduzir o processo competitivo e desigual imposto na motivação do sucessor escolar.Dessa forma, a revolução da escola e do capitalismo, não é uma escolha, mas um imperativo à emancipação humana.Para Paulo Freire (2005) o caminho para emancipação não é a “propaganda libertadora”. Não é um ato de “depositar” a crença da emancipação, pensando conquistar a confiança dos marginalizados, mas dialogar com eles. “Precisamos estar convencidos de que o convencimento dos oprimidos de que devem lutar por sua libertação não é doação que lhes faça a liderança revolucionária, mas resultado de sua conscientização” (FREIRE, 2005, p, 34).

REFERÊNCIA BILIOGRÁFIA

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 40 ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 2005.
Autor: Glauber Klay Carreiro Fidelis
Coautor(es): Joelma Aparecida do Nascimento; Daniel Vieira Benedito; Mac Wallace Milord Amorim ; Michele de Souza Ferraz; Steffany Oliveira de Vasconcelos
Título: Juventude Negra: Da Marginalização à Emancipação Social
Autor: Guilherme Henrique Arantes Freitas
Coautor(es): Juliano Henrique Xavier Cavalcanti.
E-mail: gharantesfreitas@gmail.com
Instituição: Universidade Federal de Uberlândia- Campus Pontal
Título: A diversidade sexual e de gênero e as políticas educacionais: uma análise do PCN visando a diversidade
Autor: Hercules Guimarães Honorato
E-mail: hghhhma@gmail.com
Instituição: Núcleo de Implantação do Instituto Naval de Pós-Graduação
Título: A EDUCAÇÃO NO CONTEXTO PRISIONAL E O PENSAMENTO DE PAULO FREIRE: RESSOCIALIZAÇÃO COM EMANCIPAÇÃO
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O ser humano é um ser incompleto, que escolhe o caminhar de sua existência a partir de diversas experiências de vida que se confluem para o tornar o que é, num constante processo de transformação. Porém, se uma pessoa comete uma ação criminosa, a sua punição, de uma maneira geral, é ser isolado da sociedade que até então era integrante. Situação retratada que vem ao encontro de uma exclusão em todos os aspectos, uma exclusão da escola, do trabalho, da integração social, do emprego, dos laços familiares e com ausência de relacionamentos. A nossa população carcerária está localizada, em relação ao seu grau de instrução no ensino fundamental, quer completo ou incompleto, em um percentual de 66% de pessoas analfabetas ou analfabetas funcionais. Tal situação pode ser um dos motivos da existência de uma taxa altíssima de reincidência dos detentos, que poderia ser mitigada se, durante o encarceramento, fosse-lhes proporcionada a oportunidade de elevar a sua escolaridade. O objetivo deste artigo, portanto, é apresentar um diálogo entre a educação no contexto prisional e a visão de Paulo Freire, com fulcro em sua efetividade na ressocialização da pessoa privada de liberdade com emancipação. A seguinte questão norteou este estudo: em que medida uma educação emancipadora para pessoas em privação de liberdade contribui para a sua ressocialização? Esta pesquisa é de abrangência qualitativa e em relação aos objetivos é exploratória, pois visa proporcionar uma maior familiaridade com o problema, tornando-o mais explícito. O planejamento contou ainda com um levantamento bibliográfico e outro documental para reconhecer o objeto de estudo. Acreditamos que a Educação de Jovens e Adultos (EJA) seja um dos caminhos para a transformação e mudança social de qualquer pessoa, mas em sentido estrito, importante para as pessoas privadas de liberdade. Existe um paradoxo interessante na relação entre educação e prisão: a educação tem por princípio fundamental ser transformadora, contribuindo para a liberdade da pessoa; e em sentido oposto, a cultura prisional tem por escopo claro o de retirar a pessoa do convívio social, mantendo-a afastada da sociedade, moldando-a ao cárcere. O papel da EJA no sistema prisional também está em reconstruir a identidade perdida e resgatar a sua cidadania e dignidade. O caminho a ser transposto para a ressocialização efetiva transita por intermédio de uma educação transformadora e, segundo a pedagogia freireana, na efetivação do aluno-apenado como sujeito da sua própria reconstrução, considerando a sua experiência de vida e o seu contexto sócio-histórico-cultural, transformando-o em agente político, em prol do seu reconhecimento como cidadão crítico, sujeito e não objeto de sua própria história futura. A bibliografia freireana utilizada consegue em grande medida deixar claro que a consciência de que o mundo é elaboração do homem, que sendo incompleto e independente do lugar que se encontra, pode conscientizar-se da sua responsabilidade como construtor ou reconstrutor de sua própria história de vida. Por fim, nas palavras de Paulo Freire em sua Pedagogia do Oprimido, “o homem faz-se livre”.
Autor: Iêda Gomes da Silva
E-mail: g.ieda.silva@gmail.com
Instituição: Secretaria Municipal de Educação de São Gonçalo/ Universidade Cândido Mendes
Título: LEGADO DE FREIRE E CURRÍCULO NA EJA: UMA REFLEXÃO SOBRE PRÁTICAS EDUCATIVAS NO PÓS-PANDEMIA
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Quais ideias de Freire podem nos ajudar a caminhar na EJA atualmente, em tempos em que a pandemia colocou o Brasil entre os países mais desiguais do mundo? Como regatar aqueles considerados incapazes, excluídos também por não acompanharem as atividades remotas durante a covid -19? Este artigo tem como foco refletir sobre o futuro da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil no contexto pós-pandemia. Abordamos problemas graves recentes como a juvenilização e antigos como a evasão e investigamos o legado de Freire em torno da educação como ato dialógico e político, da consideração do saber popular e da formação do aluno consciente de seu espaço na sociedade. Inserimos nessa proposta o debate educacional sobre currículo na EJA e desenvolvemos uma crítica sobre o redirecionamento proposto pela BNCC ao ensino básico. No cenário contemporâneo do Capitalismo Dependente (Fernandes: 1975 e Fávero: 2005), refletimos sobre a adoção do currículo por competência nas escolas brasileiras, articulando educadores que investigam o tema e o que Freire nos traz como diretrizes capazes de conferir maior equidade à distribuição do ensino fundamental através da crítica à realidade, da valorização da cultura, do diálogo e da resistência.
Palavras-chave: Currículo; EJA; Educação dialógica; Práticas Educativas.
Autor: Ilma Cantuaria Alves
Coautor(es): Janaina Melques Fernandes (UNIMES) janainamelques@hotmail.com; Mariangela Camba (UNIMES), Ilma Cantuária Alves (UNIMES) e Maria Lúcia Gomes Barbosa (UNIMES)
E-mail: cantuaria.melo@gmail.com
Instituição: Universidade Metropolitana de Santos
Título: Entre o distanciamento social e a conexão virtual: perspectiva para uma praxis Freireana na Alfabetização de Jovens e Adultos
Autor: Ilma Cantuaria Alves
Coautor(es): Maria da Graça Pimentel Carril – Universidade Metropolitana de Santos
Elisete Gomes Natário – Universidade Metropolitana de Santos
E-mail: cantuaria.melo@gmail.com
Instituição: Universidade Metropolitana de Santos
Título: EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – OS DESAFIOS TEÓRICOS E PRÁTICOS

ESTUDO DE CASO EM PORTEIRINHA – MG
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O artigo teve como objetivo identificar as dificuldades encontradas pelos docentes na
Educação de Jovens e Adultos em Porteirinha –MG Na primeira fase a pesquisa foi
bibliográfica, sustentada pelos pressupostos epistemológicos dos seguintes autores Freire
(1989, 1993, 2003), Galvão e DiPierro (2007, 2010), Gadotti (2008) e outros estudiosos.
Participaram 08 professores da EJA da rede pública da Cidade de Porteirinha que
responderam a um questionário semiaberto. O resultado da pesquisa mostrou que os desafios
estão na falta de material didático próprio e específico para os estudantes em uma sala
heterogênea em que chegam cansados para a aula, o que provoca desafios no processo de
aprendizagem, diante da experiência dos mais velhos e a rapidez dos mais jovens em realizar
as tarefas, mas que também podem transformar-se em potencialidades para o sucesso
educativo e social, considerando a competência do docente em integrar os alunos de
diferentes gerações no espaço de construção do conhecimento.
Autor: Ines Beatriz Yajima Habara
E-mail: ineshabarapro@icloud.com
Instituição: Coletivo Arte Inesperada
Título: INVESTIGAÇÃO COLABORATIVA COMO ABORDAGEM DE PESQUISA A SER INCLUÍDA NA FORMAÇÃO UNIVERSITÁRIA: UM ESPAÇO DE ENRIQUECIMENTO PESSOAL NO USO DA INTUIÇÃO DA NOSSA HUMANIDADE COMPARTILHADA.
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Este artigo, trazendo acréscimos ao quadro de Susman e Evered (1978, p. 600) de comparação entre ciência positivista e pesquisa-ação, mostra o motivo da Investigação Colaborativa de Bray et al. (2000) ter sido sugerida, no doutorado da autora, como uma experiência a ser incluída na formação universitária. O artigo também subsidia a idéia da relevância dos princípios pedagógicos de Paulo Freire (1982) para qualquer profissional, frente às situações assimétricas que ele se depara, costumeiramente em posição de extremo privilégio em termos de conhecimentos e desconectado da questão ética das ações, monitorando resultados, em vez de consequências. Antes da ação ética, é necessário saber compreender as possibilidades e limites de si, das pessoas e das situções. Problematizou-se a possibilidade de se treinar esse saber compreensão e adotou-se a postura fenomenológica nas pesquisas bibliográfica e qualitativa. O estudo de caso foi a montagem de um workshop num museu de ciências usando essa Investigação Colaborativa. Consolidou-se esperança na educação e na possibilidade de treinar o saber compreensão, aumentando a intuição, quando as sucessivas reflexões em postura dialógica dessa ferramenta de geração de conhecimento fizeram aflorar a humanidade compartilhada.
Autor: Ines Beatriz Yajima Habara
E-mail: ineshabarapro@icloud.com
Instituição: Coletivo Arte Inesperada
Título: O QUE A EXPERIÊNCIA DE ALUNOS CHAMADOS DIFÍCEIS E EXCLUÍDOS SUGERE SOBRE OS VALORES E PRÁTICAS DO SISTEMA EDUCACIONAL: O CASO DE UMA ESCOLA PÚBLICA EM SUDBURY, CANADA.
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Este artigo, trazendo narrativas, onde os valores do estudante até colidem com os valores do sistema educacional, oferece um retrato dos valores do sistema educacional e do bem estar em sala de aula como experimentado por estudantes que aprendiam estratégias de aprendizagem numa estrutura de educação de adultos, numa escola pública em Sudbury, uma cidade fortemente povoada por aborígenes, no norte de Ontario, no Canada, em 2006. A Investigação Colaborativa de Bray et al.(2000), ajudou a busca de uma educação pela liberdade (FREIRE, 1982,1987), promovendo uma interação mais dialógica, permitindo que alunos atrasados, considerando-se ou sendo considerados de baixa empregabilidade, revelassem sua perspectiva única sobre a vida dentro e fora da sala de aula e demonstrassem falhas do sistema escolar em incluir possibilidades, limites e saberes deles. A convivencialidade diária da autora com os alunos desfez distâncias, fazendo surgir oportunidades de colaboração com o professor e com os alunos, provocando mudanças. Criar um espaço de escuta e colaboração emergiu como ferramenta para o esforço provincial de questionar o modelo mental tradicional dominante, provocando além de maior conscientização da realidade dos alunos, pequenas mudanças que fizeram grande diferença para a auto-estima dos alunos.
Autor: Isabela Basso Frollini
Coautor(es): Aurea de Carvalho Costa
E-mail: isabela.frollini@unesp.br
Instituição: Unesp
Título: Gênero e sexualidade na Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
Autor: Isabela Gomes Pereira
Coautor(es): Glauber Klay Carreiro Fidelis
Joelma Aparecida do Nascimento
Daniel Vieira Benedito
Mac Wallace Milord Amorim
Michele de Souza Ferraz
Steffany Oliveira de Vasconcelos
E-mail: isabela.pereira1903@gmail.com
Instituição: USP- Universidade de São Paulo
Título: “Juventude Negra: Da Marginalização à Emancipação Social”
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Título: “Juventude Negra: Da Marginalização à Emancipação Social”

Palavras-chave: Juventude Negra. Marginalização. Consciência Crítica. Emancipação.

Este resumo é parte do artigo que relata a experiência vivenciada pelos estudantes no Projeto de Extensão GEJNGV (Grupo de Estudos da Juventude Negra de Governador Valadares) realizado pelo IFMG-GV em parceria com o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI) e E. E. Dr. Antônio Ferreira Lisboa Dias. O objetivo foi formar um Grupo de Estudos com a juventude negra marginalizada de nossa cidade para debater sua vulnerabilidade social e as estratégias de emancipação diante desse quadro. A metodologia utilizada no trabalho foi à revisão bibliográfica, círculo de cultura (com os alunos envolvidos nos projetos) e enquete ao público da cidade Governador Valadares. Os resultados são diversos, pois vários temas foram pesquisados como: o feminicídio, o negro mercado de trabalho, cotas e etc. Contudo, Das enquetes realizadas o que nos mais chamou a atenção foram sobre Cotas para Negros nas Universidades: pois a maioria dos negros dos bairros periféricos é contra, outros desconhecem essa política, nenhum branco a favor. No centro da cidade e em bairro de classe alta, a maioria dos negros é a favor e os brancos contra. A enquete foi realizada com 107 pessoas com questionário de 5 questões para cada pessoa, total de 535 questões respondidas. Nas considerações finais do projeto foi possível observar de perto situações reais de preconceito, racismo e discriminação, nos diálogos semanais dos Círculos de Cultura, nos encontros de formação e na pesquisa de opinião. Identificamos na narrativa da juventude negra que esta se encontra alheia à consciência de classe e de raça, e silenciada legitima e naturaliza a desigualdade social. Contudo, o caminho para emancipação não é um ato de “depositar” a crença da emancipação, pensando conquistar a confiança dos marginalizados, mas dialogar com eles. Nesse sentido, refletir sobre a consciência crítica e emancipação social se dão no descortinar dos processos alienadores, e no romper das contradições da relação entre oprimido e opressor, de superar a negação a igualdade e justiça social dos negros na sociedade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 40 ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 2005.

GOMES. Nilma Lino. O Movimento Negro Educador: saberes construídos nas lutas por emancipação. Petrópolis, RJ: Vozes, 2017.
Autor: IVALDA KIMBERLLY SANTOS PORTELA
Coautor(es): Guilhermina Elisa Bessa da Costa
Magno Santos Batista.
E-mail: kportela44@gmail.com
Instituição: UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
Título: A capoeira em jogo: relato de experiência da aplicação de um jogo de memória para deficiente auditivo.
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A Organização Mundial de Saúde estima que cerca de 10% da população mundial possui uma necessidade especial que pode ser: visual, auditiva, física, mental, distúrbios de conduta e outras. Além da ONU, os dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) divulgados em 2020 pontuam que mais de 10 milhões de pessoas tem algum problema relacionado à surdez, ou seja, 5% da população brasileira é surda. Entre essas pessoas, 2,7 milhões não ouvem nada. Ainda em relação à surdez, a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima que 900 milhões de pessoas no mundo podem desenvolver surdez até 2050. Diante desses dados, objetiva-se com este relato de experiência apresentar informações acerca da aplicação de um jogo de memória para pessoa surda. No jogo de memória, tomamos como temática a Capoeira, porque pretende-se também atender as discussões estabelecidas na Lei nº 10.639, isto é, o relato procura contemplar a duas frentes caras para a sociedade contemporânea, o preconceito à pessoa com necessidade especial e raça. Além da temática, a base teórica principal assenta-se nos estudos postulados por Paulo Freire. Essa proposta foi desenvolvida na disciplina de Libras, em aulas curriculares do curso de Educação Física da Universidade do Estado da Bahia- UNEB/Campus X-DEDCX, situado na cidade de Teixeira de Frentas, durante o semestre letivo 2021.1. A aplicação ocorreu em uma comunidade ribeirinha extrativista de Caravelas-BA. No percurso metodológico, adotamos estratégias das metodologias ativas e da pesquisa-ação. O embasamento teórico constitui-se a priori dos seguintes autores: Freire (2011), Cunha (2016), Corsino (2016) Macamo, (2013), Lacerda (2019) entre outros que abordam a temática. Os resultados preliminares apontam para a importância das intervenções lúdicas, as quais contribuem para a formação de uma aprendizagem significativa, despertam nos educandos sentimentos de pertença e identificação social e cultural e proporcionam a reflexão e a leitura das várias condições que os educandos vivem.

Palavras-Chave: Deficiente auditivo. Aprendizagem. Metodologia pedagógica.
Autor: Janaina Melques Fernandes
Coautor(es): Mariangela Camba , Ilma Cantuária Alves , Maria Lúcia Gomes Barbosa
E-mail: janainamelques@hotmail.com
Instituição: Universidade Metropolitana de santos (UNIMES)
Título: ENTRE O DISTANCIAMENTO SOCIAL E A CONEXÃO VIRTUAL: PERSPECTIVAS PARA UMA PRÁXIS FREIREANA NA ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS.
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Trata-se das reflexões e resultados preliminares desenvolvidos a partir do estudo e da experiência de letramento e alfabetização de adultos com a utilização de recursos digitais disponíveis nos celulares dos participantes. A investigação está sendo conduzida por professoras e estudantes de licenciatura em Pedagogia (Unimes) que, ao estudar a práxis freireana, questionaram-se: como é possível utilizar a conexão virtual para desenvolver trabalho de letramento e alfabetização de adultos? Para tanto, o estudo é compostos por dois procedimentos: 1. a investigação teórica do contexto histórico-político, dos fundamentos e princípios que regeram a elaboração da metodologia de alfabetização de Freire com a articulação das tecnologias digitais; 2. a experiência com educandos voluntários de práticas de letramento utilizando os recursos tecnológicos disponíveis entre os participantes da pesquisa. Os resultados iniciais apresentam possibilidades de experiências dialógicas de letramento e alfabetização virtuais, como mensagens de áudios, videochamadas, fotos e até recados e saudações escritas. A comunicação é realizada, na maioria das vezes, pelo whatsapp, que tem se apresentado como importante recurso de mediação, motivação e aproximação dos participantes. Nesse contexto, a virtualidade se apresenta como espaço oportuno para formar vínculos, conhecer, decidir e aprender, numa relação de dodiscência, em que o novo coloca todos os participantes em condições de ensinar e aprender.
Autor: Janaina Rodrigues
E-mail: jana.lorena@yahoo.com.br
Instituição: Secretaria Municipal de Educação /EMEF Modesto Scagliusi
Título: Considerações sobre a História da capoeira no Brasil e a relação dessa prática com a pedagogia de Paulo Freire
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Considerações sobre a História da capoeira no Brasil e a relação dessa prática com a pedagogia de Paulo Freire
Palavras chave: Capoeira, educação emancipatória, descolonização do saber
Janaina Rodrigues, professora EMEF Modesto Scagliusi, rede municipal de São Paulo
Conhecer, analisar e refletir sobre saberes e práticas de grupos historicamente subalternizados e marginalizados em nossa sociedade é um desafio necessário à construção de uma educação democrática e popular. É uma tarefa necessária para a descolonização do saber, do pensar e consequentemente da descolonização do currículo acadêmico e escolar.
Este artigo busca de forma breve, resgatar a história da capoeira no Brasil, analisar seus saberes ancestrais e a relação desses saberes com a política pedagógica de Paulo Freire.
A capoeira teve e tem um caráter fortemente marcado pela memória e presença africana, mas existem também evidências na forma como a prática se organiza, de práticas dos povos originários brasileiros, que aqui foram submetidos ao regime de trabalho escravo e toda sorte de violências antes da chegada dos africanos.
Uma hipótese plausível é de que a capoeira surgiu e se desenvolveu entre os africanos, vindos majoritariamente de Angola e com alguma influência dos povos originários sob a forma de um movimento social e cultural que se pautava em práticas de luta física e autodefesa, mas também em expressão artística, musical de referência ancestral. Um espaço de união entre os escravizados que se divertiam e se sociabilizavam ao mesmo tempo em que treinavam seus corpos para resistência á violência e preservavam suas memórias ancestrais, sua integridade humana de forma global, coletivamente e em busca de liberdade. Um elemento importante a ser levantado é o fato de que a capoeira era e é praticada em rodas, com instrumentos musicais que são de origem africana, como o Berimbau, que segundo Mestre Januário, foi encontrado em regiões diversas do Brasil sendo também utilizado pelas populações indígenas.
Como uma luta de resistência física, cultural e política dos povos explorados e oprimidos do Brasil colonial contra o trabalho compulsório, as torturas e maus tratos.
Força essa que se mostra ainda nos dias atuais, já que mesmo com tantos massacres, a capoeiragem ainda vive, nas rodas de ruas e barracões, de academias e universidades, fazendo viver nossos mortos através de suas memórias, nossas memórias.
Observamos várias concepções e práticas das capoeiras e sua relação com a pedagogia de Paulo Freire no que se refere à concepção do saber, do ensinar, do aprender e da resistência política e cultural.
Ainda contamos com muitos registros de relatos de mestres que nasceram no século XIX e os tiveram registrado no papel e na memória dos mestres da atualidade que receberam esses ensinamentos e concepções de vida e de humano de geração em geração ao longo de centenas de anos.
Muitos desses ensinamentos estão marcados nas cantorias de roda de capoeira, nas ladainhas, onde podemos perceber um modo de pensar específico de descendentes de várias gerações de corpos em rebelião.
Nosso objetivo é observar e analisar semelhanças encontradas entre as concepções e práticas que fundamentam a capoeira tradicional, com a concepção pedagógica de Paulo Freire, que buscaremos aqui apresentar.
Autor: Janaína Vieira da Silva
Coautor(es): Cátia Alves Martins
E-mail: vieirajana@hotmail.com
Instituição: Universidade Feevale
Título: A CONTRIBUIÇÃO DA ESCOLA NA FORMAÇÃO DE LEITORES DO MUNDO E DA PALAVRA: UMA ANÁLISE DA PRÁTICA PEDAGÓGICA DE PROFESSORES GESTORES
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Considerando a leitura como parte estruturante do conhecimento tanto no que diz respeito a compreensão de mundo quanto no entendimento da palavra e, assim, entendendo-a como alicerce dos saberes, de maneira que é essencial para garantir uma formação de qualidade, a presente pesquisa tem por objetivo analisar as concepções e práticas de formação leitora de professores de Língua Portuguesa, atuantes na educação básica, discentes do curso de Pós-graduação ou que já atuam como gestores e buscam pelo aperfeiçoamento, em nível de Pós-graduação, no curso de Gestão Escolar. Busca-se, a partir das experiências do público supracitado, entender e problematizar a função gestora como possibilidade de (re)construção da cultura escolar em processo de formação de leitores. Nesse sentido, investigar-se-á como a junção entre a experiência docente de professores de Língua Portuguesa e a atuação destes enquanto gestores, pode contribuir para o engajamento de toda a comunidade escolar em prol de fazer desta instituição um espaço de "ação-reflexão-ação" a partir da leitura, visto que, entende-se que assim é possível promover uma formação crítica, eficiente para capacitar os estudantes a conhecer e transformar a si e a sociedade em que estão inseridos. Essas e outras questões são investigadas por meio de uma pesquisa empírica, de cunho qualitativo e discutidas com base nos estudos dos Professores, Paulo Freire (1996), Professora Irandé Antunes (2003), Ezequiel Silva (1998), Celso Ferrarezi JR e Robson Carvalho (2017), os quais abordam a relação das escolas brasileiras com a leitura e discutem as práticas utilizadas na formação de leitores.
Autor: Jaqueline Ventura
Coautor(es): Lidiane Barros Lobo
Título: Paulo Freire e a Fundação Nacional de Educação de Jovens e Adultos (Fundação Educar) no Rio de Janeiro: primeiras aproximações das políticas para EJA no município de Nova Iguaçu durante a década de 1980
Autor: Joana dArc Araujo Silva
E-mail: sirana66@yahoo.com.br
Instituição: Faculdade Unida de Vitoria/ES
Título: DUOLOGIA QUE RESIGNIFICA A FORMAÇÃO CONTINUADA: CONHECIMENTO NA ÁREA DE TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC’S) E CIÊNCIAS DAS RELIGIÕES COM FOCO EM RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS.
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A utilização de Tecnologias de Comunicação e Informação (TIC’s) vem sendo uma necessidade relevante na área da Educação em meio a várias exigências. Agregada a esta necessidade percebe-se que o educador precisa estar investindo na Formação Continuada principalmente no que diz respeito a conhecer e saber discutir com seus educandos assuntos relacionados a área de Ciências da Religiões, que estarão marcando significativas mudanças nos processos de ensino aprendizagem e na implementação de novos recursos metodológicos. O presente trabalho tem como referência a literatura específica referendada pelas disciplinas do curso de Especialização em Gestão de Políticas Públicas com foco em Raça e Gênero, oferecido pela Universidade Federal de Ouro Preto/MG, Programa de Educação para a Diversidade com ênfase na abordagem de cunho interdisciplinar, a temática da diversidade e suas várias facetas, reforçadas pelo conteúdo pragmático oferecido pelo curso de Mestrado de Ciências das Religiões da Faculdade Unida de Vitória/ES. Preocupou-se em realizar uma pesquisa bibliográfica e qualitativa, considerando as três etapas da leitura analítica: textual, temática e interpretativa com embasamento teórico nos documentos normativos e pesquisadores renomados como Margareth Diniz, Paulo Freire, Fernando Hernandez, Antônio Nóvoa, Philippe Perrenoud, Luís Antônio Marcuschi, Silvio Ribeiro da Silva, dentre outros que com louvor, dialogam com os assuntos elucidados. Conhecimento e tecnologias se unem para produzir novas aprendizagens que permitam compreender a realidade e buscar soluções para a transformação do cotidiano e a construção da cidadania. Conhecer, pesquisar para educador e educando desmistificar uma cultura preconceituosa e discriminatória, construindo práticas fundamentada e natural de construção de saberes significativo. As analises permitiram constatar que existe uma literatura ampla em relação aos assuntos sendo possível realizar uma abordagem de cunho interdisciplinar, enfatizando a temática da diversidade e suas várias facetas, referendando que, numa perspectiva futurista, o estabelecimento de ensino da era contemporânea precisa encontrar o caminho para perceber que novas áreas estão obtendo destaque em seus estudos. Aqui, enfatiza-se a área de Ciências das Religiões, que busca compreender as relações internas dos grupos religiosos que estudam o fenômeno religioso de forma plural e interdisciplinar porque letramento digital, formação continuada na área de Ciências das Religiões, com foco em relações étnico-raciais ressignificam práticas pedagógicas. Referenciais que irão possibilitar a construção de propostas pedagógicas que auxiliem na elaboração e implementação de ações que visem desmitificar os conceitos de homogeneidade e realçar a diversidade em suas variadas concepções, descontruindo estereótipos e preconceitos que se fazem presentes no cotidiano escolar.
Autor: João Batista de Albuquerque Figueiredo
Coautor(es): Catarina Moreira Calista
Título: O uso das práticas pedagógicas na perspectiva de Paulo Freire além das teorias sociais da Universidade durante a pandemia
Autor: JOELMA APARECIDA DO NASCIMENTO
Coautor(es): Isabela Gomes Pereira (Universidade de São Paulo) isabela.pereira1903@gmail.com ; Glauber Klay Carreiro Fidelis; Joelma Aparecida do Nascimento; Daniel Vieira Benedito; Mac Wallace Milord Amorim ; Mic
E-mail: joelmadonascimento@gmail.com
Instituição: Escola Municipal Nossa Senhora Aparecida
Título: Juventude Negra: Da Marginalização à Emancipação Social
Autor: José Alexandre Santos
Coautor(es): José Alexandre Santos
Carlota Boto (Apreciação)
E-mail: jalexandresantos85@usp.br
Instituição: FEUSP
Título: Dois pensadores da Educação Democrática, um pilar em comum: o ponto de vista dos vencidos.
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RESUMO

A concepção deste texto é apresentar e discutir os conceitos de dois autores que tem se preocupado em entender e defender o ponto de vista do vencidos: François Dubet e Paulo Freire. No caso, do primeiro autor elegemos sua obra: “O que é uma escola justa? A escola das oportunidades” e do segundo, escolhemos sua última obra: “Pedagogia da Autonomia- Saberes necessários a prática pedagógica”. Neste sentido, realizamos uma abordagem comparativo-reflexiva, destacando as possíveis congruências textuais entre ambos autores, bem como, respondendo três questões norteadoras: “Quem são esses sujeitos vencidos?”; “Como aparecem em ambas obras?” e “Qual discurso em comum emerge em defesa desses sujeitos?”. Neste percurso, evidenciamos as consequências aos autores em tomar o ponto de vista dos vencidos como fundamental em seu pensamento, isto é, quais as consequências para um intelectual defender os condenados, os marginalizados e os vencidos no Brasil e, por sua vez, na França? Por fim, faz-se pertinente aproximar dois grandes pensadores da educação do mundo ocidental: François Dubet e Paulo Freire.
Autor: José Mateus do Nascimento
Coautor(es): Antonio Max Ferreira da Costa
E-mail: mateus.nascimento@ifrn.edu.br
Instituição: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
Título: História das práticas pedagógicas: a educação bancária na Escola Estadual Professor Anísio Teixeira (1982-2002)
Autor: JOSEANE ABÍLIO DE SOUSA FERREIRA
Coautor(es): Ângela Maria Solano de Moura,
Larissa Hellen Morais de Queiroz,
Joseane Abílio de Sousa Ferreira
E-mail: joseaneabilio@hotmail.com
Instituição: Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
Título: GESTÃO ESCOLAR: DO TÉCNICO-CIENTÍFICA A DEMOCRÁTICA-PARTICIPATIVA
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Essa pesquisa tem como objetivo conhecer a gestão de uma escola pública, a fim de compreender o seu funcionamento, bem como saber se há a aplicabilidade dos princípios democráticos na gestão de uma Escola Pública Municipal, localizada no município de Frutuoso Gomes/RN, a qual se fez objeto desse estudo. Para contribuir com esse estudo se fez necessário uma pesquisa qualitativa denominada por Minayo (2015) como uma pesquisa muito particular que aborda uma realidade que não pode ser quantificada, para isso foi usada como técnica de estudo a observação e a entrevista estruturada para coletar informações necessárias ao desenvolvimento desse trabalho. O arcabouço teórico tem como principais autores Líbano (2001, 2012), Lück, (1997, 2008), Serpa, Ferrari, Petry (2017), dentre outros. O resultado mostra que a instituição, embora não faça a escolha do seu gestor de forma democrática, por meio do voto direto de funcionários, pais, alunos da escola, adota uma gestão participativa, competente e comprometida com o resultado das atividades desenvolvidas, primando pelo profissionalismo e cooperativismo entre as partes envolvidas, para que seja efetivada uma educação de qualidade, no entanto não é tão democrática, porque a escolha de gestão não acontece por escolha popular, e sim por indicação do executivo municipal.

Palavras chave: Escola pública. Gestão. Gestão democrática.
Autor: Juliana Oliva
E-mail: julianaoliva@usp.br
Instituição: Faculdade de Educação da USP
Título: EXISTÊNCIA E OPRESSÃO: HÁ UM DIÁLOGO ENTRE O EXISTENCIALISMO BEAUVOIRIANO E A PEDAGOGIA DE PAULO FREIRE?
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Esta proposta de trabalho apresenta uma aproximação entre o pensamento da filósofa francesa existencialista Simone de Beauvoir (1908 – 1986) e o pensamento do filósofo e educador brasileiro Paulo Freire (1921 – 1997). Essa aproximação busca investigar a possibilidade de diálogo entre os campos de fundamentação teórica filosófica presentes nas obras da referida autora e do referido autor no que concerne às reflexões sobre a subjetividade e sobre as possibilidades de emancipação em uma situação de opressão.
Autor: Juliano Henrique Xavier Cavalcanti
Coautor(es): Guilherme Henrique Arantes Freitas
E-mail: juliano-cavalcanti@hotmail.com
Instituição: professor educação basica
Título: A diversidade sexual e de gênero e as políticas educacionais: uma análise do PCN visando a diversidade.
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A negação civilizatória que a educação fez e faz com as questões de gênero e sexualidade na educação básica, acarreta em consequências nocivas a determinados corpos que transitam dentro e fora do espaço escolar. Tem-se popularizado no debate educacional o termo inclusão como forma de acolhimento e não segregação àos grupos minoritários, historicamente segregados, que possui seus direitos negados, alvos de preconceitos diversos. Este trabalho visa conhecer como a diversidade sexual e de gênero são apresentadas nos PCNs através da análise dos documentos. Pretende-se também identificar as formas e referências apresentadas a respeito dessas questões e identificar a relação teórica e pratica voltada a desconstrução de preconceitos e discriminação à diversidade. Utilizou-se da analise documental e da revisão bibliográfica para a conquista de resultados verosímeis. A pesquisa teve como resultado o entendimento dos caminhos abordados nos PCNs para falar sobre a diversidade e o gênero. Compreendeu-se que as questões de gênero são as que mais são debatidas, mas que mesmo assim não representam de forma correta as questões que compõe o gênero.
Autor: Júlio César Augusto do Valle
E-mail: juiio.valle@ime.usp.br
Instituição: Universidade de São Paulo
Título: O CURRÍCULO DA ESCOLA QUE QUEREMOS: CONTRIBUIÇÕES À REFLEXÃO CURRICULAR A PARTIR DA EXPERIÊNCIA FREIREANA
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No ano do Centenário de Paulo Freire, este texto propõe apresentar um recorte da pesquisa de doutorado recentemente concluída sobre o Movimento de Reorientação Curricular construído pelo educador e sua equipe à época em que esteve à frente da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo (1989-1992). A investigação apresentada foi conduzida com vistas ao endereçamento de questões e tensões às políticas curriculares, devido à identificação da proposta freireana com a garantia da voz e da autonomia das escolas, traduzida na participação docente e das comunidades escolares nos processos de elaboração curricular.
Autor: JUNIOR LEANDRO GONCALVES
E-mail: jrleandrog89@gmail.com
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO - UNIFESP
Título: Educação de Jovens e Adultos na Pandemia: experiências, tecnologias digitais e práticas emancipatórias.
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A Educação de Jovens e Adultos, desde a sua emancipação presente legalmente na Constituição Federal de 88 e, posteriormente, na LDB de 96, é marcada por diversos campos dos sujeitos envolvidos, principalmente no campo da pertença. Para além de questões de exclusão escolar vivenciadas ao longo da vida, relações com o trabalho e, no momento atual, é urgente (re)pensar que sujeito é esse que compõe a EJA. Considerando sujeito como um ser social que ocupa uma posição ativa na sociedade (considerando também a interferência das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação/TDIC) este trabalho tem como objetivo dar voz a esses sujeitos diante da realidade vivenciada na Pandemia. Com as novas demandas impostas pela Pandemia, os estudantes da EJA, bem como a maioria dos educadores foram atravessados: por questões metodológicas, estruturais, tecnológicas, por emoções, sentimentos, afetos e pertença. Essas questões se tornaram mais evidentes, principalmente para os estudantes de regiões de alta vulnerabilidade, sendo reflexo de muitos anos de violência estrutural, da negligência e descaso do poder público e nos permite pensar novas possibilidades de transformação na educação. Através da pesquisa narrativa, relatos de vivências e experiências foram analisados tendo como referência os desafios, as dificuldades, avanços, lutas e resistências de um professor durante um ano de ensino remoto junto aos estudantes da EJA de uma escola pública situada na Comunidade de Paraisópolis, zona Sul da cidade de São Paulo. Esses relatos expõem algumas fragilidades do sistema educacional em meio à Pandemia, bem como denuncia situações e problemas sociais que interferem diretamente na qualidade do ensino desenvolvido com os estudantes da EJA. Tendo como referência a dialogia freireana e uma educação libertadora e emancipatória, considera-se que é preciso dar espaço e voz aos estudantes da EJA para que possam problematizar e questionar suas realidades e, sobretudo, construam sentimento de pertencimento na sociedade em que vivem, sociedade essa transformada pela inserção cada vez mais notória das TDIC que têm modificado intensamente as práticas pedagógicas e as aprendizagens.
Palavras-chave: EJA. Narrativas. Educação Libertadora. Pandemia. TDIC.
Autor: Kadydja Karla Nascimento Chagas
Coautor(es): Marta Mariane Ferreira Gomes de
Lenina Lopes Soares
Título: A presença de Paulo Freire na produção acadêmica publicada na Revista Brasileira de Educação Profissional e Tecnológica (2008-2020)
Autor: Karem Karennine L. de Medeiros
Coautor(es): Marleide Barros Lopes de Araújo ; Diovene Perire C. Silva
Título: “Ser mais”: o diálogo e a humanização como metodologia para a superação dos desafios enfrentados pelos estudantes da EJA EMMO – Angicos – RN
Autor: Kátia Andréa Carvalhaes Pêgo
Coautor(es): Tatiana de Castro e Souza
E-mail: katiapego@gmail.com
Instituição: Escola de Design / UEMG
Título: Metodologia freireana para conscientização e autonomia de mulheres em contextos periféricos urbanos: caso Flores do Morro
Autor: KÁTIA SILVA CUNHA
Coautor(es): Marcelo Ricardo Moreira
E-mail: katia.scunha@ufpe.br
Instituição: UFPE - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
Título: Concepções e implicações do atual cenário da formação de professores no Brasil: contrapontos com a perspectiva Freireana
Autor: Kethlen Leite de Moura
Coautor(es): Rosilda Maria Ferreira da Silva
Laís Fernanda da Silva
E-mail: ketty1985@gmail.com
Instituição: Universidade Estadual de Maringá
Título: EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: HISTÓRIA, LUTAS E O DIREITO À EDUCAÇÃO EM RISCO
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O estudo apresenta como objetivo geral discutir a Educação de Jovens e Adultos (EJA), a partir das relações históricas e de lutas que permeiam a garantia do direito à educação. Esta pesquisa exploratória de cunho bibliográfico discute incialmente o processo histórico da construção da Educação de Jovens e Adultos no sistema educacional brasileiro, caracterizando posteriormente as políticas educacionais direcionadas para a modalidade da EJA, articulando-as com análise de como as ações governamentais podem colocar em risco o direito à Educação de Jovens e Adultos. Por fim, conclui que apesar de ter registrado avanços nas últimas décadas, a EJA ainda enfrenta desafios de ordem política e educacional para se efetivar como pleno direito, assim como previsto no texto constitucional.
Autor: Lais Fernanda da Silva
Coautor(es): Kethlen Leite de Moura
E-mail: salazar_laissalazar@hotmail.com
Instituição: Prefeitura Municipal de Marialva
Título: EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: HISTÓRIA, LUTAS E O DIREITO À EDUCAÇÃO EM RISCO
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O estudo apresenta como objetivo geral discutir a Educação de Jovens e Adultos (EJA), a partir das relações históricas e de lutas que permeiam a garantia do direito à educação. Esta pesquisa exploratória de cunho bibliográfico discute incialmente o processo histórico da construção da Educação de Jovens e Adultos no sistema educacional brasileiro, caracterizando posteriormente as políticas educacionais direcionadas para a modalidade da EJA, articulando-as com análise de como as ações governamentais podem colocar em risco o direito à Educação de Jovens e Adultos. Por fim, conclui que apesar de ter registrado avanços nas últimas décadas, a EJA ainda enfrenta desafios de ordem política e educacional para se efetivar como pleno direito, assim como previsto no texto constitucional.

Palavras-chave: Educação de Jovens e Adultos. Políticas Públicas. Direito à Educação.
Autor: LARISSA DE SOUZA OLIVEIRA
E-mail: sor.larissa@gmail.com
Instituição: Universidade Estadual de Campinas
Título: Memórias em movimento: “A importância do ato de ler”, de Paulo Freire, no Congresso de Leitura do Brasil (1981).
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Este trabalho se preocupa com a apresentação e discussão do texto “A importância do ato de ler”, apresentado pelo professor Paulo Freire na ocasião da Conferência de Abertura do 3° Congresso de Leitura do Brasil, em 1981. Neste texto, que se transforma em livro no ano seguinte, o educador discorre sobre sua teoria do ato de ler e rememora sua própria formação de leitor e educador. A pesquisa ALB: memórias organiza e estuda o acervo do COLE desde 2009. Neste acervo encontra-se a gravação da apresentação do professor. Este trabalho se ocupou da transcrição dessa fala e de seu cotejo.
Autor: Larissa Hellen Morais de Queiroz
Coautor(es): : Thais da Salete Gomes da Silva (Universidade Estadual do Rio Grande do Norte) thaisgomes262@gmail.com; Joseane Abílio de Sousa Ferreira (Universidade do Estado do Rio Grande do Norte) joseaneabilio@
Título: Gestão escolar: do técnico-científico a democrática-participativa
Autor: Leandro da Silva Barcellos
Coautor(es): Geide Rosa Coelho
E-mail: leandrobarcellos5@gmail.com
Instituição: Universidade Federal do Espírito Santo
Título: Pedagogia Freireana e Alfabetização Científica: elementos para pensar a formação de professoras e professores de Ciências
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Do ponto de vista teórico, discutimos algumas contribuições da pedagogia Freireana para prensarmos a formação de professores de Ciências em diálogo com o movimento de Alfabetização Científica (AC). Ancoradas em Paulo Freire, Sasseron; Carvalho (2011) e Marques; Marandino (2018) defendem a AC em uma perspectiva humanista, na qual o ensino de Ciências associa-se a ampliação da capacidade de leitura de mundo das alunas e dos alunos. Buscamos alargar esta compreensão ao propor a AC humanista como objetivo educacional a ser assumido na educação básica e como elemento suleador da formação inicial e continuada de professoras e professores de Ciências da Natureza.
A materialização da AC humanista em sala de aula dar-se-á por meio de diferentes abordagens e metodologias. Concordamos com Solino; Gehlen (2014) que uma via importante é a articulação entre a Abordagem Temática Freireana, os Três Momentos Pedagógicos e o Ensino por Investigação (ENCI). Entendemos que a investigação de problemas relacionados a situações-limite extraídas de temas geradores obtidos por meio da Abordagem Temática Freireana pode potencializar a aquisição de saberes da Ciência (conceitos, normas, práticas, valores e os instrumentos da cultura da Ciência). O ENCI se vincula a concepção democrática de educação como direito de todas e todos a uma educação de qualidade, por meio de problematizações nas quais educadores e educandos, de forma compartilhada e dialógica, buscam compreender e agir sobre/no mundo (por meio da apropriação e domínio dos saberes da Ciência). Além disso, é possível aprender sobre a natureza da Ciência, enquanto atividade social, o que permite distingui-la de outras culturas a partir de seus respectivos modus operandi. Assim sendo, o (a) alfabetizado (a) cientificamente será aquele (a) capaz de utilizar os saberes da Ciência para ler o mundo, se engajar na luta pela humanização e agir frente às situações-limite atreladas a problemas sociocientíficos.
Para que esse ensino se materialize em sala de aula é preciso que a formação de professoras e professores de Ciências seja orientada também pelos pressupostos da AC humanista. Ou seja, temos que considerar não apenas as dimensões conceituais sobre AC, humanização, entre outros, mas também as concepções sobre educação das educadoras e educadores. A concepção de educação como algo neutro e apolítico talvez seja a mais perigosa, pois enquanto inerentemente política, a educação exige que nós, educadoras e educadores, nos assumamos como políticos, e não como meros ensinantes. Precisamos saber a favor de quem (e contra quem) nossas práticas estão; temos que assumir o ensino como via para promoção do respeito aos direitos e liberdades atrelados a educação humanizadora, entendo estes como direitos humanos naturais e universais, os quais independem de códigos legais para serem protegidos. Objetivos, conteúdos e métodos precisam ser coerentes com a concepção de educação assumida (FREIRE, 2019). Por conseguinte, a formação inicial e continuada de educadores se apresenta como pedra angular a ser pesquisada, analisada e reinventada. Ela precisa se constituir como momento de exercício da liberdade dos (futuros) educadores, sendo este um desafio para formadores e gestores educacionais.
Autor: Leidiane Ribeiro Pinto Lopes
E-mail: leidyhappy@hotmail.com
Instituição: Universidade Federal do Tocantins – Palmas- TO (UFT)
Título: PRÁTICAS DE ENSINO: ENTRE A ABRANGÊNCIA ILIMITADA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA E À LIMITAÇÃO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
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O presente resumo é uma proposta de estudo e rediscussão sobre as práticas de ensino no âmbito da Educação Inclusiva – EI, e Educação Especial – EE. Práticas de ensino reportam-se à organização da estrutura das disciplinas e os necessários estudos de proposições inseridas nos programas e nas ementas das disciplinas contempladas no currículo escolar. A educação inclusiva é uma proposta pedagógica mas que também tem seus meandros regularizados em leis. Questiona-se o porquê da Educação Inclusiva não raras às vezes sê confundida com Educação Especial, que características as diferem? O método empregado é o de pesquisa bibliográfica e levantamento de documentos normativos. Tendo como objetivo analisar as práticas de ensino como processo de inclusão de discentes com necessidades educacionais especiais a partir dos paradigmas da Educação Especial enquanto política pública normatizadora de ensino e da Educação Inclusiva enquanto prática pedagógica dos contextos escolares. O produto final é um texto dissertativo expondo todo o resultado da pesquisa empreendida.
Autor: Leila Damiana Almeida dos Santos Souza
Coautor(es): Milena dos Santos Souza Morais (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Feira de Santana) milsanza@yahoo.com.br; Ariston de Lima Cardoso (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cruz das Alma
E-mail: leila.damiana@ufrb.edu.br
Instituição: Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Título: Identidade racial na Educação de Jovens e Adultos: um estudo na base de dados Scielo
Autor: Lenina Lopes Soares Silva
Coautor(es): Marta Mariane Ferreira Gomes de Souza; Kadydja Karla Nascimento Chagas
Título: A presença de Paulo Freire na produção acadêmica publicada na Revista Brasileira de Educação Profissional e Tecnológica (2008-2020)
Autor: LEONARA FLORES MERGARENO
Coautor(es): Prof.ª Dr.ª Stella Sanches de Oliveira Silva
E-mail: lmergareno@gmail.com
Instituição: UFMS
Título: “MARIA DA PENHA VAI À ESCOLA”: EDUCAR PARA DESNATURALIZAR E COMBATER
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Objetivo de pesquisa é analisar o desenvolvimento do programa “Maria da Penha vai à escola: educar para prevenir e coibir a violência contra a mulher”, entre 2018 e 2019, como política da SEMU, pela realização de suas atividades em escolas públicas e privadas de Campo Grande - MS. Pergunta-se: de que maneira o programa Maria da Penha vai à escola pode contribuir para desnaturalizar a violência contra mulher nas escolas? Para responder à questão sustenta-se a hipótese de que situar este programa no campo da Pedagogia social pautada na educação não formal pode ser um mecanismo de conscientizar e desnaturalizar a violência contra mulher nas escolas. Esta pesquisa está assentada em uma abordagem de cunho qualitativo de natureza documental e foi operacionalizada por procedimentos metodológicos em duas etapas: o levantamento bibliográfico com revisão de literatura sobre o tema e a reunião e seleção de documentação produzida pelo programa analisado. Concluiu-se que o programa enquanto política pública de enfrentamento à violência contra mulher é imprescindível na promoção de uma cultura não machista. Enquanto a Pedagogia social constituiu-se campo científico e social propositor de mediações e colaborações na consolidação do protagonismo social e político da mulher, bem como a escola que deve ser considerada um lugar para além de sua função de ensinar conteúdos, mas como espaço complexo e diverso, perpassado por questões políticas, culturais, sociais
Autor: Leonardo Cesar Carvalho de Medeiros
Coautor(es): Bianca Ferraiolo Cafeo
E-mail: leocar_medeiros@hotmail.com
Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Título: UMA NOVA FORMAÇÃO CURRICULAR: A NECESSIDADE DE UM COMPONENTE CURRICULAR SOBRE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA PARA LICENCIANDOS E A PERSPECTIVA DE UMA FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES
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O advento das novas tecnologias da informação e comunicação (TIC’s) impulsionaram a modificação do fazer docente frente ao ensino e aprendizagem. Essa nova forma de atuação do professor ganhou espaço com a EaD, que incorporou tais tecnologias principalmente nos denominados AVA’s – Ambientes Virtuais de Aprendizagem. A busca pelo ensino superior aumentou nos últimos anos, na medida em que ampliaram as possibilidades de ingresso ao ambiente acadêmico. A distância e a incompatibilidade de horário, não mais são encarados como os principais problemas para a realização de uma graduação. Em 2019, segundo informado pelo Inep/MEC, pela primeira vez na história do Brasil, o número de ingressantes na graduação a distância ultrapassou o modelo presencial, demonstrando que os futuros alunos dos cursos de bacharelado, tecnólogo e licenciatura optaram pela forma não presencial de educação. Tal fato demonstra a imperiosa necessidade de formação continuada de professores para atuação em EaD, bem como da implementação de um componente curricular especifico sobre esse modelo na matriz curricular dos cursos ofertados no ensino superior. Portanto, a presente pesquisa objetiva trazer esta nova perspectiva de formação inicial e continuada em educação a distância para o campo do ensino superior.
Autor: LEONOR GULARTE SOLER
Coautor(es): Ana Paula Grellert (Universidade Federal de Pelotas) ana.grellert@gmail.com, Leonor Gularte Soler (Universidade Federal de Pelotas), Ederson Pinto da Silva (Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
E-mail: leonorgulartesoler@gmail.com
Instituição: Universidade Federal de Pelotas
Título: Perspectivas para a construção do inédito viável desde o multiculturalismo crítico
Autor: Letícia Teruel de Oliveira Pauferro
E-mail: leticiateruel@usp.br
Instituição: EE Dr. Fausto Cardoso Figueira de Mello
Título: EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS NO COTIDIANO DA EMEF MAURO FACCIO GONÇALVES - ZACARIA - À LUZ DO PENSAMENTO DE PAULO FREIRE
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O texto a seguir tem por objetivo apresentar pesquisa de mestrado, em fase de conclusão, que analisa o cotidiano da EMEF Mauro Faccio Gonçalves “Zacaria”. Localizada na periferia da cidade de São Paulo, esta escola desenvolve, ao longo de mais de duas décadas, projetos que refletem uma Educação em Direitos Humanos (EDH). Tais ações englobam a preocupação com a valorização e formação de educadores, concursos de poesia, semanas de oficinas educativas, colóquios de alunos e ex-alunos e atividades a partir de temas escolhidos pelos próprios alunos para a comemoração dos aniversariantes da escola que acontece a cada trimestre. A escola articula organicamente projeto político-pedagógico, gestão democrática e teoria educacional inspirada em Paulo Freire. Essa inspiração entende o educar como um ato político que não ignora a realidade existente para além dos currículos oficiais e dos muros escolares, reafirmando o poder transformador da educação como exigência para a emancipação humana e da escola enquanto espaço privilegiado de uma formação em direitos humanos. Na Escola Zacaria, a compreensão e a prática desses direitos envolvem educadores, estudantes e familiares que a vivem como um local de alegria, cuidados, afeto e reconhecimento de todos como pessoas de direitos, para além das hierarquias, papeis e funções sociais. Sem ignorar a existência de múltiplos problemas e conflitos enfrentados por quaisquer unidades escolares, o trabalho ressalta o modo singular pelo qual a Escola Zacaria discute, enfrenta e, muitas vezes, supera questões cotidianas. Esse trabalho de pesquisa acompanha e busca compreender esse processo.
Autor: Lettícia Souza Corrêa
E-mail: letticia.correa0@gmail.com
Instituição: Faculdade Anhanguera Uniderp de Dourados
Título: FUNDAMENTANDO UMA EDUCAÇÃO PARA TODOS EM PAULO FREIRE.
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Em uma geração cada vez mais egoísta, vemos a necessidade de recordar dos
pensamentos integradores e inclusivos de Paulo Freire, que mesmo não sendo muito bem
visto em seu próprio país, é aclamado e estudado em todo mundo. A busca pela metologia
de formação de professores com uma visão mais humanizadora e inclusiva, que coloque nas
mais de todos o lápis da constução de suas autonomias.
Autor: LIDIANE BARROS LOBO
Coautor(es): Jaqueline Pereira Ventura
E-mail: lidlobo@gmail.com
Instituição: PREFEITURA DE NOVA IGUAÇU - RJ
Título: PAULO FREIRE E A FUNDAÇÃO NACIONAL DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (FUNDAÇÃO EDUCAR) NO RIO DE JANEIRO: PRIMEIRAS APROXIMAÇÕES DAS POLÍTICAS PARA A EJA NO MUNICÍPIO DE NOVA IGUAÇU DURANTE A DÉCADA DE 1980.
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O objetivo desta proposição consiste em analisar uma política educacional voltada para jovens e adultos implementada no município de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, durante o período da Ditadura Civil Militar brasileira. Mais especificamente, os convênios realizados a partir da parceria que se estabeleceu entre a Fundação Educar e os movimentos sociais, articulados em torno da Federação de Bairros. Estes convênios pautaram-se pelo referencial de Paulo Freire, e mobilizaram diferentes atores sociais, em um cenário de abertura política e ascenso da organização popular no território da Baixada Fluminense.
Autor: Liliam Cristina e Souza
Coautor(es): Pedro Gabriel Michelli Linhares
E-mail: liliampsicologias@gmail.com
Instituição: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Título: MOVIMENTOS SOCIAIS E EDUCAÇÃO POPULAR: DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS NO TERRITÓRIO BRASILEIRO
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Este estudo volta-se a partir de uma análise crítica dos atuais desafios dos movimentos sociais articulados à educação popular no Brasil. Através do método de revisão integrativa da literatura, identificamos as seguintes categorias interpretativas que caracterizam as principais problemáticas dos movimentos sociais e educação popular no país: desafio da participação cidadã na organização das lutas sociais; o desafio da aproximação universitária com as lutas populares; os desafios e possibilidades do método de educação popular na escola pública e o desafio epistemológico da educação popular no contexto de coloniadade. À luz da perspectiva freireana, as discussões dos resultados apontam no território brasileiro as lacunas no campo de pesquisa dos movimentos socias relacionados à educação popular no contemporâneo, manifestadas nas temáticas da identidade social e unidade das lutas identitárias e a pauta anticapitalista. Desarte, destacamos a urgente necessidade de ampliar, aprofundar e unificar as lutas por transformação e libertação das maiorias populares diante da conjuntura de crise estrutural do capital.
Autor: Liliane Garcez
Coautor(es): Ms Patricia Aparecida David
(Coletivxs - São Paulo)
E-mail: lilianegarcez@gmail.com
Instituição: COLETIVXS
Título: Desnaturalizar desigualdades: nove propostas para dialogar sobre concepções e práticas educacionais para não deixar ninguém para trás
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Este artigo carrega intenções de organizar possibilidades reais e práticas que inspirem educadoras e educadores a manterem viva a vontade de aprender e ensinar diante do atual cenário educacional do Brasil, na qual estão postas as necessidades de distanciamento físico, escolas fechadas e utilização de processos de ensino realizados remotamente para preservar vidas. Frente à permanência da crise sanitária desencadeada pela pandemia do Covid-19, constatamos o crescente agravamento das desigualdades sociais, bem como o aprofundamento dos processos de exclusão social e, consequentemente, educacional. Nesse período, estamos convivendo com famílias inteiras em situação de insegurança alimentar devido principalmente ao aumento do desemprego. Na educação, mesmo no ensino fundamental, etapa praticamente universalizada no país desde 2019, observamos, no ano de 2021, um cenário absolutamente diferente. Segundo dados do UNICEF, hoje já são mais de 5 milhões de meninas e meninos que estão sem acesso a esse direito, sendo que 40% têm entre 6 e 10 anos de idade. Tais números revelam impactos que se mostram ainda mais cruéis entre aquelas e aqueles que viviam em situação de vulnerabilização social anteriores a chegada do Covid-19. São crianças, adolescentes, jovens e adultos que já enfrentavam a cultura de fracasso escolar, cujas concepções e práticas contrárias ao direito à educação se materializam nas cotidianas formas de exclusão em termos de acesso, permanência e aprendizagem. Inspiradas pelo diálogo com Paulo Freire, por estarmos ““molhadas” pelo tempo que vivemos, tocadas por seus desafios, instigadas por seus problemas, inseguras ante a insensatez que anuncia desastres”, nos dedicamos à escrita desse texto que, a partir de discussões as quais avaliamos fundamentais, procura sistematizar proposições que apostam num processo educativo emancipatório e cidadão para enfrentamento das desigualdades que nos diminuem enquanto humanidade. Os pressupostos que “fortalecem, em nós, a necessária, mas às vezes combalida esperança”, têm como utopia, na concepção freireana, a oportunidade de vivência concreta de uma educação inclusiva, equitativa e de qualidade, alicerçada em um projeto de sociedade que se sustenta por meio de redes de formação e de articulação social na busca da criação de estratégias potentes para não deixar ninguém para trás! É justamente esse princípio ético-político de uma educação que se efetiva como direito social que nos convoca a colocar nosso desejo e nosso saber em prol de buscar respostas potentes “em face das injustiças profundas que expressam, em níveis que causam assombro, a capacidade humana de transgressão da ética”. Nesse sentido, as nove propostas apresentadas neste trabalho contemplam de maneira articulada a gestão da rede de ensino, a gestão escolar e a prática pedagógica numa perspectiva dialógica e colaborativa, dado que partem do reconhecimento da integralidade e da intencionalidade da ação educativa que objetiva concretizar a função social da escola: fazer com que todo o conhecimento disponível esteja à disposição de todas e todos, sem exceção!
Autor: Lucas Salgueiro Lopes
Título: O amanhã como possibilidade: a educação de jovens e adultos e a responsabilidade social
Autor: Luciana Silvestre Girelli
Coautor(es): Bruno dos Santos Prado Moura
Michelle Teixeira da Silva Hanke
E-mail: lucianasgirelli@gmail.com
Instituição: Instituto Federal do Espírito Santo
Título: GRUPO DE PRODUÇÃO LITERÁRIA “PÍLULAS DE REALIDADE”: RELATOS AUTOBIOGRÁFICOS DOS ESTUDANTES DO PROEJA/IFES DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19
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O resumo expandido pretende apresentar a experiência de uma prática pedagógica desenvolvida com estudantes do Curso Técnico em Guia de Turismo, vinculados ao Programa Nacional de Integração da Educação Profissional ao Ensino Médio na Modalidade Educação de Jovens e Adultos (Proeja) do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) – campus Vitória, durante a pandemia da Covid-19, no ano de 2020.
Autor: Luciane Carreiro Jorge Santos
Coautor(es): Áurea de Carvalho Costa
E-mail: lucarreiro15@gmail.com
Instituição: Universidade Estadual Paulista
Título: Os debates de gênero e de opressão feminina na produção acadêmica: o caso do GT 23 da ANPEd.
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OS DEBATES DE GÊNERO E DE OPRESSÃO FEMININA NA PRODUÇÃO ACADÊMICA: O CASO DO GT 23 DA ANPED
Prof.ª Luciane Carreiro Jorge Santos – UNESP Rio Claro – SEDUC-SP
Prof.ª Dra. Áurea de Carvalho Costa – UNESP Rio Claro

RESUMO

Este artigo traz recorte da pesquisa cujo objeto foi o Grupo de Trabalho (GT) 23 “Gênero, Sexualidade e Educação” da ANPEd, no período de 2004 a 2019. O corpus de análise consistiu nos 204 textos divulgados nos anais online das treze reuniões nacionais da associação. O objetivo foi identificar as temáticas abordadas a fim de responder à indagação sobre como a questão da opressão feminina na escola tem sido pesquisada e discutida nas produções acadêmicas difundidas, apreendendo de que maneira a violência contra a mulher foi tematizada. Tratou-se de investigação introdutória, exploratória e de abordagem quanti-qualitativa. Por meio de análise de conteúdo, constatou-se que no GT 23 da ANPEd os estudos sobre a opressão feminina são menos frequentes que os que se referem às relações intersubjetivas de gênero. Estes debates se deram sob o referencial do pós-estruturalismo, especificamente por meio da obra de Michel Foucault. Apesar de seu potencial para analisar as multideterminações dos fenômenos da opressão e da violência contra as mulheres, o conceito de machismo foi pouco utilizado.

Palavras-chave: Opressão. Gênero. ANPEd.

Este artigo explicita os resultados da pesquisa exploratória de abordagem quanti-qualitativa cujo corpus de análise foram os 204 trabalhos publicados nos anais online do Grupo de Trabalho (GT) 23 “Gênero, Sexualidade e Educação” da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd) no período de 2004 a 2019. A questão orientadora fundamentou-se na identificação das temáticas difundidas neste GT e ateve-se à busca de publicações com a discussão da opressão feminina na escola. Constatamos que trabalhos de pesquisa que combinam opressão e exploração das mulheres não têm sido desenvolvidos e divulgados no GT 23 na mesma proporção dos que fazem referência às relações de gênero com ênfase nos processos intersubjetivos, sob o referencial pós-estuturalista, notadamente embasados nas obras de Michel Foucault (FERRARI; OLIVEIRA, 2020).
Compreendemos que na sociedade capitalista brasileira, o debate em âmbito educacional da opressão feminina na escola e da prevenção de uma de suas manifestações, a violência contra as mulheres – a qual se vincula à perpetrada contra crianças e adolescentes – na atual conjuntura de aniquilamento dos direitos sociais arduamente conquistados é imprescindível, porém ainda pouco frequentemente veiculado no conjunto das produções científicas avaliadas. Assim, a academia, nas disputas de construção e implementação da agenda de políticas públicas, no momento capitaneada pelos poderosos reformadores educacionais (FREITAS, 2012), mesmo que menos guarnecida que outros agentes sociais, como o governo, os técnicos da administração pública, os organismos internacionais e os movimentos sociais (ROSEMBERG, 2001), pode contribuir de forma mais propositiva para o problema complexo que é a opressão-exploração feminina na escola.
Em seu último escrito – a carta pedagógica “Do assassinato de Galdino Jesus dos Santos – índio pataxó” – Freire (2000) se indignou perante o que chamou de “todo poderosismo” das liberdades daqueles que assassinaram o indígena adormecido em um ponto de ônibus na capital federal em 1997 e que é componente do processo secular de desumanização, realidade histórica. Desde a “Pedagogia do Oprimido” Freire (2018) constatou e denunciou a situação concreta da opressão, bem como propôs lutas de libertação em bases pedagógicas, construídas coletivamente, para além do simples reconhecimento da contradição entre oprimidas e oprimidos – os povos originários, as mulheres, a classe trabalhadora, negras e negros, os que querem amar e não podem (FREIRE, 1997) – e nossos opressores-exploradores.
Nesse sentido, Freire (2018), no início dos anos 1960, colocou no centro de sua práxis as lutas de classes. Considerado subversivo pelos golpistas da coalização empresarial-militar que instaurou a ditadura, foi preso e exilado. Sua subversão, que expressava – e expressa – o movimento para construir a ação-reflexão contra a ordem opressora, ainda hoje motiva reações por parte dos privilegiados, que não desejam admitir o acirramento dos antagonismos das classes sociais em disputa política no Brasil. A burguesia ainda aposta na ignorância que enseja e na submissão do povo trabalhador, por meio do processo de naturalização e agitação da ruptura da democracia formal. Na obra “Pedagogia da Autonomia”, Freire (1996, p. 11) já alertava para a ideologia

[...] fatalista, imobilizante, que anima o discurso neoliberal [e] anda solta no mundo. Com ares de pós-modernidade, insiste em convencer-nos de que nada podemos contra a realidade social que, de histórica e cultural, passa a ser ou a virar “quase natural”. Frases como “a realidade é assim mesmo, que podemos fazer?” ou “o desemprego no mundo é uma fatalidade [...]” expressam bem o fatalismo dessa ideologia e sua indiscutível vontade imobilizadora. Do ponto de vista de tal ideologia, só há uma saída para a prática educativa: adaptar o educando a esta realidade que não pode ser mudada.

Partindo da hipótese de que a educação para o respeito à diversidade de gênero e, especialmente, para o combate ao machismo e outras violências contra as mulheres desde a escola formal básica é uma estratégia importante de enfrentamento das ideologias misóginas e machistas, iniciamos nosso percurso refletindo como a discussão sobre esse tema tem se dado nas produções de pesquisadoras e pesquisadores da educação. Circunscrevemos nossa investigação aos trabalhos de pesquisa apresentados à ANPEd, que se constitui numa das maiores organizações da sociedade civil brasileira, dedicada à veiculação, fomento e diálogo sobre a educação em nosso país. Enfocamos o GT 23, “Gênero, Sexualidade e Educação”, relativamente recente e dedicado integralmente aos estudos de gênero no universo educacional.
Sob o referencial teórico-metodológico do materialismo histórico e dialético, estabelecemos como premissa que vivemos numa sociedade de classes. Por conseguinte, isto influi na forma como a opressão feminina se dá de forma diferenciada entre mulheres das diferentes classes sociais fundamentais e se combina com a exploração, para incremento da lucratividade.
Empreendemos um estudo sobre o volume da produção referente à temática gênero, sexualidade e educação do GT 23 da ANPEd de maneira a apresentá-la e discuti-la e, neste texto, cotejá-la com o conceito de práxis tal como o apresenta Paulo Freire, fundamentado em conceitos importantes da obra marxiana, como classes sociais. Além disso, destacamos trabalhos de pesquisa que possam contribuir para a formação de professoras e professores acerca da temática.
O material acessado no site da ANPEd foi sistematizado em 13 quadros preliminares contendo ano e número da reunião, título do texto e autoria vinculada à instituição de proveniência de cada trabalho de pesquisa divulgado no GT 23. As leituras sistemáticas do material selecionado, mediante análise de conteúdo (BARDIN, 1977), nos permitiram estruturar o que foi expresso nos trabalhos de investigação que integraram a análise.
Os 204 textos examinados foram agrupados em três conjuntos com combinações de indexadores diferentes: “gênero, sexualidade e escola” reuniu os trabalhos científicos cujo foco foram os aspectos intraescolares da educação; “gênero, sexualidade e educação” uniu as produções acadêmicas que se detiveram nos problemas educacionais mais amplos e “gênero e sexualidade” agregou todos os trabalhos publicados nos anais do GT 23 da ANPEd que não se atentaram diretamente à educação e à escolarização.
A tabela 1 informa as categorias temáticas indexadas sob o agrupamento “gênero, sexualidade e escola”. Os 108 textos a ele agregados perfizeram 52,94% do total de trabalhos divulgados pelo GT 23 nas treze reuniões nacionais realizadas de 2004 a 2019.
Há 15 conjuntos temáticos que expressam, entre outros, objetos de pesquisa que perscrutam imbricações entre gênero e sexualidade na infância e adolescência, na Educação Infantil e na Educação Física escolar, nas representações dos papeis sociais em livros didáticos, nas relações de gênero em práticas escolares e, mais recentemente, nos impactos à discussão de gênero e sexualidade expressos pelo Programa Escola Sem Partido.
Tabela 1 – Número de trabalhos publicados sob o indexador “gênero, sexualidade e escola”


Categorias temáticas

Quantidade de trabalhos

Total
108
Homossexualidade, bissexualidade, transexualidade e travestilidade na escola 27
Educação, infância e adolescência – gênero e sexualidade na escola 12
Gênero, sexualidade e currículo 8
Gênero, sexualidade, educação e literatura 8
Gênero, sexualidade e Educação Infantil 8
Gênero, educação e Educação Física Escolar
Juventude, sexualidade e gênero no contexto escolar 6
6
Gênero, sexualidade e rendimento/desempenho escolar 5
Gênero, violência e escola 5
Ideologia de gênero e Programa Escola Sem Partido 5
Relações de gênero e práticas escolares 5
Gênero e livro didático 4
Sexualidade, corpo e ensino de Ciências/Biologia 4
Gênero, sexualidade e gravidez na adolescência: contexto escolar 3
Escola, gênero, sexualidade e HIV/AIDS
2

Fonte: Elaborada pelas autoras, 2021.

Destacamos a categoria temática “homossexualidade, bissexualidade, transexualidade e travestilidade na escola”, composta por ampla variedade de subtemas discutidos nos trabalhos publicados, dentre eles os processos de exclusão das pessoas transexuais e travestis do espaço escolar, a construção de valores, saberes, sentidos e significados por jovens homossexuais nas suas trajetórias escolares e, apoiados na teoria queer, a (in)visibilidade da sexualidade de professoras e professores na educação básica.
No extrato inferior da Tabela 1, assinalamos que os cinco trabalhos de pesquisa reunidos na categoria temática “gênero, violência e escola” corresponderam a 2,45% do total publicado no GT 23; três textos foram divulgados na 39ª reunião nacional da ANPEd, no ano de 2019, portanto, mais recentes. Destes, dois focaram a violência contra professoras, professores e estudantes LGBTQIA+ e um tratou da violência sexual contra crianças e adolescentes em município de estado da região Norte do país. A respeito da violência contra as mulheres, o trabalho de Neves (2012) referiu-se a um episódio de conflito entre duas alunas de uma escola frequentada por público de classe média alta numa metrópole do Sudeste.
O aspecto destacado com relação a este agrupamento temático foi a importância da área especializada gênero, sexualidade e educação como fórum de discussão capaz de propagar a produção acadêmica que provê o campo político-educacional de dados empíricos sobre o mundo real. Na conjuntura atual, de multiplicação de discursos de preconceitos referentes ao direito à orientação sexual, de frequentes declarações governamentais machistas, racistas e elitistas, assim como de militarização do Estado e das escolas públicas, sob ataques dos fundamentalistas religiosos e dos reformadores empresariais, as investigações científicas que contenham proposições orientativas e/ou propositivas da atuação da professora e do professor da escola de educação básica a respeito desta ampla temática são indispensáveis.
Lirio (2019) enfatizou a importância dos profissionais da educação na identificação e enfrentamento, no contexto da rede de proteção à criança e ao adolescente, da violência sexual em particular e reconheceu a escola como um dos principais equipamentos promotores da política de prevenção. Freire (2018), no entanto, manifestou justo pessimismo com relação à educação escolar capitalista, pelo seu limite não superar a reprodução do que chamou de “educação bancária”, numa crítica ao conteudismo:

Os lares e as escolas, primárias, médias e universitárias, que não existem no ar, mas no tempo e no espaço, não podem escapar às influências das condições objetivas estruturais. Funcionam, em grande medida, nas estruturas dominadoras, como agências formadoras de futuros “invasores”. As relações pais-filhos, nos lares, refletem, de modo geral, as condições objetivo-culturais da totalidade de que participam. E, se estas são condições autoritárias, rígidas, dominadoras [...] (FREIRE, 2005, p. 174).

Entretanto, é possível identificar nos movimentos sociais brasileiros, comprometidos com os interesses da classe trabalhadora, bem como nas produções acadêmicas, a luta contra o currículo escolar aligeirado, esvaziado de conteúdos e, ao mesmo tempo, a reivindicação de que a escola socialize conhecimentos e contemple a efetiva inclusão das minorias oprimidas.
Entendemos que os conteúdos, apropriados como ferramentas de ensino para o desenvolvimento moral, corporal, intelectual, do psiquismo das crianças e adolescentes, ampliação de horizontes e requisito para leituras mais complexas do mundo podem, de fato, contribuir, per si, para a superação dos preconceitos e violências que deles derivam e que por eles têm sido legitimadas.
Os dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, produzidos em momento pré-pandemia, apontaram que 8,9% das mulheres com mais de 18 anos já sofreram violência sexual ao menos uma vez na vida (IBGE, 2019), notadamente na transição entre a infância e a adolescência (dos 10 aos 14 anos); crianças e adolescentes negras e negros (pretas e pretos, pardas e pardos) e indígenas têm sido mais afetadas e afetados que brancas e brancos por agressores que agem nos locais de moradia das vítimas (LÓPEZ et al., 2021).
A Tabela 2 expõe os trabalhos de pesquisa que apresentaram questões educacionais não circunscritas à escola, portanto, não se referem aos aspectos didáticos nem ao ensino de forma estrita. Do total de 204 trabalhos de pesquisa contidos nos anais do GT 23, os indexados sob o agrupamento temático “gênero, sexualidade e educação” corresponderam a 22,5%.
São investigações científicas que, dentre outros subtemas, abordaram a organização de grupos gays, as memórias escritas e bordadas de mulheres como demanda educativa, a educação sexual no Brasil no período de 1928 a 1945 e as experiências pedagógicas de catadoras e catadores de materiais recicláveis participantes de projeto de extensão da universidade pública.

Tabela 2 – Número de trabalhos publicados – indexador “gênero, sexualidade e educação”


Categorias temáticas
Quantidade de trabalhos


Total
46
Gênero, sexualidade, trabalho e formação docente 30
Gênero, sexualidade e educação não formal 7
Sexualidade, gênero e comunidade educativa 3
Gênero, educação e escritas bordadas 2
Núcleos, grupos de estudos das mulheres e movimento feminista na educação superior brasileira 2
História da educação das mulheres 1
Revisão bibliográfica: masculinidade e educação
1
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2021.

Destacamos os trabalhos reunidos sob a categoria temática “gênero, sexualidade, trabalho e formação docente”, que representaram 65,22% do total de textos deste agrupamento. São pesquisas que discutiram a feminização do magistério, a história de vida de professores que exerceram cargos de diretor e supervisor, o processo de formação de pedagogas no curso normal e na universidade, a apropriação por docentes de ferramentas tecnológicas de acordo com o gênero e a formação continuada com enfoque na diversidade sexual, dentre outros subtemas.
Nessa categoria temática foram incluídos trabalhos que se aproximaram da discussão da opressão feminina. Destacamos três textos: o primeiro, que se ateve às jornadas e ritmos docentes, sob a perspectiva das relações de gênero; o segundo, que enfocou as relações sociais de sexo à luz da teoria das representações sociais; e o último, sobre a atuação das mulheres no sindicalismo docente.
Alvarenga (2009) discutiu o trabalho docente por meio da dimensão de gênero na análise do uso do tempo no capitalismo (DEDECCA, 2004), utilizando-se da situação de burnout para concluir que tanto docentes homens quanto mulheres, participantes das entrevistas, possuíam ritmos intensos e jornadas extensas de trabalho econômico e de reprodução social. Villas Bôas, Sousa e Lombardi (2012) constataram, em pesquisa com universitárias e universitários dos primeiros anos dos cursos de Pedagogia e de outras licenciaturas, de instituições públicas e privadas, que era prevalente a representação da docência atrelada ao modelo de feminino e de feminilidade convencional da sociedade brasileira. Coronel (2015) investigou o uso do conceito de gênero na produção acadêmica da área das Ciências Humanas (dissertações e teses), apontando para a necessidade de relevar aspectos da sindicalização e militância das mulheres nos órgãos de classe do professorado.
Em tempos de agravamento do capitalismo dependente brasileiro, as tendências de mercantilização, mercadorização e subsunção da educação ao empresariado (MOTTA; ANDRADE, 2020) já eram denunciadas por Freire (1997, p. 18, grifos do autor), que as ressaltava sob a forma fetichizada da “professora-tia”, politicamente neutra, signatária de relações de afeto, empatia, uma “quase parente”, cuja função principal seria cuidar, ao invés de exercer o trabalho profissional de ensinar, aspecto muito específico do cuidado, para o qual se exige formação profissional inicial e continuada:

A tentativa de reduzir a professora à condição de tia é uma “inocente” armadilha ideológica em que, tentando-se dar a ilusão de adocicar a vida da professora o que se tenta é amaciar a sua capacidade de luta ou entretê-la no exercício das tarefas fundamentais. Entre elas, por exemplo, a de desafiar os seus alunos, desde a mais tenra e adequada idade, através de jogos, de estórias, de leituras para compreender a necessidade de coerência entre discurso e prática; [a tia pode fazer] um discurso sobre a defesa dos fracos, dos pobres, dos descamisados e [exercer] a prática em favor dos cambados e contra os descamisados, um discurso que nega a existência das classes sociais, seus conflitos, e a prática política em favor exatamente dos poderosos.

No agrupamento temático “gênero, sexualidade e educação” também foram incluídos os dois trabalhos científicos sobre os núcleos, grupos de estudos de mulheres e movimento feminista na educação brasileira, que corresponderam a 0,98% do total de textos publicados nos anais dos eventos nacionais da ANPEd analisados. Dessa maneira, a presença do debate político do feminismo (MORAES, 1998) no GT “Gênero, Sexualidade e Educação”, entendemos, é discretíssima. Urge, portanto, a ampliação dos critérios de captação e seleção dos trabalhos científicos no GT 23 a fim de contemplar a discussão da opressão feminina combinada à exploração no modo de produção capitalista. Ademais, é primordial evidenciar a problemática da violência machista contra as mulheres, sob o referencial das lutas de classes e da condição limitada do Estado democrático de direito burguês na garantia da distribuição de direitos com igualdade aos homens e às mulheres.
Ainda que os trabalhos de pesquisa difundidos no GT 23 majoritariamente tenham sido elaborados por mulheres – 72,55% das investigações divulgadas – reiteramos que raramente foram apresentados textos centrados no desvendar das contradições do capitalismo. O que depreendemos dessa constatação é que o poder do capital também coopta nossos interesses científicos e comanda o que podemos academicamente pensar. São as pautas dos opressores introjetadas como sombras em nós, imagem que Freire (2018) emblematicamente utilizou para comunicar a necessidade de ultrapassar a “percepção sensível e experiencial” da opressão, ao acrescentar à opressão real a consciência da opressão (ENGELS; MARX, 2003), o que nos exige transformar a situação concreta gerada pela ordem opressora.
Destacamos, nesse sentido, que os objetos das pesquisas socializadas no GT 23 da ANPEd, influenciados pelo referencial foucaultiano, se ativeram mais à questão da diversidade sexual na escola que à opressão-exploração feminina no âmbito escolar. A centralidade desse referencial está nas relações de poder como práticas sociais historicamente construídas, discussão que secundariza as múltiplas determinações – econômica, política, social, histórica, antropológica, cultural, epistêmica, ideológica etc. – envolvidas nas relações de poder das sociedades de classes, determinações estas que atuam concomitantemente. Assim, tal produção acadêmica enfocou discursos sobre formas de opressão (homofobia, bifobia e transfobia), porém sem estabelecer “unidade de substância” à relação exploração e opressão e às relações entre as classes sociais peculiares ao modo de produção capitalista (KERGOAT, 2010).
Com relação ao total de trabalhos agrupados sob o indexador “gênero e sexualidade”, contabilizamos que este equivaleu a 24,51% dos 204 textos publicados nos anais do GT 23 da ANPEd. Consideramos que esses trabalhos de pesquisa se revelaram subsidiários à reflexão das educadoras, dos educadores, das pesquisadoras e dos pesquisadores da temática gênero, sexualidade e educação, pois contribuíram ao abordar temas socialmente relevantes, porém ainda pouco salientados, como “gênero e envelhecimento, “pessoas com deficiência, corpo e sexualidade”, “gênero, sexualidade e HIV/AIDS”, “gênero, sexualidade e prostituição”, dentre outros.
O conjunto de trabalhos de pesquisa elencados nesse agrupamento temático também indicou que os quadros responsáveis pela avaliação dos trabalhos submetidos ao GT “Gênero, Sexualidade e Educação” têm sido transigentes ao aprovar investigações científicas que não têm na educação em sentido estrito seu recorte.
Assim, a terceira tabela elaborada apresentou a seguinte configuração:
Tabela 3 – Número de trabalhos publicados sob o indexador “gênero e sexualidade”

Categorias temáticas
Quantidade de trabalhos


Total
Feminilidade, sexualidade e mídia
50
14
Juventude e gênero 12
Homossexualidade, bissexualidade, transexualidade e travestilidade no contexto não escolar 4
Produção científica sobre gênero e sexualidade nos anais da ANPEd/ENPEC
4
Gênero e envelhecimento
Gênero, sexualidade e gravidez na adolescência 3
2
Pessoas com deficiência, corpo e sexualidade 2
Gênero, educação e movimentos de independência na América Latina 1
Gênero e mineração 1
Gênero, raça e fotografia 1
Gênero, sexualidade e currículo no contexto futebolístico 1
Gênero, sexualidade e dança 1
Gênero, sexualidade e HIV/AIDS 1
Gênero, sexualidade e prostituição 1
Cultura de gênero, feminismo pós-colonial e pedagogia decolonial 1
Relações de gênero e Política Nacional para as Mulheres
1
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2021.

No agrupamento temático expresso na Tabela 3 foram adicionados os quatro trabalhos que tratam da produção científica sobre gênero e sexualidade que analisam os anais das reuniões da ANPEd e do ENPEC (Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências), evento bienal promovido pela ABRAPEC (Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências). Dentre estes, o texto de Ferreira (2015, p. 14, grifo da autora) registrou a hipótese apoiada no entendimento de que “[...] o GT 23 parece ser hegemonizado pela perspectiva pós-estruturalista, especialmente em um aspecto que [...] expressa avanços na análise de gênero: a concorrência de perspectivas diferenciadas sobre gênero e diversidades sexuais”.
Ferreira (2015) compreendeu que outros GT da ANPEd, entre 2007 e 2011, período em que centrou suas análises, pouco acolheram trabalhos de pesquisa sobre as diversidades sexuais e mais investigações que tratam da feminização da docência, das condições das mulheres, das relações de gênero nas escolas, do currículo e dos processos avaliativos. Desse modo, o GT 23 cresceu como um nicho dos grupos de pesquisa propulsores da produção e da luta por legitimação do campo de gênero (FERREIRA, 2015), denominado por Ferrari e Araújo (2020) espaço de criação foucaultiano no âmbito educacional, especialmente nas perspectivas dos assujeitamentos e dos processos de subjetivação.
Por outro lado, a hipótese que aventamos é que o conceito de machismo – ainda não reconhecido como categoria válida para explicitar fenômenos socialmente ocultos como a opressão feminina e a violência contra as mulheres – possui potencial para designar de forma mais precisa a ideologia que espelha a atual organização de distribuição de poder entre homens e mulheres (SAFFIOTI, 2004) e pode contribuir no desenvolvimento de trabalhos sobre gênero, sexualidade e educação por meio da análise marxista.
Este conceito reforça o entendimento que a categoria social mulheres não possui, nem nunca possuiu, um projeto de opressão-exploração da categoria social homens ao longo da história (SAFFIOTI, 2004) e, dessa maneira, não pode ser entendido como um conjunto de más ideias e/ou maus comportamento passíveis de supressão, pois o machismo se mostra socialmente incorporado, isto é, “[...] atinge materialmente o corpo de seus portadores e daqueles sobre quem recai [e] corporifica-se nos agentes sociais tanto de um polo quanto de outro da relação de dominação-subordinação” (SAFFIOTI, 2004, p. 123-124).
O poder masculino, o machismo, o poder do macho (SAFFIOTI, 1987) encontra-se em todas as relações sociais, porém se traduz em estruturas de hierarquias (SAFFIOTI, 2001) e reforça os circuitos de dominação-exploração (SAFFIOTI, 1987), também compostos pela misoginia e a LGBTfobia (WELZER-LANG, 2001). Assim, é possível utilizar a categoria machismo para a análise crítica da realidade, com vistas a contribuir para a elevação no âmbito dos debates e escolhas de pautas para as lutas concretas de emancipação do gênero humano e como chave de compreensão na discussão, por exemplo, de um dos conjuntos temáticos mais frequentes no GT 23, “homossexualidade, bissexualidade, transexualidade e travestilidade na escola” e sua ampla variedade de subtemas, que não foram espaços de discussão da lesbianidade, da violência contra a mulher relacionada à sua condição de gênero, do machismo dissimulado, do estrutural, dentre outros.
À guisa de conclusão
As opressões são fenômenos que antecedem o modo de produção capitalista, porém em cada época histórica assumem uma configuração própria, não menos violenta, embora por vezes mais dissimulada. Isso nos indica que a superação deste modo de produção poderá ou não contribuir para a superação das opressões. A opressão se alimenta da exploração, mas não é possível afirmar se ela cessará automaticamente com o fim da exploração do homem pelo homem. Paulo Freire assim se pronunciou ao pensar sobre essa (im)possibilidade:

[...] vejo o racismo e o sexismo muito ligados à produção capitalista. Não digo que devam ser reduzidos só à questão do capitalismo. Não digo que o racismo e o sexismo possam ser reduzidos à luta de classes. Mas, o que eu quero dizer é que não acredito na possibilidade de superar o racismo e o sexismo num modo de produção capitalista, numa sociedade burguesa. Não obstante, isso não significa que o racismo e o sexismo serão superados mecanicamente numa sociedade socialista. (SHOR; FREIRE, 1986, p. 199).

Para Saffioti (1987; 2004) gênero, raça e classe são relações estruturantes conformadas no novelo patriarcado-racismo-capitalismo, que condensam ou consubstanciam estas e outras contradições sociais, como as relacionadas à idade e à compleição física, potencializando-as e imprimindo suas marcas no corpo social por inteiro. Por sua vez, o conceito de gênero, privilegiado na maioria das produções acadêmicas veiculadas no GT 23, têm caracterizado sobretudo a diversidade sexual. Notamos que foram priorizados estudos que enfatizaram aspectos das relações interpessoais em espaços educativos formais ou não formais e que ressaltaram as formas como indivíduos se percebem, são percebidos, se reconhecem e são reconhecidos no interior das identidades de gênero.
Concluímos que poucos foram os pesquisadores interessado pelas temáticas circunscritas aos estudos das mulheres, sobre mulheres e de gênero no GT 23. As relações desiguais entre homens e mulheres na sociedade brasileira e o desempenho dos papéis sociais na manutenção da organização patriarcal também privam os homens do pleno desenvolvimento psicossocial (SAFFIOTI, 1987), fundamental para a educação das novas gerações. Depreendemos que, especialmente com relação ao processo educativo, todavia de maneira socialmente ampla, o engajamento dos homens na teorização e nas lutas pela emancipação feminina estão aquém das possibilidades de compreensão de que esta é imprescindível para a emancipação de toda a sociedade, rumo às relações emancipadoras do gênero humano.
Enfim, identificamos uma urgente necessidade da pesquisa, do estudo, do ensino e da transformação das contradições antagônicas e, mais do que isso, a luta real pela criação de um mundo novo, de uma nova sociedade, em que todas e todos desejem e possam amar – “[...] um novo mundo em que seja menos difícil amar.” (Freire, 2018, p. 475).





REFERÊNCIAS

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(Coleção polêmica)

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WELZER-LANG, Daniel. A construção do masculino: dominação das mulheres e homofobia. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 9, n. 2, p. 460-482, 2001. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0104-026X2001000200008. Acesso em: 10 jun. 2021.
Autor: Lucilene Mizue Hidaka
Coautor(es): Antonio Takao Kanamaru e Francisca Dantas Mendes
E-mail: lucihidaka@usp.br
Instituição: Each - USP
Título: UPCYCLING DE RESÍDUOS TÊXTEIS PÓS-CONSUMO COMO POSSIBILIDADE DE PRÁTICA PEDAGÓGICA PARA A SUSTENTABILIDADE
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Este artigo traz como leitura do mundo, o excesso de consumo de roupas que culmina com uma grande quantidade de descarte e geração de resíduos têxteis, causado principalmente pelo modelo de negócios fast fashion. O fast fashion ou moda rápida, produz e vende roupas a baixo custo, com mudanças rápidas de coleções, sendo responsável por dobrar o aumento da produção de roupas nos últimos 15 anos (MACARTHUR, 2017). Este movimento de produção, compra, uso e descarte, cada vez mais rápido, decorre não só pelos preços baixos dos produtos, mas pelo acesso às compras a crédito, compras online, transações instantâneas e publicidade invasivas que facilitam o processo de compra (CROCKER, 2016). Os produtos são descartados facilmente pelas pessoas, com pouco tempo de uso, devido a uma limitada presença de significado e apego emocional (FLETCHER e GROSE, 2011). Segundo Brooks, o sistema da moda afeta a todas e todos no mundo. Brooks aponta que as consumidoras e os consumidores do norte global capitalista possuem o privilégio de decidirem o que vestirem e quando não querem mais as roupas, descartam através de doações, das quais parte são vendidas para os países do sul global. Enquanto isso, as pessoas pobres do sul periférico, plantam o algodão, tecem, tingem e costuram, em troca de salários muito baixos, o que, por sua vez, possibilitam que as roupas sejam baratas para os consumidores finais (BROOKS, 2019). Sob a perspectiva de Freire, este sistema da moda rápida é opressor, porque "o que vale é ter mais e cada vez mais, à custa, inclusive, do ter menos ou nada ter dos oprimidos" (FREIRE, 2019b). Diante deste cenário, este artigo se propõe a analisar a prática pedagógica realizada pela autora do presente trabalho, na oficina "Era uma vez uma calça jeans", promovida pela Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz, em 2020. A oficina facilitou o processo criativo de upcycling1 de resíduos têxteis pós-consumo, com uma consciência crítica dos impactos socioambientais da produção da roupa até o seu descarte. As reflexões consideradas foram sob a perspectiva de Freire, ou seja, uma educação dialógica, horizontal, que não se teme o debate e análise da realidade (FREIRE, 2019a). Trata-se de uma pesquisa bibliográfica exploratória, por se utilizar de livros e artigos científicos (GIL, 2008) e foi considerado na litertura: Paulo Freire, com pedagogia do oprimido, da autonomia e educação como prática de liberdade; Fletcher e Grose, que abordam sobre o papel social dos designers como educadores e facilitadores; Gutiérrez, Prado e Gadotti com o conceito de ecopedagogia; Boff, com sua perspectiva do que é sustentabilidade; e Brooks, que pesquisou sobre os impactos socioambientais das roupas de segunda mão que transitam dos países do norte para o sul global; dentre outros autores. O estudo traz como análise e reflexões, a prática pedagógica por meio do upcycling de resíduos têxteis, como possibilidade de emancipação e criticidade na "questão ecológica", que conforme Gadotti (2001), "tornou-se eminentemente social".
Autor: Luiz Menna-Barreto
Coautor(es): Cláudia Espírito-Santo
E-mail: menna@usp.br
Instituição: Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo
Título: A ORGANIZAÇÃO DOS TEMPOS ESCOLARES: UMA PROPOSTA INSPIRADA EM PAULO FREIRE
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Uma questão que aparece na organização da vida escolar e que tem
ressurgido nestes tempos da pandemia é a definição dos horários de atividades
na escola, incluindo o horário das aulas e o horário de trabalho de funcionários e
professores. Nesta apresentação, destacamos questões que têm aparecido na
literatura recente e concluiremos com uma proposta de encaminhamento de
discussões inspirada nos ensinamentos do Professor Paulo Freire. Há aspectos
pedagógicos, psicológicos, biológicos e sociais que merecem nossa atenção e que
se convergem na tentativa de estabelecimento de horários adequados para
atender a todas as demandas que envolvem a educação escolar.
Há relatos, geralmente apoiados em avaliações de desempenho e
monitoramento de rotinas, de diferenças de aproveitamento escolar
relacionadas a durações insuficientes de sono. Isso ocorre com mais frequência
na adolescência, que tem sido associada a uma mudança nos ritmos biológicos, aí
incluído o ciclo vigília-sono. Como é comum que o início e o término do sono
noturno ocorram mais tardiamente nessa faixa etária, as aulas matutinas na
semana interrompem o sono, e essa redução da duração do sono tem sido
associada a diversos prejuízos na aprendizagem, afetando memória e atenção.
Além disso, a extensão da duração do sono nos dias de folga leva a um “efeito
sanfona”, o que alguns autores denominam de jet lag social, em alusão ao
desconforto provocado por mudanças bruscas de fusos horários.
Uma medida adotada em diversos países, no intuito de evitar esse
problema, tem sido o atraso no início do horário das aulas dos adolescentes, com
base nas evidências dessa “realidade biológica” supostamente incontornável.
Temos algumas observações com relação ao ajuste do horário escolar para
adolescentes em função dessas evidências. Além de limitar o problema a uma
determinação biológica, ao se propor o atraso do início das aulas, não são
levados em consideração os impactos na rotina das famílias, dos funcionários e
dos docentes. Conciliar esses interesses é a questão que buscamos resolver
apoiados no pensamento de Paulo Freire. Propomos que toda a comunidade
envolvida, incluindo as famílias dos estudantes, os próprios estudantes, os
funcionários e os docentes da escola, converse sobre os horários da escola.
Dessas conversas, certamente não triviais, devem surgir propostas de horários
em caráter experimental, sujeitas a confirmação ou alteração posteriores. Essas
discussões criarão um cenário propício à observação e à tomada de consciência
das próprias rotinas.
Um ponto fundamental a ser observado, numa perspectiva
paulofreireana, é a luta de classes e o direito fundamental à educação. O impacto
da diferença de oportunidades na educação ficou evidente na pandemia, e o que
pretendemos trazer para debate são as diferenças de tempo, de qualidade de
sono e de compromissos sociais das classes menos favorecidas no ambiente
escolar, buscando contribuir para a justiça social.
Autor: Luiza Cavalho
Coautor(es): Luiza Pacheco de Carvalho
Marcella Campos e Souza
E-mail: luizap2001@gmail.com
Instituição: Universidade Federal de Juiz de Fora
Título: A eficácia do PET no contexto de educação emergencial
- Trabalho Completo (clique para visualizar)
O PET foi desenvolvido pelo governo federal para possibilitar a continuação da formação dos alunos de escola básica durante o período de isolamentos social. Por meio de apostilas com unidades semanais, o material se propunha a ensinar o conteúdo sem a necessidade de videoaulas, considerando que muitos alunos que frequentam a rede pública não possuem acesso pleno à internet. Contudo, a proposta do governo se mostrou ineficiente e aqui tentamos criar outras abordagens possíveis
Autor: Luiza Cavalho
Coautor(es): Luiza Pacheco de Carvalho
Marcella Campos e Souza
E-mail: luizap2001@gmail.com
Instituição: Universidade Federal de Juiz de Fora
Título: A sequência didática no ensino de gêneros textuais
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Proposta por Joaquim Dolz, a sequência didática é uma prática pedagógica para o ensino dos gêneros textuais orais e escritos. Partindo de uma série de atividades organizadas em uma linha temporal específica, esta prática se mostra muito eficiente e possível no contexto da educação brasileira. Aqui, nos sujeitamos à analise do texto original e de algumas outras obras que abordam a mesma temática, além de trazer a teoria para a prática por meio da construção de possíveis sequências didáticas.
Autor: Luka de Carvalho Gusmão
Coautor(es): Alan Willian de Jesus
E-mail: lukagusmao87@yahoo.com.br
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
Título: Dois caminhantes e um sentimento de mundo: ensaio sobre tempos e educação em Paulo Freire e Edgard Morin.
Autor: LUZIA DE FATIMA PAULA
Coautor(es): Áurea Esteves Serra
E-mail: luzfapa@gmail.com
Instituição: Unesp Araraquara
Título: PAULO FREIRE E A DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
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O objetivo desta comunicação é apresentar como ocorreu a implantação da disciplina de Educação de Jovens e Adultos oferecida no curso de Pedagogia da Faculdade de Ciências e Tecnologia de Birigui (FATEB) no período de 2000 a 2021 e sua relação com a teoria de Paulo Freire. A análise incide sobre um corpus documental constituído por 12 matrizes curriculares do curso de Pedagogia e por 18 planos de ensino, os quais estão localizados nos arquivos da secretaria da FATEB. Como metodologia, foi utilizada a revisão bibliográfica, cujo referencial teórico esteve assegurado na teoria de Paulo Freire. Nas 12 matrizes curriculares do curso constatou-se que a disciplina teve duas nomenclaturas: Educação de Jovens e Adultos e Fundamentos da Educação de Jovens e Adultos e que a carga horária da disciplina nas cinco primeiras turmas foi de 72h e nas demais 13 turmas de 80h. Nos planos de ensino foram verificados a teoria e os livros de Paulo Freire. O livro em destaque do autor foi “Pedagogia do oprimido”. E o livro sobre Paulo Freire foi “O que é o método Paulo Freire?”, de Carlos Rodrigues Brandão. Observou-se também que houve a preocupação em formular melhores práticas em sala de aula, metodologias mais adequadas aos alunos e suas formas de aprendizagem, formalizando assim a necessidade de aprofundar a reflexão sobre a teoria do autor e as relações com o conhecimento, aprendizagem, cultura, educação e escola, para se oferecer subsídios teóricos ao entendimento de constituição das formas de pensar e implicações com a aprendizagem. As disciplinas foram oferecidas a 18 turmas e trabalhadas no período compreendido entre 2003 e 2020. Com foco nos estudos em “Pedagogia do oprimido”, com diversas turmas de Pedagogia, a pesquisa enfatizou as ações dos alunos nela envolvidos, descrevendo sua prática cotidiana e as relações que se estabeleceram entre as várias instâncias de poder. Mereceu atenção a participação de dois alunos e em especial a análise da influência da leitura de “Pedagogia do Oprimido”, porque suas reflexões ficaram gravadas na memória da professora da disciplina. Esses dois alunos representam a gradual sistematização de processos infinitos que dão sustentação às transformações dos subsistemas cognitivos, assim como a tomada de consciência política perante a sociedade na qual se vive e a busca para resolver os problemas do cotidiano e sobreviver em todos os sentidos. Enfim, eles se depararam com atividades e desafios que exigiam transformação e desenvolvimento. Os resultados com base nos conceitos propostos por Paulo Freire pontuam que os possíveis caminhos para as discussões sobre educação e sociedade contribuíram para que os alunos desenvolvessem a capacidade de reflexão sobre a prática docente e de sua consciência da cidadania. Este estudo aponta para a necessidade das discussões sobre formação de professores, alicerçada no pensamento de Paulo Freiree asseguradas pelas histórias de vida e bagagem cultural. Conclui-se que a teoria de Paulo Freire esteve presente em todos os 18 planos de ensino, evidenciando a relação entre a teoria de Paulo Freire e a formação dos alunos da FATEB.
Autor: Mac Wallace Milord Amorim
Coautor(es): Isabela Gomes Pereira (Universidade de São Paulo) isabela.pereira1903@gmail.com ; Glauber Klay Carreiro Fidelis; Joelma Aparecida do Nascimento; Daniel Vieira Benedito; Mac Wallace Milord Amorim ; Mic
E-mail: macwallacegv@outlook.com
Instituição: Instituto Federal de Minas Gerais
Título: Juventude Negra: Da Marginalização à Emancipação Social
Autor: Magda Matos Tanure do Amaral
Coautor(es): Vanessa Juliana da Silva
E-mail: magda.amaral@ifnmg.edu.br
Instituição: Instituto Federal do Norte de Mina Gerais - Campus Araçuaí
Título: A SUBSUNÇÃO DA PEDAGOGIA FREIRIANA PRESENTE NA LUTA PELA IDENTIDADE NO CAMPO
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Este estudo objetiva desvelar as políticas públicas em prol da juventude do campo brasileiro, a partir da pesquisa documental. Por conseguinte, ressalta-se a importância dos movimentos sociais para a ampliação da consciência ingênua para a consciência crítica, promovendo assim a emancipação dos sujeitos. Como resultado da investigação, evidencia-se a insuficiência de política pública que fortaleça a identidade dos jovens do campo. A discussão teórica foi realizada à luz da teoria freiriana, a partir da compreensão da relação entre opressor e oprimido.
Autor: Magno Santos Batista
E-mail: magnosantos01@yahoo.com.br
Instituição: Universidade do Estado da Bahia - UNB
Título: A capoeira em jogo: relato de experiência da aplicação de um jogo de memória para deficiente auditivo
Autor: Marcella Campos e Souza
Coautor(es): Luiza Carvalho
Título: A eficácia do PET no contexto de educação emergencial.
Autor: Marcelly Machado Cruz
E-mail: marcelly@usp.br
Instituição: Universidade de São Paulo
Título: CULTURA POPULAR E POPULISMO EM PAULO FREIRE
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Homem de seu tempo, Paulo Freire captura os temas e desafios de sua época e articula autores marxistas, existencialistas, fenomenológicos, hegelianos e cristãos junto aos saberes produzidos pelos movimentos sociais, campesinos e trabalhadores urbanos para empreender sua pedagogia do oprimido construída com os esfarrapados do mundo e com aqueles que com eles se solidarizam e lutam. O presente escrito objetiva investigar a trajetória dos conceitos de cultura popular e populismo na obra do educador brasileiro Paulo Freire. Pretendemos, com isso, compreender o movimento intelectual empreendido por Freire em seu pensamento radical e revolucionário e problematizar ruídos de uma conceptualização tributária do populismo. Se por um lado a denúncia do populismo se presentifica desde “Educação como prática de liberdade”, por outro visualizamos tendências populistas em sua forma de descrever as massas iletradas e na caracterização do oprimido como sujeito-objeto. Não pretendemos, com isso, reduzir a potência radical e revolucionária de seu pensamento, mas problematizá-lo para contribuir com as possíveis leituras de sua obra. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa bibliográfica de abordagem qualitativa que se utiliza da análise textual discursiva para investigar três obras de Paulo Freire: a. educação como prática de liberdade (1967); b. pedagogia do oprimido (1968); c. pedagogia da esperança (1992). A escolha destas três obras (FREIRE, 2016a; 2016b; 1978) acompanha a trajetória biobibliográfica (GADOTTI, 1996) de Freire antes (o tempo no Recife), durante (no Chile) e depois do exílio (retorno ao Brasil) e a trajetória da cultura popular e do populismo que nelas desvelam o processo dialético e dialógico de seu pensamento. Para caracterizar o populismo, nos apoiamos em Francisco Weffort (2003) e Octávio Ianni (1991). Convencionamos seguir a conceptualização de Stuart Hall (2003), Roger Chartier (2002) e Osmar Fávero (1983) para qualificar nossa compreensão sobre o conceito de cultura popular, demarcando a quais experiências e tempo histórico nos remetemos. Assim, entendemos que, com sua humildade intelectual expressa no reconhecimento de erros, acertos e equívocos e no repensar de sua teoria e prática como atitude permanente, Freire dialetiza seu pensamento que se abre a críticas e reformulações. Com isso, a cultura popular e o populismo aparecem na obra freireana de modo que ora se aproximam ora se distanciam da objetificação das massas.
Palavras-chave: Paulo Freire. Populismo. Cultura popular.
Autor: Marcelo Dias
Coautor(es): A construção do referencial teórico “Paulo Freire”

Marcelo Dias

Pretendemos discutir a possibilidade de uma linha de trabalho que pretende compreender como as ideias de Paulo Freire surgem e gan
E-mail: marcelodyas@gmail.com
Título: A Construção do referencial teórico "Paulo Freire"
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Pretendemos discutir a possibilidade de uma linha de trabalho que pretende compreender como as ideias de Paulo Freire surgem e como ganham dimensão de referencial teórico reconhecido e difundido nos trabalhos acadêmicos sobre educação e transformação social
Autor: MARCELO OHTA
E-mail: marcelo.ohta@gmail.com
Instituição: Instituto Federal de São Paulo
Título: O QUE OS 40 ANOS DA EPIDEMIA DE HIV/AIDS TÊM A ENSINAR SOBRE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS?
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Há 40 anos, teve início a epidemia do HIV/Aids, que trouxe não só um grave problema biológico (doença transmitida sexualmente) como também um problema psicossocial (estigma), necessitando de medidas de prevenção e cuidados em saúde, bem como de promoção de direitos humanos. Se por um lado a assistência individual biomédica foi obtendo avanços notórios, por outro a mobilização sociopolítica foi perdendo força, de modo que, mesmo amparada pelos direitos humanos, a resposta brasileira ao HIV/Aids contribuiu para a elevação da desigualdade: os grupos minoritários e mais vulneráveis socialmente são os mais afetados pela infecção viral e pelo estigma social. Qual foi a influência da educação na construção desse complexo cenário? Esta pesquisa pretende verificar se existem ensinamentos dados pelos 40 anos de epidemia do HIV/Aids que possam ser aproveitados para promover uma melhor educação em direitos humanos. As ideias sobre concepção de poder em Michel Foucault e sobre concepção de educação em Paulo Freire ajudarão na tarefa de reflexão e encontro de respostas.
Autor: MARCELO RICARDO MOREIRA
Coautor(es): Kátia Silva Cunha
E-mail: marcelo.rmoreira@ufpe.br
Instituição: UFPE - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE
Título: CONCEPÇÕES E IMPLICAÇÕES DO ATUAL CENÁRIO DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO BRASIL: CONTRAPONTOS COM A PERSPECTIVA FREIREANA
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Este trabalho apresenta como objetivo analisar elementos que evidenciam concepções e implicações do atual cenário da formação de professores no Brasil, focando na BNC – Formação, confrontando-a com a perspectiva freireana. Evidencia-se que o documento não pode ser interpretado isoladamente, uma vez que foi mobilizado a partir de uma conjuntura de outras deliberações que vêm se consolidando através da ausência de diálogo no âmbito da educação. Nesse contexto, apontamos como problemática: Que concepções de formação docente são produzidas no contexto da BNC-Formação e em que se contrapõem com a perspectiva freireana?. Para fundamentação teórica, evidenciamos abordagens pautadas por Frangella (2020); Cunha (2016); Dourado (2020); Freire (1993); Brasil (2019). O percurso metodológico, de caráter qualitativo, foi desenvolvido a partir da análise documental (Resolução CNE/CP 02/2019), com base em conceitos freireanos que evidenciam professores autônomos, críticos e transformadores num contexto que valorize a prática pedagógica e a construção da experiência. Os resultados nos apontam uma concepção de formação docente centrada na instrumentalidade, padronização e prescrição, configurando um processo hegemônico quanto à precarização e perda de autonomia do trabalho docente. Distanciando-se do pensamento de Freire, uma vez que não concebe uma proposta de formação pautada em uma educação libertadora por meio da práxis transformadora.

Palavras-chave: Formação de professores. Resolução CNE/CP 02/2019. Paulo Freire.
Autor: Marcia Fonseca Simões
E-mail: mfsi@uol.com.br
Instituição: Sinesp
Título: Acolhimento de crianças e famílias na pandemia
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Como acolher as famílias e as crianças pequenas durante a pandemia foi um desafio a ser enfrentado por educadoras e educadores de uma escola pública de Educação Infantil da cidade de São Paulo. Não sabíamos como fazer, como nos acolher, mas sabíamos que era preciso trazer as crianças e famílias para perto da escola.
Autor: Marcio Hollosi
Coautor(es): Ruan Neto Pereira Alves (Faculdade de Educação da USP) ruanneto@usp.br; Emerson Souza dos Santos (Faculdade de Educação da USP) e Marcio Hollosi (UNIFESP-São Paulo)
Título: O repensar da assistência psicopedagógica no processo de escolarização de jovens e adultos
Autor: Maria Cecilia Lins
E-mail: mariacecilialins@prosabersp.org.br
Instituição: PUCSP
Título: A GARANTIA DOS DIREITOS DA CRIANÇA EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE NA PANDEMIA
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O objeto deste estudo é o Pró-Saber SP é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos que, desde 2003, atua na comunidade de Paraisópolis em São Paulo. A missão desta organização é trabalhar para que todas as crianças brasileiras experimentem uma educação de qualidade, vivendo a infância de forma plena ancorada na filosofia de Paulo Freire. Seus programas defendem e garantem o direito de toda criança poder ler e brincar e seu maior desafio é mergulhar na realidade da comunidade aprendendo junto com as famílias das crianças a ler o mundo a partir do olhar de cada um deles. Durante a pandemia, o compromisso da instituição foi com cada sujeito da educação: criança, família, mãe e pai, avós. Como manter este vínculo de forma remota? Como garantir a humanidade nesta travessia? Neste sentido, “reconhecer que o sistema atual não inclui a todos, não basta. É necessário precisamente por causa deste reconhecimento lutar contra ele e não assumir a posição fatalista forjada pelo próprio sistema e de acordo com o qual nada há que fazer, a realidade é assim mesmo” (FREIRE, 2000, p.123). Para dar conta desta premissa, a escuta amorosa sistemática das famílias e dos alunos por meio de conversas no whatsapp, ligações de vídeo, encontros nas plataformas virtuais contribuíram para a prática do diálogo acolhendo cada pessoa humana. Este respeito e cuidado contribuiu para a compreensão do sofrimento das crianças isoladas e presas dentro de suas casas na maioria das vezes tão apertadas. Paulo Freire dizia que “somente uma escola centrada democraticamente no seu educando e na sua comunidade local, vivendo as suas circunstâncias, integrada com seus problemas, levará os seus estudantes a uma nova postura diante dos problemas de contexto” (HADDAD, 2019, p.54). Sendo assim, os educadores do Pró-Saber SP, entenderam que além das cestas básicas de alimentação distribuídas mensalmente para cada família, seria necessário distribuir Cestas Pró Ler & Brincar garantindo que a leitura e a brincadeira estivessem presentes durante o isolamento social. De abril a outubro, as crianças receberam nestas cestas diversos materiais de brincadeira, materiais de artes, atividades de leitura e diferentes livros de literatura. Essa caixa trouxe a criação, a história, o (re)encontro para dentro de casa por meio da troca afetiva entre crianças e seus familiares neste processo de abrir e explorar suas caixas. Os depoimentos, vídeos e devolutivas dados pelas famílias sobre esta metodologia atestam o impacto desta intervenção. “Aprendi muito sobre uma nova forma de me relacionar com Arthur. Vocês ajudaram muito nessa interação. Descobri algo novo. Arthur aprendeu a cortar papel. (...) Gostei das histórias, das conversas, das brincadeiras. (...) Através da linha de transmissão eu tinha ideias para fazer com Arthur. As atividades fortaleceram a nossa relação” . Os depoimentos revelam brechas de esperança e encantamento fertilizados pelo Instituto. É um desafio garantir os direitos da criança em tempos de exceção, mas é esse compromisso político Freireano que alicerça as práticas cotidianas do Pró-Saber SP.

Palavras chaves: Infância. Pandemia. Comunidade.
Autor: Maria Clarice da Silva
E-mail: maclarice.silva@urca.br
Instituição: Universidade Regional do Cariri-URCA
Título: EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS(EJA) EM TEMPOS DE PANDEMIA: DESAFIOS NO CONTEXTO EDUCACIONAL ATUAL
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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS(EJA) EM TEMPOS DE PANDEMIA: DESAFIOS NO CONTEXTO EDUCACIONAL ATUAL
AUTOR(A):Maria Clarice da Silva

RESUMO: Atualmente a educação vem vivenciando muitos desafios, em se tratando de ensino aprendizagem principalmente, visto que, com a pandemia o ensino teve que ser substituído pelas práticas de forma remota através do meio digital. Em se tratando da Educação de jovens e adultos (EJA) teve muitos impactos, sendo que é uma modalidade que é formada por uma clientela que não conseguiu ter acesso a escolarização na idade própria por alguns fatores como: trabalho, família, maternidade, condições precárias dentre outros. A maioria do público da EJA são: trabalhadores jovens, idosos e negros. Para dar andamento a essa pesquisa foram feitas as seguintes indagações: Como as escolas estão trabalhando com a modalidade EJA? Quais as práticas utilizadas para trabalhar com o público da EJA no formato remoto? Houve desmotivação ocasionando evasão escolar diante do contexto atual? Quais estratégias poderiam estar utilizando nas escolas para não acontecer um maior número de evasão escolar? Essa pesquisa tem como objetivo geral: Apresentar reflexões acerca da modalidade EJA em tempos de pandemia, como específicos queremos compreender o ensino remoto para o público da EJA e seus impactos no ensino aprendizagem. Como procedimento optamos pelo levantamento bibliográfico de cunho qualitativo pautado em autores como: Almeida (2010), Brasil (1997), Brandão (1981), Brasil (2017), Cagliari (2009), Freire (1996), Freire (2008) dentre outros. Analisamos que a EJA sofre grandes dificuldades, visto que é uma clientela que exige um acompanhamento com um olhar diferenciado, bem como práticas diferenciadas.

PALAVRAS CHAVE: Educação. Jovens. Pandemia.

INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como tema: Educação de Jovens e Adultos (EJA) em tempos de pandemia: desafios no contexto educacional atual. Sabemos que a educação vem vivenciando desafios constantes no tocante a vários fatores que rodeiam o processo ensino aprendizagem nas diferentes modalidades de ensino.
Nessa pesquisa abordaremos a EJA-Educação de Jovens e Adultos, uma modalidade que devemos enfatizar uma importância maior como ponte para a inclusão e inserção na cultura letrada dos jovens, adultos, negros que não conseguiram concluir na idade própria sua escolaridade.
Portanto, diante do problema da qualidade de ensino do período de alfabetização no ensino, torna-se preocupante no contexto pandêmico, visto que as escolas tiveram que substituir e adaptar o ensino presencial pelo ensino remoto acrescentando novos desafios e apresentar de forma nítida as desigualdades na educação, logo os jovens, trabalhadores, adultos, negros tiveram que ser afastados das escolas e dos professores mediadores do processo ensino e aprendizagem.
Todavia, a educação de jovens e adultos não podem dissociar-se da convivência e interação com os usos sociais da escrita, em diferentes gêneros e diferentes tipos de texto, e de ações planejadas para o desenvolvimento das habilidades para a prática eficiente da escrita, isso torna-se complexo no contexto remoto, porém não podemos descontinuar o processo para evitar maiores danos na educação como por exemplo a evasão.
O interesse pelo tema foram leituras e pesquisas realizadas sobre a temática em questão, um assunto bem pertinente para refletir e buscar respostas em prol de contribuições no contexto educacional atual especificamente na modalidade EJA.
Para dar andamento a essa pesquisa foram feitas indagações como: Como as escolas estão trabalhando com a modalidade EJA-Educação de jovens e adultos? Quais as práticas utilizadas para trabalhar com o público da EJA-Educação de jovens e adultos no formato remoto? Houve muita evasão escolar diante do contexto atual? Quais estratégias poderiam estar utilizando nas escolas para não acontecer um maior número de evasão escolar?
Essa pesquisa tem como objetivo geral: Apresentar reflexões acerca da modalidade EJA-Educação de jovens e adultos em tempos de pandemia, como específicos queremos compreender o ensino remoto para o público da EJA e seus impactos no ensino aprendizagem.
No entanto, esse estudo vem trazer reflexões acerca do contexto educacional atual, especificamente no processo de alfabetização e letramento na modalidade EJA-Educação de jovens e adultos que não devem dissociar-se do contexto o qual os jovens e adultos estão inseridos, da sua realidade extraescolar para uma sistematização significativa com esses saberes e conhecimentos já construídos na sua trajetória.

METODOLOGIA
Como procedimento optamos pelo levantamento bibliográfico pois “toda investigação científica, independentemente de sua natureza, requer uma pesquisa bibliográfica” (MATOS e VIEIRA, 2002, p.40), ou seja, é necessário fazer um levantamento dos trabalhos que tratam desta questão, na busca de um aprofundamento teórico, que além de situar a referida pesquisa, propõe-se a evitar repetições e outros equívocos. É uma pesquisa de cunho qualitativo pautado em autores como: Brasil (1997), Almeida (2010), Cagliari (2009), Brasil (2017), Freire (1996), Dias (2001).
A revisão de literatura nos permite maior aprofundamento teórico sobre o assunto, adquirindo respaldo conceitual para proceder desenvolver um estudo teórico consistente permite ao pesquisador ter clareza dos principais conceitos e formulações teóricas que vem embasando os estudos sobre o assunto pesquisado (GIL, 2002).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Analisamos que a educação de jovens e adultos-EJA vem enfrentando muitas dificuldades, assim como as demais modalidades, no entanto, as possibilidades não podem de forma alguma serem descartadas. As ferramentas tecnológicas vem sendo uma ponte para darmos continuidade ao processo ensino aprendizagem, visto que os alunos se encontram muitos desmotivados frente a esses desafios.
É preciso refletirmos nossa prática não deixando de lado o conhecimento da realidade de cada aluno, afinal o aluno é o sujeito principal deve ser o alvo principal no processo educacional escolar. O professor por sua vez deve observar o contexto o qual está inserido numa perspectiva em prol de melhorias e acessibilidade para todos.
Vale salientar que a escola no processo de alfabetização deve estar direcionada a uma prática de transformação social. Segundo Freire (2008, p.30)
Se antes a alfabetização de adultos era tratada e realizada de forma autoritária, centrada na compreensão mágica da palavra, palavra doada pelo educador aos analfabetos; se antes os textos geralmente oferecidos como leitura aos alunos escondiam muito mais do que desvelavam a realidade, agora, pelo contrário, a alfabetização como ato de conhecimento, como ato criador e como ato político é um esforço de leitura do mundo e da palavra.
A escola assume o papel relevante no processo de alfabetização, porém alfabetizar de forma crítica com uma visão para a transformação exige muito mais, é ir além das propostas impostas, é trazer reflexões acerca da realidade que nos rodeia.
Ponderamos ainda, que a educação de jovens e adultos tem como elemento principal a inclusão e inserção de jovens e adultos que não tiveram acesso a alfabetização na idade certa e no tempo certo, ou seja, não tiveram a oportunidade de estudar no ensino regular de ensino, para tanto, se faz necessário que as escolas tenham uma organização curricular dinâmica suscetível a modificações e tendo como sujeito ativo desse processo o aluno.
Torna-se um desafio para o professor, pois requer que busquemos alternativas que levem os alunos a se transformarem em verdadeiros leitores, escritores críticos integrando-os no mundo da leitura visando conhecimentos eficazes à sua vida, a sua própria realidade.
CONCLUSÕES
Analisamos que a EJA-Educação de jovens e adultos sofre grandes dificuldades, visto que é uma clientela que exige um acompanhamento com um olhar diferenciado, bem como práticas diferenciadas.
O processo de alfabetização e letramento requer a criatividade do professor, visto que, temos que nos adaptarmos a essas ferramentas e buscarmos estratégias para se trabalhar com os alunos, seja com WhatsApp, google Meet, gravações e postagens no youtube, orientações pedagógicas, atividades impressas dentre outras estratégias para buscarmos essa interação e incentivo para o público dessa modalidade.
Freire (2008) afirma que “A leitura e a escrita não é apenas a decodificação de símbolos e palavras, vai bem mais além, pois envolvem a cultura, as experiências extraescolares dos alunos”.
Todavia, o ensino/aprendizagem requer práticas inovadoras com várias atividades diferenciadas que envolvam diferentes tipos de textos que fazem parte da realidade do aluno como: músicas, parlendas, contação de histórias, trava-línguas, caça palavras dentre outras, enfim são atividades que envolvam os alunos na interação e participação.
Podemos nos perguntar e ao mesmo tempo refletir: E se acaso essas ferramentas tecnológicas não existissem? Se não houvesse transformações? Com certeza tornaria mais complexo darmos continuidade ao processo ensino aprendizagem, sabemos que esse processo se torna fragmentado, mas todos os profissionais da educação estão buscando fazer o melhor, estudando, se capacitando para que os alunos não tenham tantos prejuízos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Veridiana, Fundamentos e Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa: Curitiba: Editora Fael, 2010.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa: de 1ª a 4ª série, Secretaria de Educação Fundamental. Brasília, 1997. MATOS, Kelma Socorro Lopes;
BRASIL, Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular.Secretaria de Educação Básica. Brasília: MEC\SEB, 2017.
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é método Paulo Freire.11. Ed. São Paulo: Editora Brasiliense,1981.
CAGLIARI, Luiz Carlos, alfabetização &lingüística/Luiz Carlos Cagliari. São Paulo: Scipione, 2009. (coleção pensamento e ação na sala de aula).
DIAS, Ana Iório ensino da linguagem no currículo/Ana Iório Dias. -Fortaleza, CE: Brasil Tropical, 2001.128p. Il. 13,4 cmx20, 8 cm. -(coleção para professores nas séries iniciais; v.5).
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa / Paulo Freire. – São Paulo: Paz e Terra, 1996. – (Coleção Leitura)
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam/Paulo Freire. -49. ed.-São Paulo, Cortez,2008.
GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projeto de Pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002.
Autor: Maria da Graça Pimentel Carril
Coautor(es): Ilma Cantuária Alves (UNIMES) cantuaria.melo@gmail.com e Lisete Gomes Natário (UNIMES)
E-mail: maria.carril@unimes.br
Instituição: Universidade Metropolitana de Santos
Título: Educação de Jovens e Adultos: os desafios teóricos e práticos – estudo de caso em Porteirinha – Minas Gerais
Autor: MARIA DAS GRÇAS FREAZA DANON
Coautor(es): Silvio de Cerqueira Mazza (UNEB – Universidade do Estado da Bahia) scmazza@coc.ufrj.br; Maria das Graças Freaza Danon, Nívea Silvestre da Conceição Costa.
E-mail: engscmazza@gmail.com
Instituição: UNEB - UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
Título: Avaliação para alunos de EJA’s
Autor: Maria de Jesus Santos
Coautor(es): MARIA DE JESUS DOS SANTOS
POLIANA GOMES DE OLIVEIRA GUEDES
E-mail: professoramjs@gmail.com
Instituição: Universidade Federal do Piauí
Título: “PORTAS FECHADAS PARA PAULO FREIRE”? UM OLHAR PARA OS CURSOS DE LICENCIATURA.

CIRCULAÇÃO E APROPRIAÇÃO DAS OBRAS DE PAULO FREIRE NO CAMPO EDUCATIVO, POLÍTICO,
CULTURAL
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Esse estudo tem como proposta discutir se as ideias de Paulo Freire estão inseridas nos cursos de licenciaturas do Nordeste/Brasil, tendo como critério de análise a presença do seu nome no referencial bibliográfico de Planos de Ensino dos componentes curriculares que lhe constituem. Trata-se de uma investigação inicial, provocada por outra pesquisa que realizamos anteriormente nos cursos de graduação e nos programas de pós graduação das Universidades Públicas dessa região, que tem constatado a quantidade de trabalhos acadêmicos realizados com base e fundamentação no pensamento freiriano e evidenciado um cenário de baixíssima produção. Isso nos instigou a buscar causas e a olhar mais demoradamente para as licenciaturas, visando descobrir o quão Freire está sendo indicado em leituras e discutido naqueles cursos que formam, prioritariamente, profissionais docentes. Conhecemos as superestruturas políticas que envolvem a educação no Brasil, a força de suas estratégias, diretrizes e orientações, contudo, formulamos uma conjectura específica: pressupomos que as portas das licenciaturas estejam fechadas para Freire e que a quantidade de investigação e produção em suas temáticas esteja também imbricada à ausência de seu pensamento nestes cursos de graduação. O estudo é bibliográfico e documental. Estamos buscando dados (Planos de Ensino) em repositórios das Universidades e fazendo solicitações por e-mail às coordenações de cursos, apresentando como justificativa o próprio sentido da pesquisa, que se faz no intuito do reconhecimento e valorização de nosso maior pensador em seu centenário, e, se realiza conforme a lei 12.527/2011 e o decreto 8777/2017 que dizem respeito ao acesso à informação e à transparência de documentos públicos.
Autor: Maria do Rosário Gomes Germano
Coautor(es): Aníbal de Menezes Maciel
E-mail: mrggmaciel@gmail.com
Instituição: Universidade Estadual da Paraíba - UEPB
Título: LINHAS E NÓS QUE ENTRELAÇAM AS IDEIAS FREIREANAS E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA TECER A FORMAÇÃO DE PROFESSORES/AS
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Esse artigo tem como objetivo analisar as contribuições de ideias freireanas para a educação, especificamente no que se refere à formação de professores e professoras. Nessa perspectiva, realizamos, essa empreitada em três momentos. No primeiro, promovemos um debate que dá visibilidade às relações entre educação e política, princípios estruturantes do itinerário freireano para entendermos as conexões entre esses e a formação dos educadores. Para tal, transitamos tanto pelo período inicial do discurso de Freire quanto em relação ao seu desenvolvimento e as mudanças, ao longo do tempo, efetivadas em torno desse nexo. No segundo, abordamos o debate sobre a educação popular frente aos novos contextos, percorrendo redes de entrelaçamentos que encontram o diálogo, a leitura do mundo, a problematização, a relação teoria-prática, a alegria, a esperança e o pensamento crítico como categorias imprescindíveis nos discursos postos entre a Educação e Formação. No terceiro e último, mobilizamos argumentos que dão sustentação à compreensão de que cabe à Educação promover reflexões críticas e criadoras de espaços que fomentem a construção de redes emancipatórias que corroborem com a formação de sujeitos críticos e empoderados. Para tal, realizarmos esse trabalho acostados ao aporte teórico de Mejía (2002, 2009, 2010); Holliday (2010), Santiago (2006), Neto (2016), Freire (1984; 1986; 1968; 1994; 2000; 2002); Scocuglia (2003; 2005), entre outros. Como resultado, observamos que os pressupostos freireanos oferecem fundamentos para a formação do/a educador/a numa perspectiva emancipatória, comprometida com a construção de sujeitos críticos, participativos e uma sociedade solidária e justa, fazendo frente aos modelos hegemônicos de formação da contemporaneidade, a exemplo da concepção instrumentalista e pragmática que ganha centralidade na Base Nacional Comum de Formação (BNC-Formação).
Autor: Maria do Socorro Lacerda de Lacerda
E-mail: lacerda.delacerda@hotmail.com
Instituição: Educadores populares, ativistas de movimentos sociais
Título: Conte lá que eu conto cá: contando histórias em escolas rurais do Brasil pelo Brasil.
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Projeto de contação de história e doação de livros em escolas rurais.
Autor: Maria Eliana Barbosa Pereira Vieira
Coautor(es): Alessandra Bernardes Faria Campos (UFOP) ale.bernardescampos@gmail.com, Thaís Almeida Cardoso Fernandez (UFV), Fernanda Maria Coutinho de Andrade (UFV), Alice Cristina de Sampaio e Silva (UFPB), Maria
E-mail: mayopataxo@gmail.com
Instituição: Núcleo de Agroecológia de Valadares-NAGO-UFJF
Título: Formação de educadoras/es na perspectiva da educação popular: contribuições a partir da disciplina “encontro de saberes e práticas educativas” na universidade federal de Viçosa
Autor: Maria Lúcia Gomes Barbosa
Coautor(es): Janaina Melques Fernandes (UNIMES) janainamelques@hotmail.com; Mariangela Camba (UNIMES), Ilma Cantuária Alves (UNIMES) e Maria Lúcia Gomes Barbosa (UNIMES)
E-mail: lucia_g_barbosa@hotmail.com
Instituição: Universidade Metropolitana de Santos Unimes
Título: Entre o distanciamento social e a conexão virtual: perspectiva para uma praxis Freireana na Alfabetização de Jovens e Adultos
Autor: Maria Marta Pinto Argolo
Coautor(es): Maria Marta Pinto Argolo
E-mail: mariargolo77@gmail.com
Instituição: Rede Municipal de Educação de Indaiatuba
Título: FORMAÇÃO DE PROFESSORES E ENGAJAMENTO SOCIAL: Diálogos entre Paulo Freire e o pensamento feminista negro
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Este trabalho tem como principal objetivo identificar, nas interseções entre o pensamento de Paulo Freire e das pensadoras feministas negras, elementos para a formulação de estratégias de formação engajada de educadores, aprofundando a compreensão de como o racismo molda as subjetividades de educadores e educadoras, de forma a atuarem a favor do ciclo de exclusão social, mantendo crianças e adolescentes negros nos quadros de maior fracasso, ou simplesmente nos lugares estereotipados da escola, corroborando com o processo de desumanização.
Autor: Mariangela Camba
Coautor(es): Janaina Melques Fernandes (UNIMES) janainamelques@hotmail.com; Mariangela Camba (UNIMES), Ilma Cantuária Alves (UNIMES) e Maria Lúcia Gomes Barbosa (UNIMES)
E-mail: mariangela.camba@unimes.br
Instituição: UNIMES
Título: Entre o distanciamento social e a conexão virtual: perspectiva para uma praxis Freireana na Alfabetização de Jovens e Adultos
Autor: Marina Bonomi Almeida da Silva
E-mail: marinabonomi@usp.br
Instituição: Escola Alef Peretz
Título: Diálogos pela liberdade: uma convergência entre o ideal freireano de liberdade e a Pedagogia Logosófica
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Este trabalho é um desdobramento da pesquisa de Iniciação Científica, que tem por objetivo investigar e refletir sobre a abordagem da Pedagogia Logosófica em relação ao combate à opressão que, cíclica e historicamente, vem afetando as mentes humanas, dialogando, para tal, com as ideias libertárias de Paulo Freire. Pretende-se, portanto, buscar compreender, a partir da perspectiva logosófica, alguns conceitos e práticas que auspiciam a promoção de uma educação que possibilite, desde a primeira infância, o desenvolvimento livre e pleno das faculdades humanas, tendo em vista serem estas a base para a verdadeira felicidade. Para tal fim, estão sendo utilizadas duas metodologias simultaneamente: a análise de documentos pertinentes à investigação — tendo em vista o pouco material de referência em pesquisa sobre a Pedagogia Logosófica publicado até o presente —, bem como a análise profunda das mensagens escritas nos documentos escolhidos. Até o presente momento, a pesquisa permitiu inferir que o cabedal teórico e prático da Pedagogia Logosófica pode oferecer uma faceta a mais aos conceitos de opressão e liberdade— ao estabelecer a opressão mental como a pior possível, já que priva o ser humano de seu livre arbítrio —, auxiliando, portanto, as pessoas inspiradas pelos ideais de Freire a encontrar ferramentas que favoreçam a realização da educação libertadora idealizada pelo patrono da educação brasileira.
Autor: Mario Borges Netto
Coautor(es): Aline de Jesus Peixinho
E-mail: mario.netto@ufu.br
Instituição: Universidade Federal de Uberlândia
Título: As bases Freireanas da Educação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)
Autor: MARLEIDE BARROS LOPES DE ARAÚJO
Coautor(es): Karem Karennine Lopes de Medeiros
Divoene Perire Cruz Silva
E-mail: marleidecamara@gmail.com
Instituição: ESCOLA MUNICIPAL PROFESSORA MARIA ODILA
Título: “SER MAIS”: O DIÁLOGO E A HUMANIZAÇÃO COMO METODOLOGIA PARA A SUPERAÇÃO DOS DESAFIOS ENFRENTADOS PELOS ESTUDANTES DA EJA DA EMMO/ ANGICOS/RN
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Relato de Experiência exitosa, com estudantes do Ensino Fundamental II, realizado na Escola Municipal Professora Maria Odila, na cidade de Angicos/RN.
Autor: MARLETE MARCULINO NOVAES BARROS
Coautor(es): Profª. Drª. Ana Verena Freitas Paim
E-mail: marletemnb@gmail.com
Instituição: uefs
Título: PIBID: VIVÊNCIAS DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19
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No ano de 2020, em decorrência da pandemia da COVID-19, a educação escolar, em todos os níveis, etapas e modalidades, foi convocada a repensar os seus processos. Assim, foram necessárias várias mudanças no sistema educacional para que os processos de ensino e aprendizagem acontecessem, apesar dos diversos obstáculos, sejam eles relacionados ao acesso à internet ou às condições de organização das famílias. Essa readaptação visa a utilização de tecnologias digitais e ferramentas de estudo adequadas ao processo de aprendizagem. Nessa perspectiva, o presente trabalho discute, no contexto da Iniciação à Docência (ID), no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), as vivências realizadas durante intervenções formativas desenvolvidas como parte do subprojeto Alfabetizando comCiência do curso de Pedagogia da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Em relação às metodologias e os recursos tecnológicos que foram utilizados, destacamos o uso de vídeo conferências, aulas expositivas através da plataforma Google Meet, orientações e informações disponibilizadas por meio de grupos do WhatsApp, tendo como principal recurso tecnológico o celular e o notebook. Foi necessário entender o contexto de isolamento social durante a pandemia da Covid- 19 para compreender os novos desafios e repensar as nossas práticas educativas. É perceptível que as ferramentas virtuais ao nosso alcance são um diferencial que nos possibilita a realização das ações do PIBID de forma on-line. As contribuições do Subprojeto referido neste trabalho, certamente contemplam algumas inquietações no sentido de conhecer as dificuldades dos estudantes e os instrumentos de ensino que possam ser favoráveis para na construção de aprendizagens novas, desenvolvimento de competências e o letramento científico.. O PIBID tem se consolidado como iniciativa marcante, no que se refere à formação inicial de professores, uma vez que representa uma oportunidade expressiva na formação de nível superior. Isso auxilia o graduando, futuro professor, a refletir se deve continuar seguindo os passos vivenciados ou mudar as ações para construir uma identidade profissional que garanta uma prática educativa bem-sucedida.
Autor: Marta Mariane Ferreira Gomes de Souza
Coautor(es): Lenina Lopes Soares Silva; Marta Mariane Ferreira Gomes de Souza; Kadydja Karla Nascimento Chagas
E-mail: martamariane.s@outlook.com
Instituição: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN)
Título: A PRESENÇA DE PAULO FREIRE NA PRODUÇÃO ACADÊMICA PUBLICADA NA REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
(2008-2020)
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A presença do pensamento de Paulo Freire nas propostas de formação humana integral na educação profissional e tecnológica no Brasil é inegável, e encontra-se em documentos oficiais e na divulgação científica da área da educação. Mas, como se encontra em um dos principais periódicos cuja propositiva principal é debater e disseminar conhecimentos sobre a educação para o trabalho? Propõe-se, assim, nesse trabalho, analisar os artigos publicados na Revista Brasileira de Educação Profissional e Tecnológica que trazem em seus referenciais bibliográficos a obra de Paulo Freire, visando discutir as ideias desse autor apresentadas na produção acadêmica que circula nesse periódico. A fundamentação teórica sedimenta-se no pressuposto da relevância das ideias freireanas para a educação e para o trabalho educativo docente com lastro na visão da educação e do trabalho como uma práxis humana consciente e libertadora. A metodologia da investigação tem como suporte a pesquisa do tipo estado do conhecimento, na qual considera-se na análise dos resultados a identificação, o registro a localização e a reflexão categorial dos conhecimentos encontrados. O locus da pesquisa é a internet por ser esse o espaço de busca no mundo virtual, tendo em vista que o referido periódico é disponibilizado em domínio público. Os resultados sinalizam para uma ínfima produção acadêmica nos doze anos, de 2008 a 2020, em que a revista vem sendo editada. Dos 310 artigos, resenhas e documentos publicados nas 20 (vinte) edições, apenas dois retornam quando utilizamos como descritor Paulo Freire. Os dois chamam a atenção por terem como coautores uma autora estrangeira. Considera-se, portanto, que apesar de o pensamento de Freire ser perene entre boa parte dos educadores brasileiros, a produção acadêmica no periódico supracitado não demonstra a circulação dele como fundamento de pesquisas e práticas do trabalho docente e de pesquisadores da área da educação profissional e tecnológica.
Autor: Max Junior de Andrade
Título: Paulo Freire em tempos de pós-verdade e fake News: representações sociais e políticas a partir da esfera digital
Autor: Mayara Mayumi Sataka
E-mail: mayara.sataka@unesp.br
Instituição: UNESP - FclAr
Título: Paulo Freire e a política educacional brasileira neoliberal: algumas reflexões
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Paulo Freire hoje é muito respeitado e reconhecido na Educação, nacional e internacionalmente. Estudado por diversos autores, ele está presente em currículos de cursos de formação em licenciatura, em documentos oficiais, em milhares de citações em artigos, capítulos de livro, dissertações e teses e em concepções teóricas. Na contramão, no Brasil, também tem se propagado nos últimos anos muitos estereótipos sobre sua figura. Na manifestação contra a Presidenta Dilma Rousseff, em 2015, por exemplo, estava presente uma faixa com a frase “Chega de doutrinação marxista, basta de Paulo Freire!”. Nesse panorama, buscarei debater acerca das ideias de Paulo Freire em paralelo à política educacional brasileira neoliberal. As seguintes questões nortearão esse debate, a saber: a) Como Paulo Freire está presente ou ausente nas últimas políticas educacionais, especialmente a Medida Provisória (746/16) e BNCC (Base Nacional Comum Curricular)? b) Qual é a pertinência de Paulo Freire para a Educação brasileira atualmente? Parto do pressuposto de que as últimas políticas educacionais no Brasil têm uma orientação ideológica neoliberal. Nas discussões, entendo que se criou uma caricatura de Paulo Freire e que suas ideias estão ausentes nos documentos oficiais. Por outro lado, aponto para outros cenários educacionais que poderíamos viver, em que seja possível transpor as palavras de Paulo Freire na prática.
Palavras-chave: Paulo Freire. Política Educacional. Política neoliberal.
Autor: Mayra Silva dos Santos
E-mail: mayra.santos@uemasul.edu.br
Instituição: UNIVERSIDADE ESTADUAL DA REGIÃO TOCANTINA DO MARANHÃO-UEMASUL
Título: O CONCEITO DE AUTONOMIA DE PAULO FREIRE: A feminização do magistério como forma de emancipação da mulher
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O livro Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire traz consigo reflexões a respeito da educação como forma de emancipação, construção e de libertação do sujeito. Reconhecendo que o indivíduo é um ser histórico dotado de possibilidades de mudanças sociais, políticas e econômicas, Freyre acredita que a liberdade e a autonomia do sujeito pode ser adquirida por meio da educação e da reflexão sobre sua realidade. Assim, tomando como ponto de partida a afirmação de Freyre sobre o poder emancipador e libertador da educação, esse trabalho tem como objetivo articular o conceito de autonomia de seu livro, com o processo histórico de feminização do magistério. Iremos discutir algumas ideias do autor, com as mudanças sociais, políticas e econômicas que a feminização do magistério atribuiu a vida das mulheres, sobretudo ao público feminino que se dedicava exclusivamente a esse exercício. Para isso, utilizou autores como Almeida (1998), Rosa (2011) e Oliveira (2017) que discutem sobre a temática de feminização da profissão docente e a obra Pedagogia da Autonomia do educador, Paulo Freire (2002). Dessa foram, podemos afirmar que a feminização do magistério representou um potencial de vida, de poder, de libertação e de autonomia para mulheres, tendo em vista que a gênese da educação no Brasil se fez por meio de imposições de grupos dominantes para dominados, representando ideais esperados e papéis que deveriam ser desempenhados por determinados grupos no meio social.
Autor: Michelle de Souza Ferraz
Coautor(es): Isabela Gomes Pereira (Universidade de São Paulo) isabela.pereira1903@gmail.com ; Glauber Klay Carreiro Fidelis; Joelma Aparecida do Nascimento; Daniel Vieira Benedito; Mac Wallace Milord Amorim ; Mic
E-mail: michelle.ferraz127@gmail.com
Instituição: Universidade Federal de Juiz de Fora
Título: Juventude Negra: Da Marginalização à Emancipação Social
Autor: MICHELLE TEIXEIRA DA SILVA HANKE
Coautor(es): Luciana Silvestre Girelli (Instituto Federal do Espírito Santo) lucianasgirelli@gmail.com; Bruno dos Santos Prado Moura e Michelle Teixeira da Silva Hanke (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tec
E-mail: michelle.silva@ifes.edu.br
Instituição: Instituto Federal do Espírito Santo
Título: Grupo de produção literária “pílulas de realidade”: relatos autobiográficos dos estudantes do PROEJA/IFES
Autor: Milena dos Santos Souza Morais
Coautor(es): Ariston de Lima Cardoso. Leila Damiana Almeida dos Santos Souza
E-mail: milsanza@yahoo.com.br
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA
Título: IDENTIDADE RACIAL NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: UM ESTUDO NA BASE DE DADOS SCIELO
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O presente trabalho através da análise das publicações da Biblioteca Online Scielo tem por objetivo delinear o debate da temática da identidade racial na Educação de Jovens e Adultos (EJA), nas publicações das duas últimas décadas. O campo é assumido como uma ação afirmativa, por objetivar promover a justiça social e igualdade por meio de correção de distorções escolares e reparação social. Um debate que na perspectiva de Paulo Freire perpassa por questões de poder, que só poderá garantir a justiça social e vivência democrática dos sujeitos da EJA quando pautar-se no reconhecimento e valorização da sua identidade. A relevância do conhecimento decorrente desse levantamento se justifica pela ciência da especificidade racial e constituição excludente desse grupo estudantil e é o legado da pedagogia freireana que amplia a capacidade emancipatória dos estudantes da Educação de Jovens e Adultos, sujeitos segregados, oprimidos. O desenvolvimento metodológico do estudo é de natureza bibliométrica, indica limitações quanto ao recorte temporal atribuído e à base de dados utilizada. Não constitui objeto do estudo a generalização dos resultados encontrados, mas constituir-se como marco descritivo e analítico.
Palavras-chave: Identidade Negra/Racial. Educação de Jovens e Adultos. Paulo Freire. Biblioteca Scielo
Autor: Milena dos Santos Souza Morais
Coautor(es): Ariston de Lima Cardoso. Leila Damiana Almeida dos Santos Souza
E-mail: milsanza@yahoo.com.br
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA
Título: IDENTIDADE RACIAL NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: UM ESTUDO NA BASE DE DADOS SCIELO
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O presente trabalho através da análise das publicações da Biblioteca Online Scielo tem por objetivo delinear o debate da temática da identidade racial na Educação de Jovens e Adultos (EJA), nas publicações das duas últimas décadas. O campo é assumido como uma ação afirmativa, por objetivar promover a justiça social e igualdade por meio de correção de distorções escolares e reparação social. Um debate que na perspectiva de Paulo Freire perpassa por questões de poder, que só poderá garantir a justiça social e vivência democrática dos sujeitos da EJA quando pautar-se no reconhecimento e valorização da sua identidade. A relevância do conhecimento decorrente desse levantamento se justifica pela ciência da especificidade racial e constituição excludente desse grupo estudantil e é o legado da pedagogia freireana que amplia a capacidade emancipatória dos estudantes da Educação de Jovens e Adultos, sujeitos segregados, oprimidos. O desenvolvimento metodológico do estudo é de natureza bibliométrica, indica limitações quanto ao recorte temporal atribuído e à base de dados utilizada. Não constitui objeto do estudo a generalização dos resultados encontrados, mas constituir-se como marco descritivo e analítico.
Autor: Morgana Pereira da Costa
Coautor(es): : William Pollnow ( PPGE da Universidade de Santa Cruz do Sul) pollnowwilliam@gmail.com; Morgana Pereira da Costa ( PPGE da Universidade de Santa Cruz do Sul), Eduarda Thaís dos Santos
E-mail: morganapcosta@gmail.com
Instituição: Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC
Título: Construção do conhecimento para uma educação libertadora: reflexões sobre a metodologia de projetos
Autor: NAIARA SOUSA VILELA
Coautor(es): Sarah Juvencino de Oliveira Morais
E-mail: naiara_vilela@hotmail.com
Instituição: UFU
Título: TRANSFORMAR A PRÁTICA PEDAGÓGICA: É POSSÍVEL SIM!
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Neste estudo são investigadas fragilidades formativas de professores universitários bacharéis de uma instituição federal localizada no triângulo mineiro. Por meio de ações formativas contínuas foi possível se aproximar da realidade educativa de docentes das mais diversas áreas do conhecimento, imersos em um processo crítico-reflexivo da prática pedagógica. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, do tipo pesquisa-ação crítico-colaborativa orientada pelo seguinte questionamento: Quais as contribuições de uma proposta de pesquisa-ação crítico-colaborativa para o desenvolvimento profissional dos professores universitários bacharéis da UFU? Deste problema, surgem outros questionamentos: Quais as dificuldades e principais dilemas vivenciados na docência universitária? Quais temáticas, que envolvem a prática pedagógica na universidade, são mais significativas para os professores participantes da pesquisa-ação crítico-colaborativa? Os dados foram obtidos a partir de depoimentos de professores iniciantes e experientes, os quais foram convidados a participar de sessões reflexivas propiciadas pela Divisão de Capacitação Docentes da UFU (DICAP). As interpretações apresentadas foram referenciadas com base na técnica análise de conteúdo (BARDIN, 1977) a qual nos permitiu analisar as os depoimentos e aprofundar a reflexão crítica sobre a prática e avaliar modificações ocorridas em suas concepções pedagógicas.
Autor: NATHALIA LUZ DE LIMA
Coautor(es): Ágatha Teixeira; Elaine Luiza Barbosa; Gláucia Victoria Gama.
E-mail: nathy.luz.391@gmail.com
Instituição: Universidade Federal do Pará
Título: A IMPORTÂNCIA DO PENSAMENTO DE PAULO FREIRE PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA EDUCAÇÃO CRÍTICA E TRANSFORMADORA
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Paulo Freire é considerado um educador de suma importância para a construção de uma educação fundamentada na concepção crítica e transformadora. Diante disso, o estudo discorre sobre os principais pensamentos freirianos acerca da ação pedagógica emancipadora que deve fundamentar a educação, a escola e os professores, com o intuito de conscientizar os sujeitos a transformarem a sua condição de oprimido, buscando a superação da ordem societária opressora vigente.
Autor: NEIVA AFONSO OLIVEIRA
Coautor(es): Ana Paula Grellert (Universidade Federal de Pelotas) ana.grellert@gmail.com, Leonor Gularte Soler (Universidade Federal de Pelotas), Ederson Pinto da Silva (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
E-mail: neivaafonsooliveira@gmail.com
Instituição: Universidade Federal de Pelotas
Título: Perspectivas para a construção do inédito viável desde o multiculturalismo crítico
Autor: Nilza Maria Cabral Feitosa Ribeiro
Coautor(es): Tânia Regina Lobato dos Santos
E-mail: nipedag@gmail.com
Instituição: Eco Escola Municipal Ana Maria da Silva Souza
Título: Freire e a Escuta Sensível em Pesquisa com Crianças
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O presente artigo traz as discussões sobre a importância de uma escuta sensível na realização de pesquisa acadêmica com criança. Pretendemos abordar como a sensibilidade nas técnicas utilizadas em pesquisa com crianças nos possibilitou aproximação de suas culturas infantis, de tal modo que as crianças se sentissem seguras para nos contar sobre suas perspectivas de mundo. É importante ressaltar que esta escuta sensível perpassa por uma atitude ética junto ás crianças de respeito á sua autonomia enquanto sujeitos imbuídos de história, de cultura e de direitos. Freire (1996) nos lembra que a ética é essencialmente dialógica e imprescindível a vida humana. “quando, porém, falo de ética universal do ser humano estou falando da ética enquanto marca da natureza, enquanto algo absolutamente indispensável à convivência humana” (FREIRE,1996, p.19). Ressaltamos que é esta atitude respeito ás culturas, aos saberes das crianças que possibilita ao pesquisador adentrar ao universo das culturas infantis em pesquisa acadêmica e possibilita a permissão deste ás seus mundos. Esta escuta estar agregada ao desejo de participar e conhecer os seus mundos, suas dores, seus sentimentos e conhecer as suas perspectivas de mundo.Assim, concordamos com Minayo (2001), quando afirma: “capacidades de empatia e de observação por parte do investigador e a aceitação dele por parte do grupo são fatores decisivos nesse procedimento metodológico, e não são alcançados através de simples receitas” (MINAYO, 2001. p.61). Processo, este, compreendido por nós como um caminhar que se constrói nas relações com os sujeitos, fundamentado sobretudo em amorosidade, respeito e sensibilidade. Corsaro (2011), nos lembra que o primeiro passo é ser dado numa pesquisa com crianças é, antes de tudo: ser aceito por elas. Alcançar um “status” de participante do grupo. Embora, o autor considere “conquistar a aceitação nos mundos infantis é especialmente desafiador, dado que os adultos são fisicamente maiores do que as crianças, mais poderosos e muitas vezes vistos como tendo controle sobre o comportamento infantil” (CORSARO, 2011, p.64). No entanto, estratégias respeitosas com as crianças, em uma perspectiva sensível em relação aos seus saberes e seus mundos, em uma relação de amizade e reciprocidade, certamente proporcionará um campo de possibilidades para que os educandos se sintam confiantes e contem sobre seus mundos e perspectivas, “as crianças são motivadas a dar respostas verdadeiras e cuidadosas se o entrevistador e a criança tiverem um bom relacionamento e se a criança se sentir segura quanto a confidencialidade das respostas” (CORSARO, 2011, p.60). Manter-se como alguém que não se “apropriava de autoridade” em sala de aula, se constituiu em um aspecto relevante em nossa pesquisa, pois permitiu que as crianças fossem espontâneas diante de nossa presença, e narrassem suas ideias e perspectivas sobre as representações sociais de beleza que possuíam, compartilhadas ali, em ambiente escolar.
Palavras - Chave: Criança. Pesquisa. Amorosidade. Sensibilidade.
Autor: Nívea Silvestre da Conceição Costa
Título: Avaliação para alunos de EJA’s
Autor: PATRICIA APARECIDA DAVID
Coautor(es): Liliane Garcez
E-mail: patriciadavid@scseduca.com.br
Instituição: CENTRO DE FORMAÇÃO DOCENTE - CECAPE - SÃO CAETANO DO SUL
Título: Desnaturalizar desigualdades: nove propostas para dialogar sobre concepções e práticas educacionais para não deixar ninguém para trás
Autor: PATRICIA APARECIDA DAVID
Coautor(es): Dr. Wesley Adriano Martins Dourado
(Diretor de Escola - São Caetano do Sul; docente da Universidade São Francisco)
E-mail: patriciadavid@scseduca.com.br
Instituição: CENTRO DE FORMAÇÃO DOCENTE - CECAPE - SÃO CAETANO DO SUL
Título: EDUCAÇÃO INCLUSIVA: Contribuições Freireanas para o debate
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A educação inclusiva é fruto de um processo histórico vinculado às mais diversas lutas sociais para construção de uma sociedade que reconheça e, portanto, considere os Direitos Humanos como premissa única para garantias de participação plena, sem nenhum tipo de discriminação. Assim a educação inclusiva assume espaço no debate na trajetória da universalização da Educação diante do princípio que toda pessoa tem direito à Educação. Considerando o respeito às diferenças pessoais para o acesso pleno às oportunidades, promovendo ações equitativas para a garantia deste direito. No Brasil, a educação inclusiva está implicada na produção e qualificação do aparato normativo (nacional e internacional), assim como os ODS e das singularidades do nosso lugar e da qualificação da educação escolar nacional, seja no que diz respeito ao serviço público, seja no acesso a ele. Por ser historicamente situada, a educação inclusiva não se resume a um conjunto de concepções educacionais que garantam os processos de ensino e aprendizagem de todas as crianças, mas ela precisa lidar com as estruturas dentro e fora do contexto escolar que resistem a uma sociedade ainda exclusivista. Esta compreensão se inspira no sentido de educação defendido por Paulo Freire em sua obra e vida, no qual a discriminação não deve ser tolerada, mas sobretudo, no sentido da libertação, com o qual a educação deve ter compromisso, como superação das estruturas que promovem a opressão. Desde o pensamento de Paulo Freire espera-se indicar que a defesa e a implementação da educação inclusiva é evidência da adesão com uma experiência educacional que se organiza em função da libertação, da alegria de todos na vida na cidade. Pretende-se mostrar, também, que uma educação inclusiva se vincula com os ensinamentos do Educador sobre a vinculação da educação com as pessoas, e o seu lugar.

PALAVRAS-CHAVE: educação, inclusão , libertação e território.
Autor: Patrícia Cristina de Aragão Araújo
Coautor(es): Silvano Fidelis de Lira
Título: Ao mestre com carinho: sobre a esperança e as pedagogias de Paulo Freire
Autor: Paula Ernestina Leal de Oliveira Cardoso
Coautor(es): Giselda Mesch Ferreira da Silva (EMEB Rui Barbosa) gisamesch@gmail.com, Rosangela Oliveira da Silva e Paula Ernestina Leal de Oliveira Cardoso (EMEB Rui Barbosa)
E-mail: pcardoso525@gmail.com
Instituição: E.E.E.M Dom Hermeto
Título: Uma experiência de Círculo de Cultura em turmas de EJA
Autor: PAULA MANGOLIN DE BARROS
Coautor(es): AMORIM, Solange Aparecida Cabrito de. Supervisora Escolar da Rede Municipal de Ensino de São Paulo, membro do Coletivo Territorialidades e do Movimento Ocupa a Cidade.

CRUZ, Alexandre Monteiro da
E-mail: paulamangolin@usp.br
Instituição: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - PREFEITURA DE SÃO PAULO
Título: A territorialidade de Paulo Freire em nós na luta pelo direito pleno à educação.
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O presente trabalho reflete as contribuições das ideias e da gestão de Paulo Freire frente a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo sobre territórios como espaço de produção de conhecimento articulado entre diferentes atores sociais e de resistência à currículos centralizados. Nossa pesquisa centra-se na experiência de construção e na atuação do Coletivo Territorialidades, constituído na região de Campo Limpo, por diversas escolas, educadores e movimentos sociais.
Autor: Paulo Henrique Leal Pereira
E-mail: pauloleal97@hotmail.com
Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Título: O ENSINO DE HISTÓRIA ANALISADO POR MEIO DA PERSPECTIVA DE ENSINO DE PAULO FREIRE E THEODOR ADORNO: práticas metodológicas para a liberdade e emancipação
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Esse trabalho se comprometeu em analisar relatórios de estágio obrigatório supervisionado dos discentes do curso de História da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul do campus de Três Lagoas. O intuito foi perceber se os discentes ao planejar suas aulas para o estágio procuram usar de uma abordagem metodológica que procure despertar nos alunos um senso crítico da realidade que vivem e que vai contra a alienação do ensino tradicional de História. São as ideias de emancipação e liberdade de Paulo Freire e Theodor Adorno que norteiam a ideia de ensino que esse trabalho procura encontrar nos relatórios, isso quer dizer que foi destacado para ideias que prezem pelo ensino emancipador e para a liberdade dos indivíduos das amarras da alienação. A metodologia escolhida foi a análise de conteúdo, precisamente a análise categorial que compõe o conjunto de técnicas desse método que permitiu extrair das fontes a maior quantidade de informações possíveis, os métodos e as técnicas da análise de conteúdo tiveram o suporte teórico do trabalho de autores como Bardin (1977), ) Leite (2009), Moraes e Galliazzi (2013) entre outros. A análise dessas fontes serviu para compreender o entendimento que os discentes do curso de História possuem sobre o ensino dessa disciplina na sala de aula, quais as metodologias usadas, e se há a tentativa de ensinar para a emancipação e para a liberdade dos seus alunos, usufruindo das ideias de ambos os autores que norteiam o debate desse trabalho.
Autor: Pedro Gabriel Michelli Linhares
Coautor(es): Liliam Cristina e Souza
E-mail: pedro_gml@hotmail.com
Instituição: Uniavan
Título: Movimentos Sociais e Educação Popular: desafios contemporâneos no território brasileiro
Autor: POLIANA GOMES DE OLIVEIRA GUEDES
Coautor(es): POLIANA GOMES DE OLIVEIRA GUEDES; MARIA DE JESUS DOS SANTOS.
E-mail: polyhanaoliveira@gmail.com
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
Título: “PORTAS FECHADAS PARA PAULO FREIRE”? UM OLHAR PARA OS CURSOS DE
LICENCIATURA
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Esse estudo tem como proposta discutir se as ideias de Paulo Freire estão inseridas
nos cursos de licenciaturas do Nordeste/Brasil, tendo como critério de análise a presença do seu
nome no referencial bibliográfico de Planos de Ensino dos componentes curriculares que lhe
constituem. Trata-se de uma investigação inicial, provocada por outra pesquisa que realizamos
anteriormente nos cursos de graduação e nos programas de pós graduação das Universidades
Públicas dessa região, que tem constatado a quantidade de trabalhos acadêmicos realizados com
base e fundamentação no pensamento freiriano e evidenciado um cenário de baixíssima
produção. Isso nos instigou a buscar causas e a olhar mais demoradamente para as licenciaturas,
visando descobrir o quão Freire está sendo indicado em leituras e discutido naqueles cursos que
formam, prioritariamente, profissionais docentes. Conhecemos as superestruturas políticas que
envolvem a educação no Brasil, a força de suas estratégias, diretrizes e orientações, contudo,
formulamos uma conjectura específica: pressupomos que as portas das licenciaturas estejam
fechadas para Freire e que a quantidade de investigação e produção em suas temáticas esteja
também imbricada à ausência de seu pensamento nestes cursos de graduação. O estudo é
bibliográfico e documental. Estamos buscando dados (Planos de Ensino) em repositórios das
Universidades e fazendo solicitações por e-mail às coordenações de cursos, apresentando como
justificativa o próprio sentido da pesquisa, que se faz no intuito do reconhecimento e
valorização de nosso maior pensador em seu centenário, e, se realiza conforme a lei
12.527/2011 e o decreto 8777/2017 que dizem respeito ao acesso à informação e à transparência
de documentos públicos.
Autor: Priscila Lambach Ferreira da Costa
Coautor(es): Deborah Regina Lambach Ferreira da Costa
E-mail: perspectivaop@gmail.com
Instituição: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Título: EDUCAÇÃO PARA TODOS: A NECESSÁRIA EFETIVAÇÃO DOS DIREITOS DO ALUNO CANHOTO
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O diálogo entre o Direito e a Educação é uma das estratégias pensadas para que se ultrapassem as barreiras enfrentadas por grupos de pessoas vulneráveis e marginalizados. As normas e o cabedal legislativo são efetivos - se e quando - incorporados pela comunidade como valores na realização de uma sociedade plural, justa e solidária, sendo esse também um compromisso da Educação, como locus no combate à desigualdade e na promoção à inclusão, ao pertencimento, para que não se deixe ninguém para trás. A inclusão na escola visa criar um sentido de pertença e participação. Desse modo, a educação, como direito humano fundamental, deve ser universal e igualitária, atuando como um direito multiplicador de direitos, porta de entrada para valores sociais fraternos, solidários e igualitários. É um direito do aluno ter suas necessidades de aprendizagem atendidas nos espaços escolares, como alavanca que pode dinamizar suas potencialidades em práticas democráticas de convívio, respeitar a sua dignidade como pessoa humana, livres de violência e opressão, numa verdadeira cultura de paz, alicerçada nos pensamentos freirianos. O presente estudo tem como objetivo apontar quais são as necessidades de um grupo específico de alunos, os alunos canhotos, que representam 10% dos alunos de uma escola e propor alternativas jurídicas para garantir que essas sejam plenamente atendidas. A pessoa canhota é compreendida como aquela que exerce a maior parte de suas funções com o lado esquerdo do corpo. Ao longo da história, canhotos foram impedidos de usar a mão esquerda carregando preconceito, mitos e barreiras. O lado esquerdo do corpo é compreendido ainda de forma negativa em diversas culturas, e num passado recente, canhotos eram impedidos de usar a mão esquerda tanto pela escola quanto pela família. Atualmente não encontram tanta resistência, porém falta mobiliário e material didático adequado para atender esse aluno canhoto, o que desemboca em uma série de consequências para seu pleno desenvolvimento e aprendizagem. A metodologia realizada foi uma revisão bibliográfica integrativa envolvendo as grandes áreas do Direito e da Educação. Como resultado, verificou-se que não há políticas públicas, documentos legislativos efetivos de apoio ao aluno canhoto, embora estejam entre os objetivos traçados pela UNESCO na Agenda para o Desenvolvimento Sustentável 2030 assegurar a educação inclusiva e equitativa de qualidade e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos e, frise-se, para cada um. Quando o canhoto passa despercebido no contexto escolar, sua invisibilidade pode ser interpretada como exclusão, pois o não reconhecimento pode ter consequências no pleno atendimento desse aluno.
Autor: Reginaldo Fernando Carneiro
Coautor(es): Sandra Alves de Oliveira
Título: A colaboração na perspectiva Freireana nas tessituras do trabalho e de grupo colaborativs: o que refletem as produções científicas do GT19 “Educação Matemática” da ANPEd
Autor: Robson Verissimo Silva
E-mail: robsonverissimogeo@gmail.com
Instituição: Colégio Humboldt
Título: UMA ANÁLISE FREIRIANA DA BNCC: A QUEM SERVE A AUTONOMIA DOS DOCUMENTOS ORIENTADORES DA EDUCAÇÃO?
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O presente estudo, de abordagem qualitativa, busca analisar as concepções de autonomia presentes na BNCC à luz da perspectiva freiriana. Para tanto, a partir da realização de pesquisa bibliográfica e análise documental, as 142 menções ao termo foram categorizadas e analisadas, assim como suas relações com o contexto de elaboração e implementação do documento. A ausência de menções a Paulo Freire ou a qualquer outro pensador relacionado ao tema associada à polissemia nas ocorrências da palavra permitiram identificar a inexistência de um referencial teórico para autonomia. Da mesma forma, sua utilização no texto estruturante do documento revela a existência de uma perspectiva de formação com foco na adaptação do educando às contradições impostas pela mesma lógica excludente que orienta a produção da Base e, portanto, é fundamentalmente contrária ao pensamento de Freire.
Autor: RODRIGO FERREIRA DA SILVA
E-mail: rodrigoigo5@hotmail.com
Instituição: SEC- MARI/PB
Título: PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO BÁSICA EM TEMPOS DE PANDEMIA: desafios e possibilidades na resistência contra a exclusão digital educacional em Mari-PB
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O presente estudo tem por objetivo estudar o ensino durante a pandemia no primeiro semestre de 2021 na escola Municipal de Ensino Fundamental Prefeito Epitácio Dantas da cidade de Mari-PB. A escola pública funciona os três turnos, sendo diurno com o Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) e a noturno com a modalidade EJA (6 ao 9 ano). O distanciamento devido a pandemia provocou muitas mudanças nas relações entre a escola e a sociedade, de modo que os meios digitais seriam uma alternativa brilhante, se a comunidade escolar de fato tivesse acesso para as aulas, ficando em sua parcela apenas com o uso de dados móveis e grupos do whatsApp com atividades enviadas pelo aplicativo em formato pdf ou jpeg. Outra forma que a escola disponibiliza com recursos próprios são as atividades impressas para quem não possui acesso à internet. Bastante desafiador é ensinar a autonomia em aprender quando tantos empecilhos são colocados no caminho dos estudantes da Educação Básica, onde a escola e as famílias se veem só num processo educativo que desloca o conhecimento para discussões assíncronas e distancia cada vez mais os aprendentes da aquisição do saber. Diante uma falsificação das realidades educacionais, em que uma parcela social sem acesso aos meios de integração digital, sofre com o abandono e a escola deixada de lado de políticas educacionais inexistentes que deveriam integrar, num momento em que a solidariedade política e econômica se distancia da humanidade. A escola pública vê atônita o processo educativo ser deixada a segundo plano, onde se percebe pela falta de investimentos estruturais durante este período pandêmico em que estamos vivenciando, e que pouco se tem feito para superar os desafios daqueles que mais necessitam de atenção do poder público, principalmente no acesso e permanências digitais para maior eficiência nos trato com as aulas via aplicativo, já que não há uma plataforma com Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) aos estudantes e docentes, muito menos formação no trato a lidar com as múltiplas dificuldades num momento que exige maior ação do poder público, pois além dos estudantes regulares não deficientes, há os alunos (as) com necessidades especiais e cada vez mais os docentes ficam sem orientações para lidar com as estas e outras questões. Paulo Freire nunca foi tão deixado de lado nestas discussões e suas relações para a construção de uma educação inclusiva e que possibilite a todos e todas o processo de conhecimento igualitária, autônoma e rompendo com a opressão do pensamento elitista, onde a educação vai se tornando apenas um legado para poucos, e quanto aos demais estudantes das classes que usam a escola pública sendo oprimidos, com um faz de conta educacional e os reais problemas são ignorados e deixados para depois. A educação deve ser pensada e gerida com equilíbrio e sensatez, que elimine barreiras e construa possiblidades e não multiplique obstáculos.
Autor: RODRIGO FERREIRA DA SILVA
E-mail: rodrigoigo5@hotmail.com
Instituição: SEC- MARI/PB
Título: PAULO FREIRE E O ENSINO DE HISTÓRIA: DESAFIOS EM TEMPOS DE PANDEMIA NO ENSINO FUNDAMENTAL II EM MARI-PB
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O estudo tem por finalidade estudar o processo de construção do conhecimento histórico em tempos de pandemia dos estudantes do 6º e 7º anos do Ensino Fundamental na escola pública municipal Prefeito Epitácio Dantas no município de Mari-PB. A pandemia trouxe vários desafios no plano educacional, principalmente pela educação mediada pelas famílias que em parte assumiram um papel importante neste processo ou pelo menos deveriam. As aulas de História são conduzidas pelo aplicativo do whatsapp mediante envio de atividades em pdf ou jpeg aos estudantes que estão nos grupos organizados como salas virtuais. Algumas tentativas são feitas por aulas via google meet ou zoom, mas como os estudantes em partes usam dados móveis e não possuem acesso pleno a internet, uma pequena parcela assiste por essa forma, onde habitualmente a plena maioria usa a mídia social. As atividades também são impressas na escola para serem entregues aos responsáveis para que possam fazer em suas casas, no entanto, sem o auxílio docente as atividades vem sem respostas, apenas assinadas os nomes e/ou respondidas em alguns casos qualquer resposta, apenas para não deixar em branco definitivamente. Além das dificuldades de acesso e permanência digital educacional, temos que os estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental (2021) ainda estão no processo de alfabetização, e vem de um 4º ano em 2020 de uma pandemia e entraram na série posterior com dificuldades ainda não superadas e assim devem seguir para o 7º ano em 2022. Com qual nível de escolarização de fato, não sabemos. A falta de investimentos para superar este e outros desafios, se farão refletidas no processo de leitura e interpretação textual, além do raciocínio lógico tão necessário para as demais análises de outros campos de saberes, como no componente curricular: História, que se vê reprimida nesse processo educacional devido as necessidades básicas de alfabetização dos estudantes. Situação semelhante são os estudantes do 7º ano em 2021 que saíram de 2020 do 6º ano com dificuldades e não superadas, devem seguir para o ano 2022 no 8º ano. Que nível educacional se deseja para estes estudantes? Como avalia-los diante de tantas dificuldades e desafios? Podemos simplesmente deixar os alunos (as) de 11, 12, 13 anos sozinhos (as) neste processo educacional? E quanto ás famílias, que possui em partes um nível carente de instrução escolar, vamos jogar a responsabilidades para elas? Qual o papel do poder público para mediar esta situação em que estamos? Como o ensino de história pode provocar a reflexão do pensamento crítico dados tantos obstáculos? De modo que as reflexões de Paulo Freire tão necessárias nesse momento, pois ensinar História não é simplesmente transferir o conhecimento, mas criar nesse sentido as potencialidades para aquisição própria do saber, de modo que sendo pontes nesse processo, cultivaremos uma educação libertadora e que não aprisione nem silencie vozes, mas que provoque no oprimindo a revolução necessária para se libertar das senzalas e masmorras conservadoras que a elite quer impor as classes usuárias da escola pública.
Autor: Rosângela oliveira da Silva
Coautor(es): Giselda Mesch Ferreira da Silva (EMEB Rui Barbosa) gisamesch@gmail.com, Rosangela Oliveira da Silva e Paula Ernestina Leal de Oliveira Cardoso (EMEB Rui Barbosa)
E-mail: rosilvah@hotmail.com
Instituição: EMEB Rui Barbosa
Título: Uma experiência de Círculo de Cultura em turmas de EJA
Autor: Roselita Soares de Faria
Coautor(es): Aparecida Dias Terras Gomes
E-mail: roselita.soares@edu.pbh.gov.br
Instituição: Escola Municipal Gracy Vianna Lage
Título: Sala de aula invertida e tertúlia literária no ensino médio: reflexões de uma prática escolar pelo viés freireano
Autor: Roselita Soares de Faria
Coautor(es): APARECIDA DIAS TERRAS GOMES
E-mail: roselita.soares@edu.pbh.gov.br
Instituição: Escola Municipal Gracy Vianna Lage
Título: EDUCAÇÃO POPULAR, MEIO AMBIENTE E O PENSAMENTO DE PAULOFREIRE: REFLEXÕES SOBRE A CONSTRUÇÃO DE JARDINS POR MORADORES DE RIBEIRÃO DAS NEVES
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O presente trabalho propõe analisar, à luz da obra “Pedagogia da Indignação” (2000) de Paulo Freire, as intervenções em espaços públicos e privados, realizadas por moradores de um bairro popular de Ribeirão das Neves, Minas Gerais. Essas intervenções de iniciativa popular demonstram a relação dos moradores com o meio ambiente e a busca pela cidadania. Para tal, estabeleceram-se dois objetivos: o primeiro, descrever como se dá as intervenções nos espaços pelos moradores e o segundo objetivo é, entender essas intervenções a partir do pensamento de Paulo Freire em sua obra "Pedagogia da Indignação”, na qual o autor transmite sua preocupação com as questões ambientais. Nessa obra, a prática educativa libertadora é entendida também como aquela que reconhece e atua para a preservação do meio ambiente. Esses espaços públicos ou privados que antes eram locais sem uso pela população ou utilizados para descartes de materiais são transformados pelos moradores em jardins e praças. Os moradores fazem intervenções e ocupam os espaços principalmente com plantas, placas de cuidado com a natureza, pinturas e esculturas. Assim, Freire (2000) diz que mulheres e homens, como seres históricos, precisam intervir no mundo criticamente para mudá-lo rumo a uma realidade mais justa em uma constante contestação do que lhe é apresentado. A educação popular se dá, portanto, nesse contexto, por meio dos sujeitos que buscam intervir nos espaços comuns em meios populares, a fim de educar as pessoas para construírem uma relação harmônica com o espaço e o meio ambiente. Esses lugares contribuem com a população que tem poucas opções de lazer, em lugares de convivência coletiva emoldurada pela presença da natureza. Ribeirão das Neves é o município mais pobre e populoso da região metropolitana de Belo Horizonte (SOUZA, 2008, p. 23). Para compreender essas intervenções far-se-á uma discussão sobre educação popular e meio ambiente a partir do referencial teórico de Paulo Freire. A metodologia de pesquisa é a observação participante já que a pesquisadora participa da vida social do bairro e participou de uma mobilização para construção de um dos jardins. O trabalho aqui proposto é também uma reflexão sobre os processos desenvolvidos no bairro na construção desses espaços, da participação e envolvimento na construção dos jardins. Nas iniciativas populares de preservação do meio ambiente por meio de troca de saberes e do protagonismo da população em mobilizar as pessoas para o plantio, para intervenção nos espaços públicos e coletivos. As plantas oferecem uma possibilidade de melhoria na qualidade de vida, na melhoria da estética do bairro e na possibilidade de ter um espaço, a fim de proporcionar a convivência em meio a diversas práticas sociais.
Autor: Rosilda Maria Ferreira da Silva
Coautor(es): Kethlen Leite de Moura; Lais Fernanda da Silva
Título: Educação de Jovens e Adultos: história, lutas e o direito à educação em risco
Autor: Ruan Neto Pereira Alves
Coautor(es): Emerson Souza dos Santos
Marcio Hollosi
E-mail: ruanneto@usp.br
Instituição: Universidade de São Paulo - USP
Título: O REPENSAR DA ASSISTÊNCIA PSICOPEDAGÓGICA NO PROCESSO DE ESCOLARIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
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O presente trabalho propõe analisar a atuação do psicopedagogo no processo de escolarização de jovens e adultos e trazer uma discussão das questões mais complexas da realidade educacional, psicossocial e socioeconômica vivenciadas na educação pública na concepção de Paulo Freire. O projeto político pedagógico em algumas escolas públicas apresenta a falta da assistência biopsicossocial frente à escolaridade no que tange o ensino-aprendizagem. Para a realização desse artigo optamos pela metodologia de abordagem qualitativa e estudo bibliográfico no período dos últimos cinco anos de obra de autor consagrado e trabalhos acadêmicos, artigos que discutem assuntos referentes no processo de escolarização de jovens e adultos e o fazer assistencial do psicopedagogo no processo socioeducacional desses estudantes. Diante dos levantamentos bibliográficos, compreende-se que através do dimensionamento dos problemas verificados os jovens e adultos oriundos da educação pública não possui assistência necessária para a manutenção do processo escolar, condicionando-os à diversos conflitos de dor e sofrimento psíquico, potencializando o índice de evasão escolar. O repensar do psicopedagogo no contexto escolar, perpassa por ações interventivas nas demandas de ensino-aprendizagem, potencializando as relações e construções de vínculos no âmbito familiar, social e individual, colocando os alunos em um processo de implicação social, reconstrução da sua autonomia, projeto de vida e conscientização da realidade dos enquadres situacionais.

Palavras-chave: Assistência Psicopedagógica, Escolarização, Jovens e Adultos.
Autor: Samara Miguel Oliveira
Coautor(es): Daniela Lopes Oliveira Dourado
E-mail: samara_celia@hotmail.com
Instituição: Universidade do Estado da Bahia- Departamento de Ciencias e Tecnologia Campus XVI
Título: EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: REFLEXÕES SOBRE ESTÁGIO NA FORMAÇÃO EM PEDAGOGIA - UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
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Este trabalho discute sobre a formação docente e prática pedagógica na educação de jovens e adultos, com o objetivo de relatar reflexões e aprendizagens desenvolvidas durante o estágio na EJA no curso de Pedagogia na UNEB DCHT Campus XVI Irecê- BA. A pesquisa qualitativa, orientada pela pesquisa-ação do tipo relato de experiência dialoga com a exploração de fundamentos teóricos e a descrição da prática desenvolvida durante o estágio em classe multisseriada do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, usou-se diário de bordo, planejamento e observação participante. A pesquisa relacionada com a própria experiência possibilitou reflexões importantes sobre a identidade docente em construção e sobre a realidade da modalidade EJA e dos seus sujeitos, analisando processos da prática pedagógica com os fundamentos teóricos estudados para entendimento e intervenção consciente e orientada nos processos de estágio supervisionado. Conclui-se que, as práticas pedagógicas no estágio na educação de jovens e adultos são importantes oportunidades de aprendizagens na formação docente para entender esta modalidade e a relação do conhecimento com seus sujeitos, vivenciando na prática conteúdos acadêmicos da formação docente e adquirindo conhecimentos, competências e atitudes para o exercício da profissão.
Autor: Samuel Crissandro Tavares Ferreira
E-mail: samukacrissandro@gmail.com
Instituição: Universidade Federal do Rio Grande - FURG
Título: Educação Popular, Juventude e Meio Ambiente: Perspectivas freirianas para uma educação ambiental e popular para a condição juvenil urbana e rural.
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Resumo
Compreendendo que os jovens são sujeitos sociais e que dessa forma os mesmos tem se colocado como atores importantes do contexto sociohistórico brasileiro, faz-se necessário compreender as principais contribuições teórico-metodológicas da dimensão freiriana para a juventude urbana e rural brasileira para o ciclo lutas e embates atuais e no porvir. A juventude brasileira foi imprescindível para a reorganização da democratização política nacional, para a conquista de direitos e da organização de políticas públicas diversas . O presente trabalho se ocupa de refletir sobre possíveis contribuições que Freire traz para auxiliar na superação das situações-limite colocadas por esse período de retrocesso político, aumento da desigualdade socioeconômica, precarização do trabalho/emprego, crise ecológica e avanço da pandemia.
Palavras-chave: Educação Popular; Juventude; Educação Ambiental.
Autor: Sandra Alves de Oliveira
Coautor(es): Reginaldo Fernando Carneiro
E-mail: sandraoliveira.uneb@gmail.com
Instituição: Universidade do Estado da Bahia, Campus XII/Guanambi-BA, Colégio Municipal Aurelino José de Oliveira (Candiba-BA)
Título: A COLABORAÇÃO NA PERSPECTIVA FREIRIANA NAS TESSITURAS DO TRABALHO E DE GRUPO COLABORATIVOS: O QUE REFLETEM AS PRODUÇÕES CIENTÍFICAS DO GT19 “EDUCAÇÃO MATEMÁTICA” DA ANPEd
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O mapeamento e a análise das produções científicas publicadas nos anais das reuniões da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd), no período de 2000 a 2019, integram parte da pesquisa de doutorado em desenvolvimento. Neste trabalho, busca-se compreender, por meio de um processo de revisão sistemática, os sentidos da colaboração na perspectiva freiriana nas tessituras do trabalho e de grupo colaborativos em espaços de formação de professores que ensinam matemática na educação básica, compartilhados nos artigos divulgados do GT 19 “Educação Matemática” da ANPEd. Essa ação, no âmbito da investigativa qualitativa, proporciona compreender as bases epistemológicas, teóricas e metodológicas do objeto de estudo, a partir de um olhar interpretativo e crítico sobre o referencial teórico-metodológico e a análise dos dados produzidos na pesquisa. A revisão sistemática possibilitou organizar os dados e interpretá-los a partir dos fundamentos da colaboração na perspectiva freiriana, que envolvem ação dialógica na interação com o outro, “aprender de e com vocês”, comunicação problematizadora, sujeitos dialógicos, comunhão colaborativa, esforço comum, ajuda mútua, trabalho em equipe, dentre outros pressupostos que são imprescindíveis nas tessituras do trabalho e de grupo colaborativos.
Palavras-chave: Colaboração. Grupo. Perspectiva freiriana. Trabalho colaborativo.
Autor: Sandra Valeria Lario
Coautor(es): Gabriel Enrique Correa - Sandra Valeria Lario
E-mail: sandralario@gmail.com
Instituição: Centro de Investigaciones de la Facultad de Filosofía y Humanidades- Universidad Nacional de Córdoba
Título: APORTES Y DESAFÍOS DESDE LECTURAS FREIREANAS PARA LA FORMACIÓN DOCENTE EN TIEMPOS DE NEOEXTRACTIVISMO
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El presente trabajo reúne algunos avances producidos en diferentes investigaciones en el marco de la tesis de Maestría en Pedagogía de Gabriel Correa y del cursado del Doctorado en Ciencias de la Educación que lleva adelante Sandra Lario.
Las reflexiones se han nutrido de las prácticas pedagógicas, de la militancia y de la formación docente que ambxs desempeñamos desde hace algunos años en instituciones educativas y en espacios de organizaciones sociales.
Nos interesa en este texto problematizar el neoextractivismo como modelo hegemónico de dominación socioterritorial, tal como lo concibe Maristella Svampa en su libro " Las fronteras del neoextractivismo en América Latina. Conflictos socioambientales, giro ecoterritorial y nuevas dependencias" (2019). Este patrón, que se entrama en los territorios, se ha profundizado durante las últimas décadas, y cobró especial relevancia con las políticas definidas en contexto de pandemia que en Argentina declararon esenciales a todas las actividades extractivas en los distintos ámbitos de la economía.
Cuando hablamos de la educación en el sistema formal, de alguna manera el neoxtractivismo implica en las prácticas educativas y la formación docente, formación de subjetividades, que deberán adaptarse a un estado de cosas, en medio de una crisis civilizatoria, ecológica, socioambiental y de la profundización de todas las desigualdades socioculturales. Las formas de instituir vínculos bancarios en educación en la actualidad, trayendo aquí los términos que Paulo Freire plantea en Pedagogía del Oprimido (2012) y otras de sus obras, aparecen atravesadas por el discurso de las TIC´s casi como un dogma que no puede cuestionarse. Y por ello, reanimamos el valor del planteo del pernambucano, en sus obras tempranas como “Pedagogía del Oprimido” y “Educación como Práctica de la Libertad”, y también nos remitimos a “Bajo la Sombra de este Árbol” (1997). Este último texto, presenta una serie de reflexiones que nos permiten indagar en los vínculos entre saberes y territorios, desde una perspectiva política profundamente crítica al neoliberalismo que complementa el modelo extractivista, aunque el pernambucano no utilice la categoría que nosotros elegimos. Posibilitan pensar como docentes la conflictividad socioambiental, y proponer una formación que considere el problema en toda la complejidad, que excede por mucho al campo que propiamente se denomina "educación ambiental" y que atraviesa las relaciones entre los sujetos, produciendo a su vez subjetividades. Recuperamos muchas de las pistas que permiten pensar los vínculos en y con el mundo, con la tierra de la que formamos parte y con otrxs, en los procesos de enseñanza y aprendizaje, problematizando las perspectivas pedagógicas capitalistas-modernas-coloniales que vienen legitimándose principalmente de la mano de los proyectos y políticas de educación remota. Para estas reflexiones, sumamos además aportes teóricos de Luis Bonilla Molina y Marco Raul Mejía, así como también propuestas de autorxs que trabajan desde marcos interculturales críticos.
Autor: Sara Ferreira de Almeida
Coautor(es): Daiane Cenachi Barcelos
Título: O projeto de estudo temático e a formação de educadores(as) na licenciatura em educação do campo: ciências da natureza da Universidade Federal de Viçosa: entre bonitezas, pesquisas e desafios
Autor: Sarah Juvencino de Oliveira Morais
Coautor(es): Naiara Sousa Vilela
Título: Transformar a prática pedagógica: é possível sim!
Autor: Silvano Fidelis de Lira
Coautor(es): Patrícia Cristina de Aragão Araújo
E-mail: silvanohistoria@gmail.com
Instituição: Universidade Federal da Paraíba
Título: AO MESTRE COM CARINHO: SOBRE A ESPERANÇA E AS PEDAGOGIAS DE PAULO FREIRE
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Resumo: O texto é uma homenagem ao mestre Paulo Freire, partindo de seus escritos, sobretudo em suas “Pedagogias”, que muito influenciaram a educação brasileira, mais que uma homenagem, nosso texto também tem um caráter politico, no sentido em que procura apresentar um pensador militante, que situa seu pensamento e sua obra numa trincheira de combates contra os negacionismos e revisionismos, podemos dizer que nosso texto procura mostrar que precisamos de mais Paulo Freire, de mais “pedagogias” e de mais esperança, esperança verbo, esperançar.
Autor: SILVIA MARIA DOS SANTOS STERING
Coautor(es): Maria Geni Pereira Bilio Nair Mendes de Oliveira
E-mail: silvia.stering@ifmt.com.br
Instituição: INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO - IFMT
Título: A EDUCAÇÃO COMO MECANISMO DE TRANSFORMAÇÃO HUMANA -UMA PROPOSTA EDUCATIVA MEDIATIZADA PELA PARTICIPAÇÃO
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Sabedores de que a educação se apresenta na perspectiva de algo que é inerente à vida humana, a mesma, no que se refere a uma dimensão histórica, é visualisada como mecanismo de transformação e mudança da sociedade, sendo, desta forma, responsável pela formação humana para a vida. Porém, necessário se faz admitir que a educação por si só é insuficiente para promover a transformação necessária na vida das pessoas que compõem a sociedade, a ponto de poder transformá-la. Assim, a educação só poderá produzir o efeito de plenitude se for compreendida e produzida como um ato de conhecimento, um ato político, um compromisso ético e uma experiência estética (FREIRE, 2003). Partindo da ideia de que a educação se apresenta como elemento fundante no processo de transformação humana, este artigo tem por objetivo evidenciar a possibilidade de uma proposta educativa para a Educação de Jovens e Adultos -EJA mediatizada pela participaçao na perspectiva de uma metodologia de trabalho que permite ao sujeito agir e transformar o meio em que vive. Metodologicamente trata-se de uma investigação de cunho qualitativo, via pesquisa bibliográfica, cuja base teórica encontra respaldo nas ideias de Paulo Freire, para o qual “se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda” FREIRE, (2000, p. 67).
Autor: SILVIO DE CERQUEIRA MAZZA
Coautor(es): Maria das Graças Freaza Danon, Nívea Silvestre da Conceição Costa.
E-mail: scmazza@coc.ufrj.br
Instituição: UNEB - UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
Título: AVALIAÇÃO PARA ALUNOS DE EJA’S
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O presente estudo tem como problemática, a reflexão em torno da avaliação no processo de ensino e aprendizagem na modalidade de Educação de Jovens e Adultos, tendo como objetivo evidenciar as várias inquietações dos educadores a respeito de como avaliar esses alunos. Para que não seja uma avaliação quantitativa e excludente, e sim adequadas de forma processual considerando as suas aptidões, habilidades, organização, comprometimento, participação, entre outros fatores que favoreçam o qualitativo como aporte para incluir e motivar sua atuação no mundo letrado como cidadãos de direitos. O ambiente educativo em que os alunos da EJA se encontram já é desafiador, pois nas turmas é notória a grande diversidade de níveis de aprendizagens e de conhecimentos e cuja proposta curricular precisa ser alinhada mediante as necessidades singulares e plurais que ali se encontram, principalmente quanto às abordagens avaliativas. Por isso, os educadores precisam buscar estratégias pedagógicas e metodológicas que não provoquem a evasão. A Educação de Jovens e Adultos de qualidade está fundamentado no direito de que todos os alunos recebam ensino de qualidade que satisfaça suas necessidades de aprendizagem e enriqueça suas vidas. E que possibilite enxergar novas oportunidades como cidadão criando autonomia é o que pensava o grande educador e escritor Paulo Freire, sobre a avaliação. Este trabalho foi composto de pesquisa bibliográfica a qual observa e analisa as diferentes abordagens acerca de como deve ser o processo de avaliação para alunos do EJA.
Autor: SILVIO NUNES
E-mail: snunes.ag@gmail.com
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA
Título: Produção e ressignificação colaborativa do material didático “A minha boneca Sem Nome” (A Literatura de Cordel enquanto ferramenta didática). Uma interlocução com professores do I.E.E. Espírito Santo de Jaguarão/RS
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Este artigo científico apresenta o processo de diagnóstico realizado em pesquisa para qualificação do Mestrado em Educação da Universidade Federal do Pampa que aborda a produção e ressignificação do material didático “A minha boneca Sem Nome” em cooperação com professores da área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, do I.E.E. Espírito Santo de Jaguarão/RS.
Autor: Simone Maria Magalhães Meleán
E-mail: magalhaessimone1623@gmail.com
Instituição: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo
Título: O programa institucional de cursinho popular do IFSP na perspectiva da educação popular
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Ao estabelecer a extensão como atividade finalística do fazer educacional, a transformação de Centro Federal de Educação Tecnológica (CEFET) em Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP), por meio da Lei nº 11.892/2008, trouxe novas possibilidades de atuação educacional, científica, tecnológica e sociocultural para o IFSP, ao lado de sua já reconhecida qualidade de ensino e pesquisa tecnológica. Com uma estrutura multicampi, o IFSP conta atualmente com trinta e sete campi e está presente em trinta e seis municípios do estado de São Paulo. Dessa forma, o presente trabalho, parte da pesquisa em curso, As ações socioculturais de extensão no IFSP: prefigurar novas sociabilidades nos marcos da educação profissional pública estatal, tem por objetivo apresentar alguns aspectos da relação entre a prática extensionista e a perspectiva de uma educação popular no contexto da educação profissional e tecnológica, a partir da análise de seu Programa Institucional de Cursinhos Populares, em desenvolvimento na instituição desde 2014. As experiências de cursinho popular, cursinho comunitário ou cursinho alternativo são bastante difundidas na nossa sociedade, sobretudo entre as pessoas que se vinculam às lutas em defesa da educação pública no país. Todavia, cumpre prescrutar em que medida a ação de extensão - Programa Institucional de Cursinhos Populares – realizada nos marcos da instituição estatal, se aproxima da perspectiva da educação popular inscrita nos princípios da proposta pedagógica de Paulo Freire (1921-1997). A perspectiva freireana da educação popular está implicada em evidenciar as condições materiais de onde emergem as opressões, inscritas na relação conflituosa entre trabalho e capital. E, partindo da consciência das condições concretas, visa criar um espaço formativo capaz de reconhecer os saberes, as histórias e a multiplicidade de vozes para o estabelecimento do efetivo diálogo e de uma práxis transformadora do mundo. Desse modo, na medida em que as ações no âmbito do Programa Institucional de Cursinho Popular do IFSP não se limitam ao conteúdo estrito requerido pelos concursos para o acesso ao ensino superior, mas conseguem propor, por exemplo, atividades socioculturais que extrapolam a sala de aula, trazendo para dentro da instituição outras vozes e sujeitos da comunidade externa, entende-se tais ações nos marcos do tensionamento sociocultural por uma prática educacional emancipadora.
Autor: SOLANGE APARECIDA CABRITO DE AMORIM
Coautor(es): Paula Mangolin de Barros (Faculdade de Educação da USP) paulamangolin@usp.br
E-mail: solangeaamorim@hotmail.com
Instituição: Dre Santo Amaro- SME- SP
Título: A territorialidade de Paulo Freire em nós na luta pelo direito pleno à educação
Autor: Steffany Oliveira de Vasconcelos
Coautor(es): Isabela Gomes Pereira (Universidade de São Paulo) isabela.pereira1903@gmail.com ; Glauber Klay Carreiro Fidelis; Joelma Aparecida do Nascimento; Daniel Vieira Benedito; Mac Wallace Milord Amorim ; Mic
E-mail: steffany.oliveira1802@gmail.com
Instituição: Universidade Federal de Juiz de Fora - Campus Governador Valadares
Título: Juventude Negra: Da Marginalização à Emancipação Social
Autor: TAIS DAYANE FIORI
E-mail: taisfiori@hotmail.com
Instituição: IFSP CÂMPUS ITAPETININGA
Título: A BNC-FORMAÇÃO E OS CURRÍCULOS DE REFERÊNCIA DO IFSP
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Este trabalho, de caráter introdutório, apresenta os resultados parciais da busca pela compreensão das implicações da BNC-Formação, enquanto política de reforma curricular, na elaboração dos currículos de referência de cursos de formação inicial de professores do IFSP. Para tal, utilizou-se da Teoria do Ciclo de Políticas, elaborada por Stephen Ball e colaboradores (BOWE; BALL; GOLD, 1992; BALL, 1994 apud MAINARDES, 2006), bem como de pesquisa documental das diretrizes curriculares da BNC-Formação e dos currículos de referência dos cursos do IFSP. Dessa forma, foram considerados os contextos da influência, da produção da política e da prática visando compreender o processo de elaboração dos documentos norteadores elaborados pela instituição, os currículos de referência. Esta pesquisa encontra-se em fase inicial, uma vez que o ciclo de política da BNC-Formação está em andamento.
Autor: Tânia Regina Lobato dos Santos
Coautor(es): Nilza Maria Cabral Feitosa Ribeiro
Título: Freire e a escuta sensível em pesquisa com crianças
Autor: TATIANA DE CASTRO E SOUZA
Coautor(es): Kátia Andréa Carvalhaes Pêgo
E-mail: taticastru@gmail.com
Instituição: Universidade do Estado de Minas Gerais
Título: METODOLOGIA FREIRIANA PARA CONSCIENTIZAÇÃO E AUTONOMIA DE MULHERES EM CONTEXTOS PERIFÉRICOS URBANOS: CASO FLORES DO MORRO
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As mulheres, no sistema patriarcal vigente, estão em situação de desigualdade com os homens em vários aspectos, inclusive ao que se refere a oportunidades de trabalho e a remuneração. Quando nos referimos às mulheres negras, a situação se agrava ainda mais, tendo em vista que, nas relações sociais de poder as mulheres negras representam o grupo mais injustiçado pelo acúmulo de camadas de opressão que incidem sobre elas e que existe uma manutenção das estruturas hierárquicas que legitima as opressões das minorias étnicas. Em contrapartida, considerável parcela das famílias brasileiras são sustentadas por mulheres negras, são elas as responsáveis pela renda familiar e na maioria dos casos atuam sozinhas, sem marido e com filhos. Esta subalternização foi construída no pensamento moderno, como um dos pilares para dominação e controle dos povos, se aprofundou nas colonizações e permanece ainda nos dias de hoje, excluindo e violentando os grupos oprimidos e principalmente as mulheres. Sob as teorias Freireanas, portanto Anticoloniais, o presente estudo se propõe a examinar como o Projeto de extensão da UFMG, Flores do morro, que atua no aglomerado Morro das Pedras, periferia de Belo Horizonte/MG, sob a perspectiva de três áreas em conjunto — Design, Dança e Arquitetura — tem desenvolvido sua proposta de contribuir para a autonomia das participantes, um grupo formado por 19 mulheres, a fim de criar meios de sustentabilidade do trabalho, sem a dependência da Universidade. Para tanto, realizaremos em primeiro lugar, uma contextualização das abordagens sobre este tema em diálogo com a obra "Pedagogia da autonomia" de Paulo Freire, com o objetivo de explicitar quais serão os pontos analisados. Sob esse enfoque, nos dedicaremos à discussão teórica relativa à autonomia das mulheres de acordo com as premissas apontadas por Freire e outros autores e autoras. Por fim, com vistas a identificarmos as contribuições geradas pelos encontros e práticas oferecidas pelo projeto, analisaremos excertos de entrevistas, relatos e registros parciais em caderno de campo derivado de uma pesquisa de mestrado em andamento. As discussões realizadas neste estudo nos levam a concluir que neste contexto, as atividades lúdicas e de fazeres manuais podem auxiliar no processo de conscientização e autonomia das mulheres, tanto nos aspectos financeiros quanto em aspectos subjetivos, como realizarem suas próprias escolhas.

Palavras-chave: Educação. Gênero. Design. Autonomia.
Autor: Teste
E-mail: gabiximenes@usp.br
Título: Teste
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Autor: Thaís Almeida Cardoso Fernandez
Coautor(es): Alessandra Bernardes Faria Campos (UFOP) ale.bernardescampos@gmail.com, Thaís Almeida Cardoso Fernandez (UFV), Fernanda Maria Coutinho de Andrade (UFV), Alice Cristina de Sampaio e Silva (UFPB), Maria
E-mail: thais.fernandez@ufv.br
Instituição: Universidade Federal de Viçosa
Título: Formação de educadoras/es na perspectiva da educação popular: contribuições a partir da disciplina “encontro de saberes e práticas educativas” na universidade federal de Viçosa
Autor: Thaís da Salete Gomes da Silva
Coautor(es): Ângela Maria Solano de Moura, Larissa Hellen Morais de Queiroz, Joseane Abílio de Sousa Ferreira
E-mail: thaisgomes262@gmail.com
Instituição: Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
Título: GESTÃO ESCOLAR: DO TÉCNICO-CIENTÍFICA A DEMOCRÁTICA-PARTICIPATIVA.
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Essa pesquisa tem como objetivo conhecer a gestão de uma escola pública, a fim de compreender o seu funcionamento, bem como saber se há a aplicabilidade dos princípios democráticos na gestão de uma Escola Pública Municipal, localizada no município de Frutuoso Gomes/RN, a qual se fez objeto desse estudo. Para contribuir com esse estudo se fez necessário uma pesquisa qualitativa denominada por Minayo (2015) como uma pesquisa muito particular que aborda uma realidade que não pode ser quantificada, para isso foi usada como técnica de estudo a observação e a entrevista estruturada para coletar informações necessárias ao desenvolvimento desse trabalho. O arcabouço teórico tem como principais autores Líbano (2001, 2012), Lück, (1997, 2008), Serpa, Ferrari, Petry (2017), dentre outros. O resultado mostra que a instituição, embora não faça a escolha do seu gestor de forma democrática, por meio do voto direto de funcionários, pais, alunos da escola, adota uma gestão participativa, competente e comprometida com o resultado das atividades desenvolvidas, primando pelo profissionalismo e cooperativismo entre as partes envolvidas, para que seja efetivada uma educação de qualidade, no entanto não é tão democrática, porque a escolha de gestão não acontece por escolha popular, e sim por indicação do executivo municipal.
Autor: THAIS DEIRÓ URPIA LASSE OLIVEIRA
Coautor(es): Débora Ribeiro Chaves
E-mail: thaisurpia@gmail.com
Instituição: UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
Título: A INSTRUTORIA INTERNA E O SEU PAPEL NA QUALIDADE DE VIDA E DESENVOLVIMENTO DE SERVIDORES PÚBLICOS NO CONTEXTO UNIVERSITÁRIO.
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No que diz respeito à instrutoria interna no âmbito do Serviço Público Estadual, denomina-se uma docência eventual desempenhada por servidores públicos com a finalidade de desenvolver e/ou aprimorar capacidades e habilidades para o alcance de objetivos, metas e resultados organizacionais. Este relato retrata o papel da instrutoria interna no contexto universitário e o seu papel frente ao desenvolvimento humano dos servidores, considerando que os cursos desempenhados pelo programa têm contribuído para a melhoria da qualidade de vida dos servidores públicos da UNEB. O ensino superior é uma forma privilegiada de acesso ao conhecimento profissional, uma vez que, por meio dele, o melhor e mais recente conhecimento pode ser transformado em comportamentos sociais, de maneira generalizada, possibilitando que o conhecimento seja compartilhado e gere benefícios para as comunidades adjacentes. A metodologia é analítico-descritiva, do tipo documental, na qual foi realizada uma análise exploratória das principais referencias bibliográficas já desenvolvidas com base nos descritores Universidade, Instrutoria, Educação corporativa que trazem contribuições para a qualidade de vida e o desenvolvimento humano. Com o intuito de abrilhantar a discussão, buscar-se-á intercalar a pesquisa com relatos de experiências vivenciadas na instrutoria interna, especificamente durante a semana de capacitação realizada entre o dia 28 de setembro a 02 de outubro de 2020, denominada “Conhecimentos, habilidades e atitudes para o Técnico Administrativo em tempos de mudança”, ministrada pelas autoras deste trabalho. Analisamos como a missão e os processos formativos educacionais da UNEB se entrelaçam com o programa de instrutores internos do Estado da Bahia, discorremos sobre a função da instrutoria e o seu papel frente ao desenvolvimento humano e entendemos como essas formações subsidiam a qualidade de vida destes. Observamos o aumento da oferta de cursos, comprometimento com instituição e mudança de atitude frente aos desafios.
Autor: Valnides Araujo Costa
Coautor(es): Max Junior de Andrade
E-mail: valnides.costa@uemg.br
Instituição: Universidade do Estado de Minas Gerais
Título: PAULO FREIRE EM TEMPOS DE PÓS-VERDADE E FAKE NEWS: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E POLÍTICAS A PARTIR DA ESFERA DIGITAL
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Com as redes sociais não somos apenas destinatários e consumidores passivos de informação, mas remetentes e produtores ativos. Cerca 49% da população brasileira, particularmente a em idade escolar, usa o YouTube para se informar, acessando a internet pelo celular. Nesta plataforma encontra-se conteúdos sobre personalidades muito difundidas como Paulo Freire e todo o contexto politizado que envolve suas ideias educacionais e políticas. Neste sentido, a pesquisa objetiva identificar como Paulo Freire é representado politicamente a partir da esfera digital. Os dados da pesquisa compõem-se de comentários realizados em vídeos sobre Paulo Freire, publicados em nove diferentes canais, sendo três para cada perfil de ideologia política: esquerda, direita e neutro. Os comentários foram coletados por meio da YouTube Data Tools. As técnicas de análise aplicadas partem dos pressupostos da análise de conteúdo automatizada com as técnicas: análise de correspondência simples, escalonamento multidimensional, análise de coocorrência de palavras por meio da linguagem R. Os resultados reafirmam a constante ambivalência da esfera pública acerca de Paulo Freire, ora admirado, “Paulo Freire, um exemplo, uma inspiração” (sic), ora odiado, “Paulo Freire é a escória da humanidade” (sic).
Autor: VANESSA FERRAZ ALMEIDA NEVES
Coautor(es): Virgínia Souza Oliveira
E-mail: vfaneves@gmail.com
Instituição: Universidade Federal de Minas Gerais
Título: Paulo Freire e Vygotsky: reflexões sobre os processos de inserção de bebês no contexto da educação infantil
Autor: Vanessa Juliana da Silva
Coautor(es): Magda Matos Tanure do Amaral
Título: A subsunção da pedagogia Freireana presente na luta pela identidade do campo
Autor: Verena Ferreira Tidei de Lima
E-mail: verenalima@gmail.com
Instituição: Universidade Anhembi Morumbi
Título: Educação superior em design: contribuições do pensamento freiriano
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A possibilidade de superação de um cenário caracterizado por opressões e explorações em diferentes dimensões – sociocultural, econômica, política, ambiental – e que, em última análise, sustentam o capital, recai sobre diferentes campos, entre eles a educação. Para tanto, é fundamental a assunção, por parte desta, de sua natureza diretiva e política, e também sua orientação à transformação do status quo. Diante disso, no contexto da educação superior em design – cujo ethos atual é fruto de uma ideologia neoliberal – e admitindo sua necessária reorganização em uma perspectiva de transformação do cenário contemporâneo, quais seriam as contribuições do legado de Paulo Freire? Com o objetivo de responder a esse questionamento, elucidando e justificando o aporte freiriano, este trabalho estrutura-se mediante uma revisão bibliográfica que associa autores do design e da educação. Ao identificar as demandas e proposições do campo da educação superior em design no que se refere à sua transformação, o pensamento freiriano e sua concepção da educação enquanto forma de intervenção no mundo emerge como um espaço frutífero de reflexão. As formulações encontradas na pedagogia crítica de Paulo Freire, a despeito de não terem sido formuladas com referência ao campo em questão, apresentam considerável contribuição com o mesmo em se tratando da superação do cenário de barbárie que vivenciamos. Ainda, pensar a educação superior em design a partir do pensamento freiriano extrapola fronteiras disciplinares, e evidencia o desejo de Paulo Freire de que sua obra fosse expandida, criticada e reinventada.
Autor: Vinícius França de Sene
E-mail: viniciusfs@usp.br
Instituição: FEUSP
Título: “SUBVERSIVO EM PORTUGAL”- EXÍLIO E VIGILÂNCIA: PAULO FREIRE NA MIRA DO SNI
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Neste texto, buscarei investigar o processo de vigilância ao qual o educador brasileiro Paulo Freire foi submetido durante o seu exílio. Filósofo da práxis, Paulo Freire estava implementando no Brasil um trabalho educativo que tinha o compromisso com a educação crítica e libertadora, em seu método do fazer educativo, Freire acreditava que o processo de alfabetização se fazia junto ao de conscientização, assim, sua concepção de educação o fez a ser um dos primeiros brasileiros a ser perseguido e posto em situação de exílio pela ditadura militar. Considerado subversivo por aqueles que implementaram e defenderam o golpe, Freire foi preso em 1964 e exilado até 1979. Procurando entender o processo de vigilância e o monitoramento que foi arquitetado pelos militares para perseguir e vigiar aqueles que foram considerados subversivos, este trabalho tem essa problemática como principal questão a se debruçar, assim, buscando realizar o seu objetivo o texto será divido em duas partes. Inicialmente, buscarei compreender a vida e a obra de Paulo Freire, como também, o seu projeto educacional que estava em curso no Brasil pré-64, essa questão se faz necessária por entender que a vida, a obra e a prática freireana estão intrinsicamente interligadas. Em um segundo momento, me proponho a entender o órgão de espionagem que foi criado no Brasil logo após o golpe militar e analisar como a sua estrutura foi utilizada pelos militares para vigiar os brasileiros que eram considerados uma ameaça a nação. Trata-se, metodologicamente de uma pesquisa bibliográfica com a intenção de reunir fontes documentais e não documentais, a partir da trajetória de Paulo Freire durante o seu exílio, buscando entender como a sua trajetória está marcada pela vigilância que foi arquitetada sobre ele durante o seu exílio.

Palavras-chave: Paulo Freire. Exílio. Vigilância.
Autor: Virgínia Souza Oliveira
Coautor(es): Vanessa Ferraz Almeida Neves
E-mail: virginiaso.vs@gmail.com
Instituição: Universidade Federal de Minas Gerais
Título: Paulo Freire e Vigotski: reflexões sobre os processos de inserção de bebês no contexto da Educação Infantil
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Este trabalho tem como objetivo analisar o processo de inserção de doze bebês, com idade entre 6 e 10 meses, em uma Escola Municipal de Educação Infantil de Belo Horizonte, com base na Psicologia histórico-cultural, na Etnografia em Educação e na Pedagogia de Paulo Freire. Assumimos a Pedagogia de Paulo Freire e a Psicologia Histórico-Cultural como perspectivas teóricas e metodológicas pois entendemos que estas nos auxiliam a entender o bebê como uma pessoa (unidade = biológico/cultural/social) que tem “vocação de ser mais”. Nesse sentido, a Escola de Educação Infantil, enquanto um espaço de Educação e Cuidado coletivo, une essa “vocação de ser mais” aos processos de desenvolvimento, biológico, cultural e social dos/das bebês e suas professoras. Ou seja, a Escola de Educação Infantil enquanto um espaço consciente do “inacabamento” do ser humano se faz importantíssima para que os/as bebês tenham uma presença no mundo de quem se insere nele e não apenas se adapta (FREIRE, 1996/2019). Nossas análises evidenciaram que os processos de inserção na creche não são lineares e nem acontecem da mesma maneira para os/as bebês. Por esse motivo, eles/elas passam por processos de inserção transformando e sendo transformados pelo contexto ao qual estavam inseridos. Por isso há que se falar em inserção na Escola de Educação Infantil e não adaptação pois, este primeiro carrega consigo a ideia de transformação e o segundo, desconsidera o movimento, se aprisionando a uma noção de “ajustar-se ao dado”.
Autor: Viviane Lima da Conceição
E-mail: vlc.lyma@gmail.com
Instituição: Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca
Título: EDUCAÇÃO BÁSICA E OS DESAFIOS PARA A PERMANÊNCIA: A BUSCA POR PRÁTICAS PEDAGÓGICAS ACOLHEDORAS.
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A concentração de renda e a desigualdade social são acentuadas em um país de dimensão continental como o Brasil e assumem diversas formas de exclusão, em permanente movimento nas trajetórias individuais e familiares. Apesar dos avanços no acesso à educação básica, a escola ainda é um produto social, e segue com distribuição desigual. Mesmo que tais desigualdades sejam mais sutis, estão presentes quando levamos em consideração a localização, urbana ou rural; privada ou pública, e ainda os filtros socioeconômicos, raciais e de gênero, que influenciam a estratificação educacional. O presente estudo buscou refletir sobre os processos de inclusão e exclusão social na área da educação, tendo como objeto de estudo uma escola pública federal de ensino técnico do Rio de Janeiro. Discutir a importância das práticas pedagógicas, além de debater estratégias que impulsionem os alunos concluírem seus estudos com êxito. O método escolhido foi pesquisa-ação e entrevistas semiestruturadas. A partir dos levantamentos realizados com a equipe de educadores, tornaram-se claras as dificuldades dos alunos de baixa renda quando comparados com os alunos que não experimentam obstáculos significativos para frequentar a escola. A pesquisa buscou entender os reflexos do sistema socioeconômico desigual no cotidiano dos adolescentes e apreender sobre o papel do professor e da equipe escolar. A partir dos resultados encontrados, pretende-se discutir junto a comunidade escolar as contribuições para a transformação das condições de vida, na busca da dignidade e de reais oportunidades, formando um conjunto de reflexões que possam orientar a adoção de novas práticas pedagógicas que viabilizem a permanência dos estudantes. Foi possível perceber que necessitamos de mais debates, para que possamos articular novas práticas no ambiente escolar. Espera-se produzir uma visão crítica, participativa, fornecendo elementos para uma ação política emancipadora.
Autor: Wesley Adriano Martins Dourado
E-mail: wesleydourado@scseduca.com.br
Instituição: Universidade São Francisco
Título: Direito humano e desejo de paz: sobre o afeto de Paulo.
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Trata-se de refletir, desde a obra de Paulo Freire, sobre o lugar da afetividade em sua compreensão de uma educação libertadora, bem como, indicar que aquilo que o Educador denomina de “querer bem” se configura como um direito humano, condição da libertação e expressão de uma vida marcada pela paz.
Autor: Wesley Adriano Martins Dourado
Coautor(es): Patricia Aparecida David
E-mail: wesleydourado@scseduca.com.br
Instituição: Universidade São Francisco
Título: Educação inclusiva: contribuições Freireanas para o debate
Autor: William Pollnow
Coautor(es): Morgana Pereira da Costa
Eduarda Thaís dos Santos
E-mail: pollnowwilliam@gmail.com
Instituição: Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC
Título: CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO PARA UMA EDUCAÇÃO LIBERTADORA: REFLEXÕES SOBRE A METODOLOGIA DE PROJETOS
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Este trabalho buscou refletir sobre uma das metodologias aplicada em sala de aula, que auxilia na construção do conhecimento e no fortalecimento de uma educação libertadora, chamada de Metodologia de Projetos. Para o diálogo, buscou-se as reflexões teóricas de três pensadores contemporâneos conectados com esta metodologia de pesquisa, sendo: Paulo Freire (2005), Fernando Hernández (1998) e Pedro Demo (2001). Estes autores, ainda, articulam-se com a educação humanizadora, libertadora e com o respeito aos conhecimentos e vivências de cada um dos envolvidos, professor e aluno. Desse modo, destaca-se a importância do processo de aprendizagem, principalmente em tempos pandêmicos, que vem enfraquecendo a educação.

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